Sie sind auf Seite 1von 2

Engenharia química - Universidade Federal do Rio Grande

Resumo Técnico 2019/01 - Controle e Automação de Processos químicos I

Professor: Renato Dutra Pereira Filho


Nome: Mariana Ferreira Michel
Matrícula: 87068
Softwares de supervisão

Software supervisório ou software de supervisão é uma ferramenta de desenvolvimento de


aplicativos que tem como objetivo realizar a comunicação entre um computador e uma rede de
automação, permitindo assim a visualização e operação de um processo. Sendo assim , sistemas
que não permitem interação com várias famílias de controladores não são supervisórios, como por
exemplo os IHMs. Além disso sistemas baseados em linguagens convencionais (VB, Delphi, etc)
cujos quais a cada alteração necessária se cria um novo programa também não são considerados
supervisórios.
O software selecionado para supervisionar um processo será usado durante a criação ou
edição de um aplicativo, como por exemplo na configuração de tags a serem utilizados por
controladores, e durante também a execução do aplicativo criado. Um dos recursos disponíveis dos
supervisórios são as ferramentas padronizadas, usadas para construção de interfaces entre o
operador e o processo. Dentre elas as principais são as ferramentas de configuração do aplicativo e
as ferramentas de execução do aplicativo, cujas quais servem para comunicarem-se com os CLPs e
outros controladores para mostrar em telas o que acontece em um processo.
O tipo de licença do supervisório determinará quais as ferramentas disponíveis para a
utilização do usuário. Caso não se tenha a licença, ainda sim, a maior parte dos softwares permite
que as duas ferramentas principais possam ser utilizadas, porém com algumas restrições. Sendo
assim o software pode ter uma ou mais das restrições citadas abaixo: tempo de execução da
ferramenta limitado, limitação de recursos, execução parcial projeto e a não opção de salvar as
modificações dos projetos criados e executados. Essas limitações permitem o usuário fazer um ​“test
drive” do supervisório, para assim conhecer melhor mesmo que superficialmente os aspectos
técnicos do produto, como a facilidade de desenvolvimento do aplicativo, consistência das
informações fornecidas, qualidade de suporte técnico e etc.
Devido ao fato de os supervisórios trabalharem de forma semelhante devem-se procurar as
diferenças entre eles para assim escolher o mais adequado ao seu processo. Isso pode ser feito
verificando-se os recursos adicionais das ferramentas comuns a todos os softwares e a forma como
elas trabalham. Abaixo tem-se uma lista dessas ferramentas em comum:

Arquitetura de aplicativos: ​é a forma como estão organizados os módulos dos software,


suas ferramentas básicas e a maneira como interagem entre si. Isso influencia no tipo de projeto em
que cada software se adapta melhor. Essa ferramenta pode ser dividida em dois tipos.
● Stand-alone​: criados para serem executados em uma única máquina. Responsável pela
execução do projeto e pela interação do usuário com um processo.
● Cliente-servidor: criado para ter sua execução distribuída entre módulos que podem ser
executados em uma mesma máquina ou remotamente. Esses módulos são o “servidor” e o
“cliente” cujos quais interagem entre si através de comandos do usuário. O servidor é
responsável pela execução do projeto, comunicação com os equipamentos de rede, pela
manutenção e envio de dados para o banco de dados e sinalização de alarmes. O cliente é
subdividido em dois, o cliente de configuração e o cliente de operação. O primeiro permite
desenvolver o projeto, já o segundo realiza a comunicação com o servidor para permitir
atuação sobre o projeto (é nele que as telas são apresentadas, alarmes visualizados e
reconhecidos e set-points são alterados).

Interface gráfica: é a forma de apresentação de imagens e telas. Podendo ser divididas em


dois grupos.
● Telas baseadas em ​bitmaps:​ as imagens são representadas de forma estática tendo sua
qualidade deteriorada por distorção de proporção e cores ao fazer o aumento da imagem.
● Telas baseadas em gráficos vetoriais: a qualidade de imagem se mantém ao fazer o
aumento da mesma.
Esse ponto é importante pois permite que um projeto seja desenvolvido sem que se tenha a
especificação do monitor onde o projeto será operado. Sendo assim as telas baseadas em gráficos
vetoriais são consideradas melhores.

