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Resumo
Os países que ainda não são considerados como países do “primeiro mundo”, ou seja,
os que ainda estão processo de desenvolvimento possuem inúmeras diferenças em relação a
aqueles. No entanto, mesmo com essas diferenças, os países em desenvolvimento possuem
muitas fontes de riqueza, capazes de contribuir para alavancar seu crescimento. Embora esses
países possuam certas fontes de riqueza que a grande maioria dos outros não possui, elas não
são aproveitadas da melhor maneira possível. Arando o Mar trata exatamente desse tema
específico: como os países em desenvolvimento podem identificar o que está entravando seu
crescimento e, em seguida, promovê-lo.
Na verdade, Arando o Mar mostra que os países em desenvolvimento não conseguem
dar continuidade ao seu crescimento satisfatoriamente porque as suas fontes de crescimento
estão ocultas, encobertas por padrões inibidores do crescimento, observados sistematicamente
nesses países. Esses padrões são: dependência excessiva de fatores básicos, pouca
compreensão a respeito da clientela, desconhecimento da posição relativa, falta de integração
vertical com a distribuição, cooperação deficiente entre as empresas, atitude defensiva e
paternalismo.
PARTE I
Os fatores básicos são fatores imitáveis, ou seja, fatores sem diferenciação, que não
necessariamente somente algum grupo de pessoas ou um país possui. Esse é o lado ruim
desses fatores: dão início ao crescimento, mas dificilmente conseguem ser mantidos como
vantagem durante muito tempo, por seu caráter imitável. Um desses fatores, que dão falsa
sensação de vantagem competitiva a uma nação é o nível do preço da mão-de-obra.
Segundo Arando o Mar, países andinos consideram o fato de a sua mão-de-obra ser
mais barata em relação à da Europa e América do Norte como uma vantagem competitiva,
proporcionando ganhos de competitividade em relação às empresas norte-americanas, por
exemplo. Foi mostrado que, embora essa abordagem estivesse em parte correta, havia um
equívoco nesse pensamento: o concorrente direto desse país andino eram empresas de áreas
pobres da Ásia, que possuíam custo de mão-de-obra ainda menor. Isso mostra o quanto um
fator básico como custo de mão-de-obra é relativo e perigoso de ser usado como principal
fonte de vantagem competitiva: sempre haverá alguém que consiga ter um custo mais baixo,
tomando a vantagem competitiva para si.
Além do mais, a estratégia de competição com base em custos não é sustentável em
longo prazo, pois a pressão do mercado para que se mantenham os custos baixos faria com
que os salários fossem mantidos baixos, não gerando, assim, riqueza ao trabalhador em longo
prazo. Além disso, somente os países mais ricos têm a ganhar quando países mais pobres
competem em custos, pois estes esgotam suas riquezas e os países com poder de compra
gastam muito pouco para adquirir produtos de países em desenvolvimento que competem com
base em custos. Isso é previsível, já que baixar salários é a forma mais simples de reduzir
custos, e, dessa forma, a competição baseada em custos não tem potencial para gerar riqueza a
uma nação.
Princípios-chave do pensamento da vantagem relativa
O porto natural no rio Magdalena, em Barranquilla, trazia muitas vantagens para esta
cidade; muitas mercadorias da Europa e Estados Unidos entravam na Colômbia e no restante
da América do Sul através deste porto, assim como havia muitas exportações que partiam
dele, tudo isto trazendo desenvolvimento para Barranquilla. Este porto era considerado como
vantagem competitiva para a Colômbia por estar próximo aos mercados consumidores. No
entanto, com a abertura do Canal do Panamá, a maioria das exportações colombianas passou a
sair de outro porto para usar o canal, estagnando o desenvolvimento trazido a Barranquilla
pelo seu porto. Isso mostra o quanto uma vantagem geográfica pode ser ultrapassada por
algumas ações, como a própria criação de uma nova rota, ou desenvolvimento de um novo
meio de transporte. Por isso, uma vantagem geográfica não é capaz de sustentar uma indústria
por muito tempo.
