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A inteligência e a linguagem
comportamental e corporal
A Inteligência Emocional abrange muito mais pontos de observação na
compreensão de que o comportamento gera em seu movimento e vice-versa,
sua resultante é justamente a capacidade de saber observar e como devemos
ser observados, além da nossa consciência e daquilo que nossos olhos podem
ver. As relações interpessoais passarão para um outro estagio, quando ao
compreender o quanto podemos influenciar e ser influenciado, o poder que
temos para mudar a percepção das pessoas, o clima e direção. Uma nova
visão da nossa percepção humana e efetivamente entender que ao aprimorar a
capacidade emocional, você torna-se capaz de modificar pensamentos,
atitudes e resultados, seja qual for o contexto
Embora o conceito de Inteligência Emocional tenha ideia de algo novo, recente, suas raízes
históricas encontram-se bastante arraigadas no pensamento psicológico do século XIX.
Podemos dizer que a Inteligência Emocional deu seus primeiros passos na ciência, através da
psicologia humanística com Gordon Allport, Abraham Maslow e Carl Rogers. Eram
politicamente ativos dentro e além da psicologia, que efetivamente encorajaram a evolução dos
estudos, firmando que as pessoas podiam, e de fato deveriam, exercer a autodeterminação.
Entre outros, a psicologia humanista defendia que a necessidade humana urgente era “sentir-
se bem a respeito de si mesmo, experimentar as próprias emoções diretamente e crescer
emocionalmente” (Herman). Mas foram dois artigos publicados em jornais acadêmicos em 1990
por Mayers, DiPaolo e Salovey e posteriormente através do livro Inteligência Emocional, escrito
em 1995 por Daniel Goleman, que efetivamente popularizou este estudo.
A Inteligência Emocional é um processo cientifico “vivo”, que, ainda agora, inúmeras pesquisas
estão enriquecendo este conhecimento. Testar, esclarecer e modificar a teoria da Inteligência
Emocional está cada vez mais acelerado, pois pesquisadores tem um melhor acesso as ideias
e aos métodos daqueles que vieram antes deles e, como a evolução da neurociência, este
conjunto promete novas descobertas extraordinárias sobre o assunto.
Pode-se afirmar hoje que a “Inteligência Emocional envolve a capacidade de perceber, avaliar e
expressar emoções com precisão; a capacidade de acessar e/ou gerar sentimentos quando
estes facilitam o pensamento; a capacidade de entender as emoções e o conhecimento
emocional e a capacidade de regular emoções para promover o crescimento emocional e
intelectual, integrando as emoções ao pensamento. Tornando-o apto a desenvolver e dar
manutenção ao seu comportamento vivencial pessoal, social e profissional, interagindo e
integrando-se ao meio inserido com perspicácia resultante de forma indizivelmente positiva”.
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Seguindo este raciocínio, Reuven Bar-On, caracteriza a Inteligência Emocional como uma
“gama de aptidões, competências e habilidades não cognitivas que influenciam a capacidade
do indivíduo de lidar com as demandas e pressões do ambiente”. Daniel Goleman em seu livro
diz que a Inteligência Emocional é composta por cinco partes: conhecer as emoções,
administrar as emoções, motivar a si mesmo, reconhecer as emoções nos outros e manejar
relacionamento. De maneira semelhante, o mapa de Inteligência Emocional para o Robert
Cooper começa com a auto percepção emocional, percepção emocional dos outros, conexões
interpessoais e coisas do gênero, mas inclui a resiliência, a criatividade, a compaixão e a
intuição, entre outras áreas.
Dentro de uma perspectiva evolutiva, a Psicóloga Evolutiva, Carollyn Saarni, descreveu um dos
pontos chaves da Inteligência Emocional em seu trabalho referente a Competência Emocional –
Uma Perspectiva Evolutiva. Ela define a Competência Emocional como sendo a demonstração
de auto eficácia em transações sociais que produzem emoções, ou seja, como as pessoas
podem responder emocionalmente, ainda que simultânea e estrategicamente apliquem seu
conhecimento a respeito de emoções e expressividade emocional nos relacionamentos com os
outros, de modo que consigam negociar sua relação por meio de trocas interpessoais e regular
suas experiências emocionais rumo a resultados ou objetivos desejados.
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Quase todas as ações e reações ideomotoras de nosso corpo, são automáticas, baseadas em
comandos enviados inconscientemente, em resposta das emoções e sentimentos. Sabe-se
hoje que somos geneticamente mapeados para desenvolver uma comunicação padronizada
que é aprimorada e adaptada socialmente com nossas experiências vividas.
A neurociência comprova através de estudos que todas as informações recebidas pelos nossos
5 sentidos: tato, visão, audição, degustação e audição, são primeiramente analisados em nosso
sistema límbico antes de nossa consciência e que toda informação que venha a fazer sentido
em nosso “mapa”, gera uma emoção e toda emoção um movimento ideomotor. Nesta
perspectiva, faz compreender a Linguagem Corporal consciente permite identificar a emoção ou
o sentimento da pessoa no momento; o mesmo vale para uma abordagem introspectiva ao se
perceber como as pessoas estão vendo você no instante inserido.
Com esta pequena parte na busca singular da Inteligência Emocional, compreende-se que
existe uma relação fundamental com a capacidade que a Linguagem Comportamental e
Corporal, nas verdadeiras habilidades em seu conceito, de se interpor de forma concisa a
importância de se sobrepor aos fatores interpessoais, sendo: a habilidade de ser consciente de
si, entender-se, aceitar-se e respeitar-se; a habilidade de reconhecer e entender os próprios
sentimentos; a habilidade de expressar sentimentos, crenças e pensamentos. Entender o
comportamento das pessoas e dominar a cognição desta percepção eleva nossa capacidade
Emocional.
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inconsciente de lado e partimos para a compreensão do todo e não mais das partes que
compõe uma conversa, um gesto ou uma expressão facial. A comunicação é um dos maiores
responsáveis pelo equilíbrio de um sistema.
Bibliografia:
SAARNI, Carolyn. The Development of Emotional Competence. Guilford series on social and
emotional development. New York, NY. Guilford Press, 1999.
COOPER, Robert, SAWAF, Ayman. Inteligência Emocional na Empresa. Rio de Janeiro. Editora
Campus. 1997.
GOLEMAN, Daniel; A Inteligência Emocional – A Teoria revolucionaria que redefine o que é ser
Inteligente. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 1995.
GOLEMAN, Daniel; Foco. A atenção e seu papel fundamental para o sucesso. Rio de Janeiro:
Editora Objetiva, 2014.
KANDEL, Eric R., SCHWARTZ, James H., JESSELL, Thomas M., HUDSPETH, A.J. Princípio
de Neurociências. Artmed Editora. 2014
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