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Turma GNICC 10
Rio de Janeiro – RJ
2015
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O Trabalho de Conclusão de Curso
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Termo de Compromisso
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Resumo
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Abstract
The Retrofit is an intervention model which concept, although it can be still considered
recent in Brazil, already shows very widespread and with applications in various
segments and with different degrees of comprehensiveness, showing a very attractive
option in the scope of construction, depending on the context in evaluation.
Such practice has emerged in Europe and the United States, where it is widely
disseminated, by the end of the Decade of 90, having applications in urban social,
economic and ecological fields.
The theme of sustainability drives the decisions aimed at reducing energy consumption
and other environmental resources and commodities. The revitalization of buildings,
whether it is performed in a complete or partial manner, can play a significant role in this
scenario and in achieving this goal.
The scarcity of land in major urban centers combined with the need for greater energy
efficiency and sustainability of buildings, and with the trends of urban revitalization,
stimulate the creation of projects for intervention in pre existing buildings in order to
create more efficient and integrated solutions to contemporary technologies and
demands.
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Sumário
(I) Introdução
1.1 Objetivo Geral…………………….……………………………………………………… 06
(II) Conceituação
2.1. Conceito de Retrofit……………………………………………………………………… 07
(V) Aplicabilidade
5.1. Situações de enquadramento ......................................................................................21
5.2. Vantagens e desvantagens ........................................................................................ 21
(VII) Conclusão
7.1. Conclusão ................................................................................................................... 43
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1- Introdução
1.1 – Objetivo Geral
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2 - Conceituação
2.1 – Conceito de retrofit
O conceito de retrofit surgiu nos Estados Unidos e na Europa ao final da década de 90,
e pode ser definido, de forma básica, por sua tradução literal, onde “retro” deriva do
prefixo do latim e significa “para trás” e “fit” do idioma inglês, que significa adaptação ou
ajuste.
Segundo Rocha; Qualharini (2001) “A idéia em foco diz respeito ao processo de
modernização e atualização de edificações, visando torná-las contemporâneas,
valorizando os edifícios antigos, prolongando sua vida útil, seu conforto e
funcionalidade através da incorporação de avanços tecnológicos e da utilização de
materiais de última geração”.
Quando interpretado por leigos ou de forma superficial, tal conceito pode ser, e muitas
vezes o é, subestimado e confundido com intervenções de aspectos similares, porém
de propósitos distintos e menos abrangentes, como é o caso de reformas (I),
recuperações (II) ou restaurações (III).
O conceito de reabilitação de uma edificação possui inúmeras afinidades com a
proposta do retrofit.
Segundo a definição de Barrientos e Qualharini (2002), “Reabilitação é a reforma
gerenciada de uma construção visando a sua adaptação às novas necessidades dos
usuários ou a otimização das atividades desempenhadas por ela com o objetivo de
prolongar a vida útil da edificação, proporcionar a modernização de suas
funcionalidades e promover a possibilidade de redução do custo de utilização, através
da implantação das tecnologias disponíveis.”
Segundo Cianciard, Monteiro e Bruna (2004) em seu artigo “Parâmetros de
Sustentabilidade Ecológicos na Recuperação, Manutenção e Restauração de
Edifícios”, apresentado no IV Seminário Internacional da Lares Latin America Real
Estate Society,“O retrofit busca a eficiência do edifício e sua sincronicidade com o
tempo presente, dentro das limitações físicas de sua antiga estrutura; com a vantagem
da redução do prazo de construção e a adequação geográfica do imóvel dentro do
contexto da cidade.”
Segundo Vale (2006) “Retrofit constitui-se num conjunto de ações realizadas para o
beneficiamento e a recuperação de um bem, objetivando a melhoria do seu
desempenho, com qualidade ou a um custo operacional viável da utilização da
benfeitoria no espaço urbano”. O mesmo autor cita o movimento Nora Minc (IV) e sua
classificação para projetos de retrofit de acordo com seu grau de profundidade e áreas
de intervenção e sua aplicação difundida entre os pesquisadores do tema :
(I) Reforma (Antonio Houaiss) - Ato ou efeito de reformar; Reformação; Forma nova; Mudança; Modificação.
