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Abstract
This article is about a case study on the use of Activity-Based Costing (ABC) in a
drug industry located in the north of Minas Gerais. The study aimed to evaluate the
use of the method in this drug industry company, in order to identify if the theoretical
proposal of ABC is applied in the company in the same way, and identify
opportunities for process improvement. The article starts with a brief introduction
regarding the macroeconomic scenario in recent decades in the world, and some
points raised by some authors about the importance of managerial accounting in
companies. Then the literature review on the main characteristics of ABC,
advantages and possible limitations, and finally the case study showing how the
company uses the method.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
1ª etapa de alocações
2ª etapa de alocações
(mão de obra direta
ou h. máquina)
Primeira etapa de
alocações
(Direcionadores de
custo)
Segunda etapa de
alocações
(Direcionadores de
custo das atividades)
1
Apud WERNKE (2005).
Para Walther e Skousen (2009), a principal vantagem do ABC é o
alinhamento das atividades com os produtos, objetivando custear os produtos tanto
com atividades de manufatura, como administrativas. Para os autores outra
vantagem do ABC é que o produto é custeado com base na capacidade utilizada,
sendo a capacidade ociosa isolada, não incorporando o custo do produto ou serviço.
Martins (2003) destaca que uma das vantagens do ABC é de não restringir a
análise ao custo do produto e sua lucratividade. O autor argumenta que a análise do
ABC permite que os processos ocorridos na empresa sejam custeados, pois as
atividades dos processos se inter-relacionam. Neste contexto, o ABC possibilita a
visualização das atividades que podem ser melhoradas, reestruturadas, ou
eliminadas no processo, de forma a melhorar a criação de valor do negócio.
Guerreiro (2001) faz uma crítica ao método de custeio baseado em atividades
com relação à geração de informações para análise de rentabilidade no âmbito
empresarial, destacando que diversos estudiosos argumentam que todo o processo
de análise e decisão enfocando rentabilidade analítica dos produtos deve estar
fundamentado a partir de informações baseadas no método de custeio variável, com
utilização do conceito de margem de contribuição, levando em consideração a
existência de fatores restritivos de produção.
Guerreiro (2001) acrescenta que o ponto focal que desqualifica a utilização do
ABC para tomada de decisões de rentabilidade é fundamentalmente o processo de
rateio de custos e despesas fixas aos produtos, e nesse contexto, esse sistema
equivale ao tradicional método de custeio por absorção, diferindo apenas no que diz
respeito à forma operacional de alocação dos custos fixos aos produtos.
Walther e Skousen (2009) citam como limitação do ABC, o fato de que os
relatórios externos devem ser baseados no custeio por absorção, que requer uma
divisão tradicional entre o custo do produto e período, com os estoques absorvendo
todo o custo da manufatura. Para os autores, neste caso o ABC pode gerar
resultados que diferem do requerimento de custeio do princípio contábil, mas que o
ABC tem sido utilizado como um método gerencial complementar para tomada de
decisões gerenciais internas. Sendo assim, as empresas que desejam utilizá-lo
devem manter dois métodos de custeio. Também é destacado sobre as limitações
do ABC por ser tecnicamente complexo e por ter custo elevado para implementação.
Catelli e Guerreiro (1994)2 apresentam algumas limitações do ABC, como:
O método não muda a realidade dos fatos, de que a grande parcela dos
custos indiretos é de natureza fixa.
A alocação dos custos fixos por meio de direcionadores de custo está sujeito
a subjetividade assim como ratear os custos proporcionalmente à mão de
obra direta.
Todas as atividades apresentam diferentes níveis de volume, portanto
teremos diferentes custos unitários por atividade com diferentes níveis de
volume por meio do ABC.
Com o emprego de tecnologias mais modernas de produção, os custos fixos
tem aumentado proporcionalmente aos custos variáveis, desta forma o ABC
pode conduzir a resultados incorretos.
O Custeio baseado em atividades faz com que se transformem custos fixos
em custos variáveis, pois quando se apura o custo fixo unitário, é modificada
a real natureza do custo, gerando informações distorcidas.
2
Apud WERNKE (2005).
O processo de rateio de custos fixos impossibilita a comparação entre os
custos de empresas concorrentes.
O método ABC não aborda conceitos avançados de mensuração, como valor
econômico, custos de oportunidade, dentre outros.
Desta forma, nota-se por meio dos teóricos que abordam sobre o ABC, que
existem vantagens e limitações do método. Desta forma, faz-se necessário a análise
de um caso real, mostrando como a empresa aplica o método, se está de acordo
com o proposto na teoria, e se as vantagens e limitações também se refletem na
empresa em questão da mesma maneira como apresentado neste trabalho,
conforme críticas dos teóricos abordados.
Enchimento
Inspeção
Formulação
Enchimento
Inspeção
De acordo com o fluxo, o percentual de rateio dos custos indiretos das áreas
de suporte é distribuído aos produtos com base no percentual de empregados
diretos de cada produto, sendo que o produto 1 recebe uma quantidade maior de
custos indiretos por possuir maior número de empregados diretos. Os produtos 2 e 3
possuem a mesma quantidade de empregados diretos, sendo assim o impacto dos
custos indiretos é o mesmo para os dois produtos. Após distribuição dos custos
indiretos, adicionando aos custos diretos já distribuídos, a empresa encontra o custo
total de cada um de seus produtos.
Percebe-se que o método ABC utilizado pela empresa em questão
parcialmente difere da proposta da teoria deste método, visto que a etapa dos
custos indiretos está mais próxima dos métodos de custeio tradicionais, ao usar
somente um direcionador de custo, sem avaliar outros possíveis direcionadores que
poderiam melhor adequar e distribuir os custos indiretos da empresa.
Neste aspecto, a empresa deixa de obter mais detalhes das alocações de
seus custos às atividades, que poderiam melhor auxilia-la nas tomadas de decisões.
Além disso, existe um risco de a alocação de custos utilizando somente a
quantidade de funcionários como direcionador não estar refletindo a realidade, pois
alguns produtos podem estar absorvendo maior ou menor custo do que deveriam, se
comparado ao uso de outros tipos variados de direcionadores por processo, por
exemplo: Quantidade de pedidos de compra para cada área, quantidade de lotes,
horas demandadas por setor, dentre outras.
Entretanto, nesta empresa o volume de custos diretos é superior aos diretos,
fato que em partes, justifica a escolha deste formato simplificado do método. Como a
quantidade de processos de áreas indiretas é muito extensa, a empresa considera
viável o uso deste formato, a fim de trazer menos complexidade para o processo de
alocação de custos, evitando assim recursos adicionais para condução do ABC
detalhado em micro atividades.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS