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ENFERMAGEM DO TRABALHO
Atualmente, está sendo desafiador gerir pessoas, uma vez que há uma
grande diversidade de profissionais de diferentes áreas de atuação, cada um com
sua bagagem de conhecimentos e experiências, com características individuais e
pessoais, crenças, idade, sexo, ambições e valores.
Os serviços de saúde ocupacional estão sendo compostos por equipes
multifuncionais e transdisciplinares nas quais, muitas vezes, o enfermeiro do
trabalho vem realizando o papel de gestor.
Para um bom desempenho da função de gerenciamento, o enfermeiro do
trabalho deve valer-se do processo de comunicação, pois, de acordo com Dutra
(2010), o processo de comunicação é a essência do comando e auxilia nas
atividades de planejamento, coordenação, direção e controle.
O sucesso de sua liderança dependerá de algumas características
pessoais e próprias de sua formação profissional.
CONTEXTUALIZANDO
Tradicionais
Baby boomers
Geração X
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Geração Y
Capacidade de
análise e reação em
situações de risco
Fonte: Klie (2012); Robbins et al. (2010); Balassiano (2009); Weingarten (2011)
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TEMA 2 – COMO GERENCIAR PESSOAS
[...] a gestão de pessoas é feita por cada líder de equipe, mas planejar
as estratégias para preparar esses líderes para capacitar e treinar seu
time são funções da área de Recursos Humanos. Logo, o papel do
profissional atuante em RH hoje é ajudar a organização a alinhar
pessoas e interesses para a execução da estratégia de negócios. Dar
significado ao trabalho e saber lidar com o perfil comportamental de cada
um são alguns dos desafios de profissionais de recursos humanos
atualmente.
Além disso, as partes administrativas continuam tendo importância e
relevância no negócio. Recrutar e selecionar profissionais para a
empresa são passos de completo interesse por parte das organizações,
que precisam de mão-de-obra qualificada e preparada para trazer os
resultados esperados de cada função.
[...] para que a empresa não se torne apenas um lugar de trabalho, isso
é, que nessa relação também haja encontro de ideais e valores, as áreas
de gestão precisam estar alinhadas e prontas para ouvir os seus
funcionários. Entender os anseios e necessidades dos profissionais e
procurar meios de interligar isso com as metas e valores da organização
são o grande desafio da gestão atual.
Para gerir pessoas é preciso tato, observação e boa percepção do que
acontece ao redor. Bons profissionais requerem bons ambientes de
trabalho e primam por lugares onde possam colocar suas ideias em
prática e sejam valorizados por isso. A área de Recursos Humanos,
então, entra para conciliar esse alto nível de expectativa de seus
colaboradores à necessidade de resultados da organização. O encontro
entre esses dois pontos, a ligação entre eles, é o desafio diário de
gestores e recursos humanos de qualquer empresa. (2016)
Vescovi (2012) descreve que “Mathieu, Maynard, Rapp & Gilson (2009)
coadunam com as percepções de Blau (1954), sugerindo que a eficácia de uma
equipe de trabalho dependerá das habilidades dos seus componentes para
executar tarefas tanto individuais quanto àquelas que exigem a participação de
outras pessoas”.
E que, ainda,
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Conforme Vescovi (2012), um importante papel das organizações é a
criação de ambientes de trabalho que favoreçam, ou não, a construção de
ambientes cooperativos onde as pessoas estejam motivadas a coordenar
esforços, manter relações interpessoais mais frequentes, compartilhar
conhecimentos e informações de forma saudável com vistas ao alcance dos
objetivos organizacionais.
Ainda de acordo com Vescovi (2012), nas equipes nas quais pessoas se
relacionam bem, observa-se maior comprometimento destas com relação aos
seus pares e à organização, melhor desempenho no compartilhamento de
informações e realização das tarefas.
Vescovi (2012) descreve ainda que, segundo Robbins, Judge e Sobral
(2010), os ambientes em que a confiança está estabelecida são favoráveis à
cooperação; enquanto, do contrário, quando existe um clima de falta de confiança,
a competição poderá ser fortalecida em decorrência da existência de conflitos
entre os indivíduos.
De acordo com Dutra (2010), no desempenho da função de gerenciamento
de equipe, o enfermeiro deve valer-se da comunicação o tempo todo, para
interagir com pequenos grupos, como a equipe de enfermagem, a rede
organizacional, entre outros, e no exercício da liderança, tanto da comunicação
falada como da escrita (Stefanelli, Carvalho e Arantes, 2005: p. 4), verbal e não
verbal.
Conforme Dutra (2010),
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estabelecidas entre ele e o trabalhador membro da equipe de enfermagem e
outros profissionais a fim de maximizar efeitos positivos e minimizar riscos da
comunicação deficiente.
Dutra (2010) descreve que
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ser desconsideradas se a maioria dos membros do grupo rejeitar emocionalmente
a pessoa que as apresenta. Em outras ocasiões, atitudes manipuladoras e
motivos emocionais podem levar um grupo inteiro a agir de forma nitidamente
inadequada e até prejudicial a seus objetivos.
Conforme Ruggiero, tudo começa na seleção das pessoas que vão integrar
uma equipe. A competência técnica e a competência emocional são sempre
importantes. Contudo, diferentes culturas organizacionais e objetivos específicos
exigem também perfis diferentes.
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devidamente respeitadas. Portanto, a presença de uma liderança eficaz tem a
função de energizar os colaboradores, alavancar a satisfação maximizando a
contribuição da equipe para o bem-estar geral. É importante salientar que para
ser um líder eficaz é necessário autoconhecimento, autocontrole e,
principalmente, inteligência emocional para lidar com as mais inusitadas
situações. Na enfermagem, o objeto de trabalho são pessoas, que possuem
sentimentos, medos, aflições e que, se não forem bem assistidas, causam
estresse aos profissionais, aos familiares e ao paciente. A inteligência emocional
faz com que o profissional tenha maturidade e sabedoria para guiar as situações
da maneira mais adequada possível visando o bem-estar do paciente.
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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Tem-se observado maior comprometimento dos trabalhadores, assim
como melhor desempenho em trabalhadores de equipes que apresentam um bom
relacionamento interpessoal.
Para que uma equipe se mantenha unida e produtiva, é necessário que
haja relações sadias entre seus membros. Para tanto, é preciso equilibrar três
dimensões essenciais: racionalidade, emoção e ética.
Manter este equilíbrio tem sido um grande desafio para as organizações e
os gestores de equipes.
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REFERÊNCIAS
MATHIEU, J., MAYNARD, M. T., RAPP, T., & GILSON, L. Team effectiveness
1997-2007: a review of recent advancements and a glimpse into the future. Journal
of Management, 2009.
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RUGGIERO, A.. Equipe Unida e Produtiva. RH.com.br. Disponível em:
<http://www.tjrj.jus.br/c/document_library/get_file?uuid=b27c32c4-2167-4c15-
9dfe-85ba62fa1613&groupId=10136>. Acesso em: 16 ago. 2017.
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