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Instituto Federal do Maranhão (IFMA)

Departamento Acadêmico de Informática (DAI)


Redes de Computadores
Prof. Rafael Fernandes Lopes
http://www.dai.ifma.edu.br/~rafaelf

Camada Física
Camada Física
• Objetivo: transmitir um fluxo de bits entre
diferentes dispositivos utilizando um meio de
transmissão

• Transmissão da informação: aspectos


desejáveis
– Meios de se comunicar a qualquer momento e em
qualquer localização geográfica
– Transmissão de informações com altas taxas
– Com baixo custo, flexibilidade, robustez, facilidade
de implementação e baixo consumo de energia
Camada Física

• Como realizar a
transmissão da
informação???
Transmissão da informação
• Palavra chave: incerteza
– Quanto maior a incerteza, maior a “quantidade
de informação” (entropia)
Um pouco de história...
• 206 AC–24 DC – luz “moduladas” com espelhos ou
bandeiras (dinastia Han, China)
• 150 AC. – Sinais de fumaça, Grécia
• 1794 – Claude Chappe, telégrafo óptico
Um pouco de história...
• 1843 – primeira linha telegráfica comercial
entre Washington e Baltimore
• 1861 – princípio do telefone, Philip Reis
• 1876 – invenção do telefone, Alexander
Graham Bell
• 1881 – serviço de telefone público, Berlim
• 1936 – primeiro serviço regular público de
voz e vídeo (multimídia!) entre Berlim e
Leipzig
Um pouco de história...
• 1831 – princípio da indução
eletromagnética (Michael Faraday e ao
mesmo tempo Joseph Henry)
• 1864 – equações de Maxwell, fundações
dos campos eletromagnéticos
• 1886 – Heinrich Hertz, primeiro a
demonstrar o caráter de ondas da
transmissão elétrica pelo espaço, provando
as equações de Maxwell
Um pouco de história...
• 1896 – primeiro sistema telegráfico sem fios, Guglielmo
Marconi
• 1897 – Nikola Tesla conseguiu aumentar a distância das
transmissões eletromagnéticas
– http://www.youtube.com/watch?v=iEJNJ0rFSe8
• 1899 – Marconi realiza a primeira transmissão telegráfica
sem fios de longa distância, pelo canal da mancha
• 1901 no Brasil e 1904 nos EUA – padre Landell de Moura
foi o pioneiro na transmissão da voz por ondas de rádio
Um pouco de história...
• 1906 – primeira transmissão de rádio, Reginald A.
Fessenden
• 1907 – primeiras conexões transatlânticas
comerciais
• 1911 – transmissores “móveis”, a bordo de um
Zeppelin
• 1920 – primeira rádio comercial (KDKA, Pittsburg)
• 1920 – descoberta das ondas curtas por Marconi
• 1928 – Testes de campo de sinais de TV
• 1933 – invenção da modulação em frequência por
Edwin H. Armstrong
Um pouco de história...
• 1980s – desenvolvimento de vários padrões de
telefonia móvel analógica
• 1982 – fundação do GSM (Groupe Spéciale Mobile) na
Europa para desenvolver um padrão de telefonia
• 1983 – inicio dos trabalhos do AMPS (Advanced
Mobile Phone System), nos EUA. Começou a operar
em 1989
• 1990s – marca o início dos sistemas de comunicações
digitais
• 1991 – GSM foi padronizado (agora chamado de
Global System for Mobile Communication)
Um pouco de história...
• 1990s – sistema AMPS analógico e GSM digital em
900 MHz não eram suficientes para cidades com alta
densidade
– EUA: surgiram diferentes e, incompatíveis, padrões
• AMPS, analógico, de banda estreita (IS-88, 1993)
• TDMA, digital (IS-136, 1996)
• CDMA, digital (IS-95, 1993)
• GSM chegou aos EUA como GSM-1900 (ou PCS 1900)
– UE: mudança para a faixa de 1800 MHz (GSM-1800)

• Novos padrões e tecnologias até os dias de hoje...