Comunicação Ineficaz:
Opções Desinformadas:
Vulnerabilidade a Competição:
Das aos canais distribuição o que eles precisam: Lição tirada da indústria de suco de
frutas.
Devido ao ocorrente problema da Colômbia na sua falta de visão de não querer por em
risco seu comercio com Miami, e tentar a exportação através de vias aéreas para Chicago
consumidora de 21% das flores que iam para os EUA, o setor se defrontava com no mínimo
dois desafios: ameaça constante dos concorrentes no mercado; o cenário macroeconômico
colombiano no qual ficava cada vez mais difícil para os cultivadores colombianos ganhar
dinheiro exportando flores. Daí surgiu diversas conclusões, uns produtores preferiam investir
em operações de intermediação, e mais tarde em vendas diretas com varias grandes cadeias de
supermercado. Outros pretendem fazer a estratégia baseada nos intermediários de Miami com
êxito, não estando disposto a investir no aprendizado. Os produtores dos sucos de frutas
concluíram que seu esquema de intermediários de fato adicionava valor.
Tudo isso indica um desequilíbrio na economia colombiana. Mas onde há
desequilíbrio há oportunidade, o desafio é o exportador reconhecer que no canal de
distribuição não há vantagens únicas, só vale a pena se oferecer algum retorno, ajudando a
posicionar em relação à concorrência, ou proporcionar informações preciosas sobre os
consumidores finais. Ou seja, os canais devem auxiliar as empresas a entenderem as
necessidades de seus consumidores finais.
No caso das bolsas colombianas estudos mostraram que os clientes adotavam o critério
da qualidade quando iam adquirir o produto. Assim, os autores sugeriram que a qualidade
melhorasse para que o mercado norte-americano passasse a consumir os produtos
colombianos.
Quando informados, os fabricantes de couro afirmaram que não tinham culpa da má
qualidade e sim os seus fornecedores. Partindo dessa afirmação os curtumeiros foram
procurados e indagados e como os outros também se isentaram. Deu-se início assim a
dinâmica de culpas e isenções terminando por fim, a vaca como única culpada.
O problema estava definido de forma simples: era mais confortável por a culpa na
vaca do que melhorar a qualidade em todos os setores. Essa cultura é muito comum em países
protegidos, que possuem pouca visão para o exterior. Países como a Colômbia possui uma
base competitiva em preços baixos, onde há sempre em quem por a culpa.
A solução do problema aloca-se na iniciativa de assumir as responsabilidades, tornar-
se competitivo criando um novo ambiente e cooperar uns como os outros para ter um maior
desempenho coletivo.
“O cluster”
Sendo a indústria da soja homogênea ela depende dos custos de cultivo, da mão-de-
obra e custos de transporte. Sabe-se que o sistema de transportes bolivianos é precário e que
afeta a indústria da soja, sabe-se também que tanto o governo, como o setor privado e as
organizações multilaterais não possuem a visão de que as fazendas de soja possam ser um
cluster.
Como solução para tal situação recomenda-se aos produtores de soja que
compartilhem idéias, melhorem sua reputação, partilhem conhecimentos tecnológicos e da
clientela, tenham uma boa logística e aperfeiçoem os recursos humanos treinando-os e
educando-os.
Por fim, cabe ao governo, ao setor privado e aos órgãos públicos, que formam o
cluster maior, chegarem ao consenso na estratégia básica de concorrência que devem seguir,
nas vantagens possíveis e como devem trabalhar em conjunto para melhorar o transporte. O
cluster deve principalmente entender que as vantagens competitivas partem de uma estratégia
explicita, conhecida e compartilhada entre o próprio cluster.
Inicialmente vale citar e aprender com o sucesso da indústria têxtil italiana na década
de 70. Temendo a concorrência chinesa os italianos redefiniram suas estratégias melhorando
sua qualidade. Os fabricantes passaram a terceirizar atividades isoladas mantendo-se na
coordenação. Essa postura fez com que as empreses menores lucrassem e aprendesse com as
maiores. Assim iniciavam-se os clusters italianos, estes que deixaram de “buscar” para “criar
e ditar” demanda.
