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-es (ou postos) pluviométricas - são postos controlados por


4. estafo adores em tempo parcial, que fazem leituras diárias apenas de
observ
precipitação.
E uma estação sinótica, as observações sã'o feitas em horários
CAPÍTUW 9 ::principais horas sinóticas internacionalmente realizadas silo
f1X~ (meia.noite), 06:00 (seis da manhã), 12:00 (meio-dia) e 18:00
OBSERVAÇÃO, ANÁLISE E PREVISÃO 00. .J11.)Tempo Médio de Greenwich. Observações adicionais são
DO TEMPO ATMOSFÉRICO (6.:S err:outras ocasiões entre os quatro horários principais, freqüen.
~:nentehoráriasou com intervalos de três horas. Os elementos obser.
vadossão os seguintes:
1. o tempo atmosférico presente e passado - visualmente observado;
I
Observações meteorológicas
2. a direção e a velocidade do vento - observados com a utilizaçã'o da
grimpa para a direção e do anemômetro de cuba para a velocidade;
3. o volume e a forma da nuvem - observados visualmente;
", '''lI
As medições dos elementos meteorológicos ou observações 4. a altitude da nuvem - estimada usando refletor de altitude de
meteorológicas são executadas em locais conhecidos como postosou nuvem(cloud height searchlight);
,,"""',;111' estações meteorológicas. Quatro tipos destes postos podem ser reconhe. 5. visibilidade- visualmente observada com a ajuda de objetos espa-
,,1,1 cidos dependendo do número de elementos meteorológicos medidos, çados com intervalos conhecidos ou com a ajuda de um medidor de
da freqüência da medição e da condição do observador meteorológico, visibilidade;
1..:
profissional ou amador. Os quatro tipos de estações meteorológicasi 6. temperatura do ar - medida com a ajuda de um termômetro colo-
são as seguintes: cadoem abrigo de Stevenson (Stevenson sereen);
["
7. umidade do ar - medida com a ajuda dos termômetros de bulbo
r::i 1. estações sinóticas - são estações controladas por observadorespro, secoe de bulbo úmido colocados em abrigo de Stevenson (Stevenson
.","" fissionais em tempo integral e que mantêm uma observaçãometeo, screen);
,,,,,,,,,,,,,,,,
rológica contínua, fazendo observações instrumentais horáriasdos 8. pressãobarométrica - medida com a ajuda de um barômetro;
elementos do tempo. Essas observações propiciam as informações 9. precipitação - medida com a ajuda de um pluviômetro;
para a compilação de cartas sinóticas ou mapas meteorológicoS 10. ~uração da luz solar - medida com a ajuda de um registrador de
usados na previsão do tempo; InsolaçãoCampbell-Stokes.
2. estações agrícolas - são controladas por observadores em t~~~o
parcial, fazendo pelo menos duas observações instrumentais diarHIS no ~ Organização Meteorológica Mundial (OMM) recomendou que,
dos principais elementos do .tempo atmosférico. A. evaporação,~as
- Solar saO, I Pri:c~oJ~tode uma rede nacional de estações, as sinóticas, que são as
d
temperaturas da grama rasteua e do solo, e a ra laç~o, . ara não/als estações meteorológicas, devem ser espaçadas a intervalos que
também, usualmente medidos em vista de sua importâncIaobVIaP em di~:edam 150 quilômetros. Para assegurar que as observações feitas
a agricultura; elll eJ{PoSiç~entes
es~ações meteorológicas sejam precisas e comparáveis, as
este fImes dos Ulstrumentos meteorológicos devem ser similares. Para
3. estações climatológicas - são controladas por observ~dor~stfll' \
lOcalizar'Um posto meteorológico, independente de seu tipo, deve
tempo parcial, realizando apenas uma ou duas observaçoesíflS
mentais diárias da temperatura, umidade, precipitação e vento; Pelorne:e em uma superfície nivelada coberta com grama e medindo
!li
JdrnoOuos: por 6 metros de tamanho. O posto nã'o deve situar-se pró-
180 80 re Um morro, em uma depressão, ou sobre uma vertente
182 183

íngreme. Da mesma fonna, ele deve estar distante de quaisquer ob oesnão-instrumentais


culos, tais como edifícios ou árvores. A observação meteorológica és~. ObsetV aç
trabalho árduo, que exige cuidado, paciência, honestidade e POntu~
dade por parte do observador. As observações meteorolÓgicas ~. A nebulosidade e as fonnas das nuvens são mais comumente
das visualmente, a despeito de tentativas recentes de registros
somente têm que ser precisas como também têm que ser feitas na h:ao
~~ ij obser;:fiCos . al A tquantidade
em algunslocais. de nuvem,. independente
. de
fotog é b d fi d
As observaçõ~s meteorológicas são feitas com a utilizaçãod altura oU tipo, VlSUmen e o serva a e quantllca a em OItavos
várias platafonnas. A parte os instrumentos baseados em terra situade ~tas) da área do céu que está coberta de nuvens. Assim, zero significa
nos postos meteorológicos convencionais, temos os instrumentosaer~~ um céu sem nuvens, enquanto que 8 significa um céu totalmente
transportados, destinados principalmente para explorar a atmosfera cobertocom nuvens. As estimativas da cobertura de nuvens são bas-
superior e fornecerem infonnações a respeito das variações dosele. tanteinexatas,particulannente à noite, quando apenas a presença ou
I"
I""'"
mentos atmosféricos na vertical sobre uma dada área. Tais instrumento! ausênciade estrelas é a orientação para avaliação do volume da cober-
"""
,.."", podem ser transportados a bordo de foguetes, aeronaves,helicópteros tura de nuvens. As fonnas de nuvem são também observadas visual-
'" ou balões. Desde o início da década de 60, um dramático aprimora.
I ,li'
mente',com o aparecimento da nuvem sendo a principal orientação. A
r I' mento na observação meteorológica foi alcançado com a introduçãode altura da nuvem é avaliada a partir de sua base e há três categorias -
satélites meteorológicos ou de tempo atmosférico, os quais, entre
baixa,média,e alta (ver Tabela 7.5 e Figura 7.5). Os tipos de precipi-
,iill', outros, fornecem uma cobertura objetiva de grande área de sistemas de I
tempo atmosférico e são, portanto, úteis na previsão do tempo. taçãosão visualmente observados; os tipos incluem o chuvisco (ou
lu,ll
As observações do tempo classificam-seem duas categoriasprinci. garoa),granizo, neve, neve acompanhada de chuva, etc. A visibilidade
111" 111i,..
"'u' é estimadade acordo com a distância em que o observador pode ver.
pais: as que são instrumentais e as que não são instrumentaise que
dependem da capacidade, do treinamento e do julgamento do obser. Marcadores s[o usualmente instalados a distâncias conhecidas a partir
,'"
vador, uma vez que são executadas visualmente. Os elementos do tempo doponto de observação, de maneira que o marcador mais distante que
:11111..
ml'
atmosférico como o tipo de nuvem, seu volume, e a visibilidadesão o observadorpode ver a um certo momento indicará o grau de visibi-
"'"'', ,,,,,,,,,,,,, lidadenaquelemomento. 111'1

visualm€'llte observados pelo observador com o treinamento e a expe.


