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CDD - 796.07
© Sesi-SP, 2013
SESI - SP Editora
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APRESENTAÇÃO 7
INTRODUÇÃO 9
5
1. A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA 13
5. EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM 41
5.1. Expectativas de aprendizagem referentes às brincadeiras 50
5.2. Expectativas de aprendizagem referentes às ginásticas 51
5.3. Expectativas de aprendizagem referentes aos esportes 52
5.4. Expectativas de aprendizagem referentes às lutas 54
5.5. Expectativas de aprendizagem referentes às danças 56
6. PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS 58
7. REGISTRO E AVALIAÇÃO 75
8. RELATOS DE PRÁTICA 80
8.1. Brincadeiras: 6o ano do Ensino Fundamental 80
8.2. Ginástica: 6 ano do Ensino Fundamental
o
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Bibliografia 158
Este material, elaborado por professores e professoras que estão com os pés
fincados no chão da escola e conhecem mais do que ninguém a realidade edu-
cacional, certamente contribuirá para a melhoria da qualidade do ensino, le-
gitimando a Educação Física no espaço escolar ao fornecer elementos para a
formação crítica das novas gerações de crianças e jovens.
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Há um bom tempo os pesquisadores do campo do currículo denunciam
as propostas educacionais produzidas por especialistas e teóricos que
desconsideram a sabedoria do professor. Essas propostas autoritárias
reduzem a figura do professor1 à de um técnico competente, capaz de
colocar em prática aquilo que os supostos intelectuais produziram em
seus gabinetes.
1 O Sesi-SP compreende a necessidade de se evitar uma linguagem machista, procurando ter o
cuidado de utilizar sempre as expressões no gênero masculino e no feminino – por exemplo, professor
e professora; alunos e alunas. No entanto, visando a melhor fluidez na leitura por parte dos que irão
se beneficiar deste documento, suprimiu-se essa distinção e utilizaram-se apenas as expressões no
gênero masculino, mas compartilhando da existência e legitimidade da figura feminina.
Sabemos que uma realidade não muda da noite para o dia e que nem
todas as perguntas são passíveis de respostas simples e imediatas.
Porém, por meio do diálogo – aqui entendido na concepção freireana
– entre todos os responsáveis pela educação, grandes frutos podem
ser colhidos no permanente processo de ação-reflexão-ação (práxis).
Nosso desejo é que este caderno de orientações didáticas de Educação
Física do Sesi-SP possa sensibilizar professores e professoras, ajudan-
do-os na busca incessante e desafiadora por uma educação crítica que
contribua para a construção de uma sociedade mais justa e solidária,
engajada com a afirmação das diferenças.
13
Para tanto, Pérez Gómez (2007) indica duas funções prioritárias da es-
cola no mundo contemporâneo: a incorporação do cidadão no mundo do
trabalho e a formação do cidadão para a intervenção na vida pública.
1 Diversidade cultural e diferença cultural são conceitos distintos. A diversidade cultural remete
à coexistência de variadas formas de manifestação da existência humana, as quais não podem ser
hierarquizadas por nenhum critério absoluto ou essencial, e pode ser concebida como preexistente
aos processos sociais. A diferença cultural, por sua vez, é um processo social estreitamente vinculado
à significação. As diferenças culturais entre os diversos grupos são definidas em termos de divisões
sociais tais como classe, etnia, gênero, religião etc., pautadas em relações de poder e autoridade
(Silva, 2000).
2 Expressão de Pérez Gómez que, em espanhol, tem várias acepções. Nesse caso, podemos traduzi-
-la como os conhecimentos e as experiências preconcebidos pelos alunos no seu relacionamento fora
da escola.
Servir ao capital tem sido, sob esse aspecto, o grande erro da es-
cola básica, cujas funções têm sido subsumidas pela preocupação
de como levar os alunos a um trabalho futuro. A situação seria 17
diversa, é lógico, se ela o fizesse de uma forma crítica, de tal sor-
te que os educandos fossem instrumentalizados intelectualmente
para a superação da atual organização social que favorece o tra-
balho alienado. (Paro, 1999)
19
1 Ver, por exemplo, FREIRE, J. B. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física.
São Paulo: Scipione, 1989.
2 Ver, por exemplo, TANI et al. Educação física escolar: fundamentos de uma abordagem
desenvolvimentista. São Paulo: EPU/Edusp, 1988.
3 Ver, por exemplo, LE BOULCH, J. Educação psicomotora: a psicocinética na idade escolar. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1983.