Dificilmente empresas pelo mundo terceirizam-se temendo exposição. A empresa deve
saber administrar a incerteza para atingir a qualidade, uma solução pode ser a união com
concorrentes relativamente iguais. Vale também citar o consórcio que se implantado na
indústria de suco de laranja ajudará a melhorar a qualidade certificada e terá a logística
aperfeiçoada.
A indústria peruana da alpaca em Arequipa teve a feliz visão de que a rivalidade local
cria competidores mais fortes. As duas firmas dominantes vêem o produto não só como
mercadoria, mas também com um pacote que inclui qualidade. Buscando não só vender, mas
cumprir os prazos, bom atendimento ao cliente, qualidade e variedade tornando seu produto
destacado no mercado.
Acredita-se que a integração vertical melhoraria as estratégias de comercialização e
distribuição a fim de estabelecer uma marca própria. Mas essas não são as únicas barreiras, o
comercio da alpaca sofre com a concorrência da caxemira asiática e com a sobrevalorização
do sol peruano, obrigando a diminuir significativamente os lucros. Além disso, a má infra-
estrutura, a limitação de recursos para desenvolver novas tecnologias e a ineficiente
cooperação dos fornecedores da alpaca impede o desenvolvimento de um cluster sólido.
Resumo
Contudo, sabemos que a competitividade entre empresas pode ser benéfica ou não, vai
depender da competitividade coletiva do setor. As empresas são vulneráveis e por isso devem
cooperar entre si para obter vantagens. Lembrando que o sucesso e a qualidade do produto
final dependem de todas as etapas desde o principio ao fim.
Estudos demonstraram que líderes tendem a repetir maus resultados, que embora
reconhecidos, não provocam mudanças no comportamento que melhorem a situação. A
estratégia trata-se de tentar fazer a mesma coisa só que com maior planejamento e questionar
as suas premissas.
Os líderes trabalham com a política do aprendizado único que pode ser vista, por
exemplo, na indústria de soja boliviana. Mesmo tendo proteção tarifária é muito vulnerável.
Repete-se aqui também o ciclo de isenções e culpas gerando uma grande animosidade.
Resta então adotar o aprendizado de ciclo duplo, a fim de analisar os referenciais que
baseiam as soluções e as ferramentas com que se alcançam os resultados. A questão não e
fazer diferente e pensar uma forma diferente de fazer.
A “escada de deduções” comenta quatro degraus para se chegar a uma suposição mais
coerente. No primeiro degrau estão os dados observáveis de uma determinada situação. O
segundo são as impressões diferentes de uma mesma situação como, por exemplo, uma
reunião onde pessoas diferentes, com culturas e interesses diferentes interpretam os dados de
forma particular.
No terceiro degrau os indivíduos dão significado ao que observaram no segundo
degrau. Por fim, o quarto são as teorias que os indivíduos usam para articular seus diálogos e
entender o comportamento de outros.
Em suma a escada de deduções direciona ao desenvolvimento de interações
produtivas. Para isso é preciso reformular o problema e está disposto a novos dados e
interpretações dos dados preexistentes. É preciso fazer o debate passar por todos os degraus.
Resumo
Entre 1968 e 1990, três temas comuns definiram os objetivos nacionais do Peru, todos
eles destrutivos para a economia. O primeiro foi o estimulo à produção doméstica para
promover o crescimento econômico. O segundo tema foi o isolamento da economia
doméstica, tanto quanto possível das pressões externas. O terceiro tema foi a gestão da
atividade econômico no sentido de alcançar resultados específicos no mercado.
O paternalismo e a atitude defensiva podem ser vistos como duas faces de uma mesma
moeda; onde existe uma, a outra está presente.
Impacto na geração de riqueza e na competitividade
Ações eficazes resultam de boas opções: boa estratégia, que nada mais é do que
converte opções bem informadas em oportunas. Dadas as restrições muito concretas que os
responsáveis pelas decisões enfrentam no governo e na empresa, não é fácil fazer boas ações
estratégicas.
