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Crônica
A Crônica é um tipo de texto narrativo curto, geralmente produzido para meios de
comunicação, por exemplo, jornais, revistas, etc.
Além de ser um texto curto, possui uma "vida curta", ou seja, as crônicas tratam de
acontecimentos corriqueiros do cotidiano.
Portanto, elas estão extremamente conectadas ao contexto em que são produzidas, por
isso, com o passar do tempo ela perde sua “validade”, ou seja, fica fora do contexto.
Principais Características
Narrativa curta
Linguagem simples e coloquial
Poucos personagens, ou nenhum
Espaço reduzido
Acontecimentos cotidianos
Tom irônico e humorístico
Textos rápidos e objetivos.
Tipos de Crônicas
O Brasil tem muitos cronistas populares. Entre os principais nomes, vale destacar os seguintes autores:
Antônio Prata;
Machado de Assis;
Luís Fernando Veríssimo;
Carlos Heitor Cony;
Rubem Braga.
Linguagem: Podemos conceituar como linguagem uma capacidade restrita aos seres
humanos de expressar sentimentos, sensações, transmitir informações, opiniões ou
mesmo expressar desejos, proporcionando a troca de dados entre pessoas de
diferentes tradições e localidades.
A linguagem em si define-se em dois tipos: a linguagem verbal, que se caracteriza de
forma oral ou escrita, com a utilização de códigos que servem para facilitar a
comunicação entre os homens; e a linguagem não verbal, que se define por símbolos
ou sinais em forma de desenhos e figuras que servem como ponte para a comunicação
sem o uso de palavras.
Língua: A língua, por sua vez, consiste num conjunto específico de códigos e palavras
diversas, usados sob regras e leis de combinação que, na verdade, é o que permite que
a mensagem seja passada de maneira compreensível. É muito provável que a
mensagem não seja compreendida totalmente caso seja passada de forma incomum às
regras previamente estabelecidas. É como escrever uma frase onde as palavras estão
fora de ordem e esperar que a outra pessoa entenda exatamente o que se quis dizer.
Podemos citar como exemplo básico de língua os diversos tipos de línguas faladas ao
redor do mundo, como a língua portuguesa, língua inglesa, russa, chinesa e assim por
diante.
Funções da Linguagem
As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem segundo a intenção
do falante.
Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, função poética,
função fática, função conativa e função metalinguística.
Cada uma desempenha um papel relacionado com os elementos presentes na
comunicação: emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto. Assim, elas
determinam o objetivo dos atos comunicativos.
Embora haja uma função que predomine, vários tipos de linguagem podem estar
presentes num mesmo texto.
Função Poética
A função poética é característica das obras literárias que possui como marca a utilização
do sentido conotativo das palavras.
Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será
transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das figuras de
linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunicativo é a mensagem.
Função Fática
A função fática tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação de
modo que o mais importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem.
Aqui, o foco reside no canal de comunicação.
Esse tipo de função é muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas expressões de
cumprimento, saudações, discursos ao telefone, etc.
Função Conativa ou Apelativa
Também chamada de apelativa, a função conativa é caracterizada por uma linguagem
persuasiva que tem o intuito de convencer o leitor. Por isso, o grande foco é no
receptor da mensagem.
Essa função é muito utilizada nas propagandas, publicidades e discursos políticos, a fim
de influenciar o receptor por meio da mensagem transmitida.
Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na terceira pessoa com a
presença de verbos no imperativo e o uso do vocativo.
Função Metalinguística
A função metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a
linguagem que refere-se à ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um código
utilizando o próprio código.
Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um documentário cinematográfico
que fala sobre a linguagem do cinema são alguns exemplos.
Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem destaque são as gramáticas
e os dicionários.
Figuras de Linguagem
Em resumo, as figuras de linguagem são recursos de nosso idioma para tornar as
mensagens que emitimos mais expressivas e significativas. Tais recursos podem
ampliar o significado de uma oração, assim como suprir lacunas de uma frase com
novos significados. Esse é um tema que muito presente em provas de Português de
escolas, concursos e até mesmo do ENEM. Nesse artigo você entenderá o que não só
o que são as figuras de linguagem, mas quais os diversos tipos e verá exemplos de
todas elas.
Metáfora:
A metáfora ocorre quando é utilizada uma substituição de termos que possuem
significados diferentes, atribuindo a eles o mesmo sentido.