riência necessários. Os seguintes instrumentos meteorológicosdevem
ser encontrados em uma estação meteorológica padrão:
Observaçõesinstrumentais
1. um ou dois abrigos Stevenson (Stevenson screens) contendo termô'
I
metros de bulbo úmido e de bulbo seco, tennômetro de máxima e A maioria dos elementos do tempo atmosférico são instrumen- {
de mínima, tennógrafo, um hidrógrafo, barógrafo, ou barômetro 1'1,11'11t

aneróide;
:~ente
lP observados.No geral, os instrumentos s[o de dois tipos os -
traoSregistradorese
dorest' os n[o-registradores. Os instrumentos n[o-regis- I'I~,

2. um pluviômetro autográfico; o' em que ser lidos em momentos predeterminados, enquanto


3. um pluviômetro comum; s tipos registradores têm dispositivos auto-registradores
'Vai que fornecem
4. tanques de evaporação, usualmente tanques de ClasseA; Ores CO
D.,( t. II

fi On.lnUos
b'CllCO .
dos elementos meteorológicos sob a fonna de um
5. uma grimpa e um anemômetro de cuba; de . s Instrumentos auto-registradores variam quanto ao seu grau
cOmpl 'd. - .
6. um registrador de brilho solar; . dorde SUaa u' ~Xlade e sofisttcação, porém geralmente sao mais caros em
7. um equipamento medidor de radiação tal como o Integra q lSlÇãoe manutenção
A.tualm do que os instrumentos não-registradores.
ente e .
radiação Gunn-Bellaniou o Eppley pireliômetro. , Xlstem postos meteorológicos não controlados pelo homem
184
185

que podem funcionar perfeitamente durante até três meses. Tais post 20 quilômetros. Medições superiores a essa altura somente II :1
,.
são equipados com instrumentos meteorológicos
. que são totalme nte OS de 16 a t'eitascom a ajuda de foguetes, que podem atingir altitudes
O I d odeJIlser l'
automatlcos. s e ementos o tempo são contInuamente observados p 70quilômetros.
os valores registrados em registradores elétricos de gráfico ou emre ,e de65'S 'camente, o radaré um sistema de detecção e de localização de
~t é capaz de refletir ondas de rádio de alta freqüência (micro- jl~1
tradores de fitas perfuradas digitais, para análise fácil com a utiliza;~
de computador. Os postos meteorológicos automáticos são muito U '
teIS ' alvosqU
ondaS A informação é apresentada visualmente em um tubo de raio 111

~'O O radar é usado na meteorologia para a medição dos ventos


em ambientes difíceis ou em áreas remotas ou escassamente povoadas, 6d
cat tC.
amadassuperiores da atmosfera e para a detecção de tempestades,
O único problema é que tais instrumentos são dispendiosos, e por serem d~:ns e de elementos de precipitação. As informações provenientes
auto-registradores e automáticos exigem eletricidade ou algumaoutra ~: radarmeteorológicosão úteis para a previsãorotineirado tempo,
fonte de força para funcionarem. Por esses motivos, os postos meteoro. articularmentedo deslocamento de tempestades, bem como na peso
lógicos automáticos estão, na atualidade, virtualmente restritos aos :uisa da física e da dinâmica das nuvens. Os padrões de eco prove
países avançados da Europa e da América do Norte. nientesdas nuvens são mostrados na tela do radar em qualquer uma das
i,;:;;; As observações meteorológicas de superfície ocorrem em postos duasmaneiras seguintes:
meteorológicos convencionais baseados nos continentes e em alguns 1. o indicadorde posição plana (IPP), que fornece as posições dos ecos
navios meteorológicos que estão localizados nos oceanos Atlântico e
,,11""':;111" emumplano quase horizontal ao que circunda o aparelho de radar; e
"li' Pacífico. Os navios comerciais também fazem algumas observaçõese 2. a amplitudedo indicador de altitude, que varre em um plano vertical
transmitem-nas por rádio para os postos meteorológicos centrais próxi. paraproduzir um perfil através da atmosfera, de maneira que as alti-
,1:1"""
'!I!:: mos e situados no continente. Existe uma rede global de mais de 7.000 tudesdas bases e dos topos das repercussões possam ser estimadas.
postos meteorológicos continentais e mais de 4.000 navios mercantese
:~i!:i:"
O equipamento eletrônico (esférico) de detecção de tempestades
I
' de passageiros que fazem observações no mar. A rede, particularmente
::::::::II!
1""", " ajudana determinação precisa dos locais de tempestades. As ondas ele-
I 11111:::, ,li!! nos continentes, é extremamente irregular quanto à cobertura. Os
tromagnéticascausadas pelos relâmpagos nas nuvens são captadas em
",,,,," :
"",,,,,,,,,,' países em desenvolvimento nas baixas latitudes e nas áreas polares são
postosamplamente espaçados que tenham o equipamento. Deterrni-
precariamente servidos por postos meteorológicos. Similarmente, as nando-segraficamente as esferas fixas a partir de uma quantidade de
áreas oceânicas não têm postos em número suficiente. postos,é possíveldeterminar os locais de tempestades com considerável
Além das observações meteorológicas de superfície, as obser. precisão.
vações das camadas superiores da atmosfera também são feitas e11l
16.Umasubstancial ampliação na observação dos fenômenos meteo-
muitos postos continentais, e em alguns navios, particularmente e11l ro gtcosocorreu em 1960, com o lançamento do primeiro satélite
navios meteorológicos que ocupam posições fixas no mar. Isto é feito :te~ro~gico (ver Capítulo 1). Tais satélites proporcionam dois tipos
com a ajuda de radiossonda, de radar, ou de equipamento eletrônico ce~Ciats de informações meteorológicas vitais. Primeiramente, fome-
(esférico) detectado r de tempestades. Uma radiossonda é um peque~o
de otografiasdos sistemas meteorológicos formados de vários tipos
1111

transmissor de rádio equipado com instrumentos para medir a pressao, dire~~vens


em uma base regular e contínua, permitindo conhecer a
atrnO:~é
~ a velocidade de deslocamento desses sistemas do tempo
al-
a temperatura, a umidade relativa, a velocidade e a direção do ven~o
o
11~1111

cM! Tanto nco; Em segundo lugar, medem a radição no topo da atmosfera.


à medida que ascende na atmosfera, com o auxilio de um b aO daS nientes ~ fotogra.fias de nuvens como as medições de radiaçfo prove-
11
de hidrogênio. As leituras são automaticamente transmitidas e capta te na pesq .os satéht~s meteorológicos têm sido consideradas proveitosas
. da1Ilen
por um receptor de rádio, em um posto terrestre apropna d; do clirnUtsameteorológica
a. geral, bem como para a previsfo do tempo e
equipado.A altitudeatingidapelaradiossondaantesde cairé daar

---
186
187

As fotografias por satélites meteorológicos são analisadas de d


ntinua acrescer, de modo que os métodos de decifrar e de
maneiras: em primeiro lugar, podem ser feitas nefe-análises das t ~ grandee Ctal
° Osinformações são, na atualidade, amplamente automa-
grafias. Elas são mapas ou cartas que mostram a distribuição de nu~too canalizar
de vários tipos sobre uma grande área. Os tipos predominantes e~!
nuvens são visualizadas pelos satélites, assim como a orientação de
tiZado~ cimeira tarefa para um analista do tempo é construir um
faixas de nuvens de média e grande escala é representada nos ma as
t~dimenSionaladequado da atmosfera a partir de dados dispo-
q~a~romas que jamais são ideais ou suficientes. Além disso, estão acon-
sob a forma de símbolos. Tais cartas de nuvens podem ser interpreta:a~
nlvelscio
tecen constantemente mudanças
" na ° atmosfera, tanto na vertical
' ' o

d
em termos de padrões de pressão atmosférica, como sistemas de tern~ na horizontal. Portanto, e necessano const ruIr o qua ro tn dtmen-
atmosférico. Em segundo lugar, as fotografias por satélites também
podem ser diretamente interpretadas, tirando-as em seqüência. Sei!
c,om:
SlOn da atmosfera a intervalos freqüentes
' ° e- regulares.) As cartas ' de
I I t d d fi
características principais das nuvens são usadas para sua identificação: tempo dos vários e eme~tos meteoro OglCOSsao cons rul ~s,para ~ e.
o brilho, o padrão, a estrutura, a textura, a forma e o tamanho. Con. entes níveis predetermmados da atmosfera. Desde que e tmposslvel
:::111111.,

~onstruirtais cartas para todos os níveis da atmosfera, a da superfície


tudo, a análise da nuvem vai além do reconhecimento dos tipos de
I
'" nuvem. Aspectos sinóticos significativos expressos nas fonnas das
básica e as das camadas superiores são usualmente suplementadas por
, .'" análisesde perfil, por sondagens aéreas e, em anos recentes, por imagens
,,,
nuvens têm que ser identificados. A maioria desses aspectos está asso,
de radar e provenientes de satélites meteorológicos.
ciada ao vórtice ciclônico, aos furacões ou aos jet streams. A interpre-
As cartas de tempo e os diagramas são construídos de acordo com
,,11 ,;111" tação de fotografiaspor satélite exigehabilidadee paciênciae muito
-procedimentosreconhecidos e estabelecidos pela Organização Meteoro-
conhecimento da teoria e dos princípios meteorológicos(Barrett, 1974).
lógica Mundial. As observações de superfície e as das camadas supe-
, 'ill"",,,
" ':!III' rioressão plotadas em mapas-base padrões por meio de letras, números
e símbolos, dispostos em tomo dos postos de observações, em posições
Análise do tempo atmosférico
fIxas. O modelo padrão de representação gráfica para um posto está
'i IIIII
" 1111'
O tempo atmosférico somente pode ser analisado depoisdeter assinaladona Fig. 9.1. A posição do posto observador é representada
,

,,"""', ""'"'''''''' sido observado. Antes que a análise seja feita, portanto, as observações por um círculo e os diferentes elementos são agrupados em tomo deste
provenientes tanto das redes de superfície como dos postos em camadas círculo.Depois que todos os postos tiverem sido plotados, na maneira
superiores da atmosfera precisam ser montadas de forma adequada, mostrada na Fig. 9.1, o analista prossegue então para a análise das
O analista do tempo usualmente é também um previsor do tempo. cartas. A primeira providência é identificar e marcar as condições
Para auxiliar na rápida montagem das informações sobre o tempo, especiaisda atmosfera ou dos processos atmosféricos específicos de
provenientes de locais distantes e próximos, uma rede de comunicações acordo com os modelos meteorológicos convencionais (como, por
meteorológicas foi estabelecida no mundo todo sob os auspíciosda exemplo, as frentes).
Organização Meteorológica Mundial. As observaçõesmeteorológicassãO A análise frontal clássica está baseada no modelo de ciclone ideal.
U&ando-se
primeiramente traduzi das em um código numérico reconhecidoin~e~:; esse modelo acredita-se que:
cionalmente e então transmitidas para vários centros meteorolog1;'o. .
reconhecer uma f rente a partlr
1. Poder -se-ia ' '
de um numero mUlto
nacionais por meio de teletipo, cujos sinais são transmitidos por cá~er
O previsor, em qualquer centro meteorológico nacional, pode recede 2 pequenode observações'
. a Config - '
informações sobre o tempo atmosférico provenientes de uma ~r~na Vid d uraçao de uma frente pode estar relacionada com o ciclo de
área, freqüentemente de todo o hemisfério, e em tempo de ser utorO' 3. a a depressão;
ascondi-
previsão. O volume de informações recebidas em um centro meteuitO tiposd Çoesdo tempo podem ser classificadas de acordo com os
lógico nacional importante, como Bracknell, na Inglaterra, é 1!1 e massade ar.
188 189

