Sie sind auf Seite 1von 34

Aula 00

Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA (Todas Especialidades de


Professor)

Professor: Rodrigo Bandeira

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

AULA 00

Aspectos legais e políticos da organização da


educação brasileira

Constituição Federal de 1988


(Artigo n° 205 ao n° 214)

Parte 1

APRESENTAÇÃO DO TEMA

Olá, seja bem-vindo (a) à aula 00 do Curso de Conhecimentos Gerais


II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA (todas especialidades de
Professor).

Não deixe de acompanhar as novidades no canal do


aluno, por meio das minhas respostas no fórum de dúvidas e
dos meus possíveis recados gerais com importantes dicas
complementares, até a data da prova. Assista também todas
as videoaulas complementares do curso, que elaboro sempre
que julgo necessário à compreensão de pontos específicos
das aulas escritas.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DO TEMA ........................................................................ 1
APRESENTAÇÃO PESSOAL ........................................................................ 2
APRESENTAÇÃO DO CURSO ..................................................................... 4
APRESENTAÇÃO DA DIDÁTICA DE ENSINO ................................................. 4
APRESENTAÇÃO DA AULA 00 .................................................................... 5

APRESENTAÇÃO PESSOAL

Olá, tudo bem? Sou o Professor Rodrigo Bandeira.

Atualmente, ocupo o cargo de analista administrativo da ANEEL e sou


Professor/Advogado voluntário do Núcleo de Práticas Jurídicas da Universidade
de Brasília - UnB. Fui Especialista em financiamento e execução de programas
e projetos educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) - tendo sido o primeiro colocado do concurso público nacional
(CESPE/UnB), em 2013 - e Oficial do Exército Brasileiro, tendo saído da
instituição no posto de Capitão (1999-2013). Possuo Bacharelado (2003) em
Ciências Militares (ênfase: Comunicações) pela Academia Militar das Agulhas
Negras (AMAN), Bacharelado em Direito pela UnB (2015), Mestrado em
Direito, Estado e Constituição (UnB, 2017) e sou inscrito na OAB-DF. Possuo
experiência profissional e algumas especializações, cursos e estágios nas
áreas: jurídica, educacional, gestão pública, auditoria pública, (tele)
comunicações, energia, defesa nacional e agropecuária.

A quem interessar visualizar maiores detalhes curriculares, basta acessar


o link:

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8104672H6

Como alguém que teve toda sua formação escolar e acadêmica em


instituições públicas de ensino do nosso país e que vêm alcançando todas suas
conquistas profissionais por meio do estudo, do sacrifício pessoal e da

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

dedicação profissional, compartilho o entendimento e defendo que as carreiras


educacionais devem ser elencadas ao topo da valorização profissional, como
condição necessária ao desenvolvimento econômico e social do nosso país,
bem como pela necessidade de atração e permanência de excelentes
profissionais na área educacional.

Durante boa parte do período que atuei profissionalmente como Oficial do


Exército Brasileiro tive a oportunidade de trabalhar diretamente com a
diuturna formação dos jovens que prestam o serviço militar obrigatório. Esta
grande experiência educacional transborda as fronteiras das aulas de conteúdo
cognitivo e adentra na seara dos conflitos humanos, verdadeiro laboratório
social, no qual diariamente surgem inúmeras situações que refletem o atual
patamar socioeconômico da nossa sociedade.

Desta forma, pude perceber, ainda mais, a Educação como instrumento


fundamental da autonomia humana.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

APRESENTAÇÃO DO CURSO
O objetivo principal deste curso é lhe deixar preparado para resolver as
possíveis questões da prova que exijam o conhecimento das Normas
Educacionais, que, para fins de otimização do aprendizado, devem ser
compreendidas como normas integrantes do ordenamento jurídico
brasileiro, exigidas no tópico “CONHECIMENTOS GERAIS EDUCAÇÃO
BRASILEIRA: TEMAS EDUCACIONAIS E PEDAGÓGICOS” no “ANEXO II –
CONTEÚDO PROGRAMÁRICO” do edital de abertura do concurso público para o
cargo público de Professor da Secretaria da Educação do Estado da Bahia
(SEE-BA).

