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TEXTO 2

Breve contexto Histórico da Pedagogia

O curso de Pedagogia no Brasil que foi criado em 1939, através do Decreto-Lei


nº. 1.190, quando foi organizada a Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do
Brasil. Desde sua origem, ele esteve orientado para a formação do Pedagogo como
docente, possibilitando ao estudante um conjunto de conhecimentos que lhe garantisse a
condição de educador.
Com o passar do tempo houve novas demandas educativas e o curso de Pedagogia
passou a oferecer habilitações de Administração Escolar, Orientação Educacional e
Supervisão Escolar e a formar docentes para ministrar as disciplinas pedagógicas do curso
magistério de 2º Grau. Houve muitos movimentos, tanto de professores como de grupos
estudantis, no sentido de se definir a identidade desse profissional ligado à sua área de
atuação, bem como seu campo de trabalho.
No Congresso Estadual de Estudantes de Pedagogia de São Paulo realizado em
1967, os estudantes reclamavam providências com relação ao campo de trabalho do
licenciado em Pedagogia.
E esses estudantes iam muito além quando recomendavam, em caráter efetivo, a
criação de cargos e funções através dos quais profissionais aptos – os licenciados em
Pedagogia – poderiam suprir necessidades educacionais da realidade brasileira nos
seguintes setores: planejamento educacional, TV educativa, instrução programada,
educação de adultos, educação de excepcionais, especialização em níveis de ensino,
desenvolvimento de recursos humanos, atividades comunitárias, avaliação de
desempenho em escolas e empresas, administração de pessoal (análise e classificação de
cargos, recrutamento, seleção, colocação e treinamento de pessoal).
Portanto, os estudantes reivindicavam a inserção do Pedagogo também na
empresa, trabalhando no desenvolvimento de recursos humanos, avaliação de
desempenho, administração de pessoal que envolve análise de cargos, recrutamento de
pessoal, tendo em vista sua formação teórica e técnica na área educacional. Os estudantes
daquela época já sentiam que o Pedagogo também estava apto a assumir esses papéis e
funções na empresa.
Essa necessidade era manifestada na própria realidade do mercado de trabalho e
os estudantes tinham esta percepção. Havia, portanto, a necessidade de se alterar a
formação do Pedagogo.
Na década de 90 os cursos começaram a ser reestruturados nas Universidades,
incluindo as habilitações para a docência em Educação Infantil e Educação Especial. A
partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, o Curso de Pedagogia
tem por objetivo a formação de educadores capazes de analisar e intervir na realidade
educacional, garantindo-lhe sólidos conhecimentos das Ciências da Educação. Assim, o
curso capacita o Pedagogo, enquanto profissional da educação, a conhecer e reconhecer
o trabalho pedagógico em sua totalidade, visando a torná-lo um articulador e organizador
do processo pedagógico onde ele ocorrer, buscando sempre a melhoria da qualidade de
ensino e aprendizagem.
Portanto, o curso de Pedagogia forma, hoje, um Pedagogo professor, capaz de
conciliar reflexão crítica e visão ampla sobre educação sendo capaz de organizar e
implementar ações consistentes e eficazes que garantam aprendizagem.
A LDB/96 permitiu às Universidades organizar seus currículos para atender às
áreas emergentes da sociedade, oferecendo disciplinas alternativas e núcleos temáticos,
apostando na necessidade que a sociedade está manifestando no sentido de se eliminar as
divisões e fragmentações que até então ocorreram nos espaços onde se desenvolve o
trabalho educativo.
O meio acadêmico reconheceu que o trabalho educativo atualmente deve ocorrer
de forma coletiva e interdisciplinar, criando uma visão integradora do trabalho
pedagógico, com um Pedagogo que desenvolva sua autonomia, criatividade e
comprometimento com a melhoria das condições da educação.
O Curso de Pedagogia assumiu então tem por objetivo a formação de educadores
capazes de analisar e intervir na realidade educacional. Assim, o curso capacita o
Pedagogo, enquanto profissional da educação, a conhecer e reconhecer o trabalho
pedagógico em sua totalidade, visando a torná-lo um articulador e organizador do
processo pedagógico onde ele ocorrer, buscando sempre a melhoria da qualidade de
ensino e aprendizagem