Como representar a informação???
• Sinais!
– Sinais são gerados como representações físicas dos
dados
– Gerados na camada física e se propagam por um meio
físico
– Classificação:
• Tempo contínuo / tempo discreto
• Valores contínuos / valores discretos
• Sinal analógico = tempo contínuo e valores contínuos
• Sinal digital = tempo discreto e valores discretos
Tipos de sinais
Tipos de sinais
Tipos de sinais
Tipos de sinais
• Sinais determinísticos
– Podem ser representados por uma função analítica
– É possível determinar precisamente o valor do sinal em
um dado instante de tempo
• ex: f(t)=Acos(ωot), onde A e ωo são constantes
Tipos de sinais
• Sinais Aleatórios
– Sinal sobre o qual há incerteza antes de sua ocorrência
– Só podem ser representados por suas características
estocásticas (média, variância, autocorrelação etc)
• Não podem ser representados por uma função analítica (não é
possível determinar precisamente o valor do sinal em um dado
instante de tempo)
– ex: f(t)=Acos(ωot), em que A é uma V.A. contínua Gaussiana
– ex: f(t) é um sinal de voz
Tipos de sinais
• Sinais Periódicos
– Apresentam uma repetição de seus valores de amplitude a
intervalos regulares de tempo
– Satisfazem a condição:
• f(t) = f(t + kT0), para todo t
• Em que T0 é o período fundamental de repetição e k é um no inteiro
• De forma equivalente, f0 = 1/T0 é a frequência fundamental
– A área sob qualquer intervalo de duração igual a kT0 é a mesma
• Integrar de 0 a T0 é equivalente a integrar de –T0/2 a T0/2
Tipos de sinais
• Sinais Aperiódicos
– Não existe T0 que satisfaça a condição de periodicidade
– Não apresentam um repetição de seus valores de
amplitude a intervalos regulares de tempo
Tipos de sinais
• Sinais de energia e sinais de potência:
– Em sistemas elétricos um sinal normalmente é
representado pela tensão ou corrente elétrica
– Em ambos os casos a potência é proporcional à
amplitude do sinal elevado ao quadrado
• Sendo assim, generaliza-se a potência instantânea
de um sinal x(t) como
Tipos de sinais
• Sinais de energia e sinais de potência:
Tipos de sinais
• Sinais de energia e sinais de potência:
Tipos de sinais
• Sinais de energia e sinais de potência:
Tipos de sinais
• Sinais de energia e sinais de potência:
Tipos de sinais
• Sinais de energia e sinais de potência:
Domínio do tempo x Domínio da frequência
Decomposição de sinais: série de
Fourier
Série de Fourier: onda “dente de
serra”
1 4

2 5

3
Transformada de Fourier
Domínio do tempo x Domínio da frequência
• Domínio do tempo • Domínio da frequência

• A partir de um é possível recuperar o outro a


partir da Transformada de Fourier
Composição de sinais
Transformada de um pulso
Perdas
Banda passante
Filtros

Canais de comunicação
se comportam como
filtros!!!
Banda passante
• Sinais perdem potência na transmissão

• Harmônicos diferentes têm perdas diferentes


– Causa da distorção

• Normalmente, freqüências na faixa 0–fc são


transmitidas sem perda e, acima, fortemente
atenuadas
– Devido a propriedade física do meio de
transmissão ou
– Filtro presente
Banda passante: sinal digital
Como gerar um sinal digital
perfeito????

