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Pois bem, além dos fatos delineados na inicial, acresce o Autor que seu pleito
merece guarida afinal outras personagens envolvidas foram afastadas da
Administração Municipal e assim permanecem até então.
É o breve resumo.
Decido.
Assinado eletronicamente por Taiane Danusa Gusmão Barroso Sande, Juiz(a) de 2ª Vara Civel de Itabaiana,
em 20/03/2019 às 18:31:47, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2019000663340-83. fl: 1/4
“Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se
efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.
Sobre isso, é inegável a robustez probatória avistada nos autos que, de tão densa,
implicou a concessão da cautela patrimonial inaudita altera pars em desfavor dos
Réus. A meu ver, a despeito da necessária oferta de contraditório e ampla defesa
aos Réus, o feito está bem instruído.
Ainda, sabe-se que os supostos ilícitos que lhe foram atribuídos estão,
necessariamente, vinculados à exploração de atividade econômica no Matadouro
Público local, logo a descontinuidade do negócio pelo fechamento deste inibe, em
tese, a ocorrência de novas práticas idênticas às noticiadas nos autos, afastando o
risco da continuidade no cargo. Por óbvio, dadas as circunstâncias, em havendo
indicativo de retomada da atividade, não há óbice à reapreciação da medida
reclamada.
Assinado eletronicamente por Taiane Danusa Gusmão Barroso Sande, Juiz(a) de 2ª Vara Civel de Itabaiana,
em 20/03/2019 às 18:31:47, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
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bem destacado pelos Patronos do agravante, o matadouro municipal de
Itabaiana/SE encontra-se fechado desde o dia 08/11/2018, aguardando a
adoção de providência das autoridades públicas para o seu regular
funcionamento dentro dos ditames legais, o que demonstra que, mesmo com
o retorno do agravante a sua função de Prefeito, nenhum ato poderá ser
praticado no referido estabelecimento para interferir em futura instrução
criminal ou para fomentar outras práticas delitivas, em que pese reconheça,
como já dito, que outros atos podem ser praticados pelo Gestor Municipal
para que o setor volte a funcionar obedecendo os ditames legais. Ademais, é
preciso destacar também que o agravante se encontra em liberdade desde o
dia 22/11/2018, quando iniciou o cumprimento da medida cautelar de
afastamento do cargo, ou seja, a quase 120 (cento e vinte) dias, e até o
presente momento não se tem notícias de que esteja descumprindo qualquer
medida ou interferindo nas investigações. Logo, em que pese reconheça a
presença do fumus comissi delicti, consubstanciado na prova da
materialidade e nos indícios de autoria, não vislumbro neste momento a
necessidade de manutenção da medida cautelar de afastamento do cargo de
Prefeito do agravante para a aplicação da lei penal, para conveniência da
investigação ou instrução ou para evitar novas práticas delitivas, se
revelando, neste momento, desproporcional a manutenção da referida
cautelar. Cabe ressaltar que, como o STJ, se em ações de improbidade há
prazo certo de afastamento, qual seja, 180 dias, não há porque numa ação
penal (que ainda está em fase embrionária), suplante tal prazo. Além disso,
embora não se evidencie desídia do Judiciário na condução do
procedimento, verifica-se que o afastamento do paciente do cargo de prefeito
municipal, que já perdura por quase 120 (cento e vinte) dias, mostra-se
suficiente e com possibilidade de extrapolar os limites da razoabilidade,
mostrando-se imperioso o afastamento da medida cautelar em questão, sob
pena de cassação indireta do mandato, uma vez que não há previsão para o
início e término de possível instrução criminal. No mesmo diapasão, há que
ser dito que não há nenhuma referência à possibilidade de o agravante fugir
ou deixar de cooperar com o curso processual.
Intimem-se.
Assinado eletronicamente por Taiane Danusa Gusmão Barroso Sande, Juiz(a) de 2ª Vara Civel de Itabaiana,
em 20/03/2019 às 18:31:47, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
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Juiz(a) de 2ª Vara Civel de Itabaiana, em 20/03/2019, às 18:31:47, conforme art. 1º, III,
"b", da Lei 11.419/2006.
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em 20/03/2019 às 18:31:47, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
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