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29
1 Em todo o texto apresentado é importante frisar que os termos “perspectiva cultural” ou “enfoque
cultural” sustentam-se nos trabalhos advindos dos campos teóricos do multiculturalismo crítico e
dos estudos culturais. Neira e Nunes adotaram o termo “currículo cultural” para denominar essa
concepção. Preferimos aqui evitar a adjetivação do currículo.
Com base no pressuposto de que toda criação humana pode ser ana-
lisada e que a ela pode ser atribuído determinado significado, enten-
demos, como Johnson (2010), que os produtos culturais podem ser
tratados como “textos”, sendo importante fornecer leituras mais ou
menos definidas deles.
Nessa linha concordamos com Hall (1997) quando afirma que a cultura
está no centro das discussões, ou seja, para o autor, a centralidade da
cultura pode ser analisada tanto em um âmbito global quanto em um
âmbito epistemológico. Em âmbito global, a cultura tem relação com
sua crescente centralidade nos processos de formação e mudança, sua
penetração na vida cotidiana e seu papel na formação de identidades
e subjetividades. Já no âmbito epistemológico, a cultura está inserida
nas discussões sobre a constituição das ciências sociais e nas modifi-
cações da teorização e na análise relacionadas à “virada cultural”.
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41
56
1. Vivenciar diferentes modalidades de dança, compreendendo-as
como forma sistematizada de expressão da linguagem, respeitando
a diferença cultural presente em suas manifestações na socieda-
de e relacionando-as a fatores históricos, sociais e políticos e aos
marcadores sociais de classe, gênero, etnia e religião, entre outros.
2. Analisar criticamente os padrões divulgados pela mídia (por meio
de filmes, propagandas, programas televisivos etc.) sobre os es-
tilos de dança, evitando o consumismo exacerbado e a criação de
estereótipos referentes a seus representantes.
3. Construir de forma coletiva coreografias que envolvam temáticas
próximas e distantes de seu universo cultural, reconhecendo as
divergências de formas de execução e organização e manifestando
respeito ao direito de expressão dos colegas, de forma a buscar a
melhor maneira para a resolução de situações conflitantes.
4. Construir formas de registro das coreografias vivenciadas (foto,
desenho, escrita, filmagem, relato oral etc.), posicionando-se cri-
ticamente em relação às suas características (formas e conteúdo).
5. Compreender a dança como opção de lazer, criticando a atuação
do poder público na organização de espaços para sua prática (pra-
ças, quadras, salões etc.).
6. Valorizar o fato de que qualquer indivíduo pode expressar-se e co-
municar-se por meio da dança, criticando os padrões de corpo e
gestos estabelecidos pelos grupos hegemônicos.
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Após eleger a prática corporal que será desenvolvida, a qual foi de-
tectada no mapeamento, cabe ao educador organizar as atividades
de ensino que farão parte do trabalho. Para tanto, o professor sele-
cionará as expectativas de aprendizagem que nortearão o processo.
Cabe alertar que a escolha das expectativas de aprendizagem irá se
dar a partir da articulação e do confronto delas com os princípios pe-
dagógicos mencionados e com as informações obtidas pelo educador
durante o mapeamento.
Para Freire (1996), segura de si, a autoridade não precisa declamar que
existe, a fim de garantir a si mesma. Não precisa utilizar discursos que
reflitam sua legitimidade, como a frase “sabe com quem está falan-
do?”. Segura de si, ela é porque tem autoridade, porque a exerce com
sabedoria. Levando em conta que o planejamento advém da prática-
-reflexão-prática, na qual o professor busca construir sua autoridade
entre os estudantes, é primordial que o profissional responsável pelo
ensino realize os registros de sua prática, visualizando possíveis altera-
64 ções e novos caminhos a serem percorridos no estudo da manifestação
corporal em foco.
1 “Etnografia significa aproximar-se das práticas corporais e colocar uma lente de aumento na
dinâmica das relações e interações que constituem o seu funcionamento, para tentar entender como
operam os mecanismos de dominação e de resistência, de opressão e de contestação, além do papel
e a atuação dos praticantes.” (Neira, 2011, p. 117)
Com apoio nos estudos culturais, podemos afirmar que as práticas cor-
porais disseminadas na sociedade estão entremeadas pelas relações
de poder, sendo comum observarmos a existência de preconceitos e
discriminações de todos os tipos. O aprofundamento das temáticas es-
tudadas pode ajudar o estudante a compreender as relações de poder
entre grupos dominantes e subalternizados (homens/mulheres; bran-
cos/negros), as quais têm contribuído para preservar situações de pri-
vilégio (para os dominantes) e de opressão (para os subalternizados),
como propõem Moreira e Câmara (2010).
