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BULLYING

Raquel Raimundo
Psicóloga

ASDL Dezembro de 2010


O tão falado Bullying (1)

 O Bullying é um tipo
especial de
comportamento
agressivo.

 O Bullying acontece
quando uma pessoa mais
forte e poderosa magoa
ou assusta uma pessoa
mais pequena e fraca, de
propósito e muitas vezes.
O tão falado Bullying (2)

 O Bullying não é:
 luta/ resolver um conflito;

 um ritual de transição que


faz parte do crescimento;

 uma coisa de rapazes;

 um fenómeno novo.

 Hoje em dia é levado mais a


sério pela sociedade
(tragédias).
Somos agressivos só quando batemos?

 O Bullying pode assumir formas mais directas ou


indirectas de expressão:

 Físico (bater, empurrar, dar pontapés)


 Verbal (chamar nomes, ameaçar)
 Social/Relacional (exclusão, espalhar boatos, ignorar)
 Sexual (abuso, gestos ou olhares ordinários)
 E ainda … cyberbullying (recurso a ferramentas
electrónicas)
Cyberbullying (1)

 A Internet é a nova parede da casa de banho.


 Realidade difícil de gerir e controlar; anónimo e
indirecto.
 Tipos:

 Criação de páginas na internet

 Fazer-se passar por alguém

 Grupos de intrigas

 Publicação de vídeos e fotografias

 Bullying directo (e-mail, MSN, telemóveis)

 Inscrições indesejadas em sites.


Cyberbullying (2): como ajudar?

 Pergunte aos seus filhos acerca das suas amizades na internet.


 Se tiver suspeitas mantenha o computador em áreas abertas.
 Relembre que não deve colocar informação pessoal na internet.
 Diga-lhe que não escreva nada que não quisesse ver no dia
seguinte num cartaz gigante à entrada da escola.
 Peça-lhe para escrever emails como se fossem para o seu avô.
 Diga-lhe para escolher palavras-passe difíceis de adivinhar.
 Não trocar palavras-passe com amigos.
 Diga-lhe para não responder a emails, MSN ou SMS de pessoas
que não conhece ou de agressores.
 Bloquear endereços/ números de agressores.
 Atenção: os computadores e a internet também são muito úteis.
Comportamentos de Bullying (1)

 Maltratar os outros
 Ameaçar e assustar
 Bater
 Deitá-los ao chão
 Chamar nomes
 Insultar
 Estragar as coisas dos outros
 Dizer coisas desagradáveis sobre os
outros
 Forçar os outros a darem-lhes as suas
coisas ou dinheiro
Comportamentos de Bullying (2)

 Envergonhar os outros
 Espalhar mentiras
 Excluir os outros das actividades
 Fazer comentários racistas
 Troçar e rir-se dos outros
 Fazer com que os outros se sintam
inferiores, indefesos e pouco à vontade
 Forçar os outros a fazerem aquilo que não
querem
 Provocar os outros porque são diferentes
em algum aspecto
Dificuldade em Avaliar
 Dificuldade em avaliar a sua
prevalência nas escolas:
actividade secreta, que ocorre
longe da vista dos adultos.

 Cerca de 70% das agressões


escolares ocorrem nos recreios.

 Com frequência os pais


desconhecem que o seu filho
está a ser vítima de bullying.
Dados Preocupantes

 15% dos alunos envolvem-se


em situações de bullying.
 6% são vítimas muito
frequentemente.
 4% são muito frequentemente
agressores.
O Papel da Comunicação Social

 Os media são uma


grande agravante para
miúdos e miúdas que já
têm tendências
agressivas.
 Muitos programas
elogiam comportamentos
de bullying (Ex.: Ídolos).
A culpa é da Família (1)?

 Poucos pais dizem que adoptam


comportamentos agressivos em
casa, mas … todos estamos mais
ou menos certos que os outros
pais o fazem.
 Agressores e vítimas crescem,
muitas vezes, em famílias em
que um dos pais é autoritário e
o outro é permissivo.
A culpa é da Família (2)?

 Ambiente familiar típico de agressor/ vítima:


 Um dos pais consegue, quase sempre, as coisas à sua maneira.
 Um dos pais concorda quase sempre com o outro porque é
mais fácil do que discutir.
 Um dos pais estabelece as regras e encara-as com rigidez.