Fazendo o número de
sinais utilizados na
composição tender ao
infinito!
No entanto, a
banda passante
dos canais não
permite que ele
chegue igual ao
destino!
Banda passante: sinal digital
Banda passante: sinal digital
Largura de banda
• Sinais no domínio do tempo e da frequência têm
uma relação oposta:
– Menor a duração no tempo => maior largura na
frequência, e vice-versa
– f = 1/T
Largura de banda
BW = f2 – f1

f1 f2 f

f1 f2 f

f1 f2 f
Banda larga x Banda Básica
• Banda Básica
– Sinal transmitido no meio sem qualquer modulação
• Utiliza toda a banda passante do meio
• Utiliza algum esquema de sinalização/codificação de
linha

• Banda Larga
– Sinal transmitido no meio utilizando modulação
• Banda passante do meio é dividida entre vários canais
• Alcança maiores distâncias
• Única forma de utilizar certos meios físicos para a
transmissão de dados
Taxa de sinalização
• Taxa de sinalização:
– Número de vezes por segundo que o valor de um sinal é injetado
na linha
– Medido em bauds

• Uma linha de b bauds não transmite necessariamente b bits/s


- Um canal de 1 Mbaud permite 106 variações do sinal por segundo.
- A relação entre baud e bits depende da forma de codificação do
sinal

• Exemplos:
– dibit (2 bits/baud)
– tribit (3 bits/baud)
Esquemas de codificação de linha
Esquemas de codificação de linha
Bit-rate x baud-rate
Meios de transmissão
• O tipo de meio físico a ser usado depende,
dentre outros fatores de:
– Largura de banda (BW: bandwidth)
– Atraso (delay) ou latência (latency)
– Custo
– Facilidade de instalação e manutenção

• Os meios podem ser agrupados em:


– “Guiados”: fio de cobre e fibra óptica
– “Não-guiados”: ondas de rádio e lasers
Propriedades de um enlace de
comunicações
• Principais métricas de desempenho de canais de
comunicação:
– Largura de banda:
• O termo largura de banda diz respeito à largura de uma faixa
de frequência
– Ex: sistema telefônico opera em uma faixa de 300 à 3300 Hz, logo
a largura de banda é de 3000 Hz (ou 3 kHz)

• Em termos de comunicações em redes de computadores, a


largura de banda representa o número de bits que podem ser
transmitidos em um dado intervalo de tempo
– Também denotado por taxa de dados
– Medida nominal dada em Kbps, Mbps, Gbps, etc.
Propriedades de um enlace de
comunicações
• Principais métricas de desempenho de canais de
comunicação:
– Largura de banda:
Propriedades de um enlace de
comunicações
• Principais métricas de desempenho de
canais de comunicação:
– Vazão:
• O termo vazão (ou throughput) representa o
desempenho medido do sistema