FOl"'ma da nuvem alta I


I A primeira é identificar os sistemas de pressão que freqüen-
I {
Fol"'ma
da nuvem média--- --- I
--:> ,,' ~--- QuantidaderotaIde nuvellS finalidades.tãOassociadosa determinados tipos de tempo. A segunda é I
Tempel"'atul"'a de bulbO seco-
-- 48 '-"'-""
I / ,," Direção e fOl"'ça do Ve ....
n.u
ternent~eS quadro do campo de atuação de ventos a partir de um
t" t 17.7--- P - b . constru~uct7stribUiÇãO de pressão, através da utilização do conceito de n:!
Tempo a mosfel"'lcoa ual + 26- -- I"'essao al"'Ometl"'ico
Visibilidade 40 est~dO .a geostrófico (ver Fig. 5.1). Isto somente pode ser feito,
Ponto de orvalho 44 - B V~---TendênCias
,w..;--_o
bal"'Ométl"'i
tempo atmosfél"'iconoc~~
equill~nOnas latitudes médias. Nas latitudes baixas, particularmente em
lou ponte qe condem;açãol
. -- 4, I 25 ""
, antel'" iol'" 'Uf'Q co: ~~ Equador,a força de Coriolisé muito pequenae tende para I
to 'medida que se aproxima do Equador. Portanto, existe pouca ou li
FOl"'ma da nuvem baixo -- ", , '-O tempo atmosfél"'ico pa~
Quantidade de nuvem Altitude da nuvem ze~ ama oscilação geostrófica e o campo de atuação dos ventos so-
:ent~ pode ser analisado a partir das observações de superfície e das
Figura 9.1 - O modelo padrão de representação gráfica.
camadassuperioresda atmosfera.
.::::II!::. As cartas e diagramas das camadas superiores da atmosfera são
...,....
.,......
necessáriaspara fornecer a terceira dimensão ao nosso quadro da atmos-
i ,li" Atualmente, a análise frontal perdeu um pouco do seu valorprin. fera.O modelode representação gráfica é similar àquele usado para as
".'
cipalmente por causa do aprimoramento nas observaçõesmeteorológicas. cartasde superfíciee o objetivo principal da análise da carta das cama- li/li
I
Agora é possível ter um quadro dos cinturões de chuva e outrascon. das superioresda atmosfera é traçar isopletas para descreverem um
""'.;ill,'
dições meteorológicas associadas às frentes, onde a rede de observação campometeorológico (Atkinson, 1968). Anteriormente, as cartas das
"". 'illi'
é densa, sem que se recorra a qualquer modelo de frente. Em segundo camadassuperioresda atmosfera eram traçadas para determinadas alti-
'1:11...". lugar, as frentes individuais freqüentemente diferem quanto às caracte. tudes,a saber, 1,3 e 6 quilômetros. Mais recentemente, as cartas das
"!I!::
rísticas do modelo ou da frente ideal, e os previsoresestão mais interes. camadassuperioresda atmosfera são traçadas para determinadas super- '
.111::
"",,". sados nessas diferenças. Em terceiro lugar, ainda é muito difícil defmir fíciesde pressão (isobáricas). Tais cartas são conhecidas como cartas 1
'1'
'
:::::::::i
lil"..
11
11
I de maneira exata uma frente e as nuvens, a precipitação e os vários emcurvasde nível. A Organização Meteorológica Mundial recomenda l'l~1111

Hlli:::,
,
, 1m:
sistemas lineares de tempo têm sido incorretamente rotulados de queas cartas em curvas de nível devem ser traçadas para as seguintes
""",'
, """".. frentes. Oito tipos principais de frentes foram reconhecidos. Contudo, superfíciesisobáricas padrões: 1.000, 850, 700, 500, 400, 300, 200,
..., eles são meras descrições do estado, em qualquer hora, da frente polar 15.0,100, 70,50,30, 20 e 10 mb. Aos serviços meteorológicos nacio-
geral entre as massas de ar tropical e polar. Os nomes dados às frentes natsé recomendadofornecer cartas em curvas de nível para pelo menos
estão ainda mais estreitamente relacionados com a evolução da de. ;u;tro das seguin~es.superfícies isobáricas padrões: 850, 700,500,300
pressão-modelo. Eles são os seguintes: quente, fria, oclusão, oclusãO b 00 mb. Isto slgmfica dar um quadro tridimensional razoavelmente
com inclinação superior, secundária fria, semi-estacionária,ondas fron. Omda distribuiçãoda pressão. UI' "r
tais moderadamente quentes e ondas frontais frias. A temperatura,o . .~
As cartas em curvas de nível têm algumas vantagens e são reco-
Inen dad as
li!
I
ponto de orvalho e o campo de atuação do vento são os três parâII1etrOS escal para o uso entre os analistas e previsores do tempo. Uma
mais úteis na identificação das frentes na carta de tempo, muito embora qUe: ge~strófica dos ventos pode ser usada para todos os níveis desde .I r
todas as observações sejam proveitosas. cUrva~e aç~o entre a velocidade geostrófica do vento e o padrão da I~
geostró~ nlVel seja independente da densidade do ar. A mesma escala 1M
Uma vez que as frentes tenham sido identificadas e lançadas~
sUpen' o Icapode ser aplicada a um outro tipo útil de cartas das camadas
carta, o analista do tempo considera então as observaçõesde pressão..so' res da t
chart) ~J
valores de pressão são reduzidos para o nível médio do mar e asIde . !~estaa mosfera, conhecida como carta de espessura (thickness
pietas são traçadas. As isóbaras são usualmente traçadas a intervalosde sobreuma' ' sã'o plotados os valores da densidade de uma camada ~

4 mb ou 5 mb, porém, quaisquer que sejam os intervalos, a iSóbar;uas a 500I11bare~.A carta usual de densidade é para a camada de 1.000
1.000 mb é sempre incluída. O campo de pressão é analisado para . A dIferença entre as altitudes dos dois níveis de pressão em
190 191

determinado lugar é conhecida como a espessura (ou densidade)


camada da atmosfera entre esses dois níveis. A densidade de u~
camada aumenta com a temperatura média da referida camada. Ass.!IIa
enquanto as cartas de curvas de nível mostram-nos a circulação1111,
nível para o qual estão traçadas, as cartas de espessurafornecern.nno
de maneira indireta a distribuição da temperatura pela totalidade~s
qualquer camadadefinida,desde que a espessurada camadasejadir~
tamente proporcional à temperatura média do ar na camada. Asvad:.
ções de temperatura, de vento e de umidade na vertical podem,por.
tanto, ser identificadas de maneira mais completa por meio da análise
das observações por radiossonda. Dois tipos de cartas usadas neste
"" exercício são o hodógrafo e o tefigrama, que passamos a descrever.
090
i, :::, :'!::,
, ,:"

r
::,11"
o hodógrafo
'1Ii,
1" '

'I', :::

1':111:::'
,
Muito embora os ventos das camadas superiores na vertic~
possam ser mostrados por meio de uma tabela, ou possam ser plotados
~ i III11 "" nas cartas sinóticas de superfície, um hodógrafo de ventos forneceuma
I~ illl :
amostra mais completa e mais útil dos ventos das camadas superiores
1I "
, """"" na vertical. À parte os ventos reais em cada nível, informaçõespodem 180°
ser obtidas a respeito do cisalhamento vertical do vento e dos ventoS
térmicos entre dois níveis diferentes. O cisalhamento vertical do vento Figura 9.2 - A carta hodográfica.
é a mudança da velocidade, da direção do vento ou de ambos coma
altitude. Os ventos térmicos são uma medida do cisalhamentodo vento,
sendo a diferença de vetor entre os ventos em dois níveis (Wickham, o Conceitode vento térmico, ilustrado na Fig. 9.3, está baseado
nasu p '-
1970). O hodógrafo (ver Fig. 9.2) consiste em círculos concêntricos di - oSlçaodo fluxo geostrófico. Se conhecermos a magnitude e a
a distâncias específicas (representando as velocidades do vento)_a reçaodo vento em dois níveis, ao unirmos a extremidade do vetor do
partir de um ponto central. Os ventos em diferentes níveis de pressao ~entodas camadas superiores à do vetor do vento das camadas infe-
são traçados como vetores a partir de sua origem. Desde que os v~tor:; rn~r~sobteremos a magnitude e a direção do vento térmico conforme
são linhas de comprimento e direção apropriados, fornecem indlcaçaa parsrado na Fig. 9.3. O vento térmico no hemisfério Norte tem ar frio
da natureza da mudança da direção e da velocidade do vento.cO;3J Ob:daesquerdae ar moderadamente quente para a direita. O inverso é
altitude. Com a utilização do conceito de vento térmico (Flg. da' nos o ~ara o hemisfério Sul. A localização do vento térmico capacita-
podemos fazer deduções concernentes à distribuição do ar mod~;ca
mente quente e frio na atmosfera e, por isso, sobre a estrutura te I
mutável da atmosfera.
atrno:
qUe~~sJm,a estabelecer a localização das massas de ar relativamente
e de ar frio na atmosfera e, por isso, a conhecer a estabilidade da
slera.

