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Índice
1. Transcrição da Aula
2. Simulados
1. TRANSCRIÇÃO DA AULA
Art. 619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas, poderão ser opostos
embargos de declaração, no prazo de dois dias contados da sua publicação, quando houver na sentença
ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão.
Art. 83. Caberão embargos de declaração quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade,
contradição, omissão ou dúvida.
§ 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados
da ciência da decisão.
§ 2º Quando opostos contra sentença, os embargos de declaração suspenderão o prazo para o recurso.
Art. 538. Os embargos de declaração inter-rompem o prazo para a interposição de outros recursos, por
qualquer das partes. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)
Parágrafo único. Quando manifestamente protelatórios os embargos, o juiz ou o tribunal, declarando que
o são, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente de 1% (um por cento) sobre
o valor da causa. Na reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada a até 10% (dez por cento),
ficando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo.(Redação
dada pela Lei nº 8.950, de 1994)
Juizados
Petição/ oralmente;
Prazo 5 dias;
Houver obscuridade, contradição, omissão ou dúvida;
Quando opostos contra sentença, suspenderão os prazos dos demais recursos; quando opostos contra
acórdãos das turmas recursais, haverá interrupção do prazo para a interposição dos demais recursos.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a
decisão recorrida:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
(...)
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão
recorrida:
compete originariamente ao supremo tribunal federal o julgamento de "habeas corpus" contra decisão de
turma recursal de juizados especiais criminais.
Hoje o HC contra turma recursal será julgado pelo respectivo TJ ou TRF diante do entendimento
ultrapassado desta súmula.
EMENTA: Competência: Turma Recursal dos Juizados Especiais: mandado de segurança contra seus
próprios atos e decisões: aplicação analógica do art. 21, VI, da LOMAN. A competência originária para
conhecer de mandado de segurança contra coação imputada a Turma Recursal dos Juizados Especiais é
dela mesma e não do Supremo Tribunal Federal.
De acordo com o art. 59, da lei 9.099/95 não se admite ação rescisória, mas a lei não fala da revisão
criminal, logo é cabível a revisão criminal nos juizados, desde que preenchidos os seus pressupostos.
- a competência para o seu julgamento será da turma recursal.
Art. 59. Não se admitirá ação rescisória nas causas sujeitas ao procedimento instituído por esta Lei.
STF RE 590.409, este tipo de conflito será de competência do TJ ou TRF, em analogia ao julgamento do
HC.
STJ sumula 428. Apesar se ser no âmbito dos JF’s cabe também nos juízos comuns estaduais.
11- Representação nos crimes de lesão corporal leve e lesão corporal culposa
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação
penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
Antes da lei 9.099/95 – estes dois crimes eram de ação penal pública incondicionada.
Por conta do art. 88, da lei 9.099/95 estes crimes passaram a depender de representação.
*natureza jurídica desta representação:
- para os processos que estavam em andamento à época da vigência da lei 9.099/95: a representação
funcionou como condição de prosseguibilidade;
-para os processos que ainda não tinham se iniciado: a representação funcionou como uma condição de
procedibilidade.
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só
será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal
finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
ADI 4.424
Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, julgou procedente a ação direta para,
dando interpretação conforme aos artigos 12, inciso I, e 16, ambos da Lei nº 11.340/2006, assentar a
natureza incondicionada da ação penal em caso de crime de lesão, pouco importando a extensão desta,
praticado contra a mulher no ambiente doméstico, contra o voto do Senhor Ministro Cezar Peluso
(Presidente). Falaram, pelo Ministério Público Federal (ADI 4424), o Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos,
Procurador-Geral da República; pela Advocacia-Geral da União, a Dra. Grace Maria Fernandes Mendonça,
Secretária-Geral de Contencioso; pelo interessado (ADC 19), Conselho Federal da Ordem dos Advogados
do Brasil, o Dr. Ophir Cavalcante Júnior e, pelo interessado (ADI 4424), Congresso Nacional, o Dr. Alberto
Cascais, Advogado-Geral do Senado. Plenário, 09.02.2012.
Súmula 723 STF. “não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da
pena mínima da infração mais grave co o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano”.
Súmula 243 do STJ. “o benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação as infrações penais
cometidas em concurso material concursos formal ou continuidade delitiva, d a pena mínima cominada,
seja pelo somatório seja pela incidência da majorante, ultrapassar limite de 1 ano”.
No art. 5, da lei 8137/90, a pena varia de 2 a 5 anos há a preposição “ou”, que é alternativa. O STF
entendeu que como a pena de multa é alternativa é possível que o condenado seja condenado apenas à
pena de multa.
