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1.

DESPESA X DESPESA ORÇAMENTÁRIA


1.1. CONCEITO

Atenção!
• Todo ingresso de recursos no caixa do tesouro é receita, mas nem todo ingresso de
recursos no caixa do tesouro é receita pública, pois a receita pública é chamada de receita
orçamentária, a qual é aquela que se pode utilizar para financiar os programas de
governo.
• Ocorre o mesmo com as despesas. Toda saída de recurso do caixa do tesouro é
despesa, mas nem toda saída de recurso do caixa do tesouro é despesa pública, pois
esta é apenas aquela que está autorizada em lei.
• O orçamento é o instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou privada,
e representa o fluxo de ingressos e aplicação de recursos em determinado período. É por
meio do orçamento que se faz uma estimativa de receitas e uma fixação das despesas.
Obs.: O início da elaboração do orçamento ocorre com a definição das metas de
resultado, com a previsão de receitas e com a fixação das despesas, sendo fixadas
primeiro as despesas obrigatórias (transferências constitucionais, pagamento de pessoal
etc.) e depois as discricionárias.

Atenção!
A receita orçamentária não precisa estar autorizada, já as despesas orçamentárias
precisam.

• Para o setor público, é de vital importância, pois é a lei orçamentária que fixa a despesa
pública autorizada para um exercício financeiro. A despesa pública é o conjunto de
dispêndios realizados pelos entes públicos para o funcionamento e manutenção dos
serviços públicos prestados à sociedade.
• Os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orçamentários e
extraorçamentários.
• Segundo o art. 35 da Lei n. 4.320/1964:

Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.

• Dessa forma, despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização


legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
Obs.: A movimentação no SIAFI ocorre com nota de dotação (ND).

• Dispêndio (saída) extraorçamentário é aquele que não consta na lei orçamentária


anual, compreendendo determinadas saídas de numerários decorrentes de depósitos,
pagamentos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de
receita e recursos transitórios (exemplos: pagamentos de restos a pagar, devoluções de
calções, garantias e fianças, depósitos judiciais, consignações, etc.).
• Para fins contábeis, a despesa orçamentária pode ser classificada quanto ao impacto na
situação líquida patrimonial em:
a. Despesa orçamentária efetiva – aquela que, no momento de sua realização, reduz a
situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo
(diminui o patrimônio).
b. Despesa orçamentária não efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não
reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo (não
altera o patrimônio).
• (Em geral, a despesa orçamentária efetiva é despesa corrente. Entretanto, pode haver
despesa corrente não efetiva como, por exemplo, a despesa com a aquisição de materiais
para estoque e a despesa com adiantamentos, que representam fatos permutativos.) CAI!
• A despesa não efetiva normalmente se enquadra como despesa de capital. Entretanto,
há despesa de capital que é efetiva, como, por exemplo, as transferências de capital, que
causam variação patrimonial diminutiva e, por isso, classificam-se como despesa efetiva.

1.2. ETAPAS DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA

- Fixação
Planejamento - Descentralização
- Programação financeira
- Licitação
• A fixação ocorre quando se tem a aprovação da LOA.

1.2.1. PLANEJAMENTO

• A etapa do planejamento abrange, de modo geral, toda a análise para a formulação do


plano e ações governamentais que serviram de base para a fixação da despesa
orçamentária, a descentralização/movimentação de créditos, a programação orçamentária
e financeira, e o processo de licitação e contratação.
Obs.: Na execução, os estágios são:

- Empenho
Execução - Empenhos a liquidar
- Liquidação
- Pagamento

1.2.1.1. FIXAÇÃO DA DESPESA

O pulo do gato
A banca pode utilizar os termos “etapas” e “estágios” com o mesmo significado.

• A fixação da despesa refere-se aos limites de gastos (limite autorizado para o órgão),
incluídos nas leis orçamentárias com base nas receitas previstas, a serem efetuados
pelas entidades públicas. A fixação da despesa orçamentária insere-se no processo de
planejamento e compreende a adoção de medidas em direção a uma situação idealizada,
tendo em vista os recursos disponíveis e observando as diretrizes e prioridades traçadas
pelo governo.
• Conforme art. 165 da Constituição Federal de 1988, os instrumentos de planejamento
compreendem o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária
Anual.
• O processo da fixação da despesa orçamentária é concluído com a autorização dada
pelo Poder Legislativo por meio da Lei Orçamentária Anual, ressalvadas as eventuais
aberturas de créditos adicionais no decorrer da vigência do orçamento.

1.2.1.2. DESCENTRALIZAÇÕES DE CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS


SIAFI
Nota de (ND) Orçamento Financeiro
Dotação Dotação Cota
UO UO UO
Destaque Repasse
Provisão Sub-repasse
Nota de (NC) UA
Crédito
• As descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada
movimentação de parte do orçamento, mantidas as classificações institucional, funcional,
programática e econômica, para que outras unidades administrativas possam executar a
despesa orçamentária.
• Ideia da classificação institucional:
X X . YY.YYY . ZZ.ZZZ . PPPP . AAAA . LLLL .... A.B.C.D
Esfera Institucional Funcional Programas Ações Localizador

• As descentralizações de créditos orçamentários não se confundem com transferências e


transposição, pois:
a) não modificam a programação ou o valor de suas dotações orçamentárias (créditos
adicionais); e
b) não alteram a unidade orçamentária (classificação institucional) detentora do crédito
orçamentário aprovado na lei orçamentária ou em créditos adicionais.
• Quando a descentralização envolver unidades gestoras de um mesmo órgão tem-se a
descentralização interna, também chamada de provisão. Se, porventura, ocorrer entre
unidades gestoras de órgãos ou entidades de estrutura diferente, ter-se-á uma
descentralização externa, também denominada de destaque.
Obs.: Se o executor entender que é necessário alterar a finalidade, o valor ou outras
questões, é necessário pedir autorização para o órgão que é dono do crédito.

