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Apostila 5 – Princípios de Sensoriamento Remoto

Rodrigo Peroni
Maio 2004
página - 2

Faculdade do Noroeste de Minas


Informática aplicada a Geografia
Princípios de Sensoriamento Remoto

1 PRINCÍPIOS DE SENSORIAMENTO REMOTO .................................................................................... 3


2 TRATAMENTO GERAL DE DADOS DE SENSORIAM ENTO REMOTO ................................................. 3
3 FUNDAMENTOS FÍSICOS ................................................................................................................... 3
4 INTERAÇÕES REM – ATMOSFERA .................................................................................................... 4
5 INTERAÇÕES REM - ALVOS .............................................................................................................. 6
6 CARACTERÍSTICAS DOS DADOS DE SR (IMAGENS DE SATÉLITE).................................................. 7
6.1. Aquisição de dados em SR: ........................................................................................................... 7
6.2. Resolução dos Sensores................................................................................................................ 7
7 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS SENSORES .................................................................................. 8
8 NÍVEIS DE COLETA DOS SENSORES REMOTOS............................................................................... 9

Rodrigo de Lemos Peroni


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Princípios de Sensoriamento Remoto

1 PRINCÍPIOS DE SENSORIAMENTO REMOTO

Sensoriamento Remoto (SR) é a disciplina que trabalha com a obtenção e a análise de informações
sobre materiais, objetos, ou fenômenos na superfície da Terra a partir de dispositivos situados à distância
dos mesmos. O objetivo principal do SR é a expansão da percepção sensorial do ser humano, seja por meio
da visão panorâmica, seja pela obtenção de informações em regiões do Espectro Eletromagnético (EEM)
inacessíveis à visão humana.
Sensores recebem e registram informações provenientes dos materiais da Terra pancromáticos, multi-
espectrais, hiper-espectrais ativos (ex. SIR-C), passivos (ex. TM, AVIRIS) operam no espectro de
microondas do EEM, ou no espectro ótico, capturando as propriedades físicas e químicas dos alvos.

2 TRATAMENTO GERAL DE DADOS DE SENSORIAMENTO REMOTO

“Compreende todo um conjunto de procedimentos técnicos freqüentemente utilizados para extrair


informações a partir dos dados de sensoriamento remoto de acordo com os objetivos desejados.”
Esses procedimentos podem ser separados de acordo com os seguintes passos:

Figura 1

3 FUNDAMENTOS FÍSICOS
Os sensores captam informações resultantes da interação (reflexão, transmissão, absorção, emissão)
da energia ou radiação eletromagnética (REM) com os objetos da superfície terrestre, e a partir disso,
permitem a derivação de informações sobre as características físicas e químicas dos alvos em estudo.
A energia captada é proveniente do Sol, dos alvos e/ou do próprio sensor
• a REM utilizada em SR abrange diferentes porções do contínuo EEM

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• o comportamento da REM obedece às leis da Teoria Ondulatória, segundo a qual a energia se


propaga na forma de onda, à velocidade da luz, segundo um campo elétrico e um campo magnético, que
são ortogonais entre si de modo harmônico e com uma trajetória senoidal.

Figura 2

A figura abaixo, apresenta o espectro eletromagnético, destacando o curto intervalo do espectro que
corresponde ao visível.

Figura 3

4 I NTERAÇÕES REM – ATMOSFERA


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O fluxo total de energia solar no topo da atmosfera é de aproximadamente 1400 Wm , entretanto
quando a radiação solar penetra na atmosfera terrestre, sofre atenuações causadas por reflexão,
espalhamento e absorção pelos constituintes atmosféricos, por partículas dispersas e nuvens. Isso faz com
que a radiação global que chega na superfície terrestre esteja fortemente atenuada.

Figura 4 – Causas da atenuação solar ao atravessar a atmosfera terrestre.