(II) Recuperação (Antonio Houaiss) – Ato ou efeito de recuperar (readquirir; recobrar)
(III) Restauração (Antonio Houaiss) – Ato ou efeito de restaurar (instaurar de novo; repor no primitivo estado);
Reconstrução; Restabelecimento; Conserto; Reparação.
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Retrofit Rápido - Serviços de recuperação de instalações e revestimentos
internos.
Retrofit Médio – Serviços compreendidos no retrofit rápido acrescidos de
intervenções em fachadas e mudanças nos sistemas de instalações comuns da
edificação.
Retrofit Profundo – Serviços compreendidos no retrofit médio acrescidos de
intervenções em que haja mudanças de layout, envolvendo desde a
compartimentação até à estrutura de telhados.
(I) Nora Minc – Manifesto Francês publicado em 1978 que abordava o tema da informatização da sociedade. Através
da iniciativa governamental buscava respostas para as crises industriais e energéticas dos anos 70, nas tecnologias
alternativas de informação e de comunicação.
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A figura a seguir sintetiza o ambiente da construção civil, posicionando o retrofit e os
demais nichos de atividade e intervenção em. um panorama abrangente.
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3- Fatores de Influência
3.1 – Sustentabilidade
A Organização das Nações Unidas, em seu relatório intitulado Nosso Futuro Comum,
publicado pela Comissão Mundial para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento de
1987, apresenta o seguinte conceito :
“Desenvolvimento sustentável é aquele que busca as necessidades presentes sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de atender suas próprias
necessidades.”
Atualmente o tema da sustentabilidade ou do desenvolvimento sustentável, em razão
do largo espectro que atingiram, não podem mais ser definidos meramente por um
único pensamento ou conceito.
Acontecimentos marcantes nos últimos 50 anos impulsionaram o debate na busca de
avaliação ampla e profunda sobre o tema e na busca por diretrizes consistentes.
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Neste cenário, entra em evidência o papel do setor produtivo das sociedades que, de
forma antagônica, constitui-se no principal ofensor para o meio ambiente mas que, por
outro lado, é também aquele que possui potencial privilegiado para conduzir as ações
necessárias para que seja alcançado o equilíbrio sócio-ecológico, pautado pelo
desenvolvimento sustentável.
A partir deste momento o foco recai sobre as grandes empresas e sua conduta,
considerando mais que simplesmente seu retorno econômico, mas principalmente a
forma como estas tratam (ou destroem) valores sociais e ambientais.
Mais de 20 anos após seu surgimento, este conceito é amplamente utilizado, muitas
vezes de forma equivocada e simplista. Muitas empresas ainda enxergam
sustentabilidade como ações que se limitam à realização de coleta seletiva, à limpeza
de suas instalações ou uma atividade filantrópica.
John Elkington rebate duramente esta visão, enfatizando que a sustentabilidade não se
resume a uma lista de ações e que deve ser tratada como uma agenda global, exigindo
mudanças efetivas nos campos da economia e da política, visando resultados positivos
para o meio ambiente e a sociedade como um todo.
Esta nova visão tem impacto direto sobre o mercado e a economia, que já demonstram
sinais claros e crescentes de que empresas que buscam de forma genuína valores
sustentáveis tendem a ser mais valorizadas, quando comparadas àquelas que não
seguem esta mesma postura.
John Elkington idealizou a teoria do Triple Bottom Line, conhecida como o Tripé da
Sustentabilidade, que busca parâmetros para avaliação da conduta das empresas para
com a sociedade e o meio ambiente, além de dispor a respeito das diversas
condicionantes englobadas no tema.
O setor da Construção Civil é notadamente reconhecido como uma das atividades mais
importantes para o desenvolvimento sócio – econômico em qualquer economia, e no
caso do Brasil representa grande parcela do PIB. Ocorre que, concomitantemente a
este fato, ela é também, por consequência, grande geradora de impactos ao meio
ambiente em razão do elevado consumo de recursos naturais, equivalente à marca de
15 a 20 % de todo o volume extraído, e pela elevada taxa de emissão de gases
poluentes, bem como pelo volume de resíduos que produz.
Neste cenário, o retrofit predial e do meio construído representa enorme potencial de
contribuição para atingimento destes ideais.
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As dimensões da sustentabilidade segundo a teoria Triple Bottom Line de John
Elkington (Figura 1).
(I) Artigo de John Elkington : “Towards the sustainable corporation : Win-win-win business strategies for sustainable
development.” California Management Review 36, n.3, p. 90-100, 1994.
3.2 – Obsolescência
O conceito de obsolescência pode ser entendido pela condição a que é acometido um
produto ou objeto quando passa a deixar de ser útil, mesmo que esteja em perfeito
estado de funcionamento, devido ao surgimento de um substituto tecnologicamente
mais avançado ou de qualidade superior.
O desenvolvimento tecnológico e as transformações sociais ao longo do tempo
implicam na necessidade de atualização tecnológica e por vezes funcional das
edificações. Este fenômeno constitui o viés do processo da chamada obsolescência de
um imóvel, que pode ocorrer de duas formas, mercadológica e/ou funcional.
Na primeira situação, em função de transformações do entorno ou região onde está
inserido, sejam intervenções urbanísticas, êxodo de usuários, alteração da legislação,
entre outras, o imóvel perde sua aplicabilidade e consequentemente seu valor de
mercado.
A obsolescência funcional pode ocorrer de forma independente da compatibilidade do
imóvel com seu posicionamento mercadológico, e é decorrente da perda, ao longo de
sua vida útil, de sua capacidade de suportar as atividades para as quais foi idealizado
originalmente, quando avaliado no espaço temporal contemporâneo. Isto acarreta
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perda em seu valor de mercado, sendo percebida tanto nas transações de venda como
de locação.
Este processo, apesar de não poder ser evitado, pode ser postergado de forma
consistente se a propriedade receber os cuidados adequados, atendendo a um
planejamento para sua manutenção que prime pelas boas práticas, técnicas e
periodicidade adequadas. De um modo geral, os edifícios operados e administrados
por empresas especializadas na gestão de propriedades tendem a apresentar um
período de vida funcional ou útil mais prolongado, devido à adoção das técnicas
adequadas de manutenção (corretiva, preventiva e preditiva) e planejamento mais
eficiente.
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Custos e Possibilidade de Intervenção ao Longo do Ciclo de Vida de um Edifício
Comercial.
Os proprietários de imóveis muitas vezes não têm a percepção clara do impacto direto
que existe na relação entre o investimento na manutenção adequada ao longo do
tempo sobre o valor venal de suas propriedades e sua longevidade de mercado.
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3.3 – Aspectos Urbanísticos e Arquitetônicos
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3.4 – Aspectos econômicos
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4 – Retrofit x Construção do novo
4.1 – Aspectos técnicos
Segundo Marques de Jesus e Barros (2010), um dos principais obstáculos à
implementação de um processo de retrofit é a sua complexidade, uma vez que, para
que este alcance os resultados desejados, demanda a elaboração de pesquisa ampla e
aprofundada para diagnóstico da situação da edificação avaliada, considerando seu
partido arquitetônico, seu partido estrutural, seu valor histórico, seus componentes,
dispositivos e equipamentos, seu entorno e os objetivos pretendidos com a
intervenção, além de estudos específicos para avaliação de sua viabilidade técnico-
econômica para sua produção e legalização, até que se alcance a ocupação efetiva do
imóvel, na plenitude de suas novas funções.
Segundo Croitor (2008) estudiosos do tema afirmam que quanto melhor a qualidade do
diagnóstico e dos projetos em si, maior as chances de que a execução da obra seja
bem sucedida, mesmo com a incidência de situações imprevistas. Oliveira et a1. (2004)
e Marques de Jesus (2008) afirmam que o desconhecimento por parte dos construtores
quanto às especificidades do processo de reabilitação induz à tomada de decisões não
adequadas, que culminam com o subaproveitamento do potencial da edificação.
No panorama atual do Brasil, considerando-se a ausência de regulamentação
específica e mão de obra qualificada, e especialmente a dificuldade de transposição
dos elementos de pesquisa no processo de projeto, a viabilização da reabilitação de
empreendimentos em âmbito nacional representa um grande desafio.
Assim, torna-se patente o entendimento de que urge a necessidade de adaptação e
especialização da indústria da construção civil.
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Dependendo da avaliação, que deve preceder de forma sine qua non qualquer
processo de retrofit, este poderá mostrar-se viável ou não, seja por aspectos técnico,
financeiros ou ambos fatores.
Por vezes a implementação do retrofit pode não se mostrar aconselhável devido a
restrições tais como :
Alteração da legislação;
4.2 – Viabilidade
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Documentar em um memorial descritivo todos os procedimentos de
modificações ocorridas. Através de uma listagem, descrever a interligação dos
sistemas antigos aos novos tais como os sistemas de segurança e incêndio;
Parâmetros técnicos e mercadológicos para avaliação de portfólio imobiliário voltado para renda.
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As condições da edificação (tipologia, dimensões, estado, idade, etc...) e o meio em
que se encontra inserida terão importante papel na formatação e direcionamento do
projeto e sua amplitude.
A análise de investimento deve basear-se em coleta prévia de dados que, dependendo
do grau de qualidade das informações apuradas sobre o mercado e investimentos
necessários, poderá contribuir de forma determinante para o sucesso do
empreendimento.
5 – Aplicabilidade
5.1 – Situações de enquadramento
A maior parte das edificações que constituirão o ambiente construído ao término dos
próximos 20 anos já encontra-se erguida. Promover sua demolição e reconstrução não
é uma opção sensata ou viável, pois entre inúmeros outros fatores negativos, esta ação
criaria um volume colossal de detritos e extinguiria construções de inestimável valor
histórico e cultural.
Diversos fatores justificam a adoção do processo de retrofit :
O aproveitamento da infraestrutura existente no entorno da edificação;
A redução do impacto na paisagem urbana;
Preservação do patrimônio histórico e cultural;
Déficit habitacional;
Sustentabilidade ambiental;
Menor custo e prazo para implementação se comparado ao processo de
demolição seguido de reconstrução.
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conhecidos e aplicados ou sequer existiam. Sob a ótica atual, sua operação nos
moldes ainda originais representa, em variados níveis de proporção, consumo
excessivo e desnecessário de energia (elétrica, termoelétrica), desperdício de água,
emissão elevada de CO2 na atmosfera, entre outros agentes de risco para o meio
ambiente.
Segundo artigo divulgado pela Empire State Building Company (I), os edifícios de Nova
York são responsáveis por aproximadamente 80% do consumo de energia da cidade.
Neste cenário, o retrofit constitui uma opção singular na busca por este objetivo, além
de representar grande oportunidade para o setor da construção civil.
Alguns dos principais pontos positivos na aplicação do retrofit predial são :
Reuso de grande volume de materiais, já incorporados à estrutura original da
edificação, evitando que seja destinado a aterros;
Evita o desperdício de recursos por não substituir integralmente sistemas
existentes, os quais possam ainda ter utilidade;
Redução drástica das cadeias de produção e logística para manufatura e
transporte de materiais, e consequente diminuição da emissão de gases
poluentes na atmosfera;
Reaproveitamento da superestrutura;
Infraestrutura urbana pronta;
Possível redução do prazo de construção, dependendo das condições do
projeto;
Possíveis deduções nas etapas de obra referentes a escavações,
movimentações de terra e contenções de encosta.
Preservação de edificações de valor histórico.
Como aspectos positivos decorrentes da implementação de um retrofit podemos citar :
(I) Empire State Building Company – Empire State Building Company L.L.C. is engaged in the lease and sublease of the
Empire State Building in the United States
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6 – Estudos de casos
6.1 – Caso Empire State Building (Nova York - EUA)
Foi projetado por William Frederick Lamb (I) em apenas duas semanas, tomando como
base o projeto do Edifício Reynolds de Winston Salem, na Carolina do Norte e
construído por Starret Brothers e Eken.
Oito décadas após sua inauguração o Empire State Building foi submetido a um amplo
retrofit, que primou por sua eficiência energética sem que fosse afetado seu estilo
arquitetônico original.
A iniciativa partiu do proprietário, Anthony Malkin, e do consórcio formado entre Clinton
Climate Iniciative (II), Johnson Controls (III), Jones Lang LaSalle (IV) e Rocky Mountain
Institute (V), que se juntaram à Empire State Building Company (VI) para esta
realização.
O retrofit de um prédio com estas proporções e inúmeras condicionantes é uma
empreitada significativa e singular.
Os responsáveis pelo desenvolvimento dos projetos trabalharam em âmbito restrito por
mais de um ano para desenvolver o pacote que contemplasse as medidas de retrofit
mais eficazes e mais efetivas em termos de custo e benefício.
O projeto foi precedido por um extenso trabalho de pesquisa de campo onde foram
realizados tours de reconhecimento e avaliação do ambiente predial, encontros com os
representantes dos ocupantes e com a gestão das equipes operacionais e de
manutenção.
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(I) William Frederick Lamb - Arquiteto Norte Americano (21 de novembro de 1893 – 8 de setembro de1952)
(II) Clinton Climate Iniciative – (originally, the William J. Clinton Foundation) is a non-profit foundation established by
former President of the United States Bill Clinton with the stated mission to "strengthen the capacity of people
throughout the world to meet the challenges of global interdependence." The Foundation focuses on four critical
areas: health security; economic empowerment; leadership development and citizen service; and racial, ethnic and
religious reconciliation. The Foundation works principally through partnerships with like-minded individuals,
organizations, corporations, and governments, often serving as an incubator for new policies and programs
(III) Johnson Controls – A Johnson Controls é uma empresa americana com sede em Milwaukee que oferece produtos
e serviços para otimizar a energia e a eficiência operacional de edifícios
(IV) Jones Lang LaSalle – A JLL (NYSE JLL | Jones Lang LaSalle) é uma consultoria imobiliária que oferece serviços
integrados para investidores, proprietários e ocupantes de diversos tipos de imóveis comerciais que abrangem:
escritórios, hotéis, propriedades industriais,condomínios logísticos, propriedades do setor de varejo, ambientes
críticos e data centers, entre outros. Com atuação em várias regiões do mundo, sua sede global está localizada em
Chicago, nos Estados Unidos da América.
(V) Rocky Mountain Institute – Rocky Mountain Institute (RMI) is an organization in the United States dedicated to
research, publication, consulting, and lecturing in the general field of sustainability, with a special focus on profitable
innovations for energy and resource efficiency.
(VI) Empire State Building Company – Empire State Building Company L.L.C. is engaged in the lease and sublease of
the Empire State Building in the United States
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O estudo recomendou a adoção de 8 projetos que, em conjunto, viabilizaram a redução
do consumo de energia do prédio em aproximadamente 40 %, sem que fosse
perceptível pelos usuários qualquer alteração formal na estrutura do edifício. Dentre
eles, os que merecem maior destaque são :
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As esquadrias eram removidas e encaminhadas ao 5º pavimento no qual foi implantado
um centro de processamento, onde eram realizados os serviços de desmontagem,
limpeza, recondicionamento e implementação das melhorias tecnológicas, que
consistiram na aplicação de filmes especiais sobre os painéis vidros, para aumento de
sua resistência térmica, e a introdução de um composto de gás especial no interior da
estrutura formada pelo quadro e o painel de vidro duplo. Esta estrutura era então
selada e reinstalada no respectivo vão da fachada, de onde foi retirada.
Este trabalho resultou no aumento de eficiência 4 vezes maior na performance destas
esquadrias.
