A terceira revolução industrial ou revolução técnico-cientifica, também
conhecida como capitalismo informacional ou cognitivo corresponde ao conjunto de transformações provocadas pela revolução tecnológica sobre a dinâmica socioeconômica mundial. É a quarta fase de desenvolvimento do capitalismo, referente ao período econômico atual, caracterizada, sobretudo, pelo avanço da globalização e o contato maior entre as nações. O conceito de capitalismo informacional foi proposto na obra "Sociedade em Rede” publicado no ano de 2006, mas originalmente escrito em 1996. Elegeu a tecnologia de informação como o paradigma das mudanças sociais que reestruturaram o modo de produção capitalista, a partir de 1980. Trata-se de uma teoria que observa a sociedade da virada do século XX para o século XXI, e assinala uma nova realidade de práticas sociais geradas pelas transformações decorrentes da “revolução tecnológica concentrada nas tecnologias de informação”. Através dos computadores, smartphones – internet –, o capitalismo cognitivo relaciona-se diretamente à Sociedade da Informação. Uma nova era dentro da sociedade e do sistema vigente.
As principais características do capitalismo informacional abrangem o
desenvolvimento das tecnologias vigentes na época. Além disso, um aumento ainda intensificado pelo contato via redes sociais. Origem Essa nova etapa começou a se desenvolver logo após a Segunda Guerra, mas se intensificou a partir dos anos 1970 e 1980, quando diversas tecnologias contribuíram para aumentar a produtividade econômica e acelerar os fluxos materiais e imateriais – de capitais, mercadorias, informações e pessoas.
No entanto, há controvérsias sobre a data de origem do capitalismo
informacional. Para alguns estudiosos o capitalismo informacional teve início com a quebra da bolsa de valores de nova York (1929), ganhando força na virada do século.
O termo capitalismo informacional é um termo criado pelo sociólogo
espanhol Manuel Castells, em sua obra “A Sociedade em Rede”, originalmente publicada no ano de 1996. O conceito refere-se à evolução dos instrumentos técnicos do sistema capitalista, sobretudo envolvendo as transformações tecnológicas proporcionadas pela Terceira Revolução Industrial.
A particularidade do sistema informacional é, assim, a importância do
conhecimento e a sua maior facilidade em se deslocar e reproduzir-se pelas diferentes partes do mundo.
O capitalismo financeiro continua ativo e atuante, com o sistema
financeiro e especulativo, pautado no mercado de ações, títulos, dívidas e juros, no centro da economia. No entanto, com os avanços produzidos pela Terceira Revolução Industrial e a consolidação do processo de globalização, podemos dizer que o capitalismo informacional e o financeiro andam juntos atualmente, pois ambos se complementam. Desenvolvimento O capitalismo informacional corresponde ao período econômico e social em que estamos vivendo. É marcado pelo avanço da Globalização, dos computadores, dos telefones digitais, da robótica e da internet. Recebe esse nome pois está intimamente relacionado com a Sociedade da Informação ou Era da Informação.
Suas principais características englobam a expansão e o
desenvolvimento das tecnologias de informação (TI); aceleração e aumento dos fluxos de capitais, mercadorias, informações, pessoas; e ainda, a difusão do conhecimento.
No campo social, destacam-se o aumento do fluxo de informações
via net e a dependência tecnológica, as quais foram intensificadas pelo uso das redes sociais, que permitem receber muitas informações rapidamente. Assim, surgem novas práticas sociais e culturais com o uso intensivo da tecnologia figurando uma nova estrutura social.
Nesse sentido, devemos ressaltar que a desigualdade social foi tomando
outras proporções, o que gerou a exclusão digital em muitas partes do mundo.
Posterior ao capitalismo financeiro, alguns pesquisadores preferem
destacar que ele surge paralelo a este. Ou seja, a terceira fase capitalista (financeira ou monopolista) ainda não está terminada, sendo, portanto, complementar ao novo capitalismo informacional.
O conceito de capitalismo informacional sugere uma reestruturação
do capitalismo, cujas mudanças ainda se mantém em curso, e que, entre outros fatores, acentuam um desenvolvimento desigual e global, colocando segmentos e territórios avançados ao lado de bolsões de pobreza e miséria na economia global. Por essa perspectiva, as mudanças tecnológicas não se restringem aos limites do desenvolvimento econômico, e tornam-se responsáveis por modificações sociais tão agudas que redefinem as relações entre gêneros, grupos familiares e a biografia dos indivíduos. O conceito empreende uma interação dialética entre tecnologia e sociedade, na qual a importância da tecnologia reside em incorporar a sociedade, ainda que a tecnologia não possa determinar a sociedade. Por sua vez, a sociedade utiliza a inovação tecnológica, mas também não é capaz de determiná-la. Dessa dialética, o autor entende que o Estado assume o papel fundamental de desenvolver ou paralisar a evolução tecnológica, e, mesmo sem determiná-la, pode estimulá-la ou freá-la. Características As principais características do Capitalismo Informacional são:
Desenvolvimento acelerado do capitalismo financeiro
Aumento da produtividade econômica
Mercantilização da informação
Tecnologias de informação
Sociedade da informação
Inovações e revolução tecnológica
Acúmulo de riqueza por meio do conhecimento
Marcada pelo sistema neoliberal
Avanço da globalização e do imperialismo
Aumento das transações comerciais via internet
Grande importância dos sistemas de computadores, principalmente dos
interligados através de redes como, por exemplo, a Internet.
Valorização das empresas que produzem conhecimentos atrelados ao
desenvolvimento tecnológico (computadores, videogames, smartphones, notebooks, tablets, softwares, aplicativos, redes sociais, sistemas de buscas entre outros).
Uso de mão de obra especializada e qualificada. Valorização da mão de
obra jovem com amplo conhecimento tecnológico e desenvolvimento criativo.
Surgimento e desenvolvimento de pequenas empresas especializadas
em desenvolvimento de softwares e aplicativos. Estas empresas, em sua fase inicial, são conhecidas como startups.
Grande valorização da criatividade e de conhecimentos amplos dentro
das empresas.
Valorização e aumento da produção e comercialização de produtos
tecnológicos. Novas práticas surgem, seja no meio social ou cultural. O uso constante da tecnologia acaba influenciando as relações socioculturais, criando uma nova estrutura social.
Assim, é fundamental destacar que a desigualdade social acaba ganhando
proporções ainda maiores. A exclusão digital, por exemplo, é um dos efeitos provocados pelo capitalismo informacional.
Mudanças sociais provocadas pelo capitalismo informacional:
- Aumento significativo na troca de ideias e informações através, principalmente,
dos sites de relacionamentos sociais.
- Crescimento da dependência tecnológica, principalmente com relação à
necessidade de estar conectado e ativo na rede. Este fato faz com que muitas pessoas “percam” grande quantidade de tempo em redes sociais.
- Aumento da quantidade de informações recebidas pelas pessoas em seu dia a
dia.
A questão do emprego
Com o advento do capitalismo informacional houve uma significativa
diminuição dos postos de trabalhos em áreas em que o computador se apresentou como solução. Um bom exemplo é o corte nos postos de trabalho de caixas de bancos com o aumento da utilização da Internet (Home Banking) por parte dos clientes.
Dentro do contexto deste novo modelo econômico, houve um
deslocamento de oportunidades de trabalho de profissões tradicionais para aqueles ligadas à tecnologia da informação.
Infelizmente esta nova fase do capitalismo não conseguiu eliminar um dos
principais problemas sociais do mundo contemporâneo: a desigualdade econômica. O problema da distribuição de renda desigual