Rodrigo de Lemos Peroni


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A radiação solar que volta para o espaço sideral corresponde a 37%, sendo 26% refletida pelas
nuvens e 11% pela dispersão das partículas que se encontram na atmosfera. Os gases e vapor d’água são
responsáveis pela absorção de 16% da radiação. Dessa forma somando as quantidades de radiações que
voltaram para o espaço mais aquela que foi absorvida pelos gases e vapor de água tem-se um total de 53%
de perda de radiação global. Assim, do total que atinge ao topo da atmosfera, somente 47%atinge a
superfície terrestre.
Espalhamento:
O espalhamento é um processo físico que resulta obstrução das onda eletromagnéticas por partículas
existentes nas suas trajetórias, ao penetrarem na atmosfera terrestre. Essa obstrução pode ser tanto da
energia incidente quanto da energia refletida. Na atmosfera as partículas responsáveis pelo espalhamento
de energia apresentam tamanhos variáveis, desde moléculas de gases naturais até grandes gotas de chuva
e partículas de granizo conforme a tabela 1.
Tabela 1 – Partículas presentes na atmosfera e respectivos tamanhos.

a)Espalhamento molecular ou Rayleight: energia incidente encontra partículas de menor comprimento


de onda. Assim quanto menor o comprimento de onda maior será o espalhamento. Por exemplo a luz azul é
espalhada 5,5 vezes mais do que a a luz vermelha porque tem comprimento de onda menor do que esta,
esse tipo de espalhamento explica porque a sensação visual azulada do céu durante o dia e avermelhada
no crepúsculo e pôr-do-sol. A luz azul por ter uma freqüência muito próxima da freqüência de ressonância
dos átomos constituintes das moléculas dos gases da atmosfera terrestre, ao contrário da luz vermelha,
interage muito mais facilmente com a matéria, isso provoca um ligeiro atraso na luz e azul que é re-emitida
através do espalhamento Rayleigh. A luz vermelha que não é dispersada e sim transmitida continua em sua
trajetória inicial. Por outro lado, quando o sol se encontra no horizonte os raios que chegam aos nossos
olhos atravessam uma maior massa de ar e a dispersão aumenta em intensidade, a maior atenuação no
azul, faz com que a luz do sol seja avermelhada no espectro visível.
b) Mie: energia incidente encontra partículas de mesmo tamanho do comprimento de onda do fóton
(vapor d’água, fumaça, poeira)
c) Não seletivo: Quando o tamanho das partículas da atmosfera deixa de ter influência no
espalhamento, este é denominado não seletivo, isto é ele vai se tornando independente do comprimento de
onda. As partículas são maiores que o comprimento de onda da energia incidente (nuvens, neblina, chuva).
Esse espalhamento é responsável pela aparência branca das nuvens.
Absorção: os constituintes da atmosfera absorvem parte da radiação solar. Cada tipo de partícula tem
seu próprio espectro de absorção (regiões do EEM onde a molécula absorve energia). Constituintes mais
absorventes: vapor d’água, ozônio, dióxido de carbono, metano. Essas absorções são responsáveis pelas
Bandas de absorção e Janelas atmosféricas, ou seja regiões do espectro eletromagnético para as quais a
energia não é absorvida, ou seja atmosfera é transparente para esses comprimentos de onda. O que
significa que se deve evitar construir sensores para medir radiações em determinados comprimentos de
onda pois a radiação é toda absorvida pela atmosfera.

Rodrigo de Lemos Peroni


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Figura 5

5 I NTERAÇÕES REM - ALVOS


Ao atingir a superfície, a REM pode sofrer 3 tipos de interação com os alvos: a) reflexão, b) absorção
e c) transmissão e é decomposta em:
EI = ER + EA + ET
• os sistemas de SR operam com ER. Com isso, as características de reflectância dos alvos são muito
importantes e podem ser quantificadas medindo-se a quantidade de energia que é refletida; essa medida é
função do comprimento de onda e é chamada reflectância espectral.
• as propriedades de reflectância definem as assinaturas espectrais (curva de reflectância espectral)
dos alvos e servem como padrão de referência nos estudos em SR.

Figura 6

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6 CARACTERÍSTICAS DOS DADOS DE SR (IMAGENS DE SATÉLITE)

6.1. A QUISIÇÃO DE DADOS EM SR:

métodos analógicos - câmera fotográfica


métodos eletrônicos digitais
câmera de video
sensores de varredura tipo across-track
OM Line Scanner, Imaging Spectrometer
sensores de varredura tipo along-track
CCD Linear Array Scanner
CCD Area Array Scanner (Imaging Spectr.)