• Por conta de limitações do canal e dos dispositivos,


ou mesmo de ineficiências dos protocolos de
comunicação, a vazão tipicamente é bem menor que
a largura de banda nominal
– Vazão << largura de banda
Propriedades de um enlace de
comunicações
• Principais métricas de desempenho de canais
de comunicação:
– Latência (ou atraso):
• Diz respeito a quanto tempo leva para uma mensagem ir
de um ponto a outro da rede
• Latência é medida estritamente em termos de tempo
• Principais medidas relacionadas:
– RTT (Round Trip Time): tempo de ida e volta da mensagem
– Tempo de envio dos bits da mensagem: tTX
– Tempo de propagação do sinal tps = l/c
– Tempo de fila: tfila
Propriedades de um enlace de
comunicações
• Principais métricas de desempenho de canais de
comunicação:
– Latência (ou atraso):
Propriedades de um enlace de
comunicações
• Largura de banda vs. Latência
– Largura de banda e latência se combinam para definir as
características de desempenho de um canal de comunicações
– A importância relativa de cada um depende do tipo de aplicação
• Em algumas aplicações a latência domina a largura de banda
– Ex1:
• Um cliente envia uma mensagem de 1 byte ao servidor e recebe uma
mensagem de 1 byte em resposta é limitado pela latência.
• Assumido que não há tempo perdido com a computação na
preparação da resposta
• A aplicação pode se comportar de forma diferente em um canal
transcontinental com um RTT de 100 ms ou entre computadores
conectados diretamente com um RTT de 1 ms
• Se o canal tem 1 Mbps ou 100 Mbps é relativamente insignificante,
visto que os tempos de transmissão desses canais são,
respectivamente, 8 �s e 0.08 �s
Propriedades de um enlace de
comunicações
• Largura de banda vs. Latência
– Ex2:
• Para transferir um arquivo de imagem digital de 25 MB, quanto
mais largura de banda disponível, mais rápido o arquivo será
transmitido
• Nesse caso a largura de banda domina a latência
• Supondo um canal de 10 Mbps, a imagem levará 20 s para ser
transmitida (25 × 106 × 8 bits ÷ 10 × 106 bps = 20 s)
• Esse tempo torna relativamente sem importância se o canal
tem 1 ms ou 100 ms de latência; a diferença entre 20.001 s ou
20.1 s é desprezível
Propriedades de um enlace de
comunicações
Propriedades de um enlace de
comunicações
Propriedades de um enlace de
comunicações
• Impacto da latência na vazão das
aplicações:
Propriedades de um enlace de
comunicações
• Impacto da latência na vazão das aplicações:
– Ex:
• Considere uma situação em que o usuário quer transferir um
arquivo de 1 MB por uma rede de 1 Gbps com um RTT de 100
ms
• A variável TransferTime inclui tanto o tempo de transmissão
para 1 MB (1/1 Gbps × 1 MB = 8 ms) e o RTT de 100 ms, para
um tempo total de transmissão de 108 ms
• Isso significa que a vazão efetiva será:
– 1 MB/108 ms = 74.1 Mbps ≠ 1 Gbps
• Transferir uma quantidade maior de dados ajudará a melhorar
a vazão efetiva, enquanto no limite de uma quantidade
infinitamente grande de dados vai fazer a vazão efetiva se
aproximar da largura de banda da rede
• Por outro lado, utilizar mais de 1 RTT para retransmitir pacotes
perdidos irá reduzir significativamente a vazão para qualquer
quantidade finita de dados
Propriedades de um enlace de
comunicações
• Impacto da latência na vazão das aplicações:
Propriedades de um enlace de
comunicações
• Produto latência x largura de banda:
– Se pensarmos o canal como um cano em que a latência
corresponde ao seu comprimento e a largura de banda ao seu
diâmetro, o produto latência x largura de banda representa o
volume do cano
• O número máximo de bits que podem transitar pelo cano em um
dado instante (número de bits que “cabem” no cano)
• Ex: um canal transcontinental com uma latência de 50 ms e uma
largura de banda de 45 Mbps
50 × 10−3 s × 45 × 106 bits/s
= 2.25 × 106 bits
• Ou aproximadamente 280 KB de dados

– O produto latência x largura de banda é importante no projeto de


tecnologias de redes
• Corresponde a quantos bits o transmissor deve enviar antes do
primeiro bit chegar ao receptor
Propriedades de um enlace de
comunicações
• Produto latência x largura de banda:
Efeitos do canal sobre os sinais
• Propagação
• Atenuação
• Reflexão
• Ruído
• Problema de temporização
Propagação
• Característica dos sinais nos meios físicos
– A energia de um sinal é transportada de um ponto a
outro
• Velocidade de propagação depende do sinal e do
meio
• Tempo de propagação tem influência sobre a
latência do canal
– Se o tempo de propagação for muito longo são
necessários outros mecanismos na rede para lidar com
esse atraso
– Porém se for pequeno demais, buffers são necessários
para armazenar temporariamente os dados recebidos e
não processados
Atenuação
• É a perda da energia do sinal à medida que ele se
propaga pelo meio
• Dependente das características do meio e da distância
com que o sinal se propaga
• Essa perda de energia faz com que haja uma redução na
intensidade do sinal recebido no receptor
– Essa redução na intensidade do sinal causa a redução da
relação sinal-ruído (SNR – Signal-to-Noise Ratio), gerando
um aumento na taxa de erros do sistema
– Quando há muita atenuação, essa redução pode fazer com
que o sinal não se diferencie mais do ruído
– Repetidores são utilizados para aumentar as distâncias
Reflexão
• Quando os sinais atingem uma
descontinuidade, parte de sua energia pode
ser refletida