IMPORTANTE: Este curso não se trata de um curso integralmente


desenvolvido em videoaulas, nas quais eu permaneceria soletrando o texto das
normas lecionadas — isto não seria eficiente à memorização do conteúdo
textual das normas educacionais, que predominantemente são exigidas de
forma expressa pelas questões de concursos públicos —, pelo contrário, as
videoaulas servem como complemento aos pontos das normas educacionais
que identifico sendo necessário uma explanação mais aprofundada do que um
mero comentário ao lado do dispositivo normativo, na aula escrita. No início do
curso, são ministradas às normas centrais à Educação, exigidas pelo edital, de
tal forma que no estudo sequencial das demais normas educacionais o aluno já
tenha absorvido inúmeros entendimentos que reduzam a necessidade de
explicações adicionais aos trechos normativos.

APRESENTAÇÃO DA DIDÁTICA DE ENSINO

Faço uso de recursos visuais nas aulas (realinhamento esquemático do


texto, quadros esquemáticos, cores nas letras, além dos tradicionais itálico,
negrito e sublinhado) ao esquematizar o texto das normas em estudo, visando
facilitar a compreensão e aumentar a absorção do conteúdo mais relevante.

Cumpre alertar que, nas questões de provas sobre a legislação


educacional, as bancas de concursos públicos costumam exigir,
predominantemente, o conhecimento literal de trechos das normas
educacionais exigidas pelo edital do certame.

Busque fixar, especialmente, os trechos da norma que destaco com


recursos visuais.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

A memória visual será muito importante para você relembrar no dia da


prova os trechos das normas educacionais, que, muito provavelmente, serão
exigidos de forma quase literal pela banca.

Neste sentido, meus cursos são predominantemente escritos e as


videoaulas possuem caráter complementar aos trechos das normas
educacionais estudadas que realmente exigem uma complementação didática,
por serem mais corriqueiros em questões, ou por minha intuição docente
indicar que a mera leitura de certo trecho normativo não seja capaz de fazer
compreender o que pode ser cobrado pela banca de forma literal.

Os concursos educacionais costumam exigir corriqueiramente algumas


normas educacionais específicas, muitas vezes bem “volumosas”, fato que
exige a elaboração de aulas “partindo do zero”, bem como a gravação em
estúdio e edição das possíveis videoaulas complementares correspondentes.

Desta forma, desde já, solicito a sua compreensão em eventuais atrasos


de cronograma, seja relativo à publicação da aula escrita ou à postagem das
videoaulas que eu for vincular nestas aulas.

Por fim, convém ressaltar que permaneço sempre à disposição para a


retirada de dúvidas pelo fórum destinado aos alunos do curso, no qual você
também pode acessar as minhas respostas às perguntas dos demais alunos.

APRESENTAÇÃO DA AULA 00
Nesta aula, serão abordados os tópicos “Aspectos legais e políticos da
organização da educação brasileira" e “Constituição Federal de 1988 (Artigo n°
205 ao n° 214)” , contidos no tópico “CONHECIMENTOS GERAIS - EDUCAÇÃO
BRASILEIRA: TEMAS EDUCACIONAIS E PEDAGÓGICOS” do conteúdo
programático.

Mantenha a determinação na luta por seus sonhos. Tenha a certeza de


que o êxito chega aos que não desistem.

Forte abraço e bons estudos!

“A persistência realiza o impossível. “


Provérbio Chinês
Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

Caso você deseje acompanhar as atualidades relacionadas à Educação, à


legislação educacional e aos concursos públicos:

- Curta minha página no facebook:

https://www.facebook.com/prof.rodrigobandeira/

- Inscreva-se no meu canal no Youtube:

https://www.youtube.com/channel/UC3nXhbvURFvWrBtZK9PkaZA

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

Observação importante: Além das aulas em PDF, estarei


disponível para retirar dúvidas dos alunos matriculados,
por meio do fórum virtual, e, sempre que entender
necessário, disponibilizarei materiais extras aos
matriculados, visando contribuir neste processo de
preparação para a prova.

Observação importante II: este curso é protegido por


direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98,
que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos
autorais e dá outras providências.

Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei


e prejudicam os professores que elaboram os cursos.
Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos
honestamente através do site Estratégia Concursos.

Padronização de siglas:

- União, Estados, Distrito Federal e Municípios, respectivamente: U, E, DF e M


- Emenda constitucional: EC
- Constituição Federal de 1988: CF/88
- Lei n° 9.394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação: LDB
- Lei n° 8.069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente: ECA
- Código Penal: CP

*Não se preocupe em decorar datas, números de leis e de dispositivos, fixe o


conteúdo.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

Após estas importantes considerações iniciais, “mãos e mente à obra”.

Vamos juntos nesta missão?