A Formação do Pedagogo

A Pedagogia é a ciência que estuda e aplica as doutrinas e princípios visando um


programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as
faculdades da personalidade das pessoas, procurando formar o sujeito inquiridor, capaz
de propor questões e não só de dar respostas às tarefas solicitadas; capaz de levantar
hipóteses explicativas a situações educativas e de propor alternativas de ação pedagógica
com vista à inclusão pedagógica e social, favorecendo a aprendizagem de todos.
Por tanto cabe ao pedagogo contribuir na tarefa de democratizar o aceso aos
conhecimentos visando, entre outros objetivos, a promoção da melhoria nas condições de
vida das pessoas, de acordo com ideais e objetivos definidos, de modo específico isso
implica em ser um profissional capaz de investigar, refletir, gerar conhecimento, gerir e
ensinar tanto no âmbito escolar como em espaços não-escolares. Para a formação do
pedagogo

‘[...] os focos de atuação e as realidades com que lidam embora


se unifiquem em torno das questões do ensino são diferenciados,
o que justifica a necessidade da formação de profissionais da
educação não diretamente docentes. Ou seja, níveis distintos de
prática pedagógica requerem uma variedade de agentes
pedagógicos e requisitos específicos de exercício profissional
que um sistema de formação de educadores não pode ignorar.
(Libâneo, 1998, p. 61).

Percebe-se então que o trabalho do pedagogo está centralizado nos processos de


ensino e de aprendizagem relacionados à educação escolar e não escolar, sendo, por isso,
a prática pedagógica o componente central que permeia todo o processo de formação, o
que não impede que esse profissional esteja apto a atuar também em outros contextos
educativos dentro e fora de uma escola.
A preparação do profissional de Pedagogia se encontra numa dimensão integrada
e indissociável para o exercício da docência e para a gestão dos processos educativos
escolares e não-escolares assim como para a produção e difusão do conhecimento do
campo educacional.
Sobre a argumentação acima Libâneo diz:

O trabalho pedagógico não se reduz ao trabalho escolar e docente,


embora todo trabalho docente seja um trabalho pedagógico. Vai
daí que a base comum de formação do educador deva ser expressa
num corpo de conhecimentos ligados à Pedagogia não à docência,
uma vez que a natureza e os conteúdos da educação nos remetem
primeiro a conhecimentos pedagógicos e só depois ao ensino,
como modalidade peculiar de prática educativa. Inverte-se, pois,
o conhecimento mote “a docência constitui base da identidade
profissional de todo educador”. A base da identidade profissional
do educador é a ação pedagógica, não a ação docente.
(LIBÂNEO, 1998, p. 55).

Devido a essa nova percepção do processo educativo e em função disso, da


Pedagogia, a Comissão de Especialistas de Ensino de Pedagogia designada pela Portaria
SESU/MEC 146/03/ 98, em seu texto final de 06/05/99, apresenta a Proposta de Diretrizes
Curriculares para o curso de Pedagogia onde delineia o perfil comum do Pedagogo como
o: “Profissional habilitado a atuar no ensino, na organização e gestão de sistemas,
unidades e projetos educacionais e na produção e difusão do conhecimento, em diversas
áreas da educação, tendo a docência como base obrigatória de sua formação e identidade
profissional. (Mec)
O curso de Pedagogia assim, é o que forma o pedagogo stricto sensu, isto é, um
profissional não somente docente, mas que também que lida com fatos, estruturas,
processos, contextos, situações, referentes à prática educativa em suas várias modalidades
e manifestações. A caracterização do pedagogo stricto sensu torna-se necessária, uma vez
que lato sensu, todos os professores são pedagogos. Por isso, mesmo importa formalizar
uma distinção entre trabalho pedagógico, implicando atuação em um amplo leque de
práticas educativas, e trabalho docente, forma peculiar que o trabalho pedagógico assume
na escola. (PIMENTA, 2001,p.109)

REFERÊNCIAS

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora: novas exigências


educacionais e profissão docente. São Paulo: Cortez, 1998.

PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade teoria e


prática?. São Paulo: Cortez, 2001.

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