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Lassale trata a respeito da soma dos fatores reais de poder e as instituições jurídicas.
Não basta apenas haver interesses naturais das classes, é necessário haver garantia de seus
direitos. A união de todos os direitos numa folha impressa é o marco de que os direitos serão
garantidos a todos. O processo de impressão da junção das leis tem característica jurídica
com mais força e confiabilidade.
O instrumento de poder do rei se mostra superior ao poder que se apoia o povo, por
conta da organização, disciplina e estrutura militar que o rei dispõe. Diferente da organização
do povo, que apesar de estar em maioria absoluta, não se encontra organizado e unido. Devido
a desordem e a desunião das classes, é impossível saber como será o enredo caso uma delas se
rebele contra a monarquia.
No capítulo 2 Lassale expõe o seu pensamento quanto aos fatos históricos que
envolvem a constituição, dizendo que, mesmo sendo boa ou má, as nações teriam que ter um
constituição que a regesse. Durante a história, constituição demostrou ser um instrumento de
garantias de direitos e perante a tirania da coroa.
O autor entende que os fatores reais de poder variam de acordo com o tempo, o povo,
o espaço geográfico, a demografia e a economia dominante, citando o exemplo do Estado
feudal. O desenvolvimento desses fatores ocasiona na mudança dos fatores do poder, pois há
menos dependência de uma classe pela outra, principalmente da classe trabalhadora. A
burguesia pode crescer a ponto de superar o poder monárquico.
O último capítulo trata a respeito do poder que tem uma nação cujo as classes se
desenvolvem e se organizam progressivamente. A união e o crescimento da burguesia e da
classe trabalhadora acarretam na diminuição do poder da vontade da monarquia. A monarquia
perde o controle e seu instrumento de poder, o exército, não é mais capaz de conter a força das
classes.
Não é possível que haja ordenamento jurídico sem que haja um consenso entre a
realidade político-social e a constituição jurídica. Para Hesse, a ordem e a realidade precisam
ser inseparáveis, pois elas definirão os fundamentos principais da constituição da nação. As
normas sempre serão inspiradas pela sociedade.
A constituição não é formada apenas pela norma, mas também pela a execução, ou
seja, da ação humana. Para Hesse, a norma precisa ser executada conforme o que for
estabelecido, sem a interferência do interesse do executor ou de qualquer grupo classe que
procure ser beneficiada. Outro fator necessário para assegurar o cumprimento das normas é a
“natureza singular do presente”, que é a segurança causada pela correspondência da
constituição aos anseios e aos elementos políticos, sociais e econômicos.
CONCLUSÃO CRÍTICA
No que tange ao social, os partidos de esquerda seguem unidos afim de alcançar seus
interesses nas pautas ambientais, assistenciais do Estado sobre a minoria, etc. A direita
brasileira se caracteriza pela diferença entre conservadores, liberais e liberais-conservadores e
conservadores-liberais. Cada um com sua maneira de tratar as questões sociais e ambientais,
buscando atender a demanda de seu eleitorado que atualmente são os empresários,
agricultores, classe média e alta. As duas buscam atender a classe trabalhadora, mas a forma é
diferente.
Olhar a classe média como sendo a burguesia do tempo atual é agir com
desonestidade, pois não há comparação. O olhar de Lassale é muito velho, comparado a
realidade atual do Brasil. Acredito que Hesse tenha uma visão mais atual, pois a história
mostra que os a constituição é apenas papel diante do interesse político da plutocracia. O
desrespeito às normas constitucionais ocorridos em 2016, com o caso do impeachment da
presidente Dilma Rousseff, elucida bem que, o que faz as normas serem seguidas ou não é a
vontade humana. A constituição prevê, além da perda do cargo, a pena de inabilitação de
ocupação de qualquer cargo público no período de 5 (cinco anos), o que não foi cumprido,
graças à interpretação do presidente do julgamento.
A constituição passou a ser mero livro que o Supremo Tribunal Federal (STF), pode
interpretar como quiser. No caso do impeachment de 2016, o artigo 2° da lei do impeachment
foi interpretado como podendo ser dividido. Nesse caso, o poder judiciário descumpriu a lei e
a interpretou a constituição como quis.