ASPECTOS LEGAIS E POLÍTICOS DA


ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO
BRASILEIRA

Este tópico do edital relaciona-se à compreensão da organização


sistêmica e da distribuição do poder político estatal, quanto à seara
Educacional, entre os entes federativos que compõem a República
Federativa do Brasil (União, 26 Estados, Distrito Federal e 5.570
Municípios), visando possibilitar o entendimento da organização dos
Sistemas de Ensino e das competências legislativas (especialmente,
quanto aos limites da competência para edição de normas educacionais)
dos entes federativos (União, DF, Estados e Municípios).

Este tema constitui pilar introdutório ao estudo das Normas


Educacionais e, por tal motivo, já possuo uma videoaula necessária ao
entendimento, que deve ser assistida plenamente, antes do
prosseguimento no estudo dos dispositivos constitucionais exigidos pelo
edital.

Desta forma, assista agora a videoaula “Ambientação às normas


educacionais”, na área do aluno.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988


(ARTIGO N° 205 AO N° 214)

==b9388==

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

DA EDUCAÇÃO

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,

será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,

visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o


exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Perceba o caráter amplo que a CF/88 estabelece ao significado de


Educação, sendo direito de todos, com dever de prestação pelo Estado e pela
Família, contando com a colaboração da sociedade (ah se todos lessem a
CF/88! ), visando ao pleno desenvolvimento da pessoa (deve englobar as
capacidades cognitivas, psicomotoras e emocionais; fatores sociais, culturais,
religiosos,...), ao exercício da cidadania (requerente de capacidade crítica e
de conhecimento dos direitos e deveres) e à qualificação para o trabalho.

A educação está inserida na CF/88 no capítulo dos direitos sociais,


reconhecidos pela doutrina Constitucional como direitos fundamentais de
segunda dimensão, introduzidos no ordenamento jurídico brasileiro a partir
da socialização dos direitos civis, notadamente influenciada pelas
Constituições Mexicana (1917) e Alemã (1919 - conhecida como Constituição
de Weimar).

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

CF/88
DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a


moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição. (Redação dada pela EC nº 90, de 2015)

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de


atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia,
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência
social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo
vedada sua vinculação para qualquer fim;

XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5


(cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;

CUIDADO! Rende um bom tema de discursiva:

Perceba a importância dada ao Ensino e à Educação pela Declaração


Universal dos Direitos Humanos - DUDH, proclamada em 1948, após
as barbáries da 2ª Guerra Mundial:
(...)
“dos Direitos Humanos
como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a
fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a
constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela
educação, por envolver o respeito desses direitos e liberdades e por
promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional,
o seu reconhecimento e a sua aplicação (...).”

*A DUDH é tida como o documento mais traduzido do mundo — mais de 360


idiomas — e inspirou as Constituições de muitos Estados e democracias
recentes.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a


arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência


de instituições públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

STF - Súmula Vinculante 12

“A cobrança de taxa de matrícula nas universidades


públicas viola o disposto no art. 206, IV, da CF.”

Por pertinência temática, convém trazer este outro dispositivo da CF/88,


neste momento:

TÍTULO IX
Das Disposições Constitucionais Gerais

Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais
oficiais criadas por lei estadual ou municipal e existentes na data da
promulgação desta Constituição, que não sejam total ou preponderantemente
mantidas com recursos públicos.

§ 1º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das


diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro.

§ 2º O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será


mantido na órbita federal.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na


forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por
concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VII - garantia de padrão de qualidade.

VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da


educação escolar pública, nos termos de lei federal.

Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores

considerados profissionais da educação básica

e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de


carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Art. 207. As universidades

gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e


patrimonial,

e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

STF (RE 362.074-AgR):

"A transferência de alunos entre universidades congêneres é instituto que


integra o sistema geral de ensino, não transgredindo a autonomia
universitária, e é disciplina a ser realizada de modo abrangente, não em vista de
cada uma das universidades existentes no País, como decorreria da conclusão
sobre tratar-se de questão própria ao estatuto de cada qual.”

SIMPLIFICANDO: a alegação da autonomia constitucional das universidades é


insuficiente para a não aceitação de alunos transferidos entre universidades
congêneres.

Universidades congêneres:
- Universidade de origem e Universidade de destino do aluno, ambas Públicas,
independentemente se pertencentes a U, E, DF, M.

- Universidade de origem e Universidade de destino do aluno, ambas Privadas.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

§ 1º É facultado às universidades

admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e


tecnológica.

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I - educação básica obrigatória e gratuita

dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,

assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram
acesso na idade própria;

Este dispositivo costuma ser muito cobrado em provas.