Será cabível a suspensão quando a pena de multa estiver cominada de maneira alternativa, mesmo que a
pena privativa mínima seja superior a um ano. EX: art. 5, lei 8137/90.
b- não está sendo processado ou não ter sido condenado por outro crime.
OBS: crime é diferente de contravenção que não será empecilho de condição de suspensão do processo.
Viola o principio da presunção inocência, pois o termo é “sendo processado”?
Não há violação ao principio da presunção de inocência.
Aplica-se o lapso temporal de 5 anos da reincidência.
c- presença dos demais requisitos que autorizam a suspensão condicional da pena.
Previsão legal, Art. 77, do CP.
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser
suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os
motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código. (Re-dação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício.(Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2o A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa,
por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde
justifiquem a suspensão. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
OBS: §1º, a condenação à pena de multa não impede a concessão do benefício de suspensão condicional
do processo.
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não
por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por
dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por
outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do
Código Penal).
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia,
poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições:
§ 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas
ao fato e à situação pessoal do acusado.
§ 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro
crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.
§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por
contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta.
§ 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores
termos.
2c) essa proposta deve ser oferecida pelo querelante, pois ele é o titular da ação de iniciativa privada.
A suspensão condicional do processo não pode ser concedida de oficio pelo juiz;
Diante da recusa injustificada do MP, aplica-se o art. 28, do CPP (principio da devolução). Sumula 696-
STF.
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do
inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as
razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá
a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de
arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
Se o procurador geral se recusar a oferecer a proposta, nada poderá ser feito, pois estamos falando do
chefe da instituição.
Diante da recusa do querelante, também nada poderemos fazer, pois não poderemos obrigá-lo a aceitar a
proposta.
12.5 Momento para o oferecimento da proposta de suspensão condicional do processo
Passos:
Oferecimento da denuncia;
Recebimento da denuncia pelo juiz (causa interruptiva da prescrição);
O juiz irá ordenar a citação do acusado;
Apresentação da resposta à acusação;
Tentativa de possível absolvição sumária (art. 397, CPP);
Se negada a absolvição sumária, será designada uma audiência especifica para a aceitação da proposta
de suspensão condicional do processo.
Sim, pois se for descumprida uma das condições o processo retomará ao seu curso normal, logo é cabível.
O que não é causa impeditiva de HC, pois subsiste a liberdade de locomoção.
12.7- Recurso cabível contra a decisão homologatória da suspensão
RESE (art. 581, XI ou XVI do CPP) seja de interpretação extensiva, pois o art. Não acompanhou as
atualizações.
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e
justificar atividades; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao
fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas
infrações; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter sido completa a reparação, o prazo de
suspensão do processo será prorrogado, até o período máximo previsto no artigo referido no caput,
acrescido de mais um ano, com suspensão do prazo da prescrição;
III - no período de prorrogação, não se aplicarão as condições dos incisos II, III e IV do § 1° do artigo
mencionado no caput;
Teoricamente poderíamos pegar 4 anos pela suspensão, e se não fosse comprovado a reparação total,
poderia impor mais 4 anos com adição de mais 1 somando 9 anos, o prazo máximo. Que pelo inciso IV
pode ser acrescentado de mais 5, ou seja, o prazo máximo seria de 14 anos.
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência
para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo,
respeitadas as regras de conexão e continência. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006)
Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da
aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da
composição dos danos civis. (Incluído pela Lei nº 11.313, de 2006)
Art. 86. A execução das penas privativas de liberdade e restritivas de direitos, ou de multa cumulada com
Art. 85. Não efetuado o pagamento de multa, será feita a conversão em pena privativa da liberdade, ou
restritiva de direitos, nos termos previstos em lei.
2. Simulado
2.1- Nos casos de infrações penais de menor potencial ofensivo em que a ação penal é de iniciativa
privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o autor do fato e a vítima poderão
realizar a composição dos danos, pondo fim ao litígio e acarretando a renúncia ao direito de queixa ou
representação.
2.2- A composição dos danos civis será reduzida a escrito e homologada pelo Juiz mediante sentença
irrecorrível, porá fim ao processo, devendo, no entanto, a vítima ajuizar ação de conhecimento perante o
juízo civil competente.
2.3- O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade,
economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela
vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade.
2.4- Caberá apelação, interposta no prazo de dez dias por petição escrita, da qual constarão as razões e o
Gabarito: