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Macromoléculas
Aminoácidos e Proteínas
O termo proteína é utilizado para moléculas compostas de mais de 50 aminoácidos,
enquanto o termo peptídeos é utilizados para aquelas com menos de 50 aminoácidos.
Aminoácidos podem ser classificados em dois grupos:
Glicogenólise
As vias utilizadas nesse processo são completamente distintas, ocorrendo semelhança
apenas pela participação da glicose-6P.
A glicogenólise ocorre em três etapas: (1) rompimento das ligações alfa1 > 4, pela
enzima glicogênio fosforilase; (2) atuação da enzima amilo (alfa1 > 6) glicosidase, a
“enzima de desramificação” e (3) após a desramificação, as fosforilases voltam a atacar
as ligações glicosídicas, liberando moléculas de glicose.
Observação: a adrenalina atua diretamente sobre as células musculares, aumentando
a concentração intracelular de AMPc, desencadeando uma cascata enzimática,
produzindo um quadro favorável para a degradação do glicogênio. Ela também pode
atuar no pâncreas inibindo a produção de insulina pelas células beta, bem como
estimulando a produção de glucagon pelas células alfa.
Glicólise
-Degradação Citossólica (glicólise anaeróbica) – Seu saldo energético final é de 2 ATPs,
pois sintetiza quatro moléculas de ATP nas etapas 7 e 9, porém são investidos 2 ATPs
logo no início da glicólise (na etapa 1 e 3). É fundamental para o eritrócito, que não
possui mitocôndria.
-Oxidação do Piruvato – O piruvato pode ser transportado para a matriz mitocondrial,
onde há oxigênio disponível. Esse transporte ocorre por meio de um transportador
específico. No espaço mitocondrial pode ocorrer a oxidação do piruvato a Acetil-CoA.
Neoglicogênese
Os principais obstáculos para esse processo são as reações irreversíveis da fase
citossólica da glicólise, ou seja: conversão de piruvato em fosfoenolpiruvato (PEP);
conversão de frutose 1,6 difosfato em frutose-6P; conversão de glicose-6P em glicose
livre. Tais obstáculos, porém, podem ser ultrapassados, principalmente no tecido
hepático e com menor magnitude no tecido renal, por rotas metabólicas alternativas.
Alanina(Glutamina)
- Primeira etapa: reação de transaminação da alanina(ou glutamina) a piruvato.
- Segunda etapa: conversão do piruvato em oxalacetato.
Nessa etapa, o esperado seria a conversão do piruvato em PEP, seguindo a direção
inversa da glicólise; porém, como já foi citado anteriormente, essa conversão não é
possível nas células humanas, em virtude do caráter irreversível da conversão de PEP
em piruvato. Dessa forma, o piruvato é transportado até a mitocôndria, onde é
convertido em oxalacetato, pela enzima piruvato carboxilase.
- Terceira etapa: redução do oxalacetato a maiato, pois o maiato seria permeável à
membrana mitocondrial.
- Quarta etapa: reoxidação do maiato a oxalacetato.
- Quinta etapa: conversão do oxalacetato em PEP, ultrapassando o primeiro obstáculo
da neoglicogênese, que seria a conversão de piruvato em PEP.
- Sexta etapa: conversão do PEP até a formação de frutose 1,6 difosfato, por meio de
várias etapas contrárias à glicólise.
- Sétima etapa: conversão da fruto se 1 ,6-difosfato em frutose-6P, pela ação da enzima
frutose 1,6-bifo sfatase, encontrada somente no tecido hepático e, em menores
concentrações, no tecido renal.
- Oitava etapa: conversão de frutose-6P em glicose-6P.
- Nona etapa: conversão de glicose-6P em glicose livre, pela ação da enzima glicose-6-
fosfatase, presente apenas no tecido hepático.
Glicerol (produzido pela hidrólise do triaglicerol)
- Primeira etapa: conversão do glicerol em gliceraldeído 3P, pela ação da enzima glicerol
quinase, ativa apenas em células hepáticas e renais.
Segunda etapa: moléculas de gliceraldeído 3P, formadas a partir do glicerol, podem
seguir as reações reversíveis da via glicolítica, em direção à glicose, até a formação de
frutose 1,6 di fosfato.
-Terceira etapa: conversão da frutose 1,6 difosfato a frutose-6P, pela ação da enzima
frutose 1 ,6 bifosfatase, encontrada somente no tecido hepático e, em menores
concentrações, no tecido renal.
- Quarta etapa: conversão de frutose-6P em glicose-6P.