A EC n° 59/2009, alterou o conteúdo do art. 208, I da CF/88, que passou a prever a


obrigatoriedade da Educação Básica dos 4 aos 17 anos, tornando obrigatória a
Educação Escolar a partir da pré-escola — de 4 a 5 anos de idade, Educação Infantil (LDB,
art. 30, II) — até os 17 anos de idade, que regularmente é a idade de término do ensino
médio.

Tal mudança positiva gerou, naturalmente, necessidade de adaptação aos sistemas de


ensino, desta forma, a EC n° 59/2009 trouxe a seguinte regra de transição:

EC n° 59/2009, Art. 6º ”O disposto no inciso I do art. 208 da Constituição Federal deverá


ser implementado progressivamente, até 2016, nos termos do Plano Nacional de
Educação, com apoio técnico e financeiro da União”.

Ver quadro esquemático mais abaixo, junto ao art. 211, §3°

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,


preferencialmente na rede regular de ensino;

A CF e a LDB visam à integração dos alunos especiais nas


classes comuns do ensino regular, permitindo apenas
excepcionalmente classes, escolas e serviços
especializados “o atendimento educacional será feito em
classes, escolas ou serviços especializados, sempre que,
em função das condições específicas dos alunos, não for
possível a sua integração nas classes comuns de ensino
regular” (LDB, art. 58, §2°).

IV - educação infantil, em creche e pré-escola,

às crianças até 5 (cinco) anos de idade;

*Ver quadro esquemático mais abaixo, junto ao art. 211, §3°

V - acesso aos níveis mais elevados

do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica,

por meio de programas suplementares

de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

Direito público subjetivo – sinteticamente, pode ser entendido


como um direito atribuído aos indivíduos, por meio de uma norma
legitimamente reconhecida pela sociedade e pelo Estado, garantindo-
lhes o exercício de determinada conduta (neste caso, o acesso ao
ensino obrigatório e gratuito), com a faculdade de se demandar o
Estado judicialmente pela não oferta dos meios para satisfação deste
direito.

§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público,

ou sua oferta irregular,

importa responsabilidade da autoridade competente.

§ 3º Compete ao Poder Público

recensear os educandos no ensino fundamental,

fazer-lhes a chamada e zelar,

junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;

II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.

STF (ADI 1.266):

"Os serviços de educação, seja os prestados pelo Estado, seja os


prestados por particulares, configuram serviço público não privativo,
podendo ser prestados pelo setor privado (...). Tratando-se de serviço
público, incumbe às entidades educacionais particulares, na sua
prestação, rigorosamente acatar as normas gerais de educação
nacional e as dispostas pelo Estado-membro, no exercício de
competência legislativa suplementar (§ 2º do art. 24 da Constituição do
Brasil)."

PERCEBA: as entidades educacionais particulares — por prestarem


serviço público não privativo — devem obedecer às normas gerais de
educação nacional, emitidas pelas autoridades educacionais competentes
do Governo Federal, bem como às normas emitidas pelas autoridades
educacionais competentes do Governo Estadual/Distrital, ao qual esteja
vinculado o estabelecimento de ensino.

CONDIÇÕES IMPOSTAS PELA LDB PARA O FUNCIONAMENTO DAS


ENTIDADES EDUCACIONAIS PARTICULARES

LDB, Art. 7º “O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as


seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do


respectivo sistema de ensino;

II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade


pelo Poder Público;

III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto


no art. 213 da Constituição Federal.”

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental,

de maneira a assegurar formação básica comum

e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa,

constituirá disciplina dos horários normais

das escolas públicas de ensino fundamental.

Ensino Religioso (tema sensível)

O Brasil, como um Estado laico — também conhecido como Estado secular —, deve ser
oficialmente imparcial às crenças religiosas, cabendo aos entes federativos (U, E , DF, M) apenas
manterem relações de respeito institucional com todas as religiões.

CF, art. 19. “É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o


funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência
ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;”

Neste sentido, a CF/88 traz o seguinte Direito Fundamental:

art. 5°, VI – “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o


livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de
culto e a suas liturgias”.

Ao Estado brasileiro nada deve importar institucionalmente a crença ou descrença dos seus
cidadãos em religiões, todavia, estas constituem valores culturais indissociáveis da sociedade,
logo o ensino religioso, de MATRÍCULA FACULTATIVA, constitui disciplina das escolas públicas
de ensino fundamental.

* Continua no próximo quadro...

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Continuando... Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

NOVIDADE IMPORTANTE

Em 27/09/2017, o Supremo Tribunal Federal – STF julgou


improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI n° 4439, na qual a Procuradoria-Geral
da República - PGR questionava o modelo de ensino religioso nas escolas da rede pública de
ensino do país.
Nesta ação, a PGR exigia a proibição de admissão de professores ao ensino religioso da
rede pública de ensino que fossem representantes de religiões específicas (confissões
religiosas), em função do Brasil ser um Estado laico, conforme acima explicado.
A ação atacava, em particular, o art. 11 do acordo firmado entre a República Federativa do
Brasil e a Santa Sé (Igreja Católica), promulgado por meio do Decreto presidencial n°
7.107/2010:
Artigo 11 - A República Federativa do Brasil, em observância ao direito de liberdade religiosa, da
diversidade cultural e da pluralidade confessional do País, respeita a importância do ensino
religioso em vista da formação integral da pessoa.

§1º. O ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa,


constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental,
assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, em conformidade com a
Constituição e as outras leis vigentes, sem qualquer forma de discriminação.

Segundo trecho da redação da petição inicial protocolada pela PGR:


“A escola pública não é lugar para o ensino confessional e também para o interconfessional
ou ecumênico, pois este, ainda que não voltado à promoção de uma confissão específica,
tem por propósito inculcar nos alunos princípios e valores religiosos partilhados pela
maioria, com prejuízo das visões ateístas, agnósticas, ou de religiões com menor poder na
esfera sócio-política.”
Todavia, no julgamento da ADI n° STF 4439, pelos Ministros do STF, sinteticamente,
predominou o entendimento de que o ensino religioso pode ser ministrado por representantes
de religiões específicas, em função da matrícula ser facultativa, respeitada a representação de
todas religiões (no meu sentir, algo utópico, pra não dizer quase impossível).
O STF possui 11 ministros e esta decisão foi decidida por 6x5, no placar de votos, algo que
sugere o potencial de revisão futura deste posicionamento polêmico.
Ao meu ver, a decisão que prevaleceu não se alinha com o fundamento laico da
Constituição Federal de 1988 e adentra numa seara delicada e conflituosa.
Sugiro um exercício mental: você consegue visualizar a aceitação social de uma disciplina
ofertada por um professor religioso que se declare “satanista” na nossa rede pública de ensino?
Acredito que não e, por tal motivo, existe na redação do caput do art. 33 da LDB (sugiro a
leitura) o termo “...vedadas quaisquer formas de proselitismo”, para que o ensino religioso
público não se torne em meio difusório de religiões específicas.
Na minha leitura jurídica do texto constitucional e da LDB, o ensino religioso deveria, tão
somente, abordar, generalizadamente, os aspectos históricos, sociais e doutrinários das distintas
religiões, bem como das posições não religiosas, tal como o ateísmo.
Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 32
Para a prova, memorize o texto do art. 33 da LDB e o entendimento vencedor no STF.

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa,

assegurada às comunidades indígenas também a utilização

de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios

organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.


b

§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios,

financiará as instituições de ensino públicas federais

e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva,

de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais

e padrão mínimo de qualidade do ensino

mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito


Federal e aos Municípios;

§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente

no ensino fundamental e na educação infantil.

§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente

no ensino fundamental e médio.

IMPORTANTÍSSIMO: prioritariamente não se confunde com exclusivamente.

*Ver os comentários na última linha do quadro seguinte.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

CF/88 e Lei n° 9.394/1996(LDB)

NÍVEIS ESCOLARES ou
NÍVEIS DE ENSINO DA
EDUCAÇÃO ESCOLAR
Educação
Creches ou
Infantil entidades Até 3 anos de idade
equivalentes
1ª etapa da Educação
Básica

Atuação
Pré-escolas de 4 a 5 anos de idade
prioritária:
9
M
Educação Básica
Ensino
Fundamental
* obrigatória e gratuita
dos 4 aos 17 anos de idade, 2ª etapa da Educação Duração de 9 anos, iniciando-se aos 6 anos de
assegurada inclusive sua oferta Básica idade
gratuita para todos os que a ela não
tiveram acesso na idade própria Atuação
prioritária:
M, E, DF
* A educação básica pública atenderá
prioritariamente ao ensino regular.
Ensino Médio
3ª etapa da Educação
Básica Duração mínima de 3 anos

Atuação
prioritária:
E, DF

Educação Superior

IMPORTANTÍSSIMO: prioritariamente não se confunde com exclusivamente.