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A adoção da execução deste serviço in door baseou-se na redução de custos com
transporte, o que consequentemente evitou também a emissão de grande volume de
gás carbônico. A instalação de esquadrias novas teria custo mais elevado, além de
acarretar enorme volume de descarte de material, o que vai de encontro aos preceitos
da produção sustentável. O aproveitamento do material das esquadrias, vidros e
caixilharia, atingiu a marca de 96%.
No total foram processadas 6514 esquadrias a uma média de 50 a 75 por dia, de forma
programada para garantir que não houvesse impacto no ambiente dos ocupantes e
usuários das salas, uma vez que os serviços eram executados no período noturno.
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Implementação de barreiras de proteção térmica para os radiadores
Abaixo de cada uma das 6.514 janelas existe um radiador. Como na maioria das
edificações existentes onde há sistema de calefação e refrigeração perimetral, não
foi previsto nenhum sistema de isolamento térmico entre a parte posterior dos
radiadores e a alvenaria que os separa do plano exterior do edifício. Quando em
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atividade, grande parte do aquecimento produzido era perdida devido à troca de
calor com o ambiente externo.
A simples ação de retirar cada um dos radiadores e instalar uma barreira refletiva,
resultou no retorno de 24 % desta energia térmica, antes perdida, para o interior do
ambiente.
Da mesma forma, no verão, estas mesmas barreiras ajudam a reduzir a perda de ar
refrigerado, minimizando a troca de calor com o ar exterior.
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equipamentos que beneficiam aquele quadrante recebam o comando para correção da
temperatura.
O antigo sistema não permitia este nível de ajuste, resultando em grande desperdício
de energia. As novas unidades operam com a tecnologia VAV (X) que proporciona a
sintonia ideal das condições de temperatura e vazão para cada ambiente.
Números de referência
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O Empire State Building recebeu a Certificação LEED Gold (III) para prédios existentes
do USGBC (II), pela implementação das medidas determinadas pelo projeto de retrofit,
o que lhe garante o reconhecimento como uma edificação sustentável.
(XI) USGBC - The U.S. Green Building Council -, Co-founded by current CEO Rick Fedrizzi, Mike Italiano, and David
Gottfried in 1993, is a private 501(c)3, membership-based non-profit organization that promotes sustainability in how
buildings are designed, built, and operated
(XII) LEED – Leadership in Energy and Environmental Design
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6 – Estudos de casos
6.2 – Caso Ed. Galeria Sulamérica (Rio de Janeiro - Brasil)
O Edifício Galeria Sul América teve seu projeto concebido pelos arquitetos Joseph Gire
(I) e Robert Russell Prentice (II) na década de 20 e localiza-se no quadrilátero formado
pelas Ruas do Carmo, da Quitanda, do Ouvidor e do Rosário, no coração do centro
histórico e financeiro do Rio de Janeiro, tendo sido originalmente construído para ser a
sede da empresa se seguros Sul América.
Sua edificação foi composta em cinco fases, no período compreendido entre os anos
de 1929 e 1960, até que ocupasse efetivamente a totalidade do quarteirão onde está
inserido.
O Galeria, um edifício corporativo e comercial de 10 pavimentos com 28.000 m2 de
área construída, foi adquirido em 2007 pela empresa Norte Americana Tishman Speyer
(III), especializada na gestão de carteira de fundos imobiliários e no gerenciamento de
portfólio imobiliário e sua operação. Em 2009 a Tishman Speyer iniciou um amplo
trabalho de modernização, concluído em 2011, que culminou com a ampliação de sua
área locável dos originais 18.600 m2 para aproximadamente 25.000 m2, criando lajes
corridas de 2.000 a até 3.000 m2.
O projeto de retrofit, com orçamento de R$ 150.000.000,00 (Cento e cinquenta milhões
de reais) primou pela maximização da área útil e pela eficiência tecnológica da
edificação, sem com isso afetar o estilo arquitetônico do prédio, preservando as
características originais de suas fachadas e outros itens de composição interna,
protegidos pela Secretaria Extraordinária de Promoção, Defesa, Desenvolvimento e
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Revitalização do Patrimônio e da Memória Histórico - Cultural da Cidade do Rio de
Janeiro, SEDREPAHC. O imóvel faz parte também do acervo do zoneamento do
Corredor Cultural que dispõe sobre o tombamento de bens imóveis da cidade.