Métodos de comunicação com equipamentos de automação : existem duas maneiras do


software se comunicar com equipamentos de diferentes fabricantes.
● Uso de ​drivers de comunicação: cujos quais são usados para implementar protocolos de
comunicação suportados pelos equipamentos controladores em que pretendem-se
comunicar. Os protocolos de comunicação definem quais dados podem ser acessados e de
que modo eles devem ser solicitados, dentro dos protocolos existentes podemos citar o
Modbus, Profibus, MPI, DF1 e SNP. É o método mais usado atualmente.
● Uso de um sistema OPC: uso de softwares de comunicação sem a necessidade de ​drivers
específicos para a rede de equipamentos. O sistema OPC é composto por três partes: uma
rede de equipamentos (utilizados para fazer leituras, efetuar comandos e setpoints e
visualizar ​status​), o OPC server (realiza a comunicação com os controladores com o objetivo
de capturar seus dados e disponibilizá-los em uma plataforma compatível com o Windows) e
o OPC client (realiza a comunicação com as estações de operação para extrair os dados da
rede de controladores armazenados no OPC server, permitindo a leitura e a escrita nos
dados). Esses softwares de comunicação estão presentes em micros e podem estar ambos
em um único micro ou em micros separados. O uso dos OPCs vem crescendo gradualmente
devido ao fato de possuírem algumas vantagens como: uma comunicação otimizada cuja
qual mantém os dados no OPC server constantemente atualizados e envia para o OPC client
somente seus valores modificados diminuindo assim o processamento, a possibilidade de
importação de tags de comunicação e a disponibilidade de vários tipos de OPC server
baseados nos diversos protocolos de comunicação. Como desvantagem temos a
necessidade de uma memória maior no micro para ser executado o OPC e o fato de que a
comunicação dele fica engessada ao padrão do servidor.

Acesso ao banco de dados: a maior parte dos supervisórios mantém um banco de dados
com informações sobre a produção ou o estado do processo ao longo do tempo. O acesso ao banco
de dados pode ser feito a partir de duas conexões, a ODBC que depende do Windows para realizar a
troca de informações e solicitações com os supervisórios e a ADO. Existem ainda aqueles que se
comunicam através de drivers específicos para cada modelo de banco.

Bibliotecas funcionais: são um conjunto de objetos gráficos construídos pelo usuário do


sistema de supervisão com o objetivo de padronizar o comportamento de certos itens do processo a
ser supervisionado. Ao finalizar a biblioteca o usuário pode usar quantas cópias ele precisar da
mesma, sem a necessidade ter que ficar reprogramando a cada uso. Os softwares que possuem a
possibilidade de criação de bibliotecas funcionais diminuem o tempo de desenvolvimento do
aplicativo, sendo assim mais vantajosos.

Suporte a tecnologias abertas: ​a possibilidade do uso de linguagens padrão de mercado


(VBA, Java, VB-script) influencia nos recursos do supervisório, pois permitem com que sejam criados
e usados importantes recursos de programação. Como vantagem temos o fato de que não se torna
necessária nenhuma modificação no projeto para que ele possa ser executado em outros softwares
além dos supervisórios, já que eles estarão usando tecnologias compatíveis.

Outros critérios usados para a seleção de supervisórios são os não técnicos. A análise dos
processos de compra, venda e pós venda do fabricante, a disponibilidade de suporte técnico gratuito,
e a verificação de se ter uma documentação atualizada do software são pontos que também devem
ser considerados.

Referência
MACIEL, Paulo Henrique S.. Softwares de supervisão. ​Mecatrônica Atual​, São Paulo, Saber Ltda.,
ano 4 , n.20 , Fev./Mar., 2005

Das könnte Ihnen auch gefallen