U, E DF, M – podem atuar em qualquer nível escolar, por exemplo, um Município pode possuir
Universidades, em sua rede de ensino, tal como ocorre com a Universidade Municipal de São Caetano do Sul
(USCS) e com a Universidade de Taubaté (Unitau). Todavia, o Município deve priorizar seus recursos educacionais
à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental. Não pode um Município manter adequadamente uma Universidade
e alegar falta de recursos ao ensino fundamental. Porém, as Universidades mantidas pelos Municípios
pertencem ao sistema de ensino Estadual respectivo (atenção! Tem questões sobre isso). Para melhor
compreensão, estude os arts, 16, 17 e 18 da LDB.

CUIDADO: conforme determina o ADCT, art. 60, IV, tratando-se dos recursos recebidos via FUNDEB, os
Estados e Municípios os devem aplicar obrigatoriamente nos respectivos âmbitos de atuação
prioritária (Municípios -> ensino fundamental e educação infantil; Estados -> ensino fundamental e médio).
Ressalta-se que o Distrito Federal, por não se dividir em Municípios, acumula estas atuações
prioritárias, embora seja mal redigida esta lógica no texto do art. 211, §1° e §2°.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

MODALIDADES DE ENSINO
OU
MODALIDADES DE EDUCAÇÃO

Estas são as previstas explicitamente como Modalidades de


Ensino ou de Educação pelo Título V da Lei n° 9.394/1996 – LDB.

3
- destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de
Educação de Jovens e estudos no ensino fundamental e médio na idade própria
Adultos (EJA)
- cursos e exames supletivos

- no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se


aos diferentes níveis e modalidades de educação e às
dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia

- abrange os seguintes cursos:

I – de formação inicial e continuada ou qualificação


profissional
Educação Profissional
e Tecnologica II – de educação profissional técnica de nível médio

III – de educação profissional tecnológica de graduação e


pós-graduação

- será desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por


diferentes estratégias de educação continuada, em instituições
especializadas ou no ambiente de trabalho.

- oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para


educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento
e altas habilidades ou superdotação, de forma transversal a todos
os níveis, etapas e modalidades.

- haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado,


na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de
educação especial.
Educação Especial
- o atendimento educacional será feito em classes, escolas ou
serviços especializados, sempre que, em função das condições
específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas
classes comuns de ensino regular.

- a oferta de educação especial, dever constitucional do


Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a
educação infantil.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

MODALIDADES DE ENSINO
OU
MODALIDADES DE EDUCAÇÃO

Estas são as previstas explicitamente como Modalidades de


Educação Básica pelas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a
Educação Básica (Resolução CNE/CEB n° 4, de 13/06/2010)
8
Educação de
Modalidade também prevista pela LDB, logo ver as
Jovens e Adultos
características no quadro anterior
(EJA)

Educação
Modalidade também prevista pela LDB, logo ver as
Profissional e
características no quadro anterior
Tecnologica

Modalidade também prevista pela LDB, logo ver as


Educação Especial
características no quadro anterior

Educação a
distância O Poder Público deve incentivar o desenvolvimento e a veiculação de
*não prevista como programas de ensino a distância, em todos os níveis e
Modalidade de Ensino modalidades de ensino, e de educação continuada.
ou de Educação pelo
Título V da LDB

- os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à


sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região,
especialmente:

Educação Básica I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às


do campo reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;
*não prevista como
Modalidade de Ensino II - organização escolar própria, incluindo adequação do
ou de Educação pelo calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às
Título V da LDB condições climáticas;

III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

- O fechamento de escolas do campo será precedido de


manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de ensino,
que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de
Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a
manifestação da comunidade escolar.