Ex.:
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.”
Metonímia: é o uso da parte pelo todo. Ocorre quando o autor substitui uma palavra
por outra próxima. É utilizada para evitar a repetição de palavras em um texto.
Ex.:
– “Os meus braços precisam dos teus”
Sinestesia
A sinestesia é o jogo da mistura das sensações. Quando na mesma oração o autor
realiza o cruzamento de diferentes sentidos humanos.
Sinestesia é uma figura de linguagem muito utilizada em livros e poesias em geral. É
muito comum também notar sua presença em letras de música.
Ex.:
“Ela sentiu o sabor frio da derrota”
Catacrese
A Catacrese é um tipo de recurso muito interessante. Tal figura de linguagem ocorre
quando atribuímos um “nome” a algo que não possui um nome específico, fazendo
referência a outras coisas e objetos.
Um ótimo exemplo seria o “céu da boca” ou a “asa da xícara”. Perceba que nossa
boca não possui um céu de fato, assim como a xícara não possui asas de fato, parte
atribuída somente às aves.
Antítese
Quando, em uma mesma oração, usamos termos que possuem sentidos contrários,
configura-se a antítese.
Ex.:
“O Renato estava dormindo acordado na aula”
Paradoxo
Esta figura de linguagem se refere a algo “contrário ao que se pensa”, fugindo do
senso comum e até mesmo refletindo a falta de nexo. Confira um exemplo simples de
um paradoxo:
“Ele não passa de um pobre homem rico”
Eufemismo
Troca de um termo por outro mais “leve”, que acaba passando uma conotação mais
agradável a um sentido. Um bom exemplo de eufemismo é quando trocamos o termo
“morreu” por “foi para o céu“.
Hipérbole
Ao contrário de eufemismo, a hipérbole é uma figura de linguagem que dá um
exagero intencional ao contexto. Por exemplo, em vez de dizermos “eu estou com
muita sede”, as vezes dizemos “estou morrendo de sede”. Na verdade, não
estamos morrendo literalmente, mas ocorre um exagero para ilustrar a grandeza da
sede.
Ironia
Ironia é a utilização proposital de termos que manifestam o sentido oposto do seu
significado. Por exemplo, uma pessoa que foi demitida após péssimo dia de trabalho,
dizer: “- Era o que faltava para encerrar o meu dia maravilhosamente bem”.
Apóstrofe
Apóstrofe é muito interessante. Esta figura de linguagem ocorre quando alguma
pessoa faz uso da “invocação” de algo ou alguém para manifestar algum sentido ao
contexto. Por exemplo: “Meu Deus! Que susto!”.
Personificação ou Prosopopeia
A personificação ou prosopopeia ocorre quando atribuímos sentidos racionais a
elementos irracionais. Por exemplo, quando dizemos “A natureza está em
chorando…” estamos atribuindo o “choro” (algo racional) à natureza (um elemento
irracional). Outro exemplo seria dizer “Meu coração está em pratos…“.
Pleonasmo
Pleonasmo é muito utilizado no dia-a-dia. Trata-se da repetição de palavras que tem o
mesmo significado, em uma mesma oração.
Exemplos: “Sair para fora”, “subir para cima”, “dupla de dois”…
Cacofonia
A cacofonia surgem quando ocorre uma junção do final de um vocábulo e começo de
outro, formando tonalidades estranhas, dando significados controversos, quando
lemos ou pronunciamos a frase rapidamente. Assim, outras pessoas podem entender
ou atribuir sentidos contrários ao que falamos. É considerado um vício de linguagem.
Exemplo:
Eu vi ela na praça. (vi+ ela= viela)
Alma minha gentil que te partiste (Alma + minha = maminha)
Semântica
Em linguística, a semântica estuda o significado e a interpretação do significado de
uma palavra, de um signo, de uma frase ou de uma expressão em um determinado
contexto. Nesse campo de estudo se analisa, também, as mudanças de sentido que
ocorrem nas formas linguísticas devido a alguns fatores, tais como tempo e espaço
geográfico.
A semântica está dividida em: descritiva ou sincrônica – a que estuda o sentido atual
das palavras e em histórica ou diacrônica - a que estuda as mudanças que as palavras
sofreram no tempo e no espaço.