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ACJ 2005 03 1 012998-4

Órgão : 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais


Classe : ACJ – Apelação Cível no Juizado Especial
N. Processo : 2005 03 1 012998-4
Apelante(s) : SIEMENS DO BRASIL LTDA
Apelado(s) : JOSIAS ESCÓRCIO DOS SANTOS E OUTROS
Relator Juiz : JOSÉ GUILHERME DE SOUZA

EMENTA
CIVIL. DIREITO DO CONSUMIDOR. APARELHO DE
TELEFONIA CELULAR. DEFEITOS APONTADOS
COMO DE FABRICAÇÃO. OXIDAÇÃO ATRIBUÍDA A
CONTATO COM UMIDADE. LAUDO TÉCNICO DA
ASSISTÊNCIA TÉCNICA VINCULADA AO
FABRICANTE, QUE NÃO APONTA VÍCIO DE
FABRICAÇÃO, MAS TAMBÉM NÃO PROVA CULPA DO
CONSUMIDOR NO MANEJO DO EQUIPAMENTO.
ÔNUS DO FABRICANTE, PELO PRINCÍPIO DA
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. SENTENÇA
MANTIDA.

ACÓRDÃO

Acordam os Senhores Juízes da 1ª Turma


Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Distrito Federal,
JOSÉ GUILHERME DE SOUZA – Relator, TEÓFILO RODRIGUES
CAETANO NETO – Vogal, NILSONI DE FREITAS CUSTÓDIO - Vogal, sob
a presidência da Juíza NILSONI DE FREITAS CUSTÓDIO em
CONHECER. IMPROVER O RECURSO. UNÂNIME, de acordo com a ata
do julgamento e notas taquigráficas.
Brasília (DF), 08 de novembro de 2005.

NILSONI DE FREITAS CUSTÓDIO


Presidenta

JOSÉ GUILHERME DE SOUZA


Relator

1
ACJ 2005 03 1 012998-4

RELATÓRIO
O Apelado se queixa de que adquiriu um aparelho de
telefone celular de fabricação da Apelante, que apresentou defeitos com sete meses de
uso. Narra que a autorizada se recusou a reparar o defeito, alegando sinais de umidade,
o que desencadeou a perda da garantia de fábrica. Requer a troca do aparelho por
similar.

VOTOS

O Senhor Juiz JOSÉ GUILHERME DE SOUZA – Relator


1. Apresentando aparelho celular defeito de
funcionamento causado por infiltração de umidade, e não apontando o laudo da própria
assistência técnica da marca qual a origem desse defeito, e se atribuível ao fabricante
ou ao mau uso por parte do consumidor, pode o julgador, pelos princípios da
verossimilhança das alegações do autor e da inversão do ônus da prova, atribuir
responsabilidade solidária e objetiva ao fabricante e ao vendedor do equipamento.

2. O consumidor tem direito de escolher entre a troca do


produto por outro ou a devolução da quantia paga, podendo exercer qualquer opção
mesmo que o respectivo prazo esteja esgotado, dado o curto prazo em que o vício
ocorreu.

3. “Não sanado o vício do produto pelo fornecedor


dentro do prazo legal, fica ao consumidor facultado exigir a substituição do produto, a
imediata devolução da quantia paga, ou o abatimento proporcional do preço. (...) É
inegável a solidariedade entre o fornecedor, que comercializa o produto, e o fabricante,
para efeitos de substituição do bem ou devolução do valor pago pelo consumidor”
(Acórdão nº 210063 – 2ª TR/JECC/DF). “Se o defeito apresentado no produto, ainda sob
garantia, não decorreu de culpa exclusiva do consumidor, respondem fornecedor e
fabricante, solidariamente, pelo vício do produto” (Acórdão nº 217619 – 2ª
TR/JECC/DF). Sentença mantida por seus próprios e jurídicos fundamentos, na forma
do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.

O Senhor Juiz TEÓFILO RODRIGUES CAETANO NETO - Vogal


Com o Relator.

A Senhora Juíza NILSONI DE FREITAS CUSTÓDIO – Vogal


Com a Turma.

DECISÃO
Conhecido. Improvido. Unânime.

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