- O Sistema de Ensino da União, com a


colaboração das agências federais de
fomento à cultura e de assistência aos
índios, desenvolverá programas
integrados de ensino e pesquisa, para
oferta de educação8 escolar bilíngue e É obrigatório o estudo
intercultural aos povos indígenas. da história e cultura
afro-brasileira e
- É assegurada na Educação Escolar às indígena, nos
estabelecimentos de
comunidades indígenas: a utilização de
Educação Escolar ensino fundamental e
suas línguas maternas, processos de ensino médio,
Indígena próprios de aprendizagem, currículos públicos e privados, que
*não prevista como e programas específicos - com os deverá incluir os diversos
Modalidade de Ensino
conteúdos culturais correspondentes às aspectos da história e da
ou de Educação pelo
respectivas comunidades -, e material cultura que caracterizam
Título V da LDB
didático específico e diferenciado. a formação da
população brasileira, a
- O fechamento de escolas indígenas partir desses dois grupos
será precedido de manifestação do órgão étnicos, tais como o estudo
da história da África e
normativo do respectivo sistema de
dos africanos, a luta dos
ensino, que considerará a justificativa negros e dos povos
apresentada pela Secretaria de Educação, indígenas no Brasil, a
a análise do diagnóstico do impacto da cultura negra e indígena
ação e a manifestação da comunidade brasileira e o negro e o
escolar. índio na formação da
sociedade nacional,
resgatando as suas
- É desenvolvida em unidades educacionais contribuições nas áreas
inscritas em terras e cultura quilombola, social, econômica e
requerendo pedagogia própria em respeito à política, pertinentes à
especificidade étnico-cultural de cada história do Brasil.
Educação Escolar comunidade e formação específica de seu
Quilombola quadro docente.
*não prevista
como Modalidade - O fechamento de escolas quilombolas
de Ensino ou de será precedido de manifestação do órgão
normativo do respectivo sistema de ensino,
Educação pelo que considerará a justificativa apresentada
Título V da LDB pela Secretaria de Educação, a análise do
diagnóstico do impacto da ação e a
manifestação da comunidade escolar.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

A seguir, as competências legislativas PRIVATIVA (U – art. 22) e CONCORRENTE (U, E,


DF – art. 24), bem como a competência COMUM (U, E, DF, M - art. 23), relacionadas à
Educação.

PERCEBA: os arts. 22 e 24 indicam as unidades federativas que devem legislar sobre os temas
indicados:

*entendeu de onde vem a LDB,


Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: aplicável à U, E, DF e M ?

XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; **LDB - Lei n° 9.394/1996

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas
das matérias relacionadas neste artigo.

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e


inovação; (Redação dada pela EC nº 85, de 2015)

§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer


normas gerais.

§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.

§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.

§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual,
no que lhe for contrário.

PERCEBA: o art. 23 trata da competência material comum a todas as unidades federativas (U, E, DF,
M):

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à


inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

PERCEBA: A competência legislativa — privativa (U) ou concorrente (U, E, DF) — relaciona-se, por óbvio,
à edição de normas legais. A competência comum (U, E, DF, M), também chamada de competência
material comum, relaciona-se à execução das políticas públicas.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

Art. 30. Compete aos Municípios:

VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado,

programas de educação infantil e de ensino fundamental;

Art. 211 (...)

§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito


Federal e os Municípios definirão

formas de colaboração,

de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.

§ 5º A educação básica pública

atenderá prioritariamente ao ensino regular.

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito,

e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo,

da receita resultante de impostos


, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida

pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,

ou pelos Estados aos respectivos Municípios,

não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo,


receita do governo que a transferir.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

Clássica questão de prova:

Os Impostos não se confundem com Tributos. Muitas questões trocam estes


termos para confundir o candidato.

Para fixação:
Depois de exacerbadas disputas judiciais, logo após a promulgação da CF/88, a respeito
das inovações constitucionais no plano tributário, o STF (Recurso Extraordinário 146.733-
9/SP, de 29/06/1992) adotou a denominada “Teoria pentapartite”, reconhecendo cinco
espécies ou modalidades tributárias em nosso sistema jurídico, são elas: os
Impostos, as Taxas, as Contribuições de Melhoria, os Empréstimos Compulsórios
e as Contribuições.

Tenha cuidado com questões que troquem indevidamente o termo “Impostos”


por Tributos ou quaisquer outros vocábulos desta natureza.

PODE CAIR NA PROVA!

Aplicação MÍNIMA ANUAL da receita resultante de IMPOSTOS —


compreendida a proveniente de transferências (oriundas da
arrecadação de Impostos) — na manutenção e desenvolvimento do
ensino.

*Transferências – A CF/88 possui uma seção destinada à REPARTIÇÃO DAS


RECEITAS TRIBUTÁRIAS (ao art. 157 ao 162), onde define as regras de rateio
destas receitas. Cabe ao ente federativo (U, E, DF, M) responsável pela
arrecadação de cada tributo o repartir dentre os demais entes federativos, na
forma determinada pela CF/88.

U 18%
E, DF, M 25%

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

Intervenção entre os entes federativos (U, E, DF e M)

PERCEBA: Os entes federativos são autônomos entre si, logo a CF/88 (arts. 34 e 35) trata das hipóteses
excepcionais de Intervenção entre os entes federativos:

Como regra útil para possíveis questões, guarde que:

- a União somente pode intervir nos Estados e DF, assim como nos Municípios localizados em
Territórios Federais;
- os Estados somente podem intervir nos seus Municípios; e
- os Municípios não intervêm em nenhum outro ente federativo.