• Na descentralização, as dotações serão empregadas obrigatória e integralmente


na consecução do objetivo previsto pelo programa de trabalho pertinente,
respeitadas fielmente a classificação funcional e a estrutura programática. CAI!
• Portanto, a única diferença é que a execução da despesa orçamentária será realizada
por outro órgão ou entidade.
• Para a União, de acordo com o inciso III do § 1º do art. 1º do Decreto n.6.170/2007, a
descentralização de crédito externa dependerá de termo de cooperação (TED), ficando
vedada a celebração de convênio para esse efeito.
• A execução de despesas da competência de órgãos e unidades do ente da Federação
poderá ser descentralizada ou delegada, no todo ou em parte, a órgão ou entidade de
outro ente da Federação, desde que se mostre legal e tecnicamente possível.
• Tendo em vista o disposto no art. 35 da Lei n. 10.180, de 6 de fevereiro de 2001, a
execução de despesas mediante descentralização a outro ente da Federação processar-
se-á de acordo com os mesmos procedimentos adotados para as transferências
voluntárias, ou seja, empenho, liquidação e pagamento na unidade descentralizadora do
crédito orçamentário e inclusão na receita e na despesa do ente recebedor dos recursos
objeto da descentralização, identificando-se como recursos de convênios ou similares.
1.2.1.3. Programação Orçamentária e Financeira

• A programação orçamentária e financeira consiste na compatibilização do fluxo dos


pagamentos com o fluxo dos recebimentos, visando ao ajuste da despesa fixada às
novas projeções de resultados e da arrecadação.
Imediatamente a seguir a promulgação da Lei Orçamentária Anual (LOA), o chefe do
Executivo deve aprovar um quadro de cotas trimestrais com base nas dotações
recebidas por cada órgão. Essas cotas trimestrais visam à compatibilização do fluxo de
pagamentos com a expectativa de arrecadação. A ideia é criar esse equilíbrio para não
haver problemas de caixa.
• Se houver frustração da receita estimada no orçamento, deverá ser estabelecida
limitação de empenho e movimentação financeira, com objetivo de atingir os resultados
previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e impedir a assunção de
compromissos sem respaldo financeiro, o que acarretaria uma busca de socorro no
mercado financeiro, situação que implica em encargos elevados.
As receitas são desdobradas em metas bimestrais de arrecadação. Com um melhor
controle, é possível promover ajustes de acordo com as necessidades, conforme o artigo
9º da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A frustração da receita é quando se esperava
receber e não se recebeu.
Na renúncia, abre-se mão de receber.
• A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) definiu procedimentos para auxiliar a
programação orçamentária e financeira nos arts. 8º e 9º:
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser
a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art.
4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de
execução mensal de desembolso. [...] CAI!
Após a promulgação, elabora-se um quadro de cotas trimestrais. No prazo de 30 dias
após a publicação da LOA, é obrigatória a elaboração do decreto de programação
financeira com valores mensais para despesa.
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no
Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio
e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e
movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes
orçamentárias.
O resultado primário é aquele resultado que envolve receitas não financeiras menos
despesas não financeiras, enquanto o resultado nominal envolve tudo: receitas menos
despesas, incluindo as financeiras.
1.2.1.4. Processo de Licitação e Contratação

Para muitos doutrinadores, a licitação está associada a execução. O Manual de


Contabilidade passou a entender que a licitação faz parte da etapa do planejamento. A
licitação não entra na etapa da execução, mas sim na etapa do planejamento.

1.2.2. Execução

A execução da despesa orçamentária se dá em três estágios, na forma prevista na Lei n.


4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento.

1.2.2.1. Empenho

Empenho, segundo o art. 58 da Lei n. 4.320/1964, é o ato emanado de autoridade


competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição. Consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim
específico.
A autoridade competente é o ordenador de despesas. O empenho nem sempre gera uma
obrigação de pagamento. Essa obrigação fica pendente ou não de implemento de
condição. Em algumas situações fica pendente em outras não. O empenho consiste por
uma reserva de dotação orçamentária para um fim específico. Segundo a Lei n.
4.320/1964, houve a materialização da obrigação, só está pendente do implemento da
obrigação (entrega da mercadoria). Pertence ao exercício as despesas nele legalmente
empenhadas.
O não implemento de condição seria, no caso, por exemplo, de uma transferência
constitucional onde não é necessário que haja contrapartida: recursos transferidos para a
área da Saúde, de Educação de um Estado e esse Estado não precisa devolver esses
recursos na forma de bens e serviços.
• O empenho gera obrigações recíprocas (entregar a mercadoria e pagar);
• O emprenho reduz a dotação disponível;
• O empenho pode ser cancelado total ou parcialmente. Se for cancelado, dentro do
exercício, o valor cancelado volta para a dotação disponível;
• O empenho é uma garantia dada ao fornecedor.
O empenho será formalizado mediante a emissão de um documento denominado “Nota
de Empenho”, do qual deve constar o nome do credor, a especificação do credor e a
importância da despesa, bem como os demais dados necessários ao controle da
execução orçamentária.
É vedada a realização da despesa sem prévio empenho. Em situações excepcionais é
possível a realização de despesas sem a Nota de Empenho, que pode ser substituída por
um contrato.
O artigo 24 do Decreto n. 93.872/86 estabelece que, em casos de urgência definidos em
lei, a despesa e o empenho poderão ser contemporâneos. A regra é que o empenho
ocorre sempre antes da despesa e origina a Nota de Empenho. A exceção ocorre nos
casos de urgência e permite que no mesmo dia em que for tirada a nota fiscal deve ser
tirada a Nota de Empenho.
É vedada a emissão da Nota de Empenho com data posterior a nota fiscal.
Não se pode efetuar uma despesa sem empenho. Podem-se realizar despesas sem Notas
de Empenho nos casos de urgência previstos em lei.
Embora o art. 61 da Lei n. 4.320/1964 estabeleça a obrigatoriedade do nome do credor
no documento Nota de Empenho, em alguns casos, como na Folha de Pagamento,
torna-se impraticável a emissão de um empenho para cada credor, tendo em vista o
número excessivo de credores (servidores). Caso não seja necessária a impressão do
documento “Nota de Empenho”, o empenho ficará arquivado em banco de dados, em tela
com formatação própria e modelo oficial, a ser elaborado por cada ente da Federação em
atendimento às suas peculiaridades.
Quando o valor empenhado for insuficiente para atender à despesa a ser realizada, o
empenho poderá ser reforçado. Caso o valor do empenho exceda o montante da despesa
realizada, o empenho deverá ser anulado parcialmente.

A nota de empenho é muito comum nas transações comerciais porque representa uma
garantia para o fornecedor. A regra é que os empenhos que não forem liquidados, que o
fornecedor não entregar até 31 de dezembro, sejam cancelados.
Cancelado o empenho dentro do exercício, aquela dotação vinculada ao empenho retorna
para o disponível.
O empenho é sempre obrigatório.
A nota de empenho não é obrigatória, pode ser substituída e, em situações de urgência, o
empenho e a despesa podem ser contemporâneos.

Atenção!

A lei determina que é vedada a despesa sem prévio empenho, mas é possível efetuar
uma despesa sem prévio empenho nos casos de urgência, empenho e despesa podem
ser contemporâneos.

