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Centro Tecnológico
Departamento de Engenharia Mecânica
Relatório de Bolsa
ÍNDICE
CARACTERIZAÇÃO DO MERCADO DE GÁS NATURAL EM SC......................................2
1 A Companhia Distribuidora de Gás Natural: SCGÁS................................................2
1.1 Evolução do Faturamento da Empresa e resultados......................................3
1.2 Sistema de Suprimento em Santa Catarina....................................................4
2 Preço do Gás Natural Comercializado em Santa Catarina.........................................6
2.1 Componentes do Preço...................................................................................6
2.2 Índices de Reajuste de Preço.........................................................................6
2.3 Evolução dos componentes de formação do preço do GN no período de
Abril de 2000 a julho de 2002.....................................................................................7
2.4 Evolução do Preço do GN em Santa Catarina de Abril de 2000 a Julho de
2002 8
2.5 Evolução do Preço Médio de Venda do GN em Santa Catarina de Abril de
2000 a Julho de 2002.................................................................................................9
2.6 Tipos de tarifa praticados pela SCGÁS...........................................................9
3 Mercado de GN em Santa Catarina.............................................................................11
3.1 Combustíveis concorrentes...........................................................................14
3.2 Gás Liquefeito de Petróleo – GLP.................................................................14
3.3 Óleos Combustíveis......................................................................................15
3.4 Carvão Mineral..............................................................................................15
3.5 Lenha Mista...................................................................................................15
3.6 Energia elétrica..............................................................................................16
3.7 Subprodutos de processos industriais..........................................................17
3.8 Combustíveis automotivos............................................................................17
3.9 Perspectivas e metas da SCGÁS até 2006..................................................17
4 Impacto ambiental da inserção do gás natural na matriz energética do Estado
de Santa Catarina..........................................................................................................................19
4.1 O gás natural.................................................................................................19
4.2 Metodologia de cálculo e análise..................................................................20
4.3 Resultados.....................................................................................................22
5 Conclusão.......................................................................................................................25
3
15.000.000
14.000.000
13.000.000
12.000.000
11.000.000
10.000.000
9.000.000
8.000.000
R$
7.000.000
6.000.000
5.000.000
4.000.000
3.000.000
2.000.000
1.000.000
-
dez /00
set/00
mar/01
set/01
dez /01
mar/02
nov /00
fev /01
nov /01
fev /02
mai/02
mai/00
abr/01
mai/01
abr/00
ago/00
ago/01
abr/02
jun/00
out/00
jan/01
out/01
jun/02
jul/00
jun/01
jul/01
jan/02
jul/02
Fonte: SCGÁS
localizadas nas cidades de Joinville, Guaramirim, Gaspar, Brusque, Tijucas, São José,
Tubarão, Urussanga, Nova Veneza e Criciúma. Estação de compressão são os pontos no
decorrer do gasoduto em que o GN precisa ser pressurizado, para suprir o fornecimento, em
Santa Catarina a estação de compressão fica em Biguaçu.
A partir de 08 das 09 estações de entrega, sendo que a de São José ainda esta inativa, a
SCGÁS dá inicio ao papel de distribuidora estadual, a concessão de distribuidora lhe atribui
como obrigação construir as tubulações, redes necessárias para a satisfazer a demanda de GN
no estado dentro das normas de segurança da ANP e ABNT e cláusulas do contrato de
concessão, sem deixar de considerar suas necessidades enquanto empresa com capital privado
(gerar lucro), satisfazer os acionistas.
Fonte: www.scgas.com.br
7
3 Componentes do Preço
cotações publicadas na tabela Spot Price Assessments do Platt’s Oilgram price Report, uma
publicação especializada no assunto. A cesta de óleo acima referida considera os seguintes
produtos:
- 50% F01 = Fuel Oil de 3,5% de enxofre – tipo cargões FOB Med Basis Italy;
- 25% F02 = Fuel Oil # 6 de 1% de enxofre (LFSO) – tipo U.S. Gulf Cost Waterbone;
- 25% F03 = Fuel Oil de 1% de enxofre – tipo cargões FOB NWE.
Tx Câmbio Realizada
4,00
3,50
3,00
2,50
R$/US$
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
8 8 8 9 9 9 9 0 0 0 0 1 1 1 1 2 2 2
br/9 ul/9 ut /9 n/9 br/9 ul/9 ut/9 n/0 br/0 ul/0 ut /0 n/0 br/0 ul/0 ut/0 n/0 br/0 ul/0
a j o j a a j o j a a j o j a a j o j a a j
Fonte: BACEN
9
US$/bbl
US$/tm
100
15
80
60 10
40
5
20
0 0
jan/00 abr/00 jul/00 out/00 jan/01 abr/01 jul/01 out/01 jan/02 abr/02 jul/02
F01 – FUEL OIL de 3,5% de enxofre, referido sob o título Cargões FOB Med Basic Italy.