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a


proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e
serviços públicos de saúde.

Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território
Federal, exceto quando:

III não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento
do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;

Por pertinência temática, convém trazer este outro dispositivo da CF/88,


neste momento:

Art. 167. São vedados:

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do


produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para
as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização
de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212
e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no
art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;
Art. 212 (...)

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão


considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os
recursos aplicados na forma do art. 213.

§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao


atendimento das necessidades do ensino obrigatório,

no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e


equidade, nos termos do plano nacional de educação.

§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde


previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de
contribuições sociais e outros recursos orçamentários.

Relembrando (quadro explicativo logo após o art. 212, §1°):

As contribuições sociais se enquadram dentre as Contribuições, que são espécie ou


modalidade tributária.

Cuidado com as questões que troquem o termo “Contribuições Sociais” por Tributos,
Impostos ou quaisquer outros vocábulos desta natureza.

§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de


financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida
pelas empresas na forma da lei.

§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da


contribuição social do salário-educação

serão distribuídas proporcionalmente

ao número de alunos matriculados na educação básica nas


respectivas redes públicas de ensino.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

Este tributo (contribuição social do salário-educação) é arrecadado pela União, por


meio da Receita Federal, sendo posteriormente distribuído entre U, E, DF e M.

As cotas dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal (não mencionado, mas é
evidentemente incluso) são distribuídas na forma indicada.

Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas,

podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas


em lei, que:

I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes


financeiros em educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária,


filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento
de suas atividades.

§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão


ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e
médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de
recursos,

quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública


na localidade da residência do educando,

ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na


expansão de sua rede na localidade.

Embora o texto constitucional coloque como possibilidade (“poderão”) o


pagamento de bolsas de estudo com recursos públicos para o ensino fundamental
e médio fornecido pela rede de ensino privada, configurada a hipótese do art.
213, §1°, o titular do direito público subjetivo à educação obrigatória e
gratuita, desprovido de recursos, pode vir a exigir judicialmente o
pagamento da bolsa de estudo, em função da falta de vagas e cursos regulares
na rede pública, na localidade em que reside.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação

realizadas por

universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica

poderão receber apoio financeiro do Poder Público. (Redação dada pela EC


nº 85, de 2015)

Art. 214. A lei estabelecerá

o plano nacional de educação, de duração decenal,

com o objetivo de articular


o sistema nacional de educação em regime de colaboração

e definir

diretrizes, objetivos, metas e estratégias de


implementação

para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus


diversos níveis, etapas e modalidades

por meio deações integradas dos poderes públicos das diferentes


esferas federativas que conduzam a:

Sistema Nacional de Educação – REGIME DE


COLABORAÇÃO entre: U, E, DF, M.

AÇÕES INTEGRADAS entre: U, E, DF, M.

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

I- erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria da qualidade do ensino;

IV - formação para o trabalho;

V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação


como proporção do produto interno bruto.

CUIDADO! Este tema pode render uma boa discursiva. Guarde estas
informações.

PERCEBA: A tão comentada meta de aplicação de recursos públicos em educação como


proporção do Produto Interno Bruto - PIB consta na CF/88, desde a promulgação da EC
59/2009, que deu esta redação ao art. 214, VI.

A meta de aplicação em proporção do PIB deve ser implementada por meio do Plano Nacional de
Educação – PNE.

Neste sentido, a Lei nº 13.005/2014 que aprovou o PNE 2014-2014 trouxe os seguintes
comandos legais:

“Art. 2° São diretrizes do PNE:

VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como


proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades
de expansão, com padrão de qualidade e equidade;
(...)
ANEXO
METAS E ESTRATÉGIAS
Meta 20: ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no
mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5°
(quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento)
do PIB ao final do decênio.”

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 32

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais II (Normas Educacionais) p/ SEE-BA
Professor (todas especialidades)
Prof. Rodrigo Bandeira
Aula 00

Na aula 01, comentarei questões de provas


anteriores sobre o conteúdo educacional na
CF/88 (do art. 205 ao 214) exigido pelo
edital da SEE BA.

Aguardo-lhe na próxima aula.

Bons estudos!

“Se você quer ser bem sucedido, precisa ter dedicação


total, buscar seu último limite e dar o melhor de si”.
Ayrton Senna

Prof. Rodrigo Bandeira www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 32

01643415522 - Esdras Pereira

Das könnte Ihnen auch gefallen