Será anulado totalmente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido, ou ainda,
no caso de ter sido emitido incorretamente.
Os empenhos podem ser classificados em:
a. Ordinário: é o tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente
determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez;
O pagamento é de uma só vez porque o fornecedor vai entregar a mercadoria igualmente
de uma só vez.
b. Estimativo: é o tipo de empenho utilizado para as despesas cujo montante não se
pode determinar previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia
elétrica, aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros; e
c. Global: é o tipo de empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor
determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos decorrentes
de aluguéis.

Há quem faça referência a uma suposta quarta classificação: o pré-empenho, mas que
hoje não faz muito sentido e nem pode ser considerado como um tipo de empenho. Nos
anos 90, utilizava-se muito a figura do pré-empenho, que era uma forma de garantir o
crédito recebido. Por exemplo, o crédito era recebido na data de hoje e era elaborado um
processo licitatório que demoraria 90 dias. Nesses 90 dias, havia o risco de perder o
crédito e, para não perdê-lo, era feito um pré-empenho, que era uma forma de sinalizar
que o crédito seria utilizado. O pré-empenho seria uma forma de camuflar o crédito
disponível.
Hoje nem é recomendável a utilização do pré-empenho, porque, na realidade, é um
documento feito no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
(SIAFI), como o empenho, e tem a função de garantir que aquele crédito não será
utilizado por outro. Não tem validade jurídica, não tem valor para fins contábeis, é apenas
uma ferramenta do sistema utilizada para sinalizar.
É recomendável constar no instrumento contratual o número da nota de empenho, visto
que representa a garantia ao credor de que existe crédito orçamentário disponível e
suficiente para atender a despesa objeto do contrato. Nos casos em que o instrumento de
contrato é facultativo, a Lei n. 8.666/1993 admite a possibilidade de substituí-lo pela nota
de empenho de despesa, hipótese em que o empenho representa o próprio contrato.

1.2.2.2. Liquidação
Pertencem ao exercício as despesas legalmente empenhadas. O empenho é a base para
o registro contábil e gera uma obrigação de pagamento.
Qual é a diferença entre empenho a liquidar e liquidação?
No empenho a liquidar, a administração recebeu o produto, mas ainda não foi possível a
sua verificação, por exemplo, a compra de um aparelho de RX que necessita de
verificação técnica.
A liquidação é a verificação do direito do credor, conferindo-se a documentação
comprobatória. CAI!
Conforme dispõe o art. 63 da Lei n. 4.320/1964, a liquidação consiste na verificação do
direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito e tem por objetivo apurar:
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor
tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
§ 1º Essa verificação tem por fim apurar:
I – a origem e o objeto do que se deve pagar;
II – a importância exata a pagar;
III – a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação. CAI!
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por
base:
I – o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
II – a nota de empenho;
III – os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.

1.2.2.3. Pagamento

O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor por meio de cheque nominativo,


ordens de pagamentos ou crédito em conta ou para pagamento “na boca do caixa” e só
pode ser efetuado após a regular liquidação da despesa.
A ordem bancária assinada pelo ordenador de despesas e pelo tesoureiro é encaminhada
ao Banco do Brasil, que transfere o pagamento para a conta do credor. Cada ordenador
de despesas possui uma conta virtual, para ele pagar é necessário que ele tenha
financeiro, que tenha havido o sub-repasse para ele.
A Lei n. 4.320/1964, no art. 64, define ordem de pagamento como sendo o despacho
exarado por autoridade competente, determinando que a despesa liquidada seja paga.
A ordem de pagamento só pode ser exarada em documentos processados pelos serviços
de contabilidade.
Existe um limite de pagamento (o que há disponível no financeiro para pagar) e um limite
de empenho (dotação do crédito disponível).
Em termos de estágios da execução das despesas, há o empenho, o empenho a liquidar,
a liquidação, o pagamento e a avaliação. A avaliação consiste na comparação do que foi
feito em termos de programa de governo, verificar se foi cumprido o que estava
estabelecido no programa de governo.

Atenção!
Há três tipos de empenho: ordinário, estimativo e global. Lembrar que o pré-empenho não
é forma de empenho. É possível fazer uma despesa sem nota de empenho, mas não é
possível fazer despesa sem empenho. Entretanto, é possível fazer uma despesa sem
prévio empenho, desde que despesa e empenho sejam contemporâneos.

1.3 Restos a Pagar


A despesa pública passa por estágios do empenho, empenho a liquidar, liquidação,
pagamento e avaliação. Pode ocorrer que no final do exercício uma despesa seja
realizada, empenhada, por exemplo, e não liquidada. Quando isso acontece, surge a
figura dos restos a pagar.
Restos a pagar (RP) são despesas que foram empenhadas e não pagas até 31 de
dezembro. Muitas vezes, com a proximidade do fim do ano, há uma tendência a gastar
tudo o que recebeu de autorização, empenha-se e não tem tempo de pagar porque, por
exemplo, a mercadoria não foi entregue ou o serviço não foi prestado.
No fim do exercício, as despesas orçamentárias empenhadas e não pagas serão inscritas
em restos a pagar e constituirão a dívida flutuante. Podem-se distinguir dois tipos de
restos a pagar: os processados e os não processados. Os restos a pagar processados
são aqueles em que a despesa orçamentária percorreu os estágios de empenho e
liquidação, restando pendente apenas o estágio do pagamento. Em geral, não podem ser
cancelados, tendo em vista que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação
de fazer e a Administração não poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar.
Pontos relevantes
• RP – Despesas empenhadas e não pagas até 31.12
Inscritos em 31.12 Processados – Liquidados
Não processados – Não liquidados
Os RP processados são referentes a despesa que foi empenhada, o fornecedor entregou
a mercadoria ou prestou o serviço, mas não recebeu o pagamento. Os não processados
são os não liquidados, que, na realidade, nem deveriam existir. Analisando friamente, se
chega 31.12, os empenhos foram efetuados e o fornecedor não cumpriu sua etapa, eles
deveriam ser cancelados.
Não serão cancelados quando houver uma expectativa de entrega ou prestação de
serviço por parte do fornecedor, situações em que não se podem cancelar o empenho.
No ano de 2017, o SIAFI encerrou as suas atividades às 12h30 do dia 31 de dezembro,
prazo limite para ainda aceitar empenhos. Obviamente o fornecedor não entregaria a
mercadoria nesse mesmo dia 31 de dezembro e, portanto, a inscrição desses empenhos
foi feita em RP não processados.
A inscrição em RP é uma receita extraorçamentária e o pagamento é uma despesa
extraorçamentária. Quando é pago o RP, não é necessária autorização legislativa. No
caso do pagamento de uma despesa que não precise de autorização legislativa, é uma
despesa extraorçamentária.
RP processados
A inscrição é automática no SIAFI. Quando a despesa for liquidada, quando o fornecedor
presta o seu serviço ou entrega a mercadoria, ocorre a apropriação da despesa, que é o
reconhecimento contábil de que houve uma entrada de mercadoria e automaticamente
criada a obrigação de pagar, contabilmente.
O SIAFI reconhece que, a partir daquele momento, o Estado está obrigado a pagar. Se
chegar a 31 de dezembro e não ocorreu o pagamento, o SIAFI entende que deve ser
inscrito em RP.
Os eventos são códigos dentro do SIAFI que realizam toda a contabilidade. Ao ser
colocado um código específico, ele automaticamente realiza os lançamentos contábeis.
Os RP processados não podem ser cancelados, mas a Administração Pública tem um
prazo para efetuar o pagamento. O direito do credor prescreve em cinco anos.
Os RP processados não podem ser cancelados porque o fornecedor já cumpriu a sua
etapa. Se a Administração Pública cancelasse, seria uma apropriação indébita, o Estado
estaria dando o “calote” no fornecedor.
Os RP são denominados de resíduos passivos.
A inscrição dos RP exige que se faça um processo de depuração, que verifica se o credor
tem realmente o direito ou não.
Os RP, como um todo, são tratados como dívida flutuante.
A dívida flutuante não precisa de autorização legislativa. Os RP se enquadram
perfeitamente dentro desse contexto porque não precisam de autorização legislativa para
serem pagos.
O pagamento de um RP é uma despesa extraorçamentária.
A dívida flutuante é aquela dívida que tem prazo para pagamento ou amortização inferior
a 12 meses. Existe uma diferença entre dívida flutuante e dívida fundada. Além do período
de 12 meses (máximo), é a não necessidade de autorização legislativa.
Os casos de dívida flutuante são: RP, serviço da dívida a pagar, débitos de tesouraria
(antecipações de receitas orçamentárias), restituições.

Atenção!
A dívida flutuante é materializada não apenas pelo prazo, que é de 12 meses, mas
também pela não necessidade de autorização legislativa.
Em 2017 havia uma despesa fixada de R$1.000,00, uma despesa empenhada de R$
900,00, uma despesa liquidada de R$ 600,00 e uma despesa paga de R$ 600,00, sendo
R$ 100,00 relativos a Restos a Pagar ( RP) de 2016 .
Qual o montante de RP processados e não processados em 2017?
RP→ Empenhadas (900) – Pagas (500) = 400
RP→ Processados → Liquidados (-) pagas = 600 – 500 = 100
RP→ Não Processados → Empenhados (-) Liquidados= 900 – 600= 300
Os RP são formados por RP processados e não processados.
• Serão inscritas em restos a pagar processados as despesas liquidadas e não pagas no
exercício financeiro, ou seja, aquelas em que o serviço, obra ou material contratado tenha
sido prestado ou entregue e aceito pelo contratante.

Também serão inscritas as despesas não liquidadas quando o serviço ou material


contratado tenha sido prestado ou entregue e que se encontre, em 31 de dezembro de
cada exercício financeiro, em fase de verificação do direito adquirido pelo credor ou
quando o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor estiver vigente.
A figura dos RPs não processados não deveria existir. Por exemplo, chegou o dia 31 de
dezembro, o fornecedor não fez o serviço ou não entregou a mercadoria: cancela-se. Mas
há uma excepcionalidade que ocorre naquelas situações que envolvem contratos ou nas
quais o fornecedor assume a responsabilidade de cumprir a curto prazo. Existe na
Administração Pública o interesse nesse serviço ou na mercadoria e inscreve-se em RP
não processados. A inscrição em RP não processados não é automática, ela é feita após
o processo de depuração (um processo de análise) pela própria repartição pública. Não
sendo efetuada a inscrição, o sistema cancela o empenho e o órgão não receberá o
financeiro para pagamento.
Se o órgão inscrever nos RP não processado e a empresa fornecedora falir ou não
cumprir o ajustado?
Cancelar RP de ano anterior, para a Lei n. 4.320/1964, significa que a Administração
Pública terá uma receita orçamentária do exercício do cancelamento. Essa é a posição da
lei e também que a FCC adota.
O CESPE, seguindo o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP), criou
jurisprudência: o cancelamento de RP não processado em 2018 de uma despesa de 2017
não significa receita orçamentária, é apenas um ajuste contábil.
• A inscrição de despesa em restos a pagar não processados é procedida após a
anulação dos empenhos que não podem ser inscritos em virtude de restrição em norma
do ente, ou seja, verificam-se quais despesas devem ser inscritas em restos a pagar e
anulam-se as demais para, após, inscreverem-se os restos a pagar não processados do
exercício.
• No momento do pagamento de restos a pagar referente à despesa empenhada pelo
valor estimado, verifica-se se existe diferença entre o valor da despesa inscrita e o valor
real a ser pago; se existir diferença, procede-se da seguinte forma:
• Se o valor real a ser pago for superior ao valor inscrito, a diferença deverá ser
empenhada a conta de despesas de exercícios anteriores;
• Se o valor real for inferior ao valor inscrito, o saldo existente deverá ser cancelado.

Por exemplo, no dia 30 de dezembro de 2017, foi efetuado um empenho de R$ 40.000,00.


No dia 31 de dezembro de 2017, foi efetuada a inscrição em RP no valor de R$ 40.000,00.
No dia 20 de março de 2018, o fornecedor entregou a mercadoria e houve a liquidação no
valor de R$ 45.000,00.
Na liquidação de R$ 45.000,00, é necessário realizar um empenho de R$ 5.000,00 à
conta da dotação e despesas de exercícios anteriores. Em 20 de março de 2018, será
realizado um empenho complementar no valor de R$ 5.000,00.
O empenho era de R$ 40.000,00, em 31 de dezembro encerrou o exercício, portanto em
2018 não há mais condições de realizar dotações de 2017, mas é necessário arranjar R$
5.000,00. A única solução é realizar um empenho com dotação em 2018 e, ao adotar esse
procedimento, trata-se de uma despesa de exercícios anteriores, ou seja, esses R$
5.000,00 que serão utilizados para complementar os R$ 40.000,00 empenhados sairão de
uma dotação de 2018, que será denominada dotação de despesas de exercícios
anteriores e é Despesas de Exercícios Anteriores (DEA).
A DEA é uma despesa que aconteceu em 2017, mas que por algum motivo não foi
empenhada. Houve a despesa que apresenta um valor maior do que o valor empenhado,
consequentemente o ordenador de despesas está reconhecendo os R$ 5.000,00 e, ao
reconhecê-los, manda pagar utilizando a dotação e 2018.
Esses R$ 5.000,00 a mais normalmente são decorrentes de variação cambial, de uma
majoração tributária por parte do próprio governo.
Se ao contrário de uma despesa de R$ 40.000,00 fosse, no momento da liquidação, uma
despesa de R$ 35.000,00, R$ 5.000,00 deveriam ser cancelados. Quando em 2018 é feito
o cancelamento de R$ 5.000,00 relativos a uma despesa de 2017, para o CESPE e a
FGV, basta apenas um ajuste contábil, e a Lei n. 4.320/1964 estabelece que esses R$
5.000,00 serão uma receita orçamentária de 2018.

A inscrição de restos a pagar deve observar as disponibilidades financeiras e condições


de modo a prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
públicas, conforme estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Existe o limite de empenho representado pela dotação e existe o limite de pagamento, que
é o financeiro. Se o limite de empenho (LE) é maior do que o limite de pagamento (LP),
gera um RP.
• Assim, observa-se que, embora a LRF não aborde o mérito do que pode ou não ser
inscrito em restos a pagar, veda contrair obrigação no último ano do mandato do
governante sem que exista a respectiva cobertura financeira, eliminando, dessa forma, as
heranças fiscais, conforme disposto no seu art. 42:

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois
quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser
cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício
seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os
encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.
A LRF, no artigo 42, estabeleceu um pormenor importantíssimo sobre os RP. No último
ano de mandato, nos dois últimos quadrimestres, não pode o titular de poder ou órgão
referido no artigo 20 (Executivo, Legislativo e Judiciário) assumir despesas que não
possam ser pagas dentro do exercício ou que tenham parcelas a vencer no exercício
seguinte para não gerar dívidas para o sucessor.

Atenção!

Os RP processados não são cancelados e o direito do credor prescreve em 5 anos. As


liquidações de mercadorias e serviços que o fornecedor ainda possa entregar ou cumprir
devem ser inscritos em RP não processados. Se nos dois últimos quadrimestres de
mandato houver despesas que não poderão ser pagas dentro do exercício, não podem
ser realizadas a não ser que haja disponibilidade financeira e se efetue a vinculação do
financeiro às despesas.

Portanto, é necessário que a inscrição de despesas orçamentárias em restos a pagar


observe a legislação pertinente.

1.3.1 Inscrição em Restos a Pagar não Processados

• A norma estabelece que, no encerramento do exercício, a parcela da despesa


orçamentária que se encontrar empenhada mas ainda não foi paga será considerada
restos a pagar.
• O raciocínio implícito na lei é de que a receita orçamentária a ser utilizada para
pagamento da despesa empenhada em determinado exercício já foi arrecadada ou ainda
será arrecadada no mesmo ano e estará disponível no caixa do governo ainda neste
exercício. Logo, como a receita orçamentária que ampara o empenho pertence ao
exercício e serviu de base, dentro do princípio orçamentário do equilíbrio, para a fixação
da despesa orçamentária autorizada pelo Poder Legislativo, a despesa que for
empenhada com base nesse crédito orçamentário também deverá pertencer ao exercício.
Quando se procede a inscrição em RP, é porque há financeiro para isso, o dinheiro está
no caixa. O serviço ou a mercadoria não é paga porque o fornecedor não prestou o
serviço ou entregou a mercadoria. Não se pode considerar esse recurso como superávit
financeiro, pois seria indevido porque, na realidade, esse recurso está vinculado, existe
uma despesa vinculada e o artigo 8º da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece
que recursos legalmente vinculados a uma finalidade específica devem ser utilizados para
pagar aquela despesa.
A fórmula do superávit financeiro é ativo financeiro menos passivo financeiro, ou seja,
essas situações geram passivos financeiros (o que se tem no caixa menos as obrigações
que estão vinculadas).
• Dessa forma, para atendimento da Lei n. 4.320/1964, é necessário o reconhecimento do
passivo financeiro, mesmo não se tratando de uma obrigação presente por falta do
implemento de condição.
• Assim, suponha os seguintes fatos a serem registrados na contabilidade de um
determinado ente público:
a. Recebimento de receitas tributárias no valor de $1000 unidades monetárias;
b. Empenho da despesa no valor de $900 unidades monetárias;
c. Liquidação de despesa corrente no valor de $700 unidades monetárias; e
d. Inscrição de Restos a Pagar, sendo $700 de Restos a Pagar Processados e $200 de
Restos a Pagar Não Processados ($900-700).

Os RP não processados são inscritos em 31/12. A Lei n. 4.320/1964 dispõe que os RP


não processados devem ser cancelados em 31/12 do ano seguinte. O Decreto n.
93.872/1986 estabelece exatamente o mesmo. Mais recentemente, o Decreto n.
7.654/2011 estabeleceu que o cancelamento de um RP não processado ocorrerá em
30/06 do 2º ano subsequente à inscrição.

Atenção!
O que vale hoje é que RP não processados serão cancelados em 30/06 do 2º ano
subsequente à inscrição.
O reconhecimento da despesa orçamentária ao longo do exercício deve ser realizado no
momento do empenho com a assunção de um passivo financeiro orçamentário.
Assim, para maior transparência, as despesas executadas devem ser segregadas em:
• Despesas liquidadas, consideradas aquelas em que houve a entrega do material ou
serviço, nos termos do art. 63 da Lei nº 4.320/1964; e
• Despesas não liquidadas, inscritas ao encerramento do exercício como restos a pagar
não processados.
1.3.2. Despesas de Exercícios Anteriores

Nos empenhos cancelados, estando vigentes os direitos do credor, podem tornar-se


Despesas de Exercícios Anteriores (DEA). Aquelas despesas que não foram
empenhadas, mas que o credor reclamou o direito, também passam a ser pagas por DEA.
• São despesas fixadas, no orçamento vigente, decorrentes de compromissos assumidos
em exercícios anteriores àquele em que deva ocorrer o pagamento. Não se confundem
com restos a pagar, tendo em vista que sequer foram empenhadas ou, se foram, tiveram
seus empenhos anulados ou cancelados.
• O art. 37 da Lei n. 4.320/1964 dispõe que as despesas de exercícios encerrados, para
as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para
atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os restos a pagar
com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do
exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada
no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem
cronológica. CAI!