...-
/

192 193

vetor do vento t
estação das do nível inferiol"
camadas superiores !
I~I'

~
...
~
j aI"

~
~ quente

(.
./? 11&5
~

Figura 9.3 - O conceito de vento térmico.

"i" ';:111"

::i:i
o tefigrama
'iai, 'li'"~
':!lil:

,11:::
"",,,, , ,
,;"",, ,
o tefigrama ou diagrama aerológico é um diagrama termodinâ.
1.0 2.0 '.0
i'"~ iWi""
!I,,,,, I mico que mostra a representação gráfica das observações de pressão,de 0.6

I!III::,'W!' temperatura e de umidade feitas em uma sondagem vertical da atmos.


"",,,, "'" ",,"',"" Figura 9.4 - Uma carta tefigrama.
:

fera. O diagrama é uma rede de linhas retas que representam mudanças


com a altitude de cinco parâmetros do tempo atmosférico: tempera.
tura, pressão, temperatura potencial de bulbo seco e temperatura de . Conformeapontado no Capítulo 7, a estabilidade ou a instabi-
bulbo úmido (ver Fig. 9.4). Quando as temperaturas de bulbo secoede
ponto de orvalho provenientes da subida de uma radiossonda são plota. lid~de.~e uma camada de ar depende do relacionamento entre a taxa
a~la~atleae o índice de variação térmica ambiental. O índice de va-
das no diagrama, a curva resultante, juntamente com a curva da tr~je' naçaotérmica adiabática seca é representada no tefigrama por linhas
tória da camada de ar em ascensão, proporciona ~nformaçõesproveitO'
sas a respeito do seguinte: ~etasde temperatura potencial constante de bulbo seco, inclinando-se
.es~ea Parte inferior direta até a parte superior esquerda, enquanto o
1. identificação das frentes cuja presença é sugerida pela análiseda ~ndicede variaçãotérmica adiabática saturada é representado por linhas
carta de superfície; . \'e .tetnperaturapotencial constante de bulbo úmido. Se o índice de
2. o reconhecimento da massa de ar é facilitado pela natureza da distn~ t:na?ão. térmica ambiental for maior do que o índice de variação
buição vertical da temperatura potencial de bulbo úmido, que u~ea
."a vezadiabática seca' a camada de ar em ascensão será flutuante,
I
pouco afetado pela evaporação ou pelas mudanças de pressão; cire que e e sempre será mais moderadamente quente do que o ar
3. análise da estabilidade da atmosfera; tnen:~dante.Contrariamente, se o índice de variação ambiental for
4. estimativa das profundidades potenciais das nuvens. do que o índice de variação térmica adiabática, a camada de ar
194 195 11111
\

IIII
encontrar-se-á deslocando-se para o interior de um meio <l11J.bi
m m
moderadamente
tuação e retomarámais
a suaquente
posiçãoe,original.
conseqüentemente, perderá SUa
e~te
u. 5000 5000
rn
,000
O tefigrama é um gráfico bastante complicado com cincoc 2500
juntos de coordenadas para cinco parâmetros, como segue: On. 2500
2500

1. linhas isotérmicas (linhas de igual temperatura) são as linhas paralel 2000


2000
que seguem
.
supenor; desde a esquerda da parte inferior até a direita dapartas
e
1500
1eoo
2 as adiabáticas secas são as linhas paralelas desde o lado direitoinfe.
rior até o lado esquerdo superior; '1 100

,'"
3. isóbaras (linhas de igual pressão) são as ligeiramente encurvadas
quase que linhas horizontais; , 500
" ..
- - - -\\~~I!!.da2.
, neut..a
4. adiabáticas saturadas são as linhas encurvadas inclinando-separa '~\
'" cima, da direita para a esquerda; ~\~
o
I::::::::',,," o-t I , I I I , o 5 10 15 20 25 30 o é 10 15 20 25 30
5. linhas de índice de combinação saturada são aquelas em ângulo o 5 10 15 20
'C
25 30 o
'C 'C
" pequeno às isotérmicas. --- Curvade meioambien1e Taxa de variac;:ão ''''''''Taxa de variação
adiabática seca adiabática saturada
"li "",;111"

"'" ::Ii!'
A representação gráfica dos registros por radiossonda no tefi, - curvadatrajeroria st - Nuvens estratos Cu - Nuvens cumulus

grama fornece a curva do índice de variação térmica ambiental.Parase


:::Ii, """ Figura9.5 - As relaçõesentre a curva de trajetória e a curva do meio ambiente
:m;' determinar a condição de estabilidade temos que plotar a curvadetraje. em atmosfera estável, instável e neutra (confonne Chandler, 1972).
tória para a camada de ar em ascensão. Isto é indicado primeiramente
," pelas adiabáticas secas e, posteriormente, pelas adiabáticas úmidas,
1IIIIi I::::
, quando a condensação tiver começado a ocorrer no ar em ascensão.
1m' de uma adiabática saturada, através da temperatura de bulbo úmido de
,, ' Uma vez que a curva da temperatura ambiental e a curva da trajetória
,,,,,,,, '",,, li'"~ superfície, aí teremos o nível de condensação. Enquanto o nível da
tenham sido traçadas, a estabilidade é usualmente determinadada
seguinte maneira: condensação representa o limite inferior de desenvolvimento da nuvem,
o nível no qual a instabilidade cessa em uma camada de ar em ascensão
1. o ar é estável onde a curva da temperatura ambiental alinha-separaa re?resenta o limite superior geral do desenvolvimento da nuvem. Neste
direita da curva da trajetória; , ll1vel,a curva de temperatura ambiental, anteriormente no lado esquer-
2. o ar é instável onde a curva da temperatura ambiental situa-sea do da curva de trajetória, intersecta com esta última. Outras cartas
esquerda da curva da trajetória; ~sadasna análise vertical do tempo incluem cartas de perfis verticais e
3 se as curvas ambiental e de trajetória forem idênticas, teremos umar
o
e CUrvasde nível frontais.
neutro (ver Figo9.5). de .Osperfis verticais são usados para esclarecer a estrutura vertical
. venttats
il çãode os (fenômenos
Atki
meteorológicos, como as frentes e as máximas de
O nível de condensação pode ser dettrminado com a ut lza tu. rio nson, 1968). Os postos ou estações para as camadas supe-
um tefigrama. Este é o nível no qual uma camada de ar torna-s~:cao çõ::s da atmo~ferasão plotados sobre o eixo horizontal e as informa-
rado, caso seja forçado a elevar-se. O ponto no qual uma linha, l~ SUo front~ara o elXOyertical são obtidas a partir do tefigrama. A carta
dora de uma adiabática seca desde o valor da temperatura do ar eda ficiefrem Curvade nível é um mapa em curva de nível de uma super- I
perfície, cruza uma linha indicadora da razão de combinaçã~ sa,wr;or; intersecçao
O~tal,na
através da temperatura do ponto de orvalho, ou uma linha lndlca da qualf ' a pressão é usada como a ordenada 'vertical.
' ,. A I'
super lcie superior da zona front al com o vanos mvelS
li