• Essa energia pode interferir nos demais sinais


transmitidos

• As reflexões podem ser minimizadas utilizando


meios de transmissão sem avarias e com
impedância adequada para a transmissão dos
sinais
NEXT (Near-End Crosstalk)
• NEXT significa diafonia próxima (near-end crosstalk)
– Ocorre quando um sinal gerado em um fio interfere com o sinal
em outro fio próximo

• Quando dois fios estão próximos e não estão trançados, a


energia de um fio pode acabar em um fio adjacente e vice-versa
– Isso pode gerar interferência nas duas extremidades de um cabo
terminado
– Especificações de cabos (como os cabos UTP de categoria 5 ou
superior) apresentam valores mínimos de NEXT

• Existem, na verdade, várias formas de diafonia que devem ser


consideradas no desenvolvimento de tecnologias de rede
Ruído em sistemas de comunicações
• Nos sistemas de comunicações, o ruído aleatório aparece
devido a vários fatores
– No entanto, a fonte mais comum é o ruído térmico originário do
uso de dispositivos eletrônicos
– O mais importante tipo de ruído que ocorre em sistemas de
comunicações é o “ruído branco”, n(t), que é considerado aqui
– AWGN (Additive White Gaussian Noise)
• O ruído é um sinal aleatório que corrompe os sinais
transmitidos, degradando o desempenho do sistema
– Ele é somado ao sinal
original e, por ser
aleatório, não é possível
filtrá-lo completamente
• Ruído ≠ Interferência
Ruído em sistemas de comunicações
• O ruído branco é um processo aleatório que tem uma
densidade espectral de potência plana (constante), em
todo o espectro
– Isto significa que ele tem componentes em todas as frequências!
– Modelado como um processo aleatório gaussiano

• O ruído corrompe o sinal, portanto a sua potência deve ser


suficientemente menor que a potência do sinal
– Relação Sinal-Ruído (SNR – Signal-to-Noise Ratio)
Relação Sinal-Ruído
• Principal figura de mérito na avaliação de sistemas de
comunicações
– Afeta diretamente a taxa de erro de bits (BER – Bit Error Rate) do
sistema
– Razão entre a potência do sinal e a potência do ruído (dadas em
Watts)
– Por ser uma razão, é ADIMENSIONAL!
– É tipicamente ilustrada em dB (decibel)
• O desvanecimento (seja em larga ou pequena escala) reduz
a intensidade do sinal, diminuindo sua SNR
N0 = Densidade espectral do ruído
B = Largura de banda considerada
BER
Capacidade de canais AWGN
• Capacidade do canal é quantidade máxima de
bits por segundo que podem ser transferidos
por um canal

• Fórmula de Shannon para a capacidade de


canais AWGN
– C = B log2(1 + SNR)
• C = Capacidade do canal
• B = Largura de banda do canal
• SNR = Relação sinal-ruído do canal
Capacidade de canais AWGN:
Exemplo
Dispersão
• Dispersão ocorre quando o sinal se espalha com o tempo
– É causada pelo tipo de meio envolvido

• Se for suficientemente séria, um sinal pode interferir no próximo


sinal

• Uma vez que se deseja enviar bilhões de bits por segundo, a


dispersão temporal do sinal se torna um problema muito sério

• A dispersão pode ser resolvida com um projeto de cabo


apropriado, limitando o comprimento dos cabos e encontrando
a impedância apropriada
Atraso de sincronismo
• Todos os sistemas digitais são sincronizados por relógios

• Os pulsos de relógios permitem que os sistemas de


comunicação sincronizem os tempos de transmissão e
recepção, bem como os tempos início e término dos
pulsos

• Se o relógio do transmissor não estiver sincronizado com


o receptor, haverá um atraso de sincronismo na
temporização
– Sinais serão recebidos fora tempo (antes ou depois),
dificultando o processo de recepção
– Mecanismos de sincronização de relógios implementados
em hardware e software podem minimizar esse problema
Modos de transmissão
• Simplex – uma direção
• Half duplex – Transmissão em ambas as direções,
mas apenas uma por vez
• Full duplex – Transmissão em ambas as direções
simultaneamente
Transmissão em Meios sem fio
Propagação de sinais em meios sem
fio
• Transmissões por guias de onda
– Comportamento previsível
• Transmissões por meios não guiados
é difícil prever seu comportamento
– Com exceção de transmissões no
vácuo
• Zona de “transmissão”
– Comunicação possível
– Baixa taxa de erro
• Zona de “detecção”
– Detecção do sinal é possível
– Comunicação não é possível
• Zona de “interferência”
– Sinal não é detectado
– Sinal é adicionado ao ruído de fundo
Propagação de sinais em meios sem
fio
• Propagação no espaço livre se comporta como a
luz (linha reta)
• Potência recebida é proporcional a 1/d2 no vácuo
– d = distância entre o transmissão e o receptor
– Perda muito maior em ambientes reais. Ex: d3,5, d4, ...

Perda por propagação em dB:


Fórmula de Friis
(perda no espaço
livre) d
Propagação de sinais em meios sem
fio
• Potência recebida é também influenciada pelo desvanecimento
(dependente da frequência)
• Sombreamento (através de um muro ou porta)
• Refração, dependendo da densidade do meio
• Reflexão
– Objetos largos em relação ao comprimento de onda
• Espalhamento
– Tamanho do obstáculo é da ordem de magnitude do comprimento de
onda ou menor
• Difração
– Similar ao espalhamento
– Ocorre em cantos
Sombreamento
• Potência do sinal é reduzida após atravessar
obstáculos
• Alguns exemplos:
Relação da perda por propagação na
prática
• A potência recebida decresce de forma
proporcional à 1/dr, em que r varia de 2 a 6
– Longo corredor, grande ambiente interno: r = 2
– Prédio metálico: r = 6

• Perda por propagação é também chamada de


“desvanecimento em larga escala”
Multipercurso
• O sinal pode seguir diferentes percursos entre o
transmissor e o receptor, devido à reflexão, espalhamento
e difração

• Dispersão temporal
– Interferência entre símbolos
• Sinais chega ao receptor com diferentes amplitudes e
fases, distorcendo o sinal original
Multipercurso
• Múltiplas componentes geram interferências construtivas
e destrutivas
– Sinal apresenta largas variações em função de sua posição
• Ex:
– Reflexão na terra causa uma atenuação do sinal proporcional a
1/d4, por conta da interferência destrutiva entre o sinal direto e o
refletido
Efeitos da mobilidade
• Características do canal mudam de acordo com o
tempo e a localização
– Percurso do sinal muda
– Diferentes variações de atraso de diferentes partes do sinal
– Diferentes fases de partes do sinal
– Mudanças rápidas na potência recebida (desvanecimento em
pequena escala)

• Além disso, causam mudanças adicionais na


– Distância entre o receptor e o transmissor
– Nos obstáculos ao longo do caminho
– Mudança lenta na potência recebida (desvanecimento em
larga escala)
Desvanecimento em pequena escala
Resumo: canais sem fio
Frequências para comunicações
Frequências para comunicações
Frequências e regulamentação
• ITU (International Telecommunications Union),
localizado em Geneva, é responsável por definir os
padrões de comunicações no mundo
– Órgão das nações unidas
• Além do ITU, cada país tem uma agência
reguladora
– FCC (Federal Communications Commission) nos EUA e
Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) no
Brasil
Frequências e regulamentação
Antenas: irradiador isotrópico
• A transmissão e a recepção de ondas eletromagnéticas são os processos
de irradiar energia do transmissor para o espaço e vice-versa
• Irradiador isotrópico
– Transfere energia de forma igualitária em todas as direções (tridimensional)
– Modelo teórico de antena
– Representação para antenas omni-direcionais
• Antenas reais apresentam efeitos diretivos (vertical ou horizontalmente)
• Padrão de irradiação: medida da radiação eletromagnética em torno da
antena
Antenas: dipolos simples
• Antenas reais não são irradiadores isotrópicos
• Comprimento da antena é proporcional ao
comprimento de onda desejado
• Ex: dipolos (dois condutores)
– Dipolos de comprimento λ/4 (e.g., usados em carros)
– Dipolo hertziano de comprimento λ/2
Antenas: dipolos simples
• Padrão de irradiação de um dipolo hertziano

