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SATC - ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DA INDÚSTRIA CARBONÍFERA DE SANTA CATARINA

Curso de Tecnologia em Automação Industrial


Disciplina: Eletrônica I Código:
Professor: Eron da Silva

UNIDADE VI - CIRCUITOS COM DIODOS - RETIFICADORES

Retificador é um dispositivo que permite que uma tensão ou corrente alternada (CA) (normalmente senoidal) seja retificada,
sendo transformada em contínua. Existem vários tipos de retificadores e métodos complexos para seu projeto e construção,
normalmente sendo empregados diodos.

Os retificadores mais simples são do tipo meia-onda, onda completa com derivação central e onda completa em ponte. O pior
retificador é o retificador de meia-onda, porém, é o mais barato pois só usa um diodo.

Ilustração: formas de onda senoidal, retificada meia-onda e retificada onda-completa

ONDA SENOIDAL

A onda senoidal é um sinal elétrico básico. Sinais mais complexos podem ser representados por uma soma de sinais senoidais.

Gráfico: formas de onda senoidal

A equação que representa a curva da onda senoidal é a seguinte:

V = Vp × senθ

Onde: V = tensão instantânea


Vp = tensão de pico

Algumas maneiras de se referir aos valores da onda:

Valor de pico (Vp) = Valor máximo que a onda atinge

Valor de pico a pico (Vpp) = Diferença entre o máximo e mínimo que a onda atinge. Vpp = Vp - (- Vp ) Î Vpp = 2 Vp

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Valor eficaz ( Vrms) ( Root Mean Square): O valor rms é valor indicado pelo voltímetro quando na escala CA. O valor rms de
uma onda senoidal, é definido como a tensão CC que produz a mesma quantidade de calor que a onda senoidal.
Æ Quando falamos que uma rede elétrica possui 220V, este valor está referindo-se a tensão rms.

Vp = Vrms × 2

Valor médio: O valor médio é quantidade indicada em um voltímetro quando na escala CC. O valor médio de uma onda
senoidal ao longo de um ciclo é zero. Isto porque cada valor da primeira metade do ciclo, tem um valor igual mas de sinal
contrário na segunda metade do ciclo.

O TRANSFORMADOR

As fontes de tensões utilizadas em sistemas eletrônicos em geral são menores que 30Vcc enquanto a tensão de entrada de
energia elétrica costuma ser de 127Vrms ou 220Vrms. Logo é preciso um componente para abaixar o valor desta tensão
alternada. O componente utilizado é o transformador.

O transformador é a grosso modo constituído por duas bobinas (chamadas de enrolamentos). A energia passa de uma bobina
para outra através do fluxo magnético. Abaixo um exemplo de transformador:

Ilustração: transformador

RETIFICADOR DE MEIA ONDA

O retificador de meia onda converte a tensão CA numa tensão pulsante positiva. Este processo de conversão de CA para CC, é
conhecido como “retificação”.

D1
Rede Elétrica R1

T1
Diagrama: retificador de meia onda

Considerando o diodo como ideal, as curvas são as mostradas no gráfico a seguir. A saída do secundário do transformador tem
dois ciclos de tensão: Um semiciclo positivo e um negativo.

Durante o semiciclo positivo o diodo está ligado no sentido direto e age como uma chave fechada e toda a tensão do secundário
incide no resistor R. Durante o semiciclo negativo o diodo está polarizado reversamente e não há corrente circulando no circuito.
Sem corrente elétrica circulando implica em não ter tensão sob o resistor e toda a tensão do secundário fica no diodo. Este
circuito é conhecido como retificador de meio ciclo ou meia onda, porque só o semiciclo positivo é aproveitado na retificação.

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Gráfico: formas de onda do retificador meia onda

Onde: Vs = forma de onda do secundário do transformador


Vr = forma de onda no resistor (carga)
Vd = forma de onda no diodo

O resistor R indicado no circuito representa a carga ôhmica acoplada ao retificador, podendo ser tanto um simples resistor como
um circuito complexo e normalmente ele é chamado de resistor de carga ou simplesmente de carga.

