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on asis ferenaa ‘A.um rio sempre espera tum mals vasto e ancho mar. Para a gente que desce ‘6 que nem sempre existe ease mar, pois eles no encontram na eldade que imaginavam mar senio outro deserto de pantanos perto do mar. Por entre esta cidade ‘ainda mais lenta é minha pisada; retardo enquanto posso ff altimos dias da Jornada, Nao hé talhas que ver, ‘muito menos 0 que tombar: hi apenas esta gente minha simpatia ealada. 4 deixando 0 Recife fentro pelos exminhos comuns do mar: ‘entre hareos de longe, sibios de muito viajar; sunto desta bareace, fue vai no romo de Tamarses; Jado a lado. com ios que chegam do Pina eom o Jiquis. Ao partir eompanhia desta gente dos slagados aque Ihe posso deixar, ‘ave conselho, que recado? Somente a relasio de nosso comum retirar; 6 esta relagio ‘ecida em grosso tear. CAO SEM PLUMAS (1949-1950) A Joaquim Cardozo, posta do Capibaribe I (Paisagem do Capibaribe) § A cidade 6 passada pelo rio & passada por um cachorro; sama fruta por uma espada, $0 rio ora Jembrava 2 lings manss de um clo, fora. ventre triste de um clo, fora 0 outro rio de aquoso pano sujo dos olhos de um clo. § Aquele ro fera como um elo sem plumas, ade sabia da chuva azul, ‘da fonte cor de rose, a dua do copo de Sigua, a gua de edntaro, doa peixes de agua, a brisa na igus. § Sabia dos caranguejos 4e Indo ¢ ferragem. ‘Subia da lama como de uma mucoce. Devia saber dos polves Sabia seguramente de mulher febril que habita as ostras. 305 Aguele rio jamais se abre sos pelxes, 40 brilho, 2 inquietagso de faca que hi nos peixes, ‘Jamals ge ebro em peixes, Abrose em flores pobres e negras ‘como negros. ‘Abre-se numa flora fj e mals mendiga como fo os mendigos negros. “Abre-se em mangues de folhas duras e erespes como um negro. LLiso como o ventre de uma cadela feeunde, sm nunea explode. ‘Tem, 0 rio, lum parto fluente ¢ invertebrado ‘como 0 de uma eadela, jamais o vi ferver (camo ferve ‘0 io que fermenta). Em siléncio, © rio carrega sua feeundidade pobre, ‘erivido de terra negra, Bm siléneto se d4: fem eapas do terra nogra, em botinas ou luvas de terra negra para o pé ou # mao que mergulhs Como as vezes passa com os efes, parecia o rio estagnar-se, Suas dguas fluiam entko mais densas © moras; Tufam com 9s ondas densas © marnas de uma cobra, le tinka algo, entlo, a estagmagio de um lovco, Algo da estagnasho o hospital, da. penitencidti, dos asios da vida suje © abatada (de roupa suja e abafada) por onde se velo arrastando, Algo da estagnacio os paldcion eariados, comidos de moto e erva-de-passarinho, Algo da estagnagio as drvores obesas pingando os mil sgieares as salas de jantar pernambucanas, por onde se velo arrastendo, (8 nelas, sas de costas para o rio, ‘que “as grandes familias eapiritania” da cidade cchocam 08 ovos gordoe de sua prosa, 07

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