A DEA é sempre uma despesa orçamentária. Os RP são despesas


extraorçamentárias.
• O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas com exercícios anteriores
cabe à autoridade competente para empenhar a despesa.
• As despesas que não se tenham processado na época própria são aquelas cujo
empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício
correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua
obrigação.
• Os restos a pagar com prescrição interrompida são aqueles cancelados, mas ainda
vigente o direito do credor.
• Os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício são aqueles cuja
obrigação de pagamento foi criada em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito
do reclamante após o encerramento do exercício correspondente.
LISTA DE EXERCÍCIOS

SUPRIMENTO DE FUNDOS
Adiantamento a servidor
Pequeno vulto
Despesas: Pronto pagamento
Caráter sigiloso
Em viagens
Na concessão do SF não há afetação patrimonial D: adiantamento
C: caixa
Na prestação de contas ocorre a afetação patrimonial D: despesa
C: adiantamento

Não será agente suprido


a) Servidor com 2 SF abertos
b) Servidor detentor direto do material a ser adquirido, salvo se for o único da
repartição
c) Servidor em alcance - não prestou contas no prazo legal
- prestou contas mas não obteve aprovação das mesmas

CPGV: Cartão de pagamento do Governo Federal


Emitido em nome de uma VG
Possui um beneficiário (usuário)
Utilização: nas despesas enquadradas como SF
Saque? Sim até 30% do limite anual do SF
Exige Nota Fiscal na prestação de contas
Limites 10% de 80.000 carta convite
150.000
Por NF - cartão - 1% 80.000 = 800
150.000 = 1.500
Espécie - 0,25% 80.000 = 200
150.000 = 575

LISTA DE EXERCÍCIOS!
CLASSIFICAÇÕES
2.1. ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua Organização,
implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado. Esse sistema tem o
propósito de atender às exigências de informação demandadas por todos os interessados
nas questões de finanças públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e
privadas e a sociedade em geral.
Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias estão
organizadas em programas de trabalho, que contêm informações qualitativas e
quantitativas, sejam físicas ou financeiras.

2.1.1. PROGRAMAÇÃO QUALITATIVA

O programa de trabalho, que define qualitativamente a programação orçamentária, deve


responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de
orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes blocos de
informação: classificação por esfera, classificação institucional, classificação funcional,
estrutura programática e principais informações do Programa e da Ação, conforme
detalhado a seguir:
BLOCOS DA ESTRUTURA ITEM DA ESTRUTURA PERGUNTA A SER RESPONDIDA
Classificação por esfera Esfera Orçamentária Em qual Orçamento?
Classificação Institucional Órgão Quem é o responsável por fazer?
Unidade Orçamentária
Classificação Funcional Função Em que áreas de despesa a ação
Subfunção governamental será realizada?
Estrutura Programática Programa Qual o tema da política pública?
Informações Principais Objetivo O que se pretende alcançar com a
do Programa implementação da política pública?
Iniciativa O que será entregue pela Política
Pública?
Ação O que será desenvolvido para
alcançar o objetivo do programa?
Descrição O que é feito? Para que é feito?
Informações Principais da
Ação Forma de implementação Como é feito?
Produto O que será produzido ou prestado?
Unidade de medida Como é mensurado?
Subtítulo Onde é feito?
Onde está o beneficiário do gasto?

EIFP
2.1.2. PROGRAMAÇÃO QUANTITATIVA
A programação orçamentária quantitativa tem duas dimensões: a física e a financeira.
A dimensão física define a quantidade de bens e serviços a serem entregues.

ITEM DA ESTRUTURA PERGUNTA A SER RESPONDIDA


Meta Física Quanto se pretende entregar no exercício?

A dimensão financeira estima o montante necessário para o desenvolvimento da ação


orçamentária de acordo com os seguintes classificadores:

ITEM DA ESTRUTURA PERGUNTA A SER RESPONDIDA


Natureza da Despesa
Categoria Econômica da Despesa Qual o efeito econômico da realização da
despesa?
Grupo de Natureza da Despesa (GND) Em qual classe de gasto será realizada a
despesa?
Modalidade de Aplicação De que forma serão aplicados os recursos?
Elemento de Despesa Quais os insumos que se pretende utilizar ou
adquirir?
Identificador de uso (IDUSO) Os recursos são destinados para contrapartida?
Fonte de Recursos De onde virão os recursos para realizar a
despesa?
Identificador de Doação e de Operação de A que operação de crédito ou doação os
Crédito (IDOC) recursos se relacionam?
Identificador de Resultado Primário Qual o efeito da despesa sobre o Resultado
Primário da União?
Dotação Qual o montante alocado?

IDOC IDUSO FONTE r NATUREZA (A.B. CD....)

2.2. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA


Na LOA, a esfera tem por finalidade identificar se a despesa pertence ao Orçamento fiscal
(F), da Seguridade Social (S) ou de Investimento das Empresas Estatais (I), conforme
disposto no § 5o do art. 165 da CF. Na LOA, o classificador de esfera é identificado com
as letras “F”, “S” ou “I”. Na base de dados do SIOP, o campo destinado à esfera
orçamentária é composto de dois dígitos e será associado à ação orçamentária:
- Orçamento Fiscal - F (código 10): referente aos Poderes da União, seus fundos,
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;
- Orçamento da Seguridade Social - S (código 20): abrange todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público; e
- Orçamento de Investimento - I (código 30): orçamento das empresas em que a União,
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
O § 2o do art. 195 da CF estabelece que a proposta de Orçamento da Seguridade Social
será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência
social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na LDO,
assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
01.000 a 09.999 (LEG)
Dica: 10.000 a 19.999 (JUD)
20.000... (EXEC) 34.000 (MPU)

2.3. CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL

A classificação institucional, na União, reflete as estruturas organizacional e administrativa


e compreende dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. As
dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor
nível, são consignadas às UOs, que são as responsáveis pela realização das ações.
Órgão orçamentário é o agrupamento de UOs.
O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois
primeiros reservados à identificação do órgão orçamentário e os demais à UO.

1º 2º 3º 4º 5º
___ ___ ___ ___ ___
Órgão Unidade Orçamentária
Orçamentário

Um órgão orçamentário ou uma UO não correspondem necessariamente a uma estrutura


administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com os órgãos
Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, Encargos Financeiros da União,
Operações Oficiais de Crédito, Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal e
Reserva de Contingência.

