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São Paulo
Com cerca de 2.700 pessoas inscritas antecipadamente, o evento atraiu outras centenas
de interessados que compareceram ao local para a inscrição na hora, o que resultou em
uma longa fila que se estendeu pela Rua Algard.
A fila formada desde cedo andou lentamente e chegou a ser interrompida por cerca de
40 minutos, devido ao limite da capacidade dos 7 andares do prédio dedicados à
PerifaCon.
"Perifacon" reúne trabalhos de artistas da periferia em São Paulo
Aprovação do público
"É bem legal, incentiva bastante a periferia. A CCXP (maior Comic Con do país) é
muito cara, não é para todo mundo. Eu não achei que ia ser tão grande como está sendo.
Estamos muito felizes com o evento", conta Douglas Moreira, de 32 anos, técnico em
enfermagem.
Ele e a mulher, Luciana Cristina, 34 anos, também técnica em enfermagem, são
moradores de Taboão da Serra e foram com os filhos caracterizados de Família Incrível.
Até o filhinho bebê entrou na brincadeira.
Vinicius Silveira Libório, de 26 anos, conta que participa como aprendiz de atividades
da Fábrica de Cultura desde 2013. Deficiente visual, ele foi sozinho ao evento e se
empolgou com as oficinas de jogos em grupo.
"Está muito bom, principalmente a primeira sala, de games. Joguei um jogo em que
você tem que bater papo e descobrir quem é o jogador misterioso, é ótimo! Um evento
desses [como a CCXP] é 200, 400 conto. E aqui é do lado de casa, tem que aproveitar
quando tem essas coisas de graça", afirma.
Vinicius Silveira Libório, que tem deficiência visual, encarou sozinho a multidão no
evento e se divertiu com oficinas de jogos — Foto: Fábio Tito/G1
Rafael Souza Lima, de 33 anos, gerente comercial, e Heidi Pulei, de 39, enfermeira,
levaram as filhas Sophia, de 10 anos, e Isadora, de 1, fofura em forma de Pikachu que
atraía olhares e sorrisos do colo da mãe.
"Sempre fui nesses eventos pagos e centralizados, mas periféricos nunca. Dificilmente
tem. A iniciativa é bem legal, é importante. Meus pais moram aqui perto no Capão, mas
a gente veio pelo evento mesmo", diz Rafael, morador da Vila Sônia, na Zona Oeste.
Rafael e Heidi posam com as filhas Sophia e Isadora antes de entrar no evento. A bebê
fez sucesso vestida de Pikachu — Foto: Fábio Tito/G1
Cosplayers
Bem como nas grandes Comic Cons, os cosplayers mais produzidos se tornam quase
celebridades no evento, sendo parados para fotos a todo momento.
Foi o caso das irmãs Taís e Amanda Alcântara, moradoras de Taboão da Serra,
respectivamente de 28 e 26 anos, uma professora, a outra auxiliar administrativa. Taís
foi de Daenerys, de "Game of Thrones", e Amanda foi de Caçadora, personagem de
quadrinhos da DC.
"Está muito legal a animação do público. Tem mais crianças, bem mais do que outros
eventos em que já fomos. É muito válido por ser aqui no Capão", diz Taís.
A autoria é dos artistas Load e Loud, que estavam radiantes com a aceitação.
"Esse evento para mim é surreal, muito emocionante. Muito legal a diversidade,
diferente do público mais elitista de outros eventos. Aqui na nossa palestra as perguntas
foram diferentes, a troca é muito boa. Olha como isso está bonito!", diz Load olhando o
local lotado.