ouve?” (mãe de uma criança surda) A pessoa surda não tem linguagem Quem usa aparelho ouve tal como um ouvinte A pessoa surda é fisicamente agressiva Os surdos são desconfiados Todos os surdos fazem facilmente leitura labial (oro-facial) Dificuldade na aquisição natural da linguagem Aumento da insegurança perante os perigos ambientais (perda do sentido “antena”) Isolamento (equilíbrio emocional) Restrições na integração e interação social Eventual atraso motor por falta de experiência (devida a superproteção) … Anatomia do Ouvido:
O ouvido consiste em três partes básicas: o ouvido externo, o ouvido médio, e o ouvido interno. O ouvido externo capta o som e leva-o até ao ouvido médio.
O ouvido médio transforma a energia da onda
sonora em vibrações mecânicas da estrutura óssea da ouvido médio e transmite-as ao ouvido interno, criando uma onda de compressão
O ouvido interno transforma a energia da onda de
compressão dentro de um fluido em impulsos nervosos que são transmitidos ao cérebro. a) Classificação segundo o momento da perda:
Pré-linguística (antes dos 2 anos)
Peri-linguística (entre os 2 e os 4 anos) Pós-linguística (Depois de já ter adquirido a linguagem: a partir dos 4 anos) Surdez de transmissão ou de condução (é o ouvido externo e/ou médio que está afetado)
Surdez neurosensorial ou de perceção
(é a cóclea ou o nervo audItivo que está afetado) (tem por base a capacidade de compreensão auditiva da fala)
◦ HIPOACÚSICOS (OU HIPOACÚSTICOS): conseguem
compreender a fala (podendo para isso ter de usar prótese)
◦ SURDOS: não conseguem compreender a fala,
mesmo usando prótese, apesar de poderem ainda ter perceção auditiva Perda auditiva ligeira (27 a 40 dB) Dificuldade em ouvir voz baixa ou distante Dificuldade de atenção
Perda auditiva média (41 a 55 dB)
Compreende a fala a 1,5 metros frente a frente Em conversas de grupo capta apenas cerca de 50% Vocabulário limitado e incorreções da fala Perda auditiva moderada (56 a 70dB) A conversação tem de ser em voz alta Dificuldade de entendimento nos grupos Fala defeituosa e dificuldade de regular intensidade da voz Vocabulário limitado
Perda auditiva severa (71 a 90dB)
Identifica apenas ruídos familiares fortes Ouve vozes quando altas e muito próximas (+/-0,5m) Fala defeituosa e facilmente se deteriora Se a surdez é anterior ao 2º ano de vida, a fala não se desenvolve espontaneamente Perda auditiva profunda (91 dB ou mais) Necessita de elementos visuais para comunicar A fala ou não existe ou é muito adulterada Se a surdez é anterior ao 2º ano de vida, a fala não se desenvolve espontaneamente Causas pré-natais: Hereditárias Mal-formações congénitas devidas a infeções intra-uterinas (rubéola, sarampo, sífilis…) Intoxicações intra-uterinas (álcool, outras drogas, medicamentos…) Alterações endócrinas (ex. bócio… ) Carências alimentares graves (ex. vitamínicas…) Agentes físicos (raio x, …) … Causa peri-natais ◦ Traumatismos ◦ Intoxicações ◦ Anóxia ◦ … Causas pós-natais: Traumatismos Doenças infeciosas bacterianas (ex. meningites, otites…) Viroses (encefalites, varicela…) Intoxicações (ex. alguns antibióticos) Afeções naso-faríngicas (inflamações, infeções…) Educação para a comunicação: - Método exclusivamente oral (oralismo) - Uso de uma língua gestual (Gestualismo) - Comunicação Total (dactilologia + fala complementada + português gestuado…) - Bilinguismo (LGP como L1 e Português como L2) O ensino da leitura no surdo deve:
Iniciar-se precocemente e de forma lúdica
Partir da experiência da criança e centrar-se em palavras da sua realidade Começar por um método global (abordagem da palavra como um todo) Texto: (Jovem de 17 anos) “Na terça de manhã 10:00, Nós fomos viagem de camioneta grande depois perto de Porto vila de restaurante almoçámos pouco tempo e já Nós fomos a outra camioneta de valongo de vila estava bonita e outras vilas de espinho aqui mais ou menos, o resto muito bom.” Activ: Iidentificar as características da escrita Frases simples e curtas; Dificuldade em fazer frases compostas Mais palavras de conteúdo (nomes e verbos) do que de função (artigos, preposições, conjunções…) Pobreza vocabular Uso inadequado de tempos verbais Erros de concordância Escasso uso de pronomes Uso incorrecto da pontuação Troca da ordem das palavras Falta de organização das ideias Não esteja de costas para o aluno, nem de lado, quando falar com ele;
Coloque o aluno num lugar perto de si;
Dirija-se ao aluno DA usando frases curtas,
mas com estrutura completa e, se necessário, com apoio da escrita;
Se tiver de repetir uma frase, reproduza-a sem
a alterar; contextualize as palavras novas Fale com o aluno DA mais pausadamente, porém sem excesso e sem soletrar as sílabas. A fala deve ser clara, num tom de voz normal, com boa pronúncia;
Acompanhe a fala com gestos e expressões
faciais que possam facilitar a compreensão
Chame a atenção do aluno DA por meio de
um gesto convencional ou tocando-o; Estimule o aluno a comunicar, independentemente da forma de expressão usada (oralmente, por escrito por sinais);
Interrogue o aluno DA e peça a sua ajuda para
que ele possa sentir-se um membro ativo e participante;
Utilize, se necessário, o serviço de intérpretes.
Garantir que a criança tem conhecimento dos sinais sonoros: substituí-los por luminosos ou captá-los por outras vias (exº movimento da campainha)
Boas condições acústicas das salas (mais ou
menos quadrada, sem reverberação – “eco”, sem ruídos do exterior)
Boa iluminação dos que interagem com o DA
Aprovado pela FDA (USA) em 1985 (adultos); 1990 (crianças) Conceito:
Aparelho de alta tecnologia
implantável através de cirurgia e cuja função é estimular directamente o nervo auditivo através de impulsos elétricos, substituindo assim as células ciliadas da cóclea. Componente interno Componente externo Não se assusta com estímulos sonoros intensos , por exemplo, porta a bater, fogo de artifício. Não apresenta mudança de comportamento frente a estímulos sonoros significativos. Aproxima a orelha ou aumenta o volume de fontes sonoras como TV e rádio. Mãos em concha, para ouvir melhor; vira a cabeça orientando um ouvido para a fonte sonora Só responde ao chamamento ou ordens quando a pessoa fala de frente para ela. Destatento; “fatigado” Dificuldade em compreender instruções orais Discurso pouco claro para o nível etário Uso de palavras isoladas em vez de frases Omissão de certos sons nas palavras Dificuldade em aprender conceitos abstratos Olha fixamente a pessoa que fala Fala muito alto ou muito baixa FIM