> Valor CC ou Valor Médio: A tensão média de um retificador de meia onda mostrada por um voltímetro é dado por:

Vcc = 0,318 × Vp (Ignorando a queda de tensão sobre o diodo)

RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA (Derivação Central)

O diagrama a seguir mostra um retificador de onda completa. Observe a tomada central no enrolamento secundário. Por causa
dessa tomada, o circuito é equivalente a dois retificadores de meia onda.

O retificador superior retifica o semiciclo positivo da tensão do secundário, enquanto o retificador inferior retifica o semiciclo
negativo da tensão do secundário.

D1
R1
Rede AC

T1
D2
Diagrama: retificador de onda completa com derivação central

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Diagrama: representação didática do retificador de onda completa com derivação central

As duas tensões denominadas de U2/2 no diagrama acima são idênticas em amplitude e fase. O transformador ideal pode ser,
portanto, substituído por duas fontes de tensão idênticas, como mostra a figura à direita, sem alteração no funcionamento
elétrico da rede.

Quando U2/2 é positiva, D1 está diretamente polarizado e conduz mas D2 está reversamente polarizado e portando como uma
chave aberta. Analogamente, quando U2/2 é negativa, D2 conduz e D1 abre.

Desconsiderando as quedas de tensões sobre os diodos, temos a curva de tensão sobre o resistor de carga mostrados no
gráfico a seguir:

Gráfico: formas de onda do retificador onda completa com derivação central

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> Valor CC ou Valor Médio: A tensão média de um retificador de onda completa mostrada por um voltímetro é similar o do
retificador de meia onda, com a observação de que agora tem-se um ciclo completo retificado e o valor será o dobro.
É dado por:

Vcc = 0,636 × Vk (Ignorando a queda de tensão sobre o diodo quando em condução e considerando Vk = Vp / 2)
ou Exemplo: Se temos um transformador com saída especificada de 12+12V:
Vcc = 0,318 × Vp Vp = 24 x 2 = 33,94 V Æ Vcc = 0,318 x 33,94 = 10,79 V
ou
Vk = 33,94 / 2 = 16,97 V ou Vk = 12 x 2 = 16,97 V
Vcc = 0,636 x 16,97 = 10,79 V

> Freqüência de Saída: A freqüência de saída do sinal retificado é o dobro da freqüência de entrada, pois a definição de ciclo
completo diz que uma forma de onda completa seu ciclo quando ela começa a repeti-lo. A forma de onda retificada começa a
repetição após um semiciclo da tensão do secundário.
Supondo que a tensão de entrada tenha uma freqüência de 60Hz, a onda retificada terá uma freqüência de 120Hz (o dobro da
freqüência de entrada).

RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA EM PONTE

O diagrama a seguir mostra um retificador de onda completa em ponte. Com o uso de quatro diodos no lugar de dois, elimina-se
o uso da tomada central do transformador.

Diagrama: retificador de onda completa em ponte

Durante o semiciclo positivo da tensão V2, o diodo D3 recebe um potencial positivo em seu anodo, e o D2 um potencial
negativo no catodo. Dessa forma, D2 e D3 conduzem, D1 e D4 ficam reversamente polarizado e o resistor de carga R recebe
todo o semiciclo positivo da tensão V2.

Durante o semiciclo negativo da tensão V2, o diodo D4 recebe um potencial positivo em seu anodo, e o diodo D1 um potencial
negativo no catodo, devido à inversão da polaridade de V2. Os diodos D1 e D4 conduzem e os diodos D2 e D3 ficam
reversamente polarizados.

A corrente I percorre o resistor de carga sempre num mesmo sentido. Portanto a tensão Vr é sempre positiva. No gráfico a
seguir, são mostradas as formas de ondas sobre o resistor de carga e os diodos, desconsiderando as quedas de tensão sobre
os diodos quando em condução.

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Gráfico: formas de onda do retificador onda completa em ponte

> Valor CC ou Valor Médio:

Vcc = 0,636 × Vp (Ignorando as quedas de tensões sobre os diodos quando em condução)

> Freqüência de Saída: A freqüência de saída do sinal retificado é o dobro da freqüência de entrada, tal como no retificador
meia onda com derivação central.
Supondo que a tensão de entrada tenha uma freqüência de 60Hz, a onda retificada terá uma freqüência de 120Hz (o dobro da
freqüência de entrada).