75
A avaliação constitui-se em um dos pilares aos quais o professor preci-
sa atentar quando desenvolve o currículo de Educação Física na pers-
pectiva cultural. O ato de avaliar deve ser um momento privilegiado
de diálogo entre estudantes e professores, no qual a ênfase maior se
dá no caminho percorrido, e não exclusivamente no produto final. En-
tendida dessa forma, a avaliação deve ser contínua e formativa, sendo
compreendida como um instrumento para problematização, questio-
namento e reflexão constante sobre a ação pedagógica (Sesi, 2003).
Essa postura avaliativa nas aulas de Educação Física rompe com aquela
visão da avaliação enquanto medida e controle, na qual o professor age
como mero transmissor de conhecimento (“juiz”, “dono da situação”,
“guardião do sentido”), utilizando normas para julgar os estudantes ou-
vintes (objeto da avaliação). Nessa perspectiva de avaliação, os sujeitos
são participantes ativos do processo, ou seja, considera-se que os in-
divíduos estão inseridos socialmente e sofrem influências e determi-
nações sociais externas (Rodrigues, 1995). Dessa maneira, o professor
precisa investigar criticamente os fatores que influenciam o processo
pedagógico (história, sociedade, tradição, ideologia) para a tomada de
decisões que visem sempre a aprendizagem dos diferentes estudantes.
Cidade: Araraquara
Com isso, ficou claro que não só as meninas, mas também os meni-
nos considerados menos habilidosos pelo grupo eram excluídos. Além
disso, as meninas tidas como fortes não apresentavam descontenta-
mento com os meninos, ficando nítida a importância da articulação do
gênero com outras categorias.
• Por que será que, no futebol, os meninos, de modo geral, são mais
habilidosos e as meninas menos?
• Quais são as influências que recebemos desde criança que nos tor-
nam diferentes para a prática dessa manifestação?
vel a produção com esse material. Foi então que, inspirados em suas
bolinhas de papel e em imagens vistas na internet, resolveram criar
suas próprias petecas.
Outra forma de avaliação utilizada foi o registro fotográfico feito por mim,
que culminou no final do projeto na construção de um painel com todas
as brincadeiras vivenciadas pelos alunos. Este painel ficou exposto na
escola para que os colegas de outras salas pudessem apreciar. Por fim,
inspirados no painel, os alunos deveriam registrar suas considerações
sobre suas impressões referentes à manifestação da brincadeira.
Por meio desse questionário, evidenciou-se que grande parte dos alu-
nos reside em bairros diversos e distantes da escola; que os espaços
disponíveis para a prática das manifestações corporais se concentrava
em parques, quadras, clubes e praças; e que as atividades mais prati-
cadas em seus bairros/comunidades eram: futebol (67,5%), caminhada
(27,5%) e vôlei (27,5 %), sendo que os alunos relataram oralmente que
poucos familiares participavam dessas práticas corporais.
Como apenas três alunos (7,5%) relataram existir algum tipo de prática
de ginástica em seu bairro e da maioria deles demonstrar interesse em
realizar atividades relacionadas à ginástica – ao citarem que gostariam
de realizar atividades como estrelinha, bambolê, plantar bananeira etc. 95
–, o tema “ginástica” foi escolhido para ser desenvolvido com os alunos.
A partir disso, selecionei as seguintes expectativas de aprendizagem:
Iniciei a aula com uma roda de conversa questionando quais tipos de gi-
nástica os alunos conheciam e quais já tinham visto ou vivenciado. Após
essa roda de conversa inicial, vários tipos de ginástica surgiram nas
falas dos alunos, tanto as competitivas e exibidas com maior frequência
pelas mídias (“aquela ginástica com fita”, “ginástica com bola e músi-
ca”, “saltos”, “aquela em que ficam pendurados”) como as “não” com-
petitivas (“ginástica na academia", "musculação”). Nesse momento,
percebi que os alunos não sabiam as diferenças entre elas e que seria
o momento ideal para maiores esclarecimentos. Em seguida, realizou-
-se a leitura de imagens extraídas de revistas e jornais, relacionando os
1 Fonte: <http://olimpiadas.ig.com.br/2012-08-06/zanetti-espera-que-medalha-de-ouro-acabe-com-
preconceito-aos-ginastas-masculinos.html>.