F02 – FUEL OIL n.º6 de 1% de enxofre, referido sob o título U.S. Gulf Coast Waterbone.
F03 – FUEL OIL de 1% de enxofre, referido sob o título Cargões FOB Med Basic Italy.
6 Evolução do Preço do GN em Santa Catarina de Abril de 2000 a Julho de 2002
4,00
3,50
3,00
2,50
US$/MMBTU
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
abr/00 jul/00 out/00 jan/01 abr/01 jul/01 out/01 jan/02 abr/02 jul/02
trimestres
Com base nos gráficos das figuras 3, 4 e 5 pode-se verificar que houve uma variação
grande nos fatores de composição do preço do GN no período de abril de 2000 a julho de
2002, o que justifica o aumento do preço de venda do GN em Santa Catarina, e nas demais
regiões atendidas pelo GN importado da Bolívia, gerando insatisfação por parte dos
empresários. Os demais combustíveis em sua maioria também são reajustados pelos mesmos
fatores que o GN, dólar e cesta de óleo, o que significa dizer que se o GN sofreu um aumento
de preço, os demais combustíveis também aumentaram.
0,6000
0,5000
0,4000
R$/m³
0,3000
0,2000
0,1000
0,0000
jul/00
out/00
jan/01
abr/01
jul/01
out/01
jan/02
jul/02
abr/00
abr/02
Para o mercado do segmento industrial hoje existem as tarifas TG1, TG2 e TG3, que são
basicamente diferenciadas pela quantidade de consumo garantida pelo contratante, que
segundo contrato de venda de GN da SCGÁS são:
TG1 – O cliente deve manter o consumo médio trimestral de no mínimo 70% da
Quantidade Diária Contratada (QDC) e em média anual de 90% da QDC, assim sendo um
cliente que possui um contrato de 10.000 m3/dia, deve manter uma média trimestral de no
mínimo 7.000 m3/dia e uma média anual de 9.000 m3/dia, e para este tipo de contrato há uma
tarifa em cascata, que por dar maiores garantias a SCGÁS, custa menos para o cliente. Caso o
cliente tenha um consumo abaixo do mínimo trimestral é emitida uma fatura complementar
cobrando a diferença, entre o consumido e o contratado, de mesma forma para a quantidade
mínima ano;
TG2 – O cliente deve manter o consumo médio trimestral de no mínimo 50% da QDC e
consumo médio anual mínimo de 70% da QDC, neste caso o cliente que possui um contrato de
10.000m3/dia, deve manter uma média trimestral de no mínimo 5.000m 3/dia e uma média
anual de 7.000 m3/dia, como as garantias para a SCGÁS diminuem neste tipo de tarifa, esta
incorre em um custo mais elevado para o cliente, se comparado que utiliza a TG1. Assim
como na TG1, caso o cliente não tenha o consumo mínimo trimestral e anual, são emitidas
faturas complementares ao final cada trimestre e ao final do ano;
TG3 – Neste caso o cliente contrata uma demanda fixa e paga uma taxa mínima por esta
QDC, a cada fatura independente de consumir ou não, porém esta taxa é apenas parcela do
preço da TG3, sendo que a outra parcela também é em cascata, como as demais e varia de
acordo com o consumo de cada clientes.
Há também um controle de consumo máximo para todos os tipos de tarifa, que é de 20%
acima da QDC, neste caso independente do tipo de tarifa, caso o cliente ultrapasse em mais de
20% a QDC, paga o equivalente a 20% de acréscimo sobre o preço do volume consumido a
mais, dentro da sua cascata, do seu tipo de tarifa.
A tarifa para o mercado veicular é chamada de TG4, e tem um valor fixo independente
do volume contratado e consumido.
12
68,02%
19,29%
0,30%
0,02% 9,52%
0,31%
0,18%
0,72%
1,63%
Cerâmico Têxtil Metal-Mecânica
GNV Produtos Alimentares Cerâmica Vermelha
Vidros e Cristais Outros
indústrias em sua maioria dos segmentos cerâmico (cerâmica branca), têxtil e metal mecânico
e em menor escala os segmentos de serviços, vidros, cristais e cerâmica vermelha. Algumas
regiões industriais ainda aguardam a construção da rede de distribuição.