Parte dessa nova abordagem deve envolver uma avaliação fundamental do
posicionamento estratégico da empresa em três grandes dimensões:
A teoria convencional sobre estratégica, afirma que dispõe de duas opções, claramente
delimitadas, de como estabelecer vantagem: baixo custo ou diferenciação.
Baixo custo
Diferenciação
Uma empresa se diferencia dos seus concorrentes, quando oferece algo único que seja
valioso para os compradores,o que vai além de simplesmente oferecer preços baixos.
Opção de escopo
Escopo vertical
Escopo de Segmento
Escopo geográfico
Escopo de Negócios
A última opção de escopo a ser feita pelas empresas diz respeito ao tipo de negócio em
que se quer competir.
Opções de tecnologia
Clientes
Custos
Uma administração de custos deve ser clara e explícita. As empresas devem ter bem
delineado sua proposta de concorrência: uma empresa pode possuir uma estratégia baseada
em baixo custo ou ela pode concorrer em nível de diferenciação de seus produtos, não há
como agradar a todos.
Numa era de competição global, compreender e administrar custos tornou-se uma
disciplina central. Não basta apenas aplicar políticas isoladas de redução de custos, é
necessário fazer a ligação entre todas as atividades de produção de uma indústria. A política
de redução de custos deve considerar custos de produção, marketing, serviços, infra-estrutura
e todas as demais capazes de afetar os custos. As estratégias de custos devem ser explicitas e
baseadas em dados e informações. A empresa tem que saber quais são as suas metas de
redução de custos e em que etapas do processo produtivo elas podem ser alcançadas sem
comprometer a abordagem fundamental do negócio.
Para que uma economia possa ser eficaz e concorrer em termos de custos, é vital uma
análise de custos relativos para a formulação de estratégias conjuntas em termos de empresas,
associações setoriais e governo. A empresa deve concentrar seus esforços em identificar e
desenvolver áreas potenciais para redução de custos e no benefício de opções estratégicas. O
posicionamento relativo ao nível setorial deve ter em mente um nítido senso da evolução do
setor e de direção para programas de competitividade no âmbito setorial, bem como atentar
para oportunidade de formar alianças e promover estratégias competitivas. O governo por sua
vez, deve ser a mola propulsora e reguladora dos setores da economia da nação, priorizando
políticas públicas de ordem estrutural e políticas industriais visando investimento direto e
incentivo de paridade de custos.
Concorrentes
Estratégia
Estratégia é o que as empresas fazem e não o que elas dizem que fazem. Compreender
o conceito de opção estratégica é vital para entender os concorrentes. Quando um competidor
faz determinadas opções estratégicas, a empresa rival pode testá-las contra a sua própria,
assim, a empresa é capaz de desenvolver uma agenda estratégica para melhorar a sua própria
posição competitiva.
Um interessante estudo de caso em análise da concorrência é a evolução da indústria
automobilística japonesa. No início da década de 70, as empresas japonesas fizeram opções
claras no sentido de atender um nicho específico da indústria automobilística: consumidores
que valorizavam carros confiáveis e baratos. Em conseqüência, os japoneses adotaram uma
estratégia de produzirem linhas limitadas de automóveis baratos. Tendo alcançado êxito, os
japoneses procuraram avançar com a adoção de um escopo geográfico mais amplo e uma
abordagem mais voltada para o cliente, mantendo o foco na produção de carros baratos. Na
década de 90, empresas como Toyota e Nissan já haviam abarcado parte do mercado de carros
de luxo com as marcas Lexus e Infity. Estavam em condições de desenvolver um produto
realmente diferenciado, mas fizeram isso se baseando no sucesso que haviam experimentado
em cada uma das décadas anteriores.
Capacidades
Metas e Pressupostos
As metas de um concorrente podem ser moldadas em grande parte por coisas tais
como pressão dos acionistas, intervenção governamental, influencia de empregados ou
sindicatos, dirigentes ou clientes. Ao mesmo tempo, as metas serão formuladas em parte pela
experiência passada do competidor em tomar decisões estratégicas.