2.4. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA DESPESA

A classificação funcional é formada por funções e subfunções e busca responder


basicamente à indagação “em que áreas de despesa a ação governamental será
realizada?”. Cada atividade, projeto e operação especial identificará a função e a
subfunção às quais se vinculam.
A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria no 42, de 14 de abril de 1999, do
então Ministério do Orçamento e Gestão (MOG), e é composta de um rol de funções e
subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos por área de ação
governamental nos três níveis de Governo. Trata-se de uma classificação independente
dos programas e de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos Municípios, dos
Estados, do Distrito Federal e da União, o que permite a consolidação nacional dos gastos
do setor público. DESPENCA !
A classificação funcional é representada por cinco dígitos, sendo os dois primeiros
relativos às funções e os três últimos às subfunções. Na base de dados do SIOP, existem
dois campos correspondentes à classificação funcional:

1º 2º 3º 4º 5º
___ ___ ___ ___ ___

A codificação para a Reserva de Contingência foi definida pelo art. 8o da Portaria


Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001, alterado pelo art. 1o da Portaria Conjunta
STN/SOF no 1, de 18 de junho de 2010, atualizada, vigorando com a seguinte redação:
Art. 8º A dotação global denominada “Reserva de Contingência”, permitida para a União
no art. 91 do Decreto-Lei no 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais
esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos
adicionais e para o atendimento ao disposto no art. 5o, inciso III, da Lei Complementar no
101, de 2000, sob coordenação do órgão responsável pela sua destinação, bem como a
Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor - RPPS, quando houver, serão
identificadas no orçamento de todas as esferas de Governo pelos códigos
“99.999.9999.xxxx.xxxx” e “99.997.9999.xxxx.xxxx”, respectivamente, no que se refere às
classificações por função e subfunção e estrutura programática, onde o “x” representa a
codificações das ações e o respectivo detalhamento.
Então: 99.999..... Reserva de Contingência
99.997..... Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor - RPPS

2.4.1. FUNÇÃO

A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de
atuação do setor público. Reflete a competência institucional do órgão, como, por
exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos
Ministérios. Há situações em que o órgão pode ter mais de uma função típica,
considerando-se que suas competências institucionais podem envolver mais de uma área
de despesa. Nesses casos, deve ser selecionada, entre as competências institucionais,
aquela que está mais relacionada com a ação.
(28)
A função Encargos Especiais engloba as despesas que não podem ser associadas a um
bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como dívidas,
ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação
neutra. A utilização dessa função irá requerer o uso das suas subfunções típicas.
Matricialidade: É a possibilidade de uma função ser combinada com qualquer
subfunção. Exceção: função encargos especiais (28)

2.4.2. SUBFUNÇÃO

A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve


evidenciar a natureza da atuação governamental. De acordo com a Portaria no 42, de 14
de abril de 1999, é possível combinar as subfunções a funções diferentes daquelas a elas
diretamente relacionadas, o que se denomina matricialidade. CAI !

ÓRGÃO 22 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento


AÇÃO 4641 Publicidade de Utilidade Pública
FUNÇÃO 131 Comunicação Social
SUBFUNÇÃO 20 Agricultura

ÓRGÃO 32 Ministério de Minas e Energia


AÇÃO 4641 Publicidade de Utilidade Pública
FUNÇÃO 131 Comunicação Social
SUBFUNÇÃO 25 Energia

ÓRGÃO 01 Câmara dos Deputados


AÇÃO 2010 Assistência Pré-escolar aos Dependentes dos servidores e Empregados
FUNÇÃO 365 Educação Infantil
SUBFUNÇÃO 01 Legislativa

2.5. ESTRUTURA PROGRAMÁTICA


2.5.1. PROGRAMA
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos
objetivos estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, quatro anos.
Com base nessas diretrizes, o PLPPA 2016-2019 contemplará os Programas Temáticos e
os de Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado :
- Programa Temático: aquele que expressa e orienta a ação governamental para a
entrega de bens e serviços à sociedade;
- Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: aquele que expressa e
orienta as ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação
governamental.
Na base de dados do SIOP, o campo que identifica o programa contém quatro dígitos.
Assim como no PPA 2016-2019, a Ação Orçamentária integrará exclusivamente a LOA.
Os programas, que constam em ambos os instrumentos, são subdivididos em Programas
Temáticos e Programas de Gestão. Todavia, na LOA, há alguns programas que não
constam no PPA, que são os Programas compostos exclusivamente por Operações
Especiais. A integração Plano-Orçamento se dará da seguinte forma:

ESTRUTURA DA LOA ESTRUTURA DO PPA CONTEÚDO

Dimensão Estratégica Visão de Futuro.


Eixos, Diretrizes Estratégicas
Programas Programas Retratam a agenda do Governo,
organizada por recortes de
políticas públicas.
Objetivos Expressa as escolhas de
políticas públicas, orientando a
atuação do Governo para o que
deve ser feito.
Ações Iniciativas Entregas de bens e serviços
(intermediários ou finais)
resultantes da atuação do
Estado ou os arranjos de gestão
necessários ao alcance dos
objetivos.
Produção pública: bens e
serviços ofertados à sociedade
ou ao Estado.
Subtítulos Localização do gasto.

No caso dos Programas Temáticos, admite-se que ações padronizadas (que possuem o
mesmo código) possam vincular-se a objetivos diferentes. Dessa forma, o Objetivo será o
elo entre o Plano e o Orçamento quando se tratar de Programas Temáticos. CAI !
OBSERVAÇÃO:
Considerando que as metas regionalizadas para a Administração Pública estão retratadas
no PPA 2016-2019 na categoria Objetivos, essa categoria deverá servir de referencial
para a avaliação das ações. Caso seja necessária a criação de novas ações que não
possam ser vinculadas aos Objetivos existentes, o órgão setorial deverá solicitar à SPI a
criação dessa nova categoria.

2.5.2. AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS


Operação da qual resultam produtos (bens ou serviços) que contribuem para atender ao
objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de ação as transferências
obrigatórias ou voluntárias a outros entes da Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na
forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, entre outros, e os
Financiamentos. CAI !
Na base do sistema, a ação é identificada por um código alfanumérico de oito dígitos:
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
_______ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____
Numérico alfanuméricos numéricos
AÇÃO SUBTÍTULO

2.5.3. SUBTÍTULO
As atividades, os projetos e as operações especiais serão detalhados em subtítulos,
utilizados especialmente para identificar a localização física da ação orçamentária, não
podendo haver, por conseguinte, alteração de sua finalidade, do produto e das metas
estabelecidas.
A adequada localização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a
implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e
os impactos da ação governamental.
A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região
(Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste, Sul), por Estado ou Município ou,
excepcionalmente, por um critério específico, quando necessário. A LDO veda, na
especificação do subtítulo, a referência a mais de uma localidade, área geográfica ou
beneficiário, se determinados.

