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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

SEGUNDO ESTUDO ORIENTADO

MARIA ANTONIA TEODORO DA SILVA – 2018111889

BELO HORIZONTE

2018
A violência é vista basicamente por dois pontos de vista, o do direito natural e o
do positivo:
Segundo Walter Benjamin, pela ótica do direito natural - a violência - produto da
natureza semelhante a uma matéria prima, é perfeitamente justificável, desde
que empregada visando a fins considerados justos. Sendo assim, o direito
natural serviria como um idealizador da violência do estado como algo natural
pois estaria teoricamente buscando um fim justo.
Em contraposição, o direito positivo, segundo Benjamim, parte do ideal de que
cada indivíduo da sociedade, sendo portador de uma personalidade jurídica
própria e individual abriu mão em favor do estado. Segundo o autor, a teoria do
direito positivo do estado avalia qualquer direito nascente apenas pela critica aos
seus meios (que constituem violência) a fim de garantir a justiça pela justificação
do meio. Os fins do direito positivo não entram em questionamento quando
atende o interesse do estado, detentor do monopólio da violência, que não
pretende defender o direito em si, mas sim garantir o seu próprio direito.

O estado não é completamente contra a violência, na verdade, sua existência


depende da mesma. Pois, analisando-se uma situação hipotética de uma
sociedade completamente harmônica sua existência se tornaria desnecessária
porque extinguiria seu papel de mediador de relações entre indivíduos. “O direito
considera a violência nas mãos dos indivíduos um perigo capaz de solapar a
ordenação do direito”. O estado não condena a violência em si, mas apenas
aquela que dirigida a fins contrários a ele.

Por outro lado, o estado também não existiria se fosse instaurado em uma
sociedade que se permite que fins naturais fossem perseguidos de maneira
violenta pois acarretaria em problemas sociais as quais o estado não conseguiria
manter o controle. Monopolizar a violência se tornou uma grande artimanha do
estado pois garante seu domínio sobre a sociedade em geral e ao mesmo tempo
garante seu direito.

Qualquer forma de violência que não se encontra dentro do âmbito do direito


estabelecido por regras ou pelo estado, ameaça completamente o ciclo, não pela
ação em si, mas simplesmente por sua existência fora do direito. Um exemplo
disso é a grande comoção que é gerada quando um grande criminoso é preso.
Charles Manson, autor de vários crimes perversos nos anos 60 é um grande
exemplo disso, o mesmo criou uma seita onde recrutou jovens a fim de cometer
assassinatos para evitar uma guerra na qual afrodescendentes exterminariam
brancos. Ele foi acusado e condenado pela morte de 5 pessoas. O verdadeiro
circo midiático em torno desse caso, fez com que Manson se tornasse um ícone
popular: recebeu milhões de cartas de seus admiradores, casou-se diversas
vezes, escreveu livros, criou uma marca de guitarras, participou de series e
diversos programas de televisão. Ele se tornou uma verdadeira celebridade
mesmo tendo praticado atos completamente fora do direito. Mas a admiração
por parte das pessoas quando algo assim acontece não é pelo individuo, mas
sim pela violência em si, pelo fato da pessoa ter se rebelado contra o sistema
completamente, buscando para si seu direito natural.
Esse tipo de violência é a que o estado tenta tirar completamente do controle da
população pois mesmo impedida por uma serie de sanções ainda suscita a
simpatia da multidão contra o direito.

A violência pode ser tão ameaçadora para o estado que o mesmo chega a
ceder “direitos a violência”. Walter Benjamim cita em seu texto a greve de
trabalhadores como um grande exemplo desse fato. O mesmo regulamenta a
greve como uma forma de “subtrair a greve uma violência exercida de maneira
indireta pelo patrão”. O direito de greve configura no direito de empregar a
violência para alcançar determinados fins.
Entretanto, a greve geral é vista pelo governo como abuso e é quando o mesmo
toma as rédeas da situação violenta para si novamente, invocando suas medidas
de controle pois na greve geral o que o estado teme é fique em evidencia que a
violência é capaz de modificar as relações de direito.
Segundo Benjamin, toda violência “como meio é ou instauradora ou
mantenedora do direito”. O estado teme essa violência pura e simplesmente por
seu caráter instauração do direito, mas ao mesmo tempo é obrigado a
reconhece-la como instauradora do direito quando concede o direito de guerra e
a greve.

Portanto, observa-se que o grande papel da violência para o estado é de


controlar suas ações para que o mesmo não tome medidas errôneas que podem
criar um caos no sistema. E pode-se observar que o papel do estado com a
violência é impedir que os indivíduos se sintam livres para exercer seu direito
natural o que acarretaria no fim do direito de estado.

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