II11
196 197

padrões de pressão é traçada e colocada no mapa. As zonas frontaistê


que ser identificadas com a utilização, em primeiro lugar, dos t
gramas e dos hodógrafos. Os perfis verticais raramente são usados: .
: para
'to embora técnicas de certo modo diferentes sejam usadas
MU1, '

~~. l OS tipos de previsões, o problema básico da previsão


. . equa-
ara os três tlpos. Esse problema é duplo. Pnmelfamente,
)i
'''lI,
!

base rotineira, uma vez que levam algum tempo para serem preparado !li ciona-se~ conhecer a condição da atmosfera em determinada hora. Em
Por outro lado, as cartas frontais em curva de nível são muito usadasnS' teJJ10Sd
qUtemos que conhecer as leis físicas que regem as mudanças
Canadá pelos previsorespara a análise diária do tempo. o seguno~ndição.Duas dificuldades são encontradas na tentativa para
dessa.c ar o Problema. A primeira é que não temos informações sufi-
As técnicas de análise do tempo envolvemmuito trabalho penoso soluClOn ,
.
e subjetividade. As mecânicas de produção da carta do tempo São cientesPara caracterizar, de manelfa adequada e em'- detalhes neces-
atualmente automatizadas graças aos computadores. Estes agoraestão . . s a condição existente na atmosfera.
sano, -
. " A segunda e .que as equaçoes
sendo usados em um número crescente de centros de meteorologiapara temáticasque expressam as Ieis f lSlcas sao d emaSlad ament e com-
o processamento de dados observacionais, para a representação gráfica ~:xas para uma solução exata, a não ser que sejam feitas algumassim-
dos dados e para traçar isopletas. Os mapas do tempo, que levariam Plificações.Isto significaque o êxito total da previsão somente pode ser
pelo menos 30 minutos para serem construídos à mão, atualmente ~tingidose e quando tais dificuldades estiverem completamente solu-
"'li'
estão sendo produzidos com a ajuda de computadores em menosde cionadas.Alguns dos detalhes do estado atual da atmosfera são justa-
;1" meio minuto. menteinobserváveis,enquanto muitas das equações que expressam as
leisfísicastêm que ser simplificadas para a solução. Portanto, a meteo-
,,11"'''::111'' rologiaestá longe de ser uma ciência exata. Previsões completas e
"," 1111, precisassão impossíveise sempre terão que ser expressas em termos de
," ",:Ii"""
Princípios da previsao meteorológica probabilidade.Tudo o que podemos fazer é realizar as previsões tão
11, ':111;:
precisasquanto possível. Obviamente, quanto mais longo for o períodu

I"'" ,
Indubitavelmente, a previsão tem sido o maior estímulo parao para o q~al as previsões são feitas, maiores as chances das previsões
,;" 111111:;'"
'" '1111'":'''''''
"1
estudo do tempo e do clima. O desejo que o homem tem de predizere seremerroneas.
""', '"'''''' de modificar o tempo atmosférico é antigo. Isto não é surpreendentese o. Antes da discussão de alguns dos métodos de previsão do tempo,
I""',''''"'"''''''''''
considerarmos o fato de que o homem e suas atividades são grande- e Importanteenfatizar o fato de que existe um estreito relacionamento
mente influenciados pelos caprichos do tempo. O termo "previsão"foi entrea análisedo tempo descrita anteriormente e a previsão do tempo.
primeiramente aplicado na meteorologia pelo Almirante Fritzroye Ambassão realizadas usualmente pela mesma pessoa - o previsor do
significa um enunciado antecipado das condições meteorológicaspara tempo.A distinção entre a análise do tempo e a previsão do tempo que
um determinado lugar, área, ou rota durante um período específico estásendo colocada é feita de forma artificial, pois esta última logica-
de tempo cronológico. As previsões de tempo são freqüentemente mentedecorre da primeira. Da mesma forma, a previsão do tempo,
classificadas nos três tipos que se seguem, tomando-se por baseo comoa análisedo tempo, exige habilidade e experiência. A previsão é
período coberto pelas previsões: resultadoda interação de idéias e de procedimentos na mente do pre-
1. previsões de período curto para parte ou para a totalidade deu11l VIsar,utilizando-sede toda a evidência disponível.
período de 24 horas, com uma previsão adicional para as 24 horaS ti O~métodos de previsão do tempo podem ser classificadosem três
seguintes; 5 POSpnncipais,que são:
2. as. previsões
' de amplitude média são feitas para um período de 2a I.métodossin'
2 ot ICOS'
d f I

3 Ias 'a - rente;I - ~. , d . 5


I ngo qU!i., 3' métodose t ".'
s ahstlcos'
. preV1soesa ongo prazo sao leltas para um peno o maiS o . métodos f" . '

dias à frente (corno po' exemplo, um mê" ou uma estação). LIMeo, ou numé"eo,.
198 199

