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Universidade Federal de Minas Gerais

Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas


Departamento de História
Prática de Ensino de História/ Estágio Superv. em História I – 1º Semestre de 2017 - Noturno
Professora: Ana Paula Sampaio Caldeira (anapaula.sampaiocaldeira@gmail.com)

1. Objetivos gerais do curso

O curso de Prática de Ensino/ Estágio Supervisionado em História I foi organizado para ser um
espaço de discussão sobre o ensino de história. Na perspectiva que assumimos aqui, isso pressupõe
uma reflexão sobre o que é história e porque ensinar história na educação básica. Assim, nossa
proposta consiste em pensar o ensino dessa disciplina a partir de uma abordagem que articule
questões teóricas e metodológicas que digam respeito ao trabalho do profissional de história hoje,
com uma dimensão mais “prática”, relacionada ao cotidiano do professor. Isso porque também faz
parte da disciplina promover ao licenciando a oportunidade de fazer uma observação sistemática em
uma escola de educação básica e realizar coletivamente um trabalho de intervenção pedagógica na
instituição. Nesse sentido, pretende-se familiarizar o futuro professor de história com a prática
docente (estimulando interrogações sobre o que é ser historiador/professor de história, bem como
sobre as possíveis articulações entre ensino e pesquisa) e promover uma análise introdutória de
tarefas como: elaboração de aulas, planejamento das unidades, elaboração de material didático,
utilização de documentos históricos como recursos didáticos, dentre outras.

Assim, são objetivos desse curso:

 Discutir, a partir da bibliografia selecionada, qual o papel do profissional da história para a


nossa sociedade hoje e porque ensinar história na educação básica;
 Investigar empiricamente a situação do ensino de história na rede pública de ensino,
dialogando com os sujeitos do processo pedagógico (alunos, professores e demais
profissionais da educação);
 Construir estratégias, recursos e procedimentos para o ensino de história;
 Avaliar as potencialidades e os usos de imagens para o ensino da história;
 Analisar alguns caminhos e possibilidades para o estudo do livro didático, bem como o uso
que alunos e professores fazem desse material em sala de aula;
 Planejar e desenvolver o projeto de intervenção nas escolas parceiras;
 Avaliar criticamente a prática pedagógica desenvolvida no projeto de intervenção.

2. Conteúdo programático/ textos para debate:

 Aula 1: apresentação do curso; orientações gerais sobre o estágio e a disciplina; o ensino de


história em tempos de reformulação curricular.

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 Unidade 1: Por que ensinar/ aprender história? Alguns caminhos para responder a essa
questão

Aula 2: Aprender com o passado?

CATROGA, Fernando. Ainda será a história mestra da vida? In: RIOS, Kênia Sousa e FURTADO
FILHO, João Ernani (Org.). Em Tempo. História, memória, educação. Fortaleza: Imprensa
Universitária, 2008. p. 9-38.
Obs: há uma versão desse texto publicada na Revista Estudos Ibero-Americados (PUC/RS):
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana/article/viewFile/1347/1052

GUIMARÃES, Manoel Salgado. Escrita da História e ensino da história: tensões e paradoxos. In:
ROCHA, Helenice; MAGALHÃES, Marcelo e GONTIJO, Rebeca (Org.). A Escrita da História
Escolar. Memória e Historiografia. Rio de Janeiro: FGV, 2009. p. 35-50.

Aula 3: A capacidade orientadora da história

RÜSEN, Jorn. Didática da história: passado, presente e perspectivas a partir do caso alemão. In:
SCHMIDT, Maria Auxiliadora; BARCA, Isabel e MARTINS, Estevão de Rezende. Jörn Rüsen e o
ensino de História. Curitiba: UFPR, 2011. p.23-40.

MUNAKATA, Kazumi. História, consciência histórica e ensino de história. In: Helenice Rocha;
Marcelo Magalhães; Rebeca Gontijo. (Org.). O ensino de história em questão: cultura histórica, usos
do passado. 1ed.Rio de Janeiro: FGV, 2015, v. 1, p. 55-75.

Aula 4: Ensino de história e formação de identidades

ENDERS, Armelle. Como se poderia escrever a história do Brasil. Variações acerca do romance
nacional do Império à República. In: FERREIRA, Marieta de Moraes (org). Memória e Identidade
Nacional. Rio de Janeiro: FGV, 2010. p. 59-80.

ALBUQUERQUE JUNIOR, Durval. Fazer defeitos nas memórias: para que servem o ensino e a
escrita da história. In: GONÇALVES, Márcia et all (Org.). Qual o valor da História Hoje? Rio de
Janeiro: FGV, 2012. p. 21-39.

Aula 5: O lugar das humanidades nas sociedades democráticas

CURTO, Diogo Ramada. História e Ciências Sociais. In: _____. Para que Serve a História? Lisboa:
Tinta da China, 2013. p.19-68.