FILTRO PARA CIRCUITOS RETIFICADORES

A tensão de saída de um retificador sobre um resistor de carga é pulsante como mostrador anteriormente. Durante um ciclo
completo na saída, a tensão no resistor aumenta a partir de zero até um valor de pico e depois diminui de volta a zero. No
entanto a tensão de uma bateria deve ser estável.

Para obter esse tipo de tensão retificada na carga, torna-se necessário o uso de filtro. O tipo mais comum de filtro para circuitos
retificadores é o filtro com capacitor mostrado no diagrama a seguir:

Diagrama: retificador de meia onda com filtro capacitivo

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O capacitor é colocado em paralelo ao resistor de carga. Para o entendimento do funcionamento do filtro supor que, antes de
ligar o circuito, o capacitor esteja descarregado. Ao ligar, durante o primeiro quarto de ciclo da tensão no secundário, o diodo
está diretamente polarizado, funcionando como uma chave fechada. Como o diodo conecta o enrolamento secundário ao
capacitor, ele carrega até o valor da tensão de pico Vp.

Gráfico: formas de onda do retificador de meia onda com filtro capacitivo

Logo após o pico positivo, o diodo pára de conduzir, o que significa uma chave aberta. Isto devido ao fato de o capacitor estar
carregado com a tensão de pico Vp. Como a tensão no secundário é ligeiramente menor que Vp, o diodo fica reversamente
polarizado e não conduz. Com o diodo aberto, o capacitor se descarrega por meio do resistor de carga.

A idéia do filtro é a de que o tempo de descarga do capacitor seja muito maior que o período do sinal de entrada. Com isso, o
capacitor perderá somente uma pequena parte de sua carga durante o tempo que o diodo estiver em aberto. O diodo só voltará
a conduzir no momento em que a tensão no secundário iniciar a subir e ficar levemente superior à tensão no capacitor. Ele
conduzirá deste ponto até a tensão no secundário atingir o valor de pico Vp, sendo que haverá novamente a carga do capacitor.

A tensão na carga é agora uma tensão CC mais estável. A diferença para uma tensão CC pura é uma pequena ondulação
(Ripple) causada pela carga e descarga do capacitor. Naturalmente, quanto menor a ondulação, melhor. Uma forma de reduzir
a ondulação é aumentar a constante de tempo de descarga (RxC). Na prática é aumentar o valor do capacitor. Outra forma de
reduzir a ondulação é optar pelo uso de um retificador de onda completa (derivação central ou ponte), no qual a freqüência de
ondulação é o dobro do retificador meia onda. Neste caso o intervalo de tempo onde o capacitor descarrega-se diminui pela
metade em comparação a um retificador de um meia onda.

Pode-se relacionar a tensão de ondulação na seguinte fórmula:

I
Vond =
f ×C

onde:
Vond = tensão de ondulação pico a pico
I = corrente CC na carga
f = freqüência de ondulação
C = capacitância

A escolha de um capacitor de filtro depende então, do valor da tensão de ondulação. Quanto menor a ondulação, melhor. Mas
não é viável que a tensão de ondulação seja zero.

Como regra de projeto, o habitual é escolher a tensão de ondulação como sendo 10% da tensão de pico do sinal a ser
retificado.

> Corrente De Surto (Impulsiva)


Instantes antes de energizar o circuito retificador, o capacitor do filtro está descarregado. No momento em que o circuito é
ligado, o capacitor está sem carga alguma e se aproxima de um curto circuito. Portanto, a corrente inicial circulando no
capacitor será muito alta. Este fluxo alto de corrente é chamado corrente de surto. Neste momento o único elemento que limita
a carga é a resistência dos enrolamentos e a resistência interna dos diodos.

Esta corrente diminui tão logo o capacitor vai se carregando. Em um circuito retificador típico, a corrente de surto não é uma
preocupação. Mas, quando a capacitância for muito superior a 1.000uF, a constante de tempo se torna muito grande e pode
levar vários ciclos para o capacitor se carregar totalmente. Isto tanto pode danificar os diodos ou até mesmo o capacitor.

Um modo de diminuir a corrente de surto é incluir um resistor de pequeno valor entre os diodos e o capacitor. Este resistor limita
a corrente de surto, porém sua desvantagem é a diminuição da tensão de carga CC.

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