A previsão sinótica vincula a representação diagramática do . V a outra técnica de previsão do tempo sob o método sinótico
temas de tempo atmosférico através do tempo cronológico e a extrSS\S. . . tIlde análogos. Os, análogos
. são cartas
. O sinóticas. das situações
Utiliza-se 1 f
lação dos desenvolvimentos de tais sistemas para o futuro (Atkin:Po. . assadase simi ares as situações atUais. s aconteCImentos uturos
1968). O objetivo na previsão sinótica é produzir, a partir de uma caon, reaisP ser previstos se tais análogos são encontrados, e a evolução das
sinótica de uma situação existente, uma carta similarretratando a cir~ p.ode~espassadascuidadosamente estudadas. O problema com a utili-
lação em determinado período futuro do tempo cronológico. E~' sttu~~dos análogos é que não existe análogo perfeito. Uma variedade
carta da futura circulação da superfície da atmosfera é conhecidacoma ~a~aita de padrões sinóticos da circulação atmosférica é possível e real-
a carta prebarática ou prognóstica, enquanto as que mostram a con~ 1!1~te existe de maneira que até mesmo análogos razoavelmente bons
dição futura da atmosfera superior são conhecidas como prontours ~~ difíceisde encontrar. Além disso, a comparação dos padrões sinó-
Uma carta prebarática pode ser preparada por meio da extrapo~ :cos deve ser tridimensional. Registros que cobrem várias décadas são
lação das mudanças recentes para o futuro. O movimento dos sistemas exigidosna busca por análogos e, dessa forma, o exercício envolve
de tempo atmosféricoexistentes pode ser estendido para o futuro muitotrabalho. O método analógico pode realmente ser usado apenas
supondo-se que as mudanças que tenham sido observadas Ocorréndo quandoa buscapor análogospode ser adequadamente conduzida com a
:!!
no passado continuem a ocorrer de maneira semelhante. Muito embora ajudade computador eletrônico. A procura de análogos constitui a
essa suposição possa ser razoável durante um período de até 12 horas, principalbase para as previsões mensais de longo prazo, em muitos
certamente não será válida para períodos mais longos. Isto Ocorre países,pela ausênciade técnica melhor.
,,""'''::1111'
porque a forma do movimento dos sistemas pode mudar. Além disso, Osmétodos estatísticos também são usados em previsões de longo
"li'
a extrapolação das tendências atuais não pode levar em conta novos prazo,para um mês ou uma estação. O Serviço MeteorológicoIndiano,
desenvolvimentos. Conseqüentemente, a técnica da simples extrapo. por exemplo,utiliza-se das equações de regressão linear para prever a
lação raramente pode ser usada com confiança nas previsões paraas vindadas monções e a quantidade das chuvas das monções. Os métodos
111::
""""
,;,,,,,, ,
próximas 24 horas ou mais. As cartas sinóticas para tais previsõessão estatísticossão amplamente usados nas previsões de longo prazo e na
r::' :1111;
usualmente preparadas com o auxílio do computador. Com as cartas previsãodo clima. As abordagens disponíveis foram sumariadas por
11111:::,'111i'..,
por computador acessíveis ao previsor, as interpolações necessárias Lamb(1972) da seguinte maneira:
,,,,,,:'"""""'"
são feitas entre as condições existentes e as computadorizadas paraas
próximas 24 horas ou mais. 1. a compreensão do relacionamento entre a condição física e, espe.
Os modelos sinóticos - os sistemas sinóticos ideais - são usado~ cialmente,a condição térmica da superfície da Terra e das caracte-
pelos previsores na estimativa do desenvolvimentoprovável dos padrões rísticas de grande escala da circulação atmosférica durante um
de circulação. Embora existam muitas variações nesses modelos, parti. período de estações ou anos;
cularmente nos das depressões frontais e anticiclones, eles ainda são 2. estudo dos efeitos específicos sobre a circulação atmosférica e sobre
instrumentos úteis para a previsão do tempo. O tempo não mudade o tempo das anomalias da temperatura do mar e do gelo marinho;
maneira inteiramente casual. Se isto acontecesse, teria sido impossível 3. estudo dos efeitos dos vários tipos de perturbações solares nas
predizer o tempo. Antes, existe uma tendência para certas mudançasde ~ariadasescalasde tempo, sobre a circulação atmosférica;
tempo seguirem umas às outras em uma sucessão razoavelmente orde. 4. Identificaçãodos efeitos da poeira vulcânica e outras e das camadas
nada. Essa característica do tempo atmosférico deu origem ao conceito S ~e ~~UiÇãosobre a circulação atmosférica, sobre o tempo e o clima;
de modelo sinótico. Tem-se que ter em mente que os modelos sinóticos
.Identificação das escalas de tempo cronológico, da maneira de ope-
ra~ão, bem como as origens físicas das tendências rítmicas ou cí.
são essencialmente descrições dos aspectos mais usuais do tempo atnt°S' .1'
6 cllcasd? tempo atmosférico e do clima; I'
férico. Os aspectos incomuns são excluídos, porém, se e quando estes . d~terrrl1nação das tendências de persistência estatística nos valores
ocorrem, o modelo padrão rompe-se. ClirnatológicOS;

... 'L
200 201

7. estabelecimento das tendências estatisticamente seqüenciais (SUce odinânlÍca. A atmosfera é considerada como um fluido de ri,

sões prováveis); a-
e da.te: variável, desigualmente aquecido e sujeito aos efeitos de
8. identificação das situações análogas no passado e a monitoria p denSJ~ae de atrito da superfície terrestre subjacente (Atkinson, 1968). ,

I
verificar até onde há acontecimentos similares entre casos atuai~: rotaça~l:maque a previsão númerica visa atacar é duplo. O primeiro 61
passados.
O P~~cterizarquantitativamente o estado inicial da atmosfera. O outro
car r as leis físicas que controlam as mudanças desse estado para a
li
~
Todas as abordagens acima fazem uso extensivo dos método
e a~.Jc:ode estados futuros. Conforme mencionado anteriormente,
estatísticos, particularmente da conelação e da regressão. Os caso:
pr~::m dificuldadesno ataque desse problema. Existe uma deficiência
análogos para a previsiro mensal e mais distante sfo também selecio.
eXl~ados,
de particularmente a respeito das camadas
d f ti -
' .superiores da atmos-
nados por uma variedade de sistemas computadorizados de contagem,
lera.As equações que expressam as mu anças lSlcasna atmos era sao
~

incluindo as técnicas de conelaçiro, muito embora a seleçirofinals~a uitodifíceisde,serem solucionadas de maneira exata.
feita pelos previsores depois de levarem em conta os controles físicos m Assim,a previsão numérica teve que esperar pelo advento dos
que, acredita-se, estiro trabalhando sobre a circulaçiro. Finalmente,o
êxito das previsões é avaliado depois do evento por meio de sistema computadoreseletrônicos e pelo aprimoramento das observações do
numérico de contagem ou fórmulas. Para essa avaliaçiroexistem muitas tempo atmosférico durante a Segunda Grande Guena. A previsão
i::::::: ~; ,,;;: ': li,
numéricafoi primeiramente sugerida como possibilidade, em 1912, por
fórmulas, e um exemplo simples é o seguinte:
V. Bjerknes,porém somente em 1922 foi que L.R. Richardson pu-
"li "'::111" blicouos resultados da primeira tentativa de previsão numérica. Esta
tentativa,embora teoricamente interessante, foi um fracasso como
10"
111, .
1l1i"
'
1<;=1()() (~=:)% previsãoprática. Isso ocorreu muito antes do advento dos computa-
h": iIi" "."",
:111:
:
dorese bem antes de que os dados sobre as camadas superiores da
,'Ii,', Onde 1<;é a soma do preparo demonstrado nas previsões,R é o número
li"''''
"""",
atmosfera,provenientes de aeronaves e de radiossonda, se tornassem
de previsões corretas de uma entidade, E é o número esperado queseja maisabundantesna década de 40.
'"
i~:::: I I1I11
,,~i:,,' 1111.,,:
coneto caso somente a persistência ou as médias climatológicasfossem
, ,,
""".,
li
usadas, e T é o número total de previsões.Contudo, esta fórmulaé um A previsão numérica é atualmente feita nos centros meteoro-
",,,''''''''''..,
tanto rigorosa a respeito do previsor, pois nirolhe fornece crédito algum lógicosnacionais de vários países desenvolvidos. As seguintes etapas
para avaliar a previsiro"por chance" através de seu próprio raciocínio geraisestãoenvolvidasna previsão numérica:
físico independente. Alguns tipos de previsirosomente podem ser feitos
com a utilização da estatística (como, por exemplo, as previsõesde 1. Umagrade é estabelecida sobre a área de interesse. Usualmente, a
provável freqüência de precipitações intensas no futuro, que os enge. gradecobreuma área maior do que a área de previsão para minimizar
nheiros precisam para o projeto de drenagem de tempestades). Osmé. os erros que surjam provenientes do limite da grade, que artificial-
todos estatísticos de previsão também são conhecidos como métodoS mentedelimita a extensão horizontal da atmosfera.
climatológicos. As previsões do tempo a longo prazo sempre fazelll
2. Yaloresde pressão, temperatura, etc., são então designados para a
comparações com as condições climatológicas normais, e é comUIll
fornecer previsões de valores dos elementos em termos de desvioselll Interseçãoda grade por meio da manipulação estatística dos dados
relação aos normais. observadosa partir das redes de postos de superfície e das camadas
su . I~,III