 Um dos pais desculpa-se aos outros pelo comportamento do


outro.
 Um dos pais usa ultimatos ou ameaças para conseguir as coisas
à sua maneira.
 Um dos pais tem por hábito gritar/insultar/queixar-se nas
lojas/estabelecimentos.
A culpa é da Família (3)?

 O que deve evitar dizer:


 Não chores, ou dou-te uma razão para chorares.
 Não me interessa o que tu queres; eu é que mando.

 Continua assim e eu mando-te embora.

 Se não me ouvires ficas de castigo para sempre.

 Espera só até o teu pai (ou mãe) chegar a casa.

 Se voltas a fazer isso, mato-te.

 Não mereces fazer parte desta família.

 Deve ainda evitar chamar nomes (má forma de mostra zanga)


e
 Fazer intrigas (ensine a ser directo com os outros).
A culpa é da Família (4)?
 Más práticas parentais que podem
levar a um aumento da agressividade:
 Fraca monitorização/ supervisão;

 Medidas disciplinares excessivamente


duras e inconsistentes;
 Castigo desproporcionado;

 Autoritarismo imprevisível;

 Descontrolo emocional;

 Chantagem;

 Afectividade ambivalente.

 Admita que, como qualquer ser humano,


também erra.
Agressores: Sinais de Alerta (1)

 Agridem os outros como forma de lidar com os seus próprios


problemas.
 Manifestam uma grande necessidade de dominar os outros.
 Agridem porque precisam de uma vítima (alguém que lhes
pareça física ou psicologicamente mais fraco) ou
 Para serem aceites e sentirem-se mais importantes/ populares
e que têm o controlo.
 Acham a agressividade justificável.
 Têm dificuldade em controlar os seus impulsos.
 São pouco empáticos com as vítimas e retiraram satisfação e
prazer do medo e desconforto que lhes provocam.
Agressores: Sinais de Alerta (2)

 Podem sentir raiva descontrolada: impulsivos, zangam-se


facilmente e manifestam uma baixa tolerância à frustração.
 Tendência para desafiarem a autoridade, quebrar as regras e
serem provocadores com os adultos.
 Podem envolver-se precocemente em comportamentos anti-
sociais (vandalismo, roubo, extorsão, …).
 Intolerância em relação às diferenças e manifestação de
atitudes preconceituosas.
 Expressão de violência em brincadeiras simbólicas, textos
escritos ou desenhos.
 Compram coisas ou têm coisas novas para as quais não teriam
normalmente dinheiro suficiente (jogos, CD’s, roupas,..).
Quanto mais velhos melhor?
Os rapazes são mais agressivos?

 A agressividade mantém-se estável


durante a adolescência.

 A agressividade física diminui,


enquanto a agressividade relacional
aumenta.

 Os rapazes são mais agressivos, mas


as raparigas usam mais
agressividade do tipo relacional.
Sinais Físicos

 Cortes e nódoas negras,


 Dinheiro perdido, roupas
ou materiais estragados,
 Queixas de dores de
cabeça e de estômago,
 Desordens alimentares,
 Insónias e pesadelos,
 Xixi na cama.
Sinais Sociais

 Falta de entusiasmo
para convidar amigos
para casa ou para sair
com amigos,
 Perda de interesse em
hobbies e actividades
de tempos livres,
 Relutância em ir à
escola.
Sinais Psicológicos

 Níveis elevados de
ansiedade e mudanças
de humor,
 Explosões de fúria,
 Comportamento
destrutivo ou auto-
destrutivo,
 Momentos de apatia e
depressão
 Hipersensibilidade às
críticas.
Por que se calam as vítimas?

 Vergonha

 Medo de represálias
 Ignorância (não percebem o
que lhes está a acontecer)
 Resignação (acreditam que há
algo errado com elas)
 Negação (acham que vai
passar simplesmente, tal como
começou)
 Receio que ninguém acredite
nelas.
O papel das testemunhas

 Cerca de 85% das crianças


e adolescentes têm o papel
de observadores.
 Habitualmente são
observadores passivos (não
intervêm, nem condenam).
 Se fizerem o correcto
podem reduzir os incidentes
em, pelo menos, 50%.
Como posso ajudar o meu filho -
Vítima (1)?
 Levando-o a contar o que se
passa com ele/a.
 Ouvindo-o de modo a que ele
liberte as emoções negativas
acumuladas.
 Mantendo-se calmo.
 Acreditando no que ele lhe
conta.
 Não lhe retirando das mãos o
controlo da situação.
Como posso ajudar o meu filho –
Vítima (2)?

