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ANEXO J - III – Ensaio de Vedação

NP-1

ANEXO III – Ensaio de Vedação

ENSAIO DE VEDAÇÃO COM ACETATO DE ISOAMILA

1. OBJETIVO
Garantir a selagem adequada do equipamento de proteção respiratória para cada empregado, antes
que este necessite utilizar esse tipo de equipamento, determinando se o respirador se ajusta bem ao
rosto.

2. INTRODUÇÃO
O teste de selagem envolve a realização anual, de ensaio preliminar de sensibilidade olfativa (quando
aplicável), ensaio de vedação pelo teste de pressão negativa e de pressão positiva, com cada
empregado que utilizará, mesmo que eventualmente, equipamento de proteção respiratória.
Não deverá ser aplicado o ensaio de vedação em usuários de barba.

3. VERIFICAÇÃO DA VEDAÇÃO PELO TESTE DE PRESSÃO NEGATIVA OU POSITIVA

Todo empregado deverá realizar este teste antes de utilizar proteção respiratória, indicada para
atmosfera com contaminantes químicos e deficiência de oxigênio.
Trata-se de tampar com a palma das mãos os orifícios de entrada de ar do respirador por
aproximadamente 10 segundos e verificar se não há vazamento para o interior da máscara.
No teste de pressão positiva é semelhante ao teste de verificação de pressão negativa, só que neste
caso, deve-se tampar com a palma das mãos os orifícios de saída de ar e observar se não há
vazamento para o exterior da máscara.

4. ENSAIO DE VEDAÇÃO (passo a passo)

4.1 - Materiais necessários
a. 1 Câmara de Ensaio de Vedação de Respiradores (fabricada de acordo com a I.N. nº 01).
b. 1 Frasco de vidro com boca grande e tampa rosqueada de 500 ml rotulado com o número 1.
c. 1 Frasco de vidro com boca grande e tampa rosqueada de 500 ml rotulado com o número 2.
d. 1 Frasco de vidro com boca grande e tampa rosqueada de 500 ml rotulado como Solução Padrão
de Acetato de Isoamila.
e. 1 Frasco de Acetato de Isoamila (Óleo de banana) P.A.
f. 1 pipeta graduada de 1 ml.
g. 1 espelho

4.2 Preparação dos Materiais

a. Lavar bem os 3 frascos de 500 ml de vidro.

b. As soluções devem ser preparadas com água destilada com temperatura aproximada de 25ºC.
c. Para preparar a Solução Padrão de Acetato de Isoamila, adicione 0,6 ml deste em 500 ml de água
destilada contido no frasco Solução Padrão, agite durante 30 segundos. Esta solução pode ser usada,
no máximo, durante 1 semana. Anote esta validade no respectivo rótulo.

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d. O ensaio preliminar de sensibilidade olfativa deve ser realizado numa sala separada daquela que
será utilizada para o ensaio de vedação do respirador. Ambas as salas devem ser bem ventiladas, e
não interligadas ao mesmo sistema de circulação de ar.
e. Preparar a solução para o teste de sensibilidade olfativa no segundo frasco, identificado na
etiqueta com o número 1, colocando com o auxílio de uma pipeta limpa 0,4 ml da solução padrão do
item A3 acima, em 500 ml de água destilada e agite por 30 segundos. Deixe em repouso por 2 ou 3
minutos para que a concentração de dos vapores atinja o equilíbrio. Esta solução somente poderá ser
utilizada durante 1 dia.
f. Preparar no terceiro frasco uma “prova em branco” no qual serão colocados apenas 500 ml de
água destilada. Este frasco terá uma etiqueta com o número 2.

4.3 Ensaio Preliminar da Sensibilidade Olfativa

O instrutor poderá repetir para cada pessoa as seguintes instruções, ou estas poderão fazer parte de
uma folha que o participante vai ler e executar: “Este ensaio tem por finalidade saber se você consegue
sentir o cheiro de óleo de banana em concentrações baixas. Os dois frascos à sua frente contêm
água. Num deles há também pequena quantidade de óleo de banana. Verifique se a tampa de cada
frasco está bem ajustada, agite cada frasco por 3 segundos. Tire a tampa dos dois frascos, um de cada
vez, e cheire a boca de cada frasco. Mostre ao instrutor qual o frasco que tem cheiro de óleo de
banana”.
a. As misturas utilizadas no teste de odor devem ser separadas em área separada daquela onde se
realiza este teste, para evitar fadiga olfativa da pessoa.
b. Se a pessoa submetida ao ensaio não conseguir identificar o frasco que contém o óleo de banana,
ela não poderá ser submetida ao ensaio de vedação do respirador.
c. Se a pessoa conseguiu identificar corretamente o frasco que tem o cheiro de banana, ela poderá
continuar no processo de seleção do respirador que se adapte melhor ao seu rosto. Lembre-se que
existem diversos tipos de respiradores, um vai se adequar perfeitamente ao rosto do funcionário.

