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Currículo não prioriza a emancipação social do aluno através da educação

Currículo propicia mais aprendizagens mecânicas (ensino


descontextualizado) do que significativas (aluno atribui significado ao novo
conhecimento tendo como base conhecimentos anteriores)

Quando o professor ensina de forma mecânica ou significativa ele está


expressando o que acredita ser válido no ensino. E portanto, ele também está
influenciando na formação crítica e social dos alunos.

Sala de aula representa um ambiente polarizado, onde ou o aluno ou o


professor é hipervalorizado.

No processo de ensino o educador evoca em sua prática o caráter pessoal e


voluntário da aprendizagem.

Aprendizagem: intervenção externa direcionada à um sujeito já existente


(esse conceito parece mais estar acoplado à ‘’ensino’’, mas ok).

De onde vem as atitudes dos professores? Não vem do acaso, vem de dentro
da cabeça deles, vem de uma crença do que é adequado ou inadequado na
implementação da docência. Esses valores de correto ou incorreto são
reflexo de vivências muito anteriores ao exercício da prática docente.
Já temos noção de como uma aula deve ser desde criança, o professor entra
na sala, os alunos se calam e escutam, professor escreve e o aluno anota, o
professor dá os conceitos e o aluno memoriza. Entreviste uma criança e esses
geralmente serão os resultados (já são os resultados de vários estudos).
E da infância até a docência, pros que escolhem o magistério como carreira,
esse conceito só vem se reforçando, até que viremos réplicas pedagógicas da
maioria dos professores que nos ensinaram

Por que um professor dá aula diferente do outro? Porque um professor adere


a um conjunto de valores e princípios que para ele é importante, e o outro
está vinculado à outro grupo de valores
Quais são as outras fontes que moldam essa performance do professor em
sala de aula?
Currículo
Projetos pedagógicos / Filosofia da escola ou unidade (instituição) de
ensino

A prática pedagógica é moldada por uma mistura de componentes subjetivos


importantíssimos porém pouquíssimos pensados / tomados conscientemente

Para becker, existem 3 modelos pedagógicos principais que são


fundamentados por concepções epistemológicas
Modelo pedagógico diretivo (empirista)
Modelo pedagógico relacional (construtivista)
Modelo pedagógico não-diretivo (inatista / apriorista)