(I) Joseph Gire (1872 — 1933) – Arquiteto francês responsável por diversas obras não somente na França como
também no Brasil e na Argentina. Autor de projetos na cidade do Rio de Janeiro como o do Copacabana Palace,
Hotel Glória e o edifício do Jornal A Noite, primeiro arranha-céu do Brasil, com 22 pavimentos.
(II) Robert Russell Prentice (1883 - 1960) - Arquiteto escocês que realizou inúmeras obras no Rio de Janeiro. Foi um
dos responsáveis, em 1937, no projeto da Estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro.
(III) Tishman Speyer Properties – Empesa Norte Americana do ramo imobiliário, especializada na administração de
fundos e carteiras imobiliárias e propriedades.
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Para viabilizar esta transformação foi necessário um projeto para reforço de 80 % da
superestrutura e 50 % das fundações, onde 18 pilares sofreram intervenções para
implantação de estacas raiz e blocos de coroamento.
A busca por grandes panos de laje exigiu a supressão de prismas de ventilação e
alvenarias, dando origem a pavimentos corridos.
O core da área comum foi centralizado e otimizado, duas escadas originais foram
preservadas e restauradas por seu valor histórico e arquitetônico. Para que isto fosse
possível, considerando-se as exigências atuais do código de segurança do Corpo de
Bombeiros, elas tiveram que ser pressurizadas
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Foram também mantidas as quatro caixas de corrida dos elevadores originais.
Em sua forma final o prédio passou a contar com sete elevadores sociais, um elevador
de serviço e três escadas.
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O sistema hidráulico possui vazão variável em função do uso de válvulas de duas vias
nos condicionadores e de inversores de frequência nas bombas.
Na cobertura do prédio foi implantada a CAG (Central de Água Gelada), que conta com
quatro torres de arrefecimento com capacidade de 272 TRs cada.
Os aparelhos de ar condicionado instalados nas fachadas foram suprimidos.
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Adicionalmente foram instalados ainda um sistema de monitoramento por câmeras, um
plantel de geradores de energia, sistema de detecção e combate a incêndio e sala de
controle concentrando a gestão de todos os sistemas centrais do prédio.
A infraestrutura elétrica foi integralmente descartada e totalmente substituída para
garantir o atendimento ao novo projeto.
As fachadas foram restauradas utilizando-se o mesmo processo original, a técnica de
velatura, que pressupõe a aplicação sucessiva de finas camadas de revestimento ou
tinta.
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foram expostos os afrescos originais, protegidos por estruturas especiais, e painéis
produzidos pelo escultor Hildegardo Leão Veloso (IV).
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7- Conclusão
7.1 – Conclusão
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8- Fontes de referência
8.1 – Bibliografia
http://www.uff.br/sg/index.php/sg/article/viewArticle/V7N3A13
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http://www.realestate.br/images/File/arquivosPDF/Mono_MarianaMatayoshi.pdf
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-“The secretary of interior´s standards for rehabilitation” - Anne E. Grimmer with Jo Ellen
Hensley | Liz Petrella | Audrey T. Tepper
http://www.nps.gov/tps/standards/rehabilitation/sustainability-guidelines.pdf
-“Gloria Palace Hotel : Um estudo dos aspectos de sustentabilidade no Retrofit de um
hotel histórico” - Thais Scoralich de Carvalho
http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10006535.pdf
http://kmhassociates.ca/resources/1/Triple%20Bottom%20Line%20a%20history%20196
1-2001.pdf
http://www.lares.org.br/2010/anais2010/images/310-516-1-RV.pdf
http://www.iab.org.br/
http://www.institutebe.com/
http://www.esbnyc.com/
http://www.tishmanspeyer.com.br/
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