4.4 Escolha do Respirador

O ensaio pode ser realizado diretamente com o respirador que o usuário já utiliza, com um filtro contra
vapores orgânicos ou, se for a primeira escolha de respirador, devem ser seguidos os passos adiante.

a. Dever ser permitido ao funcionário escolher o respirador mais confortável entre os vários
modelos existentes na empresa.

b. A colocação do respirador deverá ser realizada em sala diferente daquela onde vai
acontecer o ensaio de vedação para evitar fadiga olfativa. O usuário deve ser orientado pelo Instrutor
sobre a maneira correta de colocar e ajustar seu respirador. A sala deve ter um espelho para auxiliá-lo
na colocação correta.

c. A pessoa deve compreender, e isto deve ter sido informado na reunião antes dos ensaios,
que o empregador está procurando escolher o respirador que lhe proporcione mais conforto e que se
for usado de modo correto, lhe proporcionará a proteção adequada.

d. A pessoa deve colocar os respiradores no rosto e eliminar aqueles que não dão um ajuste
confortável. Normalmente se começa com vários modelos de semifacial e se nenhum der boa vedação,
deve-se experimentar a peça facial inteira.

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e. As peças faciais mais confortáveis são separadas e aquela que preliminarmente se

mostrou a mais confortável deve ser colocada e usada por no mínimo 5 minutos. Todos os ajustes
devem ser realizados pelo próprio usuário sem assistência do instrutor. Se a pessoa não está
habituada a usar aquele tipo de respirador, deve ser orientada para colocar o respirador algumas vezes
e fazer os ajustes dos tirantes toda vez, de modo que encontre a tensão correta dos tirantes.

f. A avaliação do conforto deve incluir a discussão com o usuário dos seguintes pontos, dando a ele,
porém, o tempo adequado para que possa fazer as suas observações:

- Posicionamento do respirador;
- Compatibilidade com EPI para proteção ocular;
- Facilidade para falar;
- Posicionamento do respirador na face.

4.5 Ensaio de Vedação com o Respirador Escolhido

Utilize a câmara de ensaio pendurada num gancho, numa viga ou no teto, através de uma corda que
possa ser levantada e abaixada.

Em cada respirador a ser ensaiado deve ser colocado um filtro químico contra vapores orgânicos tipo A
(marrom). Pode ser o respirador de uso do funcionário, ou se for um respirador somente utilizado no
ensaio, o filtro deve ser trocado no mínimo semanalmente. A razão do uso de um filtro contra vapores
orgânicos é para reter os vapores de acetato de isoamila. Lembre-se que o motivo do ensaio é a
vedação do respirador e não a eficiência do filtro.

Numa sala diferente daquela utilizada para o ensaio preliminar de sensibilidade olfativa, a pessoa deve
selecionar, colocar no rosto e ajustar corretamente o respirador. Esta sala deve estar separada da
outra sala citada, ser bem ventilada (exaustão geral ou por capela do laboratório), para evitar a
contaminação de todo o ambiente.

Antes de realizar o ensaio de vedação cada pessoa deve usar o respirador por pelo menos 10 minutos.

Pelo lado de dentro da câmara deve estar afixada uma folha de papel com o procedimento dos
exercícios conforme item 4.5.1.

Dependurar no gancho, no interior da câmara, a 15 cm da cabeça da pessoa em teste, um pedaço de

papel toalha de aproximadamente 13 x 15 cm, dobrado pela metade e umedecido com 0,75 ml de
Acetato de Isoamila puro.

Aguardar dois minutos antes de iniciar os exercícios do ensaio de vedação para garantir que o vapor
se espalhe por dentro da câmara. Durante esse tempo é conveniente explicar para a pessoa o ensaio
de vedação, a importância de sua cooperação, a necessidade dos movimentos da cabeça, ou
demonstrar alguns dos exercícios.