• Ganho: razão da potência máxima na direção do lóbulo


principal comparada a um irradiador isotrópico (com a
mesma potência média)
Antenas: dipolos simples
• Revisitando o problema da transmissão dos
sinais digitais:
– Além dos problemas da largura de banda do sinal,
para que não houvesse distorção do sinal digital, os
comprimentos de onda do sinal seriam
extremamente grandes para a construção de
dispositivos portáteis

• Q: Qual o valor do comprimento de onda e da


antena (considerando um dipolo hertziano)
para um sinal de frequência 2 GHz ? E para
uma frequência de 600 KHz?
Antenas: direcionais e setorizadas
• Muito utilizadas para conexões de microondas ou
estações base para telefones móveis
Até aí ok... Mas como representar a
informação???
• Parâmetros dos sinais são utilizados para
representar os valores dos dados
– Mudança de parâmetros de sinais periódicos,
denotados portadoras ou harmônicas
• Senóides são comumente utilizadas para esse fim
Representação da informação em
sinais
• Parâmetros modificados para a
representação da informação:
– Amplitude (A)
– Frequência (f)
– Fase (ϕ)
Representação da informação em
sinais

• Transmissão de sinais digitais necessita:


– Infinitas frequências para transmissão perfeita!
– Em vez disso, são utilizadas técnicas de
modulação com uma portadora para
transmissão (sinal analógico!)
Modulação
• Objetivos:
– Transmitir dados com altas taxas
– Sinais robustos às intempéries do canal

• Três categorias de moduladores:


– Transmissão de pulsos. Ex: IR, UWB
– Modulação de portadora. Ex: celulares TDMA e
redes de dados móveis
– Espalhamento espectral. Ex: CDMA, WLAN
operando em bandas ISM
Transmissão de pulsos
• Transmissão de sinais digitais modulados
• Um usuário ocupa toda a largura de banda
– Não há multiplexação por divisão de frequência
– Permite multiplexação por tempo ou código
• Baixas taxas para transmissão IR
– Ex: controles remotos, teclados e mouses sem fio
• Recentemente: UWB (Ultra Wide Band)
ON/OFF Keying (OOK)
• Mais simples e mais antiga forma de modulação
• Código Morse (1837) foi desenvolvido para
telegrafia
Modulação de portadora
• Portadoras têm largura de banda teórica nula
(única frequência)
– Mas não transportam informação
• Necessário modificar a portadora (modular) para
transportar uma mensagem
– Mais informação, mais largura de banda
Modulação
• Codificar dados digitais em sinais analógicos na frequência correta e
com uso limitado do espectro
– Diferentes esquemas (como ASK, FSK e PSK) apresentam diferenças em sua
eficiência espectral, eficiência em potência e robustez

• Motivação:
– Antenas menores
– Multiplexação por divisão de frequência
– Características do meio

• Modulação analógica desloca a frequência central do sinal em banda


básica para a frequência da portadora

• Esquemas básicos de modulação analógica:


– Modulação em amplitude (AM)
– Modulação em frequência (FM)
– Modulação em fase (PM)
Modulação e demodulação
Modulação digital
Modulação digital
Modulação por deslocamento de
fase avançado
Modulação de Amplitude em
Quadratura
Leituras recomendadas
• Mobile Communications
Jochen Schiller
Cap 2: Wireless Transmission
Addison-Wesley

• Fundamentals of Wireless Communications


David Tse, Pramod Viswanath
Cap 2: The wireless channel
Cambridge University Press

• Wireless Communications
Andrea Goldsmith
Caps 1, 2, 4
Cambridge University Press

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