Como ponto inicial das ações didáticas, expliquei aos alunos que rea
lizaríamos um projeto de estudo partindo das práticas corporais de
movimento existentes na comunidade em que eles moravam. Na se-
quência, iniciei o mapeamento pedindo aos alunos que falassem quais
eram as práticas corporais que ocorriam no entorno escolar e fui re-
gistrando as respostas na lousa. Nesse momento, os alunos sugeriram
estudar atividades que eles não praticavam, mas que tinham interesse
em aprender. Acatei essa iniciativa e, quando os alunos perceberam
que tinham a liberdade de escolha, um deles falou: “Vamos pedir o
No fim da aula, fizemos uma roda de conversa e pedi à aluna que com-
partilhasse sua avaliação. Foi interessante porque alguns alunos reco-
nheceram e concordaram com as observações e se comprometeram a
se esforçar. Pedi aos alunos que pensassem em exercícios que ajudas-
sem os colegas com as dificuldades apontadas pela aluna.
1. O aluno podia deixar a bola dar dois pingos no chão antes de reba-
ter para ultrapassar a rede.
2. Espalhar cones no chão em distâncias diferentes tendo como obje-
tivo acertar a bola (partindo do mais próximo ao mais distante) na
mesma direção deles, com a técnica do saque.
“Este trabalho foi muito significativo para os alunos, pois, apesar do tempo
reduzido por conta de ter apenas uma aula semanal e de não termos mate-
riais e espaços oficiais na escola, pude ver que os alunos conseguiram re-
fletir e aprender muito sobre o tênis de campo, e pelo fato de eles terem
escolhido o tema, o interesse, a motivação e a participação foram unânimes,
colaborando assim com o sucesso do trabalho. E também foi muito significa-
tivo para mim, pois aprendi bastante com as pesquisas e os registros que tive
de fazer e mais ainda por ouvir meus alunos e ver quanto eles são capazes de
aprender quando efetivamente fazem parte do processo de aprendizagem.”
113
Após essas práticas, levei para discussão com a sala a ideia do que eles
organizaram com o grupo e o que eles faziam em seus momentos livres,
que ocupações tinham e se essas ocupações os agradavam. Em segui-
da, aproveitando a conversa inicial que tive com os alunos, questionei se
gostariam de ter algum tipo de ocupação diferente e por quê. A maioria
Com base nas falas desse aluno, fiz um agrupamento e pedi que pes-
quisassem mais sobre essa prática corporal para que, na aula seguin-
te, continuássemos as discussões e fizéssemos uma análise do seu
processo histórico com alguns fatores relacionados a gênero, raça,
quem os pratica e quais os movimentos.
Iniciei com uma atividade em grupo: dividi a sala em dois grandes gru-
pos e sugeri que discutissem com os parceiros a seguinte questão:por
que as pessoas no mundo contemporâneo estão buscando cada vez
mais as práticas corporais junto à natureza? Sugeri aos grupos que
elencassem os fatores e defendessem seu ponto de vista, dessem des-
taque à sua analogia e o motivo de ela ser mais bem fundamentada
que a do outro grupo. Aqui, abriu-se uma série de hipóteses, porém
a que mais se destacou foi a explicação de que nas cidades, hoje, já 125
não se encontram tantas áreas verdes que possibilitem qualquer tipo
de prática corporal junto à natureza e que, quando as encontramos,
trata-se de um meio adaptado, com pavimentação. Apontaram também
que, devido à crescente demanda de indústrias, os pontos de lazer fo-
ram “extintos” e somente existem pequenas praças, alguns pequenos
parques e clubes que não são acessíveis a todos; dentro da perspectiva
industrial, elencaram que o trabalho também tem levado as pessoas a
buscar a prática de esporte em meio à natureza – aqui fizeram uma re-
lação entre o que vivenciaram e o que citei anteriormente, “é um local
que dá a sensação de liberdade, silêncio, o ar é diferente...”.