Análise de algumas propostas curriculares (a definir):


Sugestões a serem discutidas com a turma:
Brasil: segunda versão da BNCC: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/inicio
Nova Zelândia: http://nzcurriculum.tki.org.nz/The-New-Zealand-Curriculum
Austrália: http://www.australiancurriculum.edu.au/
Reino Unido: https://www.gov.uk/government/collections/national-curriculum
Common Core State Standards Initiative: http://www.corestandards.org/
Africa do Sul: http://www.education.gov.za/Home.aspx

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 Unidade 2: As imagens e suas possibilidades para o ensino de história na educação
básica

Aula 6: O uso de fontes em sala de aula/ Fazer história com imagens

SEFFNER, Fernando e PEREIRA, Nilton Mullet. O que pode o ensino de História? Sobre o uso de
fontes na sala de aula. Anos 90, Porto Alegre, v. 15, n. 28. Disponível em:
http://seer.ufrgs.br/index.php/anos90/article/view/7961/4750

KNAUSS, Paulo. O desafio de fazer história com imagens: arte e cultura visual. ArtCultura,
Uberlândia, v.8, n. 12, p. 97-115, jan-jul de 2006. Disponível em:
http://www.artcultura.inhis.ufu.br/PDF12/ArtCultura%2012_knauss.pdf

Aula 7: As imagens canônicas na sala de aula: a pintura histórica nos livros didáticos

FONSECA, Thaís Nívia de Lima e. “Ver para compreender”: arte, livro didático e a história da
nação. In: SIMAN, Lana Maria de Castro & FONSECA, Thaís Nívia de Lima e. Inaugurando a
História e construindo a nação. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. p.91-122.

CHRISTO, Maraliz de Castro Vieira. A pintura de história no Brasil do século XIX. Panorama
introdutório. Arbor, CLX X X V 740 noviembre-diciembre (2009). Disponível em:
http://arbor.revistas.csic.es/index.php/arbor/article/view/386/387

Aula 8: Fotografia, técnica e neutralidade: representações da escravidão

SCHWARCZ, Lilia. Nem Preto nem Branco, muito pelo contrário. São Paulo: Claro Enigma, 2012.

BRIZUELA, Natalia. Lembranças da raça. In: _____. Fotografia e Império. Paisagens para um
Brasil Moderno. São Paulo: Companhia das Letras/ IMS, 2012. p. 107-146.

Aula 9: Quadrinhos, memória e história do tempo presente

HUYSSEN, Andreas. Usos tradicionais do discurso sobre o Holocausto e o Colonialismo. In: _____.
Culturas do passado-presente. Rio de Janeiro: Contraponto, 2014. p. 177-194.

NASCIMENTO, Larissa e SANTOS, Michele. Imagens do holocausto em Maus, de Art Spiegelman,


e em Os Emigrantes, de W. G. Sebald: o que os quadrinhos e a literatura nos ensinam sobre a
realidade e a ficção. Cordis. Cronistas, Escritores e Literatos, São Paulo, n. 9, p. 189-212, jul./dez.
2012.

Elaboração das intervenções

Aula 10: Apresentação das intervenções

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 Unidade 3: O livro didático de história

Aula 11: Livro didático – alguns caminhos de análise

MELO, Ciro Bandeira de. Senhores da História e do Esquecimento. A construção do Brasil em dois
manuais didáticos de história na segunda metade do século XIX. Belo Horizonte: Argumentum,
2008. p. 97-120; 139-170.

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Livro didático e conhecimento histórico: uma história do
saber escolar. 1993. (Tese de doutorado) - Universidade de São Paulo, 1998 (Biblioteca da FaE
371.32 B6241 T).

Aula 12: O Programa Nacional do Livro Didático e o livro didático de história hoje

CASSIANO, Célia Cristina de Figueiredo. Uma década de avaliação dos livros didáticos no PNLD
(1996-2006) In: _____. O Mercado do Livro Didático no Brasil do Século XXI. São Paulo: Unesp,
2013. p. 113-41.

Análise de coleção de livro didático.

 Unidade de formação ampla (oficinas e encontros a serem promovidos durante a


disciplina, em data a ser combinada):

Aula 13: Encontro sobre trajetórias docentes em história – Profs. Moacir Fagundes e Sarah Andrade

Aula 14: Visita ao Museu da Imagem e do Som

Aula 15: Fechamento do curso; entrega dos trabalhos finais e data-limite para entrega da
documentação de estágio.

3. Avaliação

1. Planejamento e execução da intervenção/ portfólio – 40 pontos


2. Artigo relacionado à experiência do estágio – 40 pontos
3. Participação em sala de aula (a participação compreende a leitura e o debate dos textos, a
apresentação de um dos textos do curso e a assiduidade) – 20 pontos

4. Cronograma preliminar (sujeito a mudanças)

Março Abril Maio Junho


Discussões * * * *
teórico-
metodológicas
Observação e * * *
intervenção
nas escolas
Elaboração * *

4
das propostas
de intervenção
Avaliação das *
intervenções e
entrega do
portfólio e do
artigo

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