Essas concepções representam a relação de ensino e aprendizagem com uma


fundamentação filosófica que pertence ao professor

A teoria empirista é a que protagoniza o ambiente educacional,


historicamente.
Modelo diretivo:
Estímulo-resposta, substituição do erro pelo acerto
Aluno como elemento central do processo de ensino
Educador não se responsabiliza pelo sucesso ou fracasso do aluno
Memorização e fixação das informações
Acúmulo das informações, partindo das mais simples para as mais
complexas
Emprego do livro didático com esse intuito
Professor acredita que o conhecimento está fora do sujeito e é
interiorizado através dos sentidos (ativados por uma ação física
perceptual)
Acredita-se na deposição do conhecimento na mente do aluno
Professor como detentor do conhecimento
Aluno tratado como folha em branco
Saberes prontos repassados
Receita de bolo, instruções seguidas passo a passo, resultados já
previstos
Ensino como ato automático
Despreza-se a subjetividade e criatividade do aluno
Após concluir essas etapas acredita que cumpriu seu papel como
educador e verifica se o aluno aprendeu através de uma avaliação
pontual composta por questões que verificam a capacidade de
memorização do aluno
Aluno produz um tipo de aprendizagem sim, mas geralmente não
vinculada a um projeto pessoal (portanto ocorrerá de forma mecânica)
O aluno apenas reproduzirá o que aprendeu mas não construirá uma
rede de significação entre o que foi exposto com o conhecimento que
já estava presente em sua vida
Modelo pedagógico relacional
Apoiado na epistemologia construtivista
Produção de aprendizagens significativas
Ensino não polarizado
Objetivos do professor estão relacionados ao perfil do aluno
(que é agora levado em consideração)
Professor busca identificar conhecimentos prévios do sujeito
para dar sentido às atividades da aula
Crê que o aluno possa problematizar certa situação e estabelecer
relações entre seu saber e o novo conhecimento
A avaliação aqui é constante, os mecanismos utilizados pelos
alunos na construção de novos conhecimentos são considerados
no processo de avaliação
Conhecimento decorre da interação aluno-professor
Relação de troca ocorre pelos projetos de ensino do professor e
de aprendizagens do aluno
Triângulo pedagógico: educador, educando e objeto de estudo
Anseios e aspirações de conhecer que movem o projeto de
aprendizagem
Busca de um currículo que contemple as carências e as reais
necessidades de uma sociedade heterogênea
Conhecer surge das circunstâncias que são promovidas
Os sistemas vivos são fechados para informações externas, sua
relação com o meio ocorre através dos sentidos e dos músculos
e glândulas. Logo, o que vem do exterior não determina o que
ocorre com o sujeito, mas provoca perturbações que
desencadeiam mecanismos neurofisiológicos que modificam o
sujeito e complexificam sua vida.
Professor relacional desenvolve , para além da capacidade
cognitiva do aluno, as capacidades motoras, afetivas, de
inserção social e relações interpessoais
Equilibração entre o desenvolvimento de diferentes tipologias
de conteúdos
Articulação entre os diferentes conteúdos > decorar uma
informação ou fato
Muitos professores se consideram facilitadores. Okay, isso a princípio parece
ser lindo, decerto. O professor chega em sala de aula, projeta um texto no
projetor ou entrega impressões com textos e fala ‘’gente, explorem o
material, o esgotem, leiam, interpretem, etc, e depois conversamos sobre
isso’’. Isso parece ser lindo, mas na verdade é não reconhecer a
heterogeneidade da turma. Nessa turma onde o professor faz isso
encontramos alunos, que tão distantes uns dos outros por uma cadeira de
distância, mas seus contextos educacionais são espaçados por uma zona
maior que um abismo. De um lado temos uma menininha que acabou de sair
do ari de sá e do outro temos um menino que saiu de uma escola pública-
técnica, onde de manhã ele estudava e não tinha um terço da qualidade de
ensino dessa menina, e de tarde ele engajava em um curso técnico que o fazia
pertencente à qualquer coisa menos à uma perspectiva e ensino superior (no
fundo a gente sabe que esses cursos só querem formar uma massa
trabalhadora não pertencente às universidades).
Esses textos que são iguais para todos vão ter interpretações completamente
diferentes (obviamente, porque são pessoas diferentes que interpretariam de
forma diferente mesmo tendo um nível educacional muito similar). Mas o
que quero dizer é que esses níveis de interpretação muitas vezes não são
sequer equiparáveis.
O triste e sequer percebido é quando a professora fala ‘’tá bom gente, acabou
o tempo, vamos analisar o texto e discutir’’.
A(o) aluna(o) com maiores oportunidades vai, caso não seja introvertido e
esteja interessado em participar, desenvolver a conversa com a professora.
O(a) aluno(a) que não teve as mesmas oportunidades e não conseguiu tão
bem entender o texto vai, muitas vezes, começar a se comparar, e acoplado
à isso vem a culpa ‘’eu nunca vou chegar nesse patamar, não consigo sequer
interpretar um texto’’. E introvertido ele fica, por mais que tenha vontade de
participar.
O que acontece aqui é que muitas vezes o aluno com uma realidade mais
empobrecida atribui isso à algo inato, algo com o qual nasceu assim e
carregará por toda vida, isso compromete de forma tão significativa a
autoestima dos mesmos que vocês sequer imaginam.
Não se deve favorecer um ambiente onde se culpa o aluno, devemos perceber
a culpa/peso do contexto no qual ele se maturou.
Mas dessa forma se aproveita o contexto (favorecido dos favorecidos) e se
culpa o aluno.
Invertendo o que seriam algumas das principais metas da educação:
emancipação social e inclusão.

Há muita perversidade sequer entendida / percebida por detrás do professor


que se diz facilitador.
Existe aqui a reciclagem de valores que reforçam a cisão de classes, fazendo
de novo o rico se sentir mais inteligente e o pobre se sentir mais burro,
mesmo em um ambiente chamado universidade, onde somente alguns astros
são contemplados.

Conhecer essa epistemologia permite identificar e interpretar os saberes utilizados


pelos profissionais, contidos em seu discurso e prática pedagógica

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