Os alunos afirmaram que sim, justificando (falas dos alunos) que tais
relações perfazem devido à grande massificação de pessoas que buscam
somente o capital, deixam de pensar muitas vezes na família, saúde, qua-
lidade de vida e acabam adotando um estilo de vida contrário ao conside-
rado “ideal” e, consequentemente, isolam-se das pessoas, possuem seu
próprio grupo, sua própria identidade e isso pode ser relacionado também
com a prática dos esportes na natureza, que muitas vezes são modalidades
Cidade: Agudos
7 CORRIDA
NATAÇÃO
6
BICICLETA
5
DANÇA
4
MUSCULAÇÃO
3 BASQUETEBOL
2 VÔLEI
1 JIU-JÍTSU
0 SKATE
JOGOS DE CARTAS
HANDEBOL
BICICLETA
BASQUETEBOL
FUTSAL
FUTEBOL
CORRIDA
MUSCULAÇÃO
CAMINHADA
Após essa fala, um dos alunos se manifestou dizendo que não sabia
se havia mudado muito, afinal as mulheres que praticavam boxe eram
todas masculinizadas.
Essa fala gerou uma grande discussão, e, como a aula acabou, sugeri
que na próxima continuássemos o debate sobre o assunto. Mesmo que
não tenha sido planejado estender o assunto dessa forma, devido à ne-
cessidade, demos continuidade e a ele. Fui pesquisar sobre o precon-
ceito no boxe e coletar informações sobre o assunto; assim, selecionei
os dois vídeos a seguir.
• <http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=campea-de-boxe-luta-
-contra-preconceito-e-desafia-homens-04021A3168CC895326>;
• <http://www.youtube.com/watch?v=ILoSBdSvCkM&feature=related>.
Na aula seguinte, cada grupo (de acordo com seu ritmo musical de in-
teresse) começou a elaborar sua coreografia. Após ensaio de cerca de
20 minutos, cada grupo apresentou sua coreografia aos demais, com
estes procurando acompanhar a coreografia dos colegas.
3 Estava combinado que cada apresentação duraria 20 minutos, porém, sem exceção, cada uma
delas durou mais de 30 minutos. Remanejamos então o trabalho, de forma que cada apresentação
teria o espaço de uma aula para ser realizada.
4 <Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=5A2R14I4doo&feature=related>.
5 <Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=S_uS4OXfgI0>.
Portanto, para cada relato de prática, será importante que você faça
algumas indagações, como, por exemplo:
150
“Quando ouvi falar deste projeto, vieram mil ideias em minha cabeça. E
o desejo de participar foi imediato! Na primeira reunião, quando vi todos
os professores, é que pude ter noção de que temos colegas muito com-
prometidos com o trabalho e com o estudo. Durante esse tempo aprendi
muito lendo livros, revendo minhas práticas, conversando com os colegas,
crescendo como pessoa e como profissional. Muitos relatos me chamaram
a atenção e pude notar como poderia ter meus alunos mais ativos em todo
o processo. Só tenho que agradecer a este grupo maravilhoso do qual tive
o privilégio de fazer parte e dizer que nós somos capazes!”
“Nos oito encontros presenciais que tivemos, pude ampliar meus conhe-
cimentos, não só pedagógicos, mas relacionados à instituição em que tra-
156 “Participar deste projeto foi um grande desafio pessoal e profissional, devi-
do à importância dessa construção, na qual tivemos que administrar todas
as demandas, a fim de contribuir com ela. Construção, palavra-chave, pois
este grupo fez uma aposta, aposta na quebra de paradigmas para o desafio
da elaboração de novas perspectivas pedagógicas para a Educação Física
do Se s i -SP. O trabalho da equipe de gestores da De q v (Divisão de Esporte
e Qualidade de Vida) foi excelente, com uma condução firme e precisa. A
atuação do grupo de professores de Educação Física e coordenadores de
CLE foi fantástica e o aspecto mais preponderante foram a cooperação, a
qualidade das discussões, sempre com muita clareza e profissionalismo.
Estabelecemos laços afetivos que ultrapassaram as dimensões do traba-
lho. Todo o processo foi tratado com carinho e atenção aos detalhes, para
que nossa aposta desse certo. Cada encontro foi um exercício prático de
tudo o que propomos para o caderno técnico e para a formação de nossos
alunos-cidadãos: democracia, respeito, ética, solidariedade e comprome-
timento. Fazer parte de um grupo tão especial e vivenciar experiências tão
importantes contribuíram para meu desenvolvimento pessoal. Consegui-
mos! Chegamos ao final e a sensação é de que conseguimos! Que nos-
sas práticas pedagógicas possam contribuir de forma mais efetiva para a
transformação das vidas que passam por nossas escolas e que a Educação
Física continue cumprindo seu papel dentro do projeto pedagógico da es-
cola Se s i -SP, com vistas a formar cidadãos éticos, participativos e felizes.”