2.6. COMPONENTES DA PROGRAMAÇÃO FÍSICA E FINANCEIRA


2.6.1. PROGRAMAÇÃO FÍSICA
2.6.1.1. META FÍSICA
A meta física é a quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, e
instituída para o exercício. As metas físicas são indicadas em nível de subtítulo.
Ressalte-se que a territorialização das metas físicas é expressa nos localizadores de
gasto previamente definidos para a ação. Exemplo: No caso da vacinação de crianças, a
meta será regionalizada pela quantidade de crianças a serem vacinadas ou de vacinas
empregadas em cada Estado (localizadores de gasto), ainda que a campanha seja de
âmbito nacional e a despesa paga de forma centralizada. O mesmo ocorre com a
distribuição de livros didáticos.

2.6.2. COMPONENTES DA PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA


2.6.2.1. NATUREZA DA DESPESA
Os arts. 12 e 13 da Lei no 4.320, de 1964, tratam da classificação da despesa por
categoria econômica e elementos. Assim como no caso da receita, o art. 8o dessa lei
estabelece que os itens da discriminação da despesa serão identificados por números de
código decimal, na forma do respectivo Anexo IV, atualmente consubstanciados no Anexo
II da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001. O conjunto de informações que
formam o código é conhecido como classificação por natureza da despesa e informa a
categoria econômica da despesa, o grupo a que ela pertence, a modalidade de aplicação
e o elemento.
Na base de dados do sistema de orçamento, o campo que se refere à natureza da
despesa contém um código composto por oito algarismos, sendo que o 1o dígito
representa a categoria econômica, o 2o o grupo de natureza da despesa, o 3o e o 4o
dígitos representam a modalidade de aplicação, o 5o e o 6o o elemento de despesa e o
7o e o 8o dígitos representam o desdobramento facultativo do elemento de despesa
(subelemento):
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
Categoria Grupo de Modalidade de Aplicação Elemento de Despesa Subelemento
Econômica Natureza da
Despesa
Exemplo: código “3.1.90.11.00”, segundo o esquema abaixo:

Categoria Econômica
Grupo de Natureza de Despesa
Modalidade de Aplicação
Elemento de Despesa
Desdobramento Facultativo do Elemento (Subelemento)

3 1 90 11 00

Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil


Aplicação Direta
Pessoal e Encargos Sociais
Despesa Corrente
A despesa, assim como a receita, é classificada em duas categorias econômicas, com os
seguintes códigos:
3 - Despesas Correntes: as que não contribuem, diretamente, para a formação ou
aquisição de um bem de capital.
Pessoal ativo

Custeio Consumo

Correntes Serviços

Pessoal Inativo

Transf. Correntes Auxílios


Subvenções Sociais
Juros Econômicas
Obs.: Obras de manutenção e adaptação são consideradas despesas de custeio CAI !

4 - Despesas de Capital: as que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição


de um bem de capital.
A.B.CD.EF.GH.
Custeio
3 CORRENTES Transf. Correntes
4 CAPITAL Investimentos Obras e tudo que se relaciona com as mesmas
Aquisição de instalações
Aquisição de ativos fixos (materiais permanentes)
Constituição ou aumento de capital de empresas ñ
comerciais/ ñ financeiras
Programas especiais de trabalho

2.6.2.1.2. Grupo de Natureza da Despesa


O GND é um agregador de elemento de despesa com as mesmas características quanto
ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir:

CÓDIGO GRUPOS DE NATUREZA DA DESPESA


1 Pessoal e Encargos Sociais
2 Juros e Encargos da Dívida
3 Outras Despesas Correntes
4 Investimentos
5 Inversões Financeiras
6 Amortização da Dívida

A.B.CD.EF. Elemento de Despesa

Modalidade

2.6.2.1.3. Modalidade de Aplicação


A modalidade de aplicação indica se os recursos serão aplicados mediante transferência
financeira, inclusive a decorrente de descentralização orçamentária para outros níveis de
Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente para entidades privadas sem fins
lucrativos e outras instituições; ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito
orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo.
A modalidade de aplicação objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem dos
recursos transferidos ou descentralizados (MODALIDADE 91)

2.6.2.1.4. Elemento de Despesa


O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como
vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros
prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e
material permanente, auxílios, amortização e outros que a Administração Pública utiliza
para a consecução de seus fins.
Os códigos dos elementos de despesa estão definidos no Anexo II da Portaria
Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001. A descrição dos elementos pode não
contemplar todas as despesas a eles inerentes, sendo, em alguns casos, exemplificativa.

Obs.: Na Lei Orçamentária o detalhamento vai até o nível da modalidade de aplicação

IDENTIFICADOR DE DOAÇÃO E DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO - IDOC


O IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou operações de crédito
contratuais alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem contrapartida de recursos da
União. Os gastos referentes à contrapartida de empréstimos serão programados com o
IDUSO igual a “1”, “2”, “3” ou “4” e o IDOC com o número da respectiva operação de
crédito, enquanto que, para as contrapartidas de doações, serão utilizados o IDUSO “5” e
respectivo IDOC.
O número do IDOC também pode ser usado nas ações de pagamento de amortização,
juros e encargos para identificar a operação de crédito a que se referem os pagamentos.
Quando os recursos não se destinarem à contrapartida nem se referirem a doações
internacionais ou operações de crédito, o IDOC será “9999”. Nesse sentido, para as
doações de pessoas, de entidades privadas nacionais e as destinas ao combate à fome,
deverá ser utilizado o IDOC “9999”.

IDENTIFICADOR DE USO - IDUSO


Esse código vem completar a informação concernente à aplicação dos recursos e destina-
se a indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos ou de
doações ou destinam-se a outras aplicações, constando da LOA e de seus créditos
adicionais. Conforme § 11 do art. 6o do PLDO 2016, a especificação é a seguinte:
CÓDIGO DESCRIÇÃO
0 Recursos não destinados à contrapartida
1 Contrapartida de empréstimos do BIRD
2 Contrapartida de empréstimos do BID
3 Contrapartida de empréstimos por desempenho ou com enfoque
empresarial amplo
4 Contrapartida de outros empréstimos
5 Contrapartida de doações
6 Recursos não destinados à contrapartida, para identificação dos recursos
destinados à aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde

CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO

O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a


apuração do resultado primário previsto na LDO, devendo constar no PLOA e na
respectiva Lei em todos os GNDs, identificando, de acordo com a metodologia de cálculo
das necessidades de financiamento, cujo demonstrativo constará em anexo à LOA. De
acordo com o estabelecido no § 4o do art. 6o do PLDO 2016, nenhuma ação poderá
conter, simultaneamente, dotações destinadas a despesas financeiras e primárias,
ressalvada a reserva de contingência.

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