900
800
700
600
(média/mês)
mil m³/dia
500
400
300
200
100
0
MAR
MAI
JUN
JAN
ABR
SET
OUT
AGO
JUL
DEZ
FEV
NOV
2000 2001 2002
Serão atendidas inicialmente as regiões centrais das cidades abastecidas pelo GN,
visando um maior aproveitamento das instalações, atender o maior número de residências e
comércios possível com a menor quantidade possível de redes a serem construídas, caso
contrário se tornaria inviável os investimentos nestes setores. Serão instalados ainda este ano
projetos pilotos nas cidades de Joinville e Blumenau, onde serão avaliados, estudados os
resultados e a partir destes projetos a rede para distribuição comercial e residencial começará a
ser expandida.
9 Combustíveis concorrentes
11 Óleos Combustíveis
12 Carvão Mineral
13 Lenha Mista
com maior controle e constância nas propriedades físicas e químicas, reduzir sensivelmente o
custo da mão de obra, não ter frete rodoviário e não possuir custo de estocagem.
24,35
25,0
20,0
R$/MMBTU
13,95 14,24
15,0 13,09 12,83 12,57
10,0
5,53
5,0
2,41
0,0
GLP GN 1.000 GN 5.000 GN 10.000 GN 30.000 OCA1 LM CM
m³/dia m³/dia m³/dia m³/dia
14 Energia elétrica
São em geral subprodutos gerados no próprio processo produtivo, tais como: licor negro
das indústrias de papel e celulose, serragem, casca de arroz e biomassas em geral. Apesar das
restrições quanto à qualidade, apresentam condições, por vezes, bastante competitivas. O GN
apresenta vantagem na homogeneidade do combustível e do fornecimento, o que na maioria
das vezes nos processos que utilizam estes combustíveis não tem interferência, sendo que não
modifica a qualidade do produto final, além de não ser competitivo em preço.
16 Combustíveis automotivos
Esta análise tem por objetivo quantificar as vantagens da chegada do gás natural para o
meio ambiente do estado de Santa Catarina. Assim, têm-se parâmetros de comparação em
termos de redução de emissões de gases poluentes lançados à atmosfera em relação às
alternativas energéticas que estariam sendo usadas caso o gás natural não fosse utilizado no
Estado.
18 O gás natural
Tomou-se como base de cálculo o consumo médio diário de gás natural das empresas
que utilizam o combustível em Santa Catarina. Em cada empresa estimou-se o consumo atual
do antigo energético caso o gás natural não substituísse o antigo combustível.
Diversos combustíveis formavam a matriz energética dos atuais consumidores de gás
natural. A Tabela 4 apresenta o total diário destes combustíveis que foram substituídos por gás
natural em Santa Catarina.
Vale ressaltar que os dados apresentados nesta tabela são apresentados da maneira mais
usual, com os valores expressos em kgpoluente/kgcombustível, a forma mais correta é apresentar o
valor da emissão em base energética, como mostrado na Tabela 5.
20 Resultados
15,2 2,7
57,0 GLP
OC
OD
Cavaco
Carvão
90,2 Gasolina
70,3
1,6
24
Figura 10: Redução da emissão anual de CO2 com o uso do gás natural por tipo de
combustível
A Tabela 7 apresenta o resultado da redução de emissão de SO2 no período de 1 ano,
computado o impacto ambiental da economia do óleo diesel utilizado no transporte dos outros
combustíveis.
1,611 0,027
0,003
OC
OD
Carvão
Gasolina
8,903
Figura 11: Redução da emissão anual de SO2 com o uso do gás natural
25
5 Conclusão
combustível. Por outro lado a queima de óleo combustível produz poluentes de alta toxidez,
obrigando a indústria que se utiliza desse combustível a instalar sistemas de tratamento de
afluentes.
27
BIBLIOGRAFIA
ABREU, Percy Louzada de. Gás natural: o combustível do novo milênio. Porto Alegre:
Plural Comunicação, 1999. 92p.
Revista Brasil energia edições de dezembro de 2000 – Vendas de gás das distribuidoras por
segmento em dezembro de 2000, Rio de Janeiro, 2000, Ediouro Publicações S.A
Revista Brasil energia edições de dezembro de 2001 – Vendas de gás das distribuidoras por
segmento em dezembro de 2001, Rio de Janeiro, 2001, Ediouro Publicações S.A