Figura 7

6.2. RESOLUÇÃO DOS SENSORES

As características dos sistemas sensores não fotográficos imageadores em geral são expressas por
quatro domínios de resolução: espectral, espacial ou geométrica, temporal e radiométrica.
Resolução espectral: Todo o princípio do sensoriamento remoto baseia-se na premissa de que os
alvos da superfície terrestre se diferem quanto ao comportamento espectral. Em outras palavras, cada alvo
reflete a energia diferentemente.
Resolução espacial ou geométrica: Trata-se do campo de visada instantâneo (IFOV), ou seja, refere-
se à área vista por um dado sensor sobre a superfície da Terra dentro de um ângulo sólido, em um dado
instante de tempo. IFOV define a área do terreno focalizada à uma dada altitude pelo sensor porém é
diferente do tamanho do pixel, ex.: Resolução espectral : é definida pelos intervalos (bandas) do EEM
captados pelo sensor e pelo n° de bandas espectrais.

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Figura 8

Figura 9

Resolução temporal: Esta resolução é função do tipo de plataforma na qual o sensor está colocado.
No caso se sistemas orbitais, a resolução indica o intervalo de tempo que o satélite leva para voltar a cobrir
uma mesma área de interesse. Ou seja o tempo que um sensor retorna a imagear um mesmo ponto
geográfico na superfície da Terra.
Resolução radiométrica: é definida pelo n° de níveis de cinza (DN), os quais definem a intensidade de
energia coletada. Quanto maior a resolução maior o DN. O DN é definido em função do número de dígitos
binários (bits) necessários para armazenar na forma digital o valor de DN máximo. O valor em bits é sempre
uma potência de 2(26 = 64 DNs, 28 = 256 DNs).

7 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS SENSORES


Os sistemas sensores podem ser classificados quanto à fonte de radiação, ao princípio de
funcionamento e ao tipo de produto.
Tipo de Produto Princípios de Fonte de
funcionamento Radiação
Fotográficos Imageadores Passivos
Ativos
Sensores
Imageadores Passivos
Não fotográficos Ativos

Não imageadores Passivos


Ativos
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Um sistema sensor é constituído basicamente por um coletor, que pode ser um conjunto de lentes,
espelhos ou antenas; um sistema de registro (detector) que pode ser um filme ou outros dispositivos, e um
processador, conforme ilustrado na figura abaixo.

Figura 10

8 NÍVEIS DE COLETA DOS SENSORES REMOTOS

O procedimento de aquisição das medidas das propriedades espectrais dos alvos da superfície
terrestre, por meio dos sensores, pode ser feita em três níveis: terrestre, sub-orbital e orbital.
Os sistemas de sensores remotos podem ser baseados em plataformas orbitais (satélites) ou
aeroportadas (aviões). As radiações do espectro visível e infravermelho refletidas ou emitidas pelos alvos
terrestres podem ser registradas pelos sistemas passivos de sensoriamento remoto, porém os sistemas
fotográficos (analógicos) são limitados a um intervalo espectral de 0.3 a 0.9 mm que corresponde a faixa do
visível. Os sistemas de varredura (eletrônicos, digitais) podem atuar na faixa de 0.3 até 14 mm (visível,
infravermelho próximo, médio e termal). Nesses sistemas de varredura, a radiação refletida ou emitida pela
superfície terrestre atravessa o sistema óptico do scanner e é focalizada sobre os detectores. Esses
transformam a radiação em sinais que são armazenados em disco. Um scanner multiespectral pode gravar
sinais provenientes de vários intervalos de comprimento de onda, já um scanner hiperespectral pode gravar
sinais provenientes de centenas de intervalos de comprimento de onda.

Figura 11

A utilização de um sensor ou de outro, em determinado nível de coleta de informações espectrais


depende sobretudo de fatores relacionados com o objetivo da pesquisa, tamanho da área imageada,
disponibilidade de equipamentos sensores, além de custo e precisão desejados para os resultados a serem
produzidos.
Abaixo segue uma tabela com alguns dos principais sistemas sensores orbitais e suas características
de resolução.

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Tabela 2

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