 Lembre-se de que aquilo de


que ele precisa nesse
momento não é de um
campeão, nem de um
professor, mas de uma
testemunha.
 Tente reunir informação
acerca de pormenores das
agressões.
 Não culpe o seu filho.
Como posso ajudar o meu filho –
Vítima (3)?

 Ajude o seu filho a delinear


um plano.
 Não obrigue o seu filho a
tomar uma decisão para a
qual não está preparado
(ex.: enfrentar o agressor).
 Elogie o seu filho por ter
falado consigo.
Como posso ajudar o meu filho –
Vítima (4)?
 Comece por lhe perguntar se
alguma vez testemunhou maus
tratos.
 Faça perguntas específicas sobre
comportamentos, lugares,
situações, colegas.
 Até ao 2º ano:
 ajude-o na linguagem a utilizar
(coisas a dizer/fazer) com o
agressor.
 Fale com o professor.
 Não espere que o seu filho tenha
uma solução/plano.
Como posso ajudar o meu filho –
Vítima (5)?

 Do 3º ao 6º ano:
 Envolva-o no plano/solução.
Pergunte “o que achas disto?”, “E
se experimentares aquilo?”
 Evite ir à escola e treine
competências em casa com muitos
exemplos e conversas.
 Depois do 7º ano:
 Conte as suas experiências e como
se sentiu na altura.
Como posso ajudar o meu filho –
Agressor (1)?
 Negar que o problema existe não
ajudará (a situação não desaparece).
 Leve o assunto a sério (ou ensinará ao
seu filho que magoar os outros não é
importante para si).
 Reprima a sua raiva e procure falar
com ele de uma forma calma.
 Faça com que ele assuma as suas
responsabilidades (“agora não quero
ouvir falar do que o outro miúdo fez.
Quero ouvir o que tu fizeste”).
Como posso ajudar o meu filho –
Agressor (2)?
 Encoraje o seu filho a colocar-se no
lugar do outro (“quando fizeste isso
como se sentiu essa criança?” “Como te
sentirias se alguém te fizesse o
mesmo?”
 Discuta com ele soluções de
compensação (“que podes fazer para
que esse teu colega sinta que estás
arrependido?”) e zele para que ele as
cumpra.
 Diminua o nível de agressividade na
vida do seu filho (TV, jogos de vídeo).
As Escolas e o Bullying

 Onde quer que existam


crianças há abusos.
 A incidência dos relatos de
bullying varia de escola para
escola.
 Escolas nas quais os adultos
se preocupam com a gestão
destes problemas e que
estabelecem regras claras
relativamente ao bullying,
geralmente têm menos
bullying.
Deverei envolver a Escola do meu filho (1)?

 Trabalhe com o seu filho para que


seja ele próprio a resolver o
problema (directamente ou juntando
amigos).
 Peça ajuda a um professor/
funcionário.
 Telefone para o Director.
 Peça a intervenção de um psicólogo.
 Fale com os pais de outras crianças
vítimas.
 Mude o seu filho de escola.
 Fale com a polícia.
Deverei envolver a Escola do meu filho (2)?

 Denunciar implica riscos … escute


o que o seu filho tem a dizer
sobre o assunto. Ele é que é o
especialista e sabe como as
coisas se passam habitualmente
na sua escola.
 Bullying físico: mais fácil de
identificar e de ser provado.
 O bullying psicológico é
diferente. Daí a denúncia estar
menos ligada a uma solução.
Deverei envolver a Escola do meu filho (3)?

 Tente ser positivo e construtivo


nos contactos que tiver com a
escola.
 Apoie a escola sempre que
puder.
 Tente não dizer nada que mine
a autoridade dos professores.
 Lembre-se que eles estão do
seu lado contra o bullying.
Em Suma
 O bullying não é normal,
não é uma simples
provocação e não é uma
coisa só de rapazes.
 O bullying pode ter
efeitos devastadores na
auto-estima do seu filho
e os seus efeitos
continuam a manifestar-
se a longo prazo.
OBRIGADA PELA VOSSA ATENÇÃO!

Raquel Raimundo
Psicóloga

ASDL Dezembro de 2010

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