- Quinta etapa: conversão de g1icose-6P em glicose livre, pela ação da enzima glicose-
6-fosfatase, presente apenas no tecido hepático.
O colesterol livre é absorvido como tal, já o colesterol esterificado sofre ação da enzima
colesterol hidrolase, que libera o ácido graxo e o colesterol livre para serem absorvidos.
Os produtos da ação da lipase pancreática, colesterol hidrolase e fosfolipases são ainda
muito insolúveis em água, e a absorção destes pelos enterócitos depende da formação
das micelas, que também transportam vitaminas lipossolúveis.
Metabolismo das lipoproteínas
Os lipídios (TAG e colesterol) exógenos absorvidos são
insolúveis em água, assim o seu transporte no sangue é
realizado por meio de lipoproteínas. Estas são partículas
ou macroagregados de lipídios e proteínas, que
possuem um núcleo hidrofóbico (triaglicieróis e
colesterol ester), envolvido por uma monocamada de
fosfolipídios com a parte polar voltada para o meio
aquoso e de proteínas denominadas apoporoteínas. O
colesterol livre, por ser uma molécula anfipática,
encontra-se entre os fosfolipídios.
Apenas os ácidos graxos de cadeia curta e média que foram absorvidos no enterócito
podem ser liberados no sistema porta como AGLs, por não serem tão insolúveis em
água em razão do comprimento da cadeia carbônica. No entanto, a maioria dos ácidos
graxos presentes nos TAG da dieta são de cadeia longa ou muito longa, o que impede
sua liberação na corrente sanguínea. Logo, esses ácidos graxos são reesterificados em
triacilgicerol no enterócito. Os triacilgliceróis, o colesterol e as vitaminas lipossolúveis
são transportados como quilomicrom que é secretado na linfa. Os quilomicrons passam
do ducto torácico para as grandes veias da circulação sistêmica.
Apoproteína CII do quilomicron estimula a atividade da lipase no endotélio dos capilares
do tecido adiposo e do tecido muscular esquelético. Essa lipase hidrolisa os
triacilgliceróis presentes no quilomícron e os incorpora no adipócitos e miócitos. A perda
desse triacilgliceróis faz com que os quilomícrons sejam transformados quilomícrons
remanescentes. Estes transportam os lipídios exógenos (parte dos triacilgliceróis,
colesterol e as vitaminas lipossolúveis) para o fígado.
Formação e secreção da VLDL
As VLDL transportam triacilgliceróis e colesterol exógenos que foram captados pelo
fígado, a partir dos quilimícrons remanescentes e dos TAG e colesterol endógenos,
sintetizados pelas células hepáticas.
Uma dieta rica em carboidrato estimula o aumento da oxidação da glicose em acetil-
CoA, aumentando, consequentemente a produção desses lipídios.
As VLDL do sangue também sofrem a ação da lipase, perdendo triacligliceróis, sendo
transformadas em IDL e até LDL.
LDL
São produzidas no sangue pelo catabolismo das VLDL e são consideradas lipoproteínas
ricas em colesterol, que perfaz quase 50% de seu conteúdo. As LDL têm como função
levar o colesterol para os tecidos, uma vez que elas contêm o colesterol exógeno e
endógeno
A captação da LDL pelos tecidos e do colesterol que ela transporta depende da
necessidade que esses tecidos apresentam em relação ao colesterol e é regulada por
vários fatores, quando há a necessidade de colesterol, as células expressam na
membrana um receptor que reconhece a Apo B100 da LDL.
A atividade do receptor da LDL é regulada por vários fatores, como a quantidade de
colesterol e o tipo de ácido graxo presente no TAG da dieta, sendo reduzida por ácidos
graxos saturados e ácidos graxos trans, ouros fatores que contribuem para a diminuição
da atividade do receptor de LDL são o avanço da idade para homens e mulheres e a
fase da menopausa, bem como características genéticas.
HDL
É a menor das lipoproteínas, sendo produzida pelas células do fígado e do intestinoe
secretada no sangue. As HDL têm como função recolher o excesso de colesterol do
sangue e, conforme recebem o colesterol éster no interior da partícula, passa à forma
esférica, sendo então reconhecida e captada pelo fígado. Faz o transporte reverso do
colesterol.
Dislipidemias
Refere-se aos valores anormais para os lipídios presentes no sangue, examinado por
um perfil lipídico, o qual consiste na dosagem dos TAG, do colesterol total, do colesterol
transportado pela HDL e no cálculo do colesterol transportado pela LDL.
As dislipidemias podem ser classificadas como dislipidemia primária, quando é
consequência de uma alteração genética, ou dislipidemia secundária, quando é
consequência de outros fatores.
Hipertrigliceridemia isolada: observa-se aumento de triacilgliceróis no perfil
lipídico.
Hipercolesterolemia isolada: observa-se aumento de colesterol total e LDL-c no
perfil lipídico.
Hiperlipidemia mista: observa-se aumento de triacilgliceróis no perfil lipídico
e/ou aumento de colesterol total e LDL no perfil lipídico e/ou diminuição de HDL-
c.
Metabolismo dos Traicilgliceróis
Os triacilgliceróis do tecido adiposo são mobilizados para a produção de energia.A
enzima lipase hormônio-sensível é estimulada pelo glucagon, pela adrenalina, pelo GH
e pelo cortisol. Ela hidrolisa os TAG liberando no sangue os ácidos graxos livres e o
glicerol. Os AGL são transportados no sangue ligados à albumina até os tecidos, onde
sofrem beta-oxidação.
A oxidação completa dos ácidos graxos até CO2 e H2O ocorre nas mitocôndrias e
envolve a beta-oxidação, o ciclo de Krebs e a cadeia respiratória. Ocorrendo as
seguintes etapas: ativação do ácido graxo para formar acil-CoA. Passagem da acil-CoA
pela membrana interna da mitocôndria; oxidação do acil-CoA até acetil-CoA na matriz
mitocondrial envolvendo quatro enzimas que formam as coenzimas NADH+H e FADH2,
que gerarão ATP na cadeia respiratória.
A molécula de acetil-CoA produzida no fígado pela oxidação dos ácidos-graxos e
também pela oxidação dos aminoácidos cetogênicos, pode ser convertida em corpos
cetônicos, que serão utilizados como fonte de energia via ciclo de Krebs em outros
tecidos.
O termos corpos cetônicos refere-se a três substâncias diferentes: a acetona, o ácido
beta-hidroxibutírico e o ácido acetoacético. São compostos solúveis no sangue e na
urina.
Essa via é consequência da gliconeogênese hepática, pois há diminuição da quantidade
de oxalacetato disponível para o ciclo de Krebs, que é requisitado para a síntese de
glicose. O excesso de acetil-CoA produzido pela beta-oxidação dos ácidos graxos, que
não pode entrar no ciclo de Krebs, favorece a formação de corpos cetônicos.
A produção de corpos cetônicos pelo fígado ocorre em casos de jejum prolongado, dieta
com redução de carboidratos e DM tipo 1.
Biossíntese da Ácidos Graxos
A síntese de ácidos graxos ocorre principalmente no fígado, no tecido adiposo e na
glândula mamária, estimulada pelo excesso de acetil-CoA, proveniente da oxidação da
glicose e dos aminoácidos.
Quando há sobra de ATP na célula ocorre a inibição do ciclo de Krebs e o acúmulo de
acetil-CoA, que gera Malonil-CoA com a ação da Acetil-CoA carboxilase, que é ativada
pela insulina e inativada pelo glucagon e epinefrina.
Os seres humanos não conseguem sintetizar todos os ácidos graxos, devido à
inexistência de determinadas dessaturases.
A síntese do ácido graxo palmítico também ocorre em quatro passos. A cada
passagem por essas reações, 2 átomos de carbono oriundos da molécula de malonil
CoA são incorporados à molécula do ácido graxo e o outro átomo de carbono do malonil
é eliminado como CO2. Apenas dois átomos de carbono do ácido palmítico são oriundos
da molécula de acetil-CoA, o restante dos átomos de carbono é doado pelo malonil-
CoA.
O complexo multienzimático denominado ácido graxo sintetase é formado por sete
enzimas e é responsável pela síntese apenas do ácido palmítico. Este pode, por meio
de outras enzimas, ser transformado em ácidos graxas com maior número de átomos
de carbono ou insaturações.
*C 16:0 = Ácido Palmítico
Metabolismo do Colesterol
Nosso organismo possui uma via metabólica para produzir o colesterol quando a
ingestão não atende às necessidades ou para o caso dos vegetarianos.
Uma vez sintetizado, não podemos transformar o colesterol em CO2 e H2O e utilizá-lo
como fonte de energia. Não existe degradação e colesterol, apenas sua síntese a partir
do Acetil-CoA proveniente principalmente da oxidação da glicose.
A principal via de eliminação do colesterol é sua transformação de ácidos biliares