Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
matheuspaulo@outlook.com
Resumo
Este trabalho tem por finalidade descrever o ângulo de atrito interno dos
solos, característica principal dos solos granulares, descrevendo os ensaios de
laboratório, amostragem de campo e obtenção de valores a partir de cálculos, sua
importância para os solos e a variação, conforme sua morfologia.
1. Introdução
2. Fundamentação Teórica
2.1 Solos Granulares
1
Acadêmico do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Metodista (IPA), Porto Alegre, Rio Grande
do Sul.
1
areia, por exemplo, for maior que 50% em relação às porções presentes no solo
(inclusive de finos), será classificado como areia – exceto quando estes finos
excederam de 20 a 40%, pois nesses condições, o solo se assemelharia com as
argilas.
Figura 1 – Exemplo da graduação dos solos granulares (Fonte: Apostila de Mecânica dos
Solos I – Notas de aula, 2013).
2
Figura 2 – Formato típico de grãos de areias, em diferentes origens (Fonte: Pinto, 2006).
Figura 2 – Exemplo de deslizamento, onde ocorre uma ruptura por cisalhamento do solo (Fonte:
Centro de Estudos Ambientais, 2011).
3
Marangon (2013) diz que um carregamento externo aplicado à superfície, ou
mesmo o próprio formato desta massa de solo, já contribui para ocorrer tensões
tangenciais ou de cisalhamento.
Segundo Caputo (2008), o atrito interno pode não só apenas ser “físico”, mas
também “atrito fictício”, pelo entrosamento de suas partículas.
Figura 3 – Esquemas referentes ao atrito entre dois corpos (Fonte: Pinto, 2006).
No esquema (a), a resistência por atrito pode ser explicado como sendo o
deslizamento de um corpo sobre um plano horizontal; no esquema (b), o ângulo de
atrito é o ângulo máximo para que não ocorra o deslizamento, a partir da tensão
atuante na superfície (T) em relação à força normal (N); o esquema (c) representa o
mesmo limite angular imposto em (b), porém com a inclinação do plano de contato; e
(d), mostra que a resistência ao deslizamento é diretamente proporcional à tensão
normal, sendo então representado por uma linha reta (PINTO, 2006).
4
2.3.1 Critério de Ruptura Mohr-Coulomb
Segundo a teoria de Mohr (1900, apud DAS, 2007), um material se rompe pela
combinação da tensão normal e de cisalhamento, e não por essas duas de forma
máxima e isolada. Craig (2013) explica que essa ruptura ocorre quando a tensão
cisalhante se torna igual à resistência ao cisalhamento do solo estudado, quando
num ponto específico num plano dentro da massa do solo.
Ainda, diz Craig (2013) que, antes de ser firmado o princípio de tensão efetiva,
a resistência ao cisalhamento (τf) era expressa por Coulomb da seguinte forma:
τf = c + σf . tg ϕ (1)
Porém, a resistência de um solo só pode ocorrer em uma estrutura de
partículas sólidas, sendo assim, a resistência ao cisalhamento deve seguir a tensão
normal efetiva (CRAIG, 2013):
τf = c’ + σ’f . tg ϕ’ (2)
Sendo:
Τf – Resistência ao cisalhamento;
σ’f – Tensão normal efetiva na ruptura;
c – Coesão;
ϕ – Ângulo de atrito interno
5
Figura 4 – Variação do ângulo de atrito interno de uma areia com a pressão confinante (Fonte: Pinto,
2006).
Segundo Das (2007), este ensaio é a mais antiga e a mais simples forma para
obtenção de valores de cisalhamento do solo. Os corpos de prova podem ser de
7
seção circular ou quadrados, nas medidas de 51 mm x 51 mm ou 102 mm x 102
mm, e de altura 25 mm, aproximadamente.
4. Referências
PINTO, C. S. Curso Básico de Mecânica dos Solos. 3ª edição. São Paulo, Oficina
de Textos, 2007.