Executar durante 1 minuto cada exercício especificado em 5.2.4.4.

Durante a realização do ensaio, se a pessoa sentir o cheiro de banana, o ensaio deverá ser
interrompido e imediatamente a pessoa deverá deixar a câmara e a sala para evitar a fadiga olfativa. O
respirador não está vedando o suficiente, o ensaio falhou.

Se após isso o ensaio foi considerado como falho, a pessoa deve voltar para a sala onde foi feita a
escolha do respirador, retirar o que estava sendo utilizado, repetir o ensaio preliminar de acuidade

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olfativa, escolher e colocar outro respirador, voltar para sala de ensaio de vedação e recomeçar o
procedimento. O procedimento continua até que se encontre o respirador que se ajuste bem naquela
pessoa. Se o ensaio de acuidade ao odor realizado neste parágrafo falhou, aguarde 5 minutos antes
de repeti-lo, pois geralmente após esse tempo a sensibilidade volta.

Se nenhuma peça facial deu resultado satisfatório, antes de se escolher outro modelo de respirador, a
pessoa deve tentar verificar se é problema na fixação dos tirantes, na boa colocação do filtro, no
estado do seu respirador ou outras causas. Muitas vezes um reajuste ou reaperto dos tirantes
resolvem o problema. Caso contrário, a pessoa deve tentar uma peça facial inteira.

Quando um respirador for considerado aprovado neste ensaio, a pessoa antes de deixar a câmara
deve levantar ligeiramente a aba de vedação para provocar uma falha na vedação e com isso
assegurar que sentirá o cheiro de banana não devido à fadiga olfativa, mas sim por causa da boa
vedação.

Quando a última pessoa a ser submetida ao ensaio, deixar a câmara deve remover o papel
impregnado e entregá-lo ao instrutor. Para manter a área livre do cheiro de banana nos ensaios
subseqüentes, os papéis usados devem ser descartados em sacos herméticos.

O ensaio não poderá ser executado em pessoas que estiverem com cabelos na testa, costeletas e
bigodes grandes, barba ou pelos faciais crescidos na área de vedação do respirador. Entende-se como
pelos faciais barbas não feitas há mais de 24 horas. Isto deve ser comunicado previamente a todos
quando da convocação para realização do ensaio para que compareçam sem esses empecilhos.

Se a pessoa sentir dificuldade para respirar durante a realização do ensaio de vedação. Deverá ser
encaminha a um médico do trabalho ou especialista em moléstias pulmonares para verificar se têm
condições de executar o trabalho previsto.

Este ensaio qualitativo deve ser realizado no mínimo a cada 12 meses.

Como a vedação do respirador pode ser afetada, deve-se imediatamente repetir este ensaio
qualitativo quando a pessoa tenha:
a. Alteração no peso de 10 Kg ou mais;
b. Cicatrizes significantes na área facial de vedação;
c. Mudanças significativas na arcada dentária, extrações múltiplas sem prótese, colocação de
dentaduras;
d. Cirurgia plástica ou reconstrutiva;
e. Qualquer outra condição que interfira na vedação.

4.5.1 Exercícios do ensaio de vedação

O procedimento é o seguinte:
a. Respire normalmente;
b. Respire profundamente;
c. Respire devagar e profundamente, cuidando para não acontecer uma hiperventilação. Esteja
consciente de que sua respiração seja profunda e regular.
d. Vire a cabeça completamente para um lado e para o outro. Inale e expire em cada lado. Esteja
certo de que os movimentos foram completos. Não deixe o respirador bater nos ombros.
e. Movimente a cabeça para cima e para baixo. Inale enquanto a cabeça estiver voltada para cima
(olhando para o teto). Esteja certo de que os movimentos foram completos. Não deixe o respirador
bater no peito.
f. Leia atentamente o seguinte texto:

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“Quando a luz do sol atinge as gotas de chuva, estas agem como um prisma e formam o arco-íris.
Existe, de acordo com uma lenda, um pote de ouro enterrado em cada ponta. As pessoas procuram,
mas nunca o encontram. Quando alguém procura por algo que está além do seu alcance, seus amigos
dizem que ele está procurando o pote de ouro na ponta do arco-íris”.
g. Ande sem sair do lugar (execute 10 passos de marcha);
h. Volte a respirar normalmente.

5. REGISTRO DOS RESULTADOS

Conforme Anexo IV.

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