Os pressupostos são as regras de bolso individuais e coletivas, que guiam a tomada de
decisão. Em certos casos encontram-se arraigadas na cultura da empresa. Embora seja difícil
de articular, o conhecimento dos pressupostos é essencial para compreender como pensa o
concorrente.
O conhecimento das metas e pressupostos da concorrência permite que a empresa
evite lutas desnecessárias e possa explorar os pontos fracos do competidor.
Os três Cs proporcionam informação relevante para as decisões estratégicas que as
empresas têm que tomar e atenuam os problemas inerentes aos sete padrões de inibição da
competitividade, transformando-os em oportunidades de crescimento.
Saber mais sobre os clientes vai ajudar as empresas a contarem menos com as
condições de fatores, uma vez que estão competindo em meio a uma má combinação das
cinco forças de Poter.
Entender os custos e os concorrentes influi na melhoria da posição relativa, por
esclarecer quais as vantagens competitivas sustentáveis e os pontos fracos fundamentais a
superar.
Um aprendizado estratégico vai ajudar os líderes dos países a se concentrarem na
criação de vantagens sustentáveis. Aprendizado desse tipo melhora o posicionamento
competitivo e ajudam a transformar os sete padrões em fontes de vantagem.
Em sua maior parte, as estratégias nacionais podem ser mais bem compreendidas
quando divididas em duas categorias tradicionais: estratégias de crescimento, que incluem
monetarismo, livre comércio e industrialização; e estratégias de justiça social, que
compreendem ênfase na agricultura, redistribuição e socialismo.
Estratégias Tradicionais de Crescimento
O contexto social
A confiança no governo
76% do setor privado afirmam que os dirigentes eleitos não são de confiança. 86% do setor
privado acham que os dirigentes não sabem o que é melhor para o país. Grande parte de
ambos os setores comungam da idéia de que a corrupção era a principal causa de pobreza do
país.
A eficácia organizacional
Estão contentes com o status quo da Venezuela. Acham que o governo deve ser o ator
principal, e não apenas um parceiro, tanto na esfera econômica quanto na social. Altamente
hierárquicos; céticos com relação à mudança de mentalidade das pessoas; pessimistas com
relação à competitividade do país. Menos fatalistas do que passivos.
Grupo mais aberto e mais propenso a acolher a inovação, assumir riscos, defendem o
aumento de P&D. São otimistas com relação à capacidade da Venezuela de diversificar sua
economia e mudar a maneira de pensar do país. Perspectiva progressista mais.
Como podemos juntar esses grupos?
As “cinco Venezuelas”.
Nesta seção, os autores abordam como os referenciais influenciam nos sete padrões
inibidores de competitividade no caso Venezuela?
Compreensão da clientela
Boa parte dos entrevistados acredita que muitas companhias obtêm êxito simplesmente
imitando a concorrência, isso ocasiona uma rivalidade doentia entre as empresas e reduz os
lucros. Portanto, há a necessidade de se saber ao certo o que a clientela deseja.
Num ambiente que as exportações não eram tão exigentes e venciam de acordo com o
menor preço, as empresas e as universidades não eram tão pressionadas a aumentar a
cooperação. No entanto, hoje as empresas vêem a necessidade de aumentar a complexidade
dos seus produtos e a capacidade de atender consumidores mais exigentes. Boa parte dos
segmentos concorda que a cooperação alavanca o sucesso.
Atitude defensiva
Paternalismo
Como foi comprovado com a pesquisa o paternalismo é muito forte na Venezuela, boa
parte dos lideres entrevistados acreditam que o governo deve redistribuir riqueza e assegurar
um padrão de vida mínimo para todos os cidadãos. No entanto, há uma forte crise de
confiança entre os lideres e o setor privado. Estes não acreditam naquele e nem tomam
medidas para tirar o país da atual fase que se encontram. Dilema complexo.
Este capítulo busca explorar a influência que as crenças dos lideres tem sobre as
instituições e as estratégias concebidas pelos mesmos, bem como os sete padrões inibidores
de competitividade.
Saber quando e como se integrar para frente representa uma das mais importantes
oportunidades ocultas do crescimento. Pois, primeiramente, é preciso compreender onde se
gera a maior parte do valor em uma cadeia de produção para depois agir sobre ela.
A cooperação entre empresas pode ser considerada uma fonte oculta de crescimento e
produtividade, pois permite que as empresas envolvidas melhorem suas estruturas de custos,
maior capacidade de adicionar valor singular para clientes dispostos a pagar por isso.
Raciocinar Produtivamente
Evitar o Paternalismo
Ao invés das empresas utilizarem tempo e recursos fazendo lobby e buscando alianças
políticas, poderiam canalizar seus esforços buscando aprender e entender sobre a clientela,
custos e concorrência.
Esta terceira parte visa a conjugar toda a variedade de temas discutidos até agora sob
um modelo geral razoavelmente acessível, capaz de ajudar os leitores a romperem com esses
padrões tão persistentes.
Neste capítulo será abordado o conceito de modelo para ação. Este último, baseado na
integração de todos os componentes já discutidos no livro, permite que problemas de imensa
complexidade sejam desmembrados em partes mais acessíveis para que se possa ter uma
visão da realidade.
Resultados
Os efeitos da tentativa de mudar são identificados como resultados – positivo ou
negativo. A maioria das exportações da America latina tende a ser de setores dependentes de
fatores básicos que estão com seus preços em constante queda. Não há investimento em
setores complexos. A posição relativa não está beneficiando as empresas.
Ações Estratégicas
As ações estratégicas bem fundamentadas e voltadas para o futuro são essenciais para
se haver progresso. No entanto, as empresas que não optaram por enfrentar as mudanças do
novo mercado e o governo que não se mantém fiel a um plano econômico criam um ambiente
onde as mudanças são limitadas.
Mecanismos de direção
A forma que as pessoas pensam ou seus modelos mentais constituem a parte invisível
da competitividade, esse se mostra o ponto de alavancagem de uma mudança duradoura.
Definições
Os modelos mentais podem ser definidos como modelos simplificados do mundo que
as pessoas constroem seus próprios por que sentem a necessidade de explicar e interpretar a
realidade. Abordam a questão da mudança de paradigma que sempre é acompanhada de
anomalias. Os referenciais se baseiam nos paradigmas à disposição do individuo, e os
indivíduos podem ser agrupados de acordo com características partilhadas ou semelhantes.
Referenciais
O referencial do governo
O referencial vital do governo será fazer tudo o que for possível pelo setor privado,
menos impedir a concorrência. Infra-estrutura, educação primária e especializada, promover
alianças, criar ambientes que encorajem as exportações sofisticadas, criar ambiente
macroeconômico estável e previsível, entre outras.
Os referenciais das empresas deveriam ser trabalhados para adicionar valor singular a
seus bens e serviços, para satisfazer uma clientela mais exigente; formar alianças sobre
estratégias complexas. As empresas e o governo devem atuar em conjunto para criarem um
ambiente confiável, um sistema eficiente de justiça, que proteja os investimentos na inovação
e propriedade tangível e intangível.
Paradigmas
Este livro trata das tentativas de mudança dos paradigmas e as visões econômicas
prevalecentes sobre a geração e distribuição de riquezas. Primeiramente, antes de desenvolver
um processo de mudança, algumas precondições devem ser estabelecidas, como: a motivação
das pessoas para mudarem; a disponibilização de conhecimento para promover as mudanças;
a liderança deve ter objetivos nítidos e capacidade para facilitar a mudança. A base política
desses países devem se comprometer em uma economia baseada na inovação. As nações
devem desenvolver a capacidade de aprender e mudar. Maior preparação, conhecimento e
habilidades dos lideres para melhorar e elevar as nações. Deve se dar maior destaque ao
capital humano como único investimento com retornos ilimitados. Lideres sem medo de errar,
que tenham um pouco de técnicos, autoritários e visionários.
Conclusão