11"1

3. Ape~o.re~da atmosfera.
preVisaomais recente do estado atual da atmosfera é lançada no
mOdelo,em termos de números sobre a grade. As observações da 111

Previsaonumérica I
previs[o usualmente recebem menos peso do que as observadas, .1

A previsão númerica está baseada no princípio de que a circul~çã~ eXcetoquanto feitas


. sobre os oceanos. II
atmosférica pode ser tratada como um problema de mecânica dos fluido
11
1II i
202 203

4. Com a utilização de várias equações que descrevem as leis físicas e ocorre


nas latitudes temperadas,
. b"
qU , - entre as formas ISOancas
onde. a previsão está baseada na
e os tipos de tempo que as acom-
IIII1 t
governam o movimento atmosférico (como, por exemplo, as e qUe
ções de movimento, de continuidade e de estado, e a equação teqUQ. assoclaça~oroutro lado, nas latitudes baixas, muitas das manifestações
dinâmica), os estados futuros da atmosfera são computadorizad~o.
panharn.o são fenômenos de instabilidade, incapazes de uma predição
apresentados na forma de mapa. e do t~rn~ForsdYke,1949). O conceito de equilíbrio geostrófico é ina- !I!I!!!

prec,lsal
Phcave . .bcausa -..
nas latitudes baixas por dos valores muito. baixos
d
' - da
d
As previsões computadorizadas fornecem, atualmente, um ar de Coriolis. Portanto, as ISO aras nao 10rnecem uma m Icaçao a
bouço das curvas de nível e das isóbaras preditas. Os detalhes do tem: fOfÇ~idadee da direção dos ventos nas camadas superiores da atmos-
atmosférico, como os tipos de nuvens, insolação, chuva, geada, ne.
;e o Estas têm que ser diretamente observadas ou medidas. Portanto, é
voeiro, etc., ainda têm que ser fornecidos pelo previsor que irá, então ::~ssáriO usar uma base diferente das isóbaras para a análise sinótica
ajustá-Ios no esquema fornecido pela previsão computadorizad; ~os trópicos. Esta base é proporcionada pela análise do perfil aerodi-
,'"
(Wickham, 1970). As novas técnicas computacionais e a experiência nâmico. Um perfil aerodinâmico é uma linha traçada paralelamente à
tradicional do previsor ainda são requeridas. Da mesma forma,o êxito direção instantânea do vetar do vento em todos os pontos ao longo
",," de todas as previsões, quer sejam derivadas por computação ou POr dele. Um mapa de perfil aerodinâmico fornece um quadro instantâneo
métodos nã'o-computacionais, depende da quantidade e da qualidade do campo de movimento. Os perfis aerodinâmicos podem ser obtidos
dos dados observacionais básicos utilizados no preparo das previsões, diretamente a partir das observações dos ventos ou podem ser computa-
,,11 ''':,;1111' dorizadosa partir da distribuição da pressão. Muito embora os perfis
","
aerodinâmicos somente forneçam uma indicação dos ventos, as suas
"
Problemas da previsão meteoro lógica nos trópicos velocidadespodem ser estimadas por meio da função da corrente, que
estámuito relacionada aos perfis aerodinâmicos, da mesma maneira que
Embora o tempo meteoro lógico nos trópicos seja menos variável o vento geostrófico está relacionado com as isóbaras. Com a utilização
111111" do que em áreas extratropicais, a previsão do tempo nos trópicos esta destesvalores estimados da velocidade do vento ou dos valores medidos,
'HI!' 'I:'
,,,,,','
, provida de alguns problemas peculiares. As redes de observação nas quando disponíveis, podem ser traçadas linhas de igual velocidade do
'"''',,'''''''
baixas latitudes são muito menos densas do que as das latitudes médias vento,denominadas isotachas.
e há falta de informações sobre as camadas superiores da atmosfera, Da mesma forma, nos trópicos a convergência e a divergência
Muito embora as informações provenientes de satélites atmosféricos Somentepodem ser estimadas a partir do campo observado do vento,
estejam ajudando a preencher as lacunas criadas pelas redes precárias diferentementedaquilo que ocorre na região temperada, onde elas
de postos, parece não haver alternativa para o aperfeiçoamento das podemser pressupostas à medida que ocorrem em associação com
redes básicas de postos de superfície e das camadas superiores da atrnO~ ~ertosaspectos dos campos isobáricos e isalobáricos e com frentes.
fera. A gama de instrumentos disponíveis nestes postos também teJII o~anto, nos trópicos as cartas sinóticas de superfície têm que ser
que ser melhorada. Por exemplo, um número muito pequeno de post~S ~~~,~mentadas Com cartas das camadas superiores da atmosfera. A
possui radar meteorológico, enquanto os lançamentos de radiossona de~Itade~as t.en~ênciasbarométricas para a previsão nas baixas latitu-
são poucos e muito espaçados.c' baro~b,em e limitada. Isto ocorre porque os valores de tendências
illaiometncassão bastante baixos e, freqüentemente, não são muito
O problema da previsão nos trópicos também são menos SU~~o
tíveis de tratamento matemático do que os da região temperada. das r~ do que os erros observacionais nas leituras barométricas.
existe relação aproximada simples entre a distribuição dos ventoS esão usada stá claro, a partir do que foi visto, que algumas das técnicas
pressões nas latitudes baixas. De fato, sistemas bem definidos de pre~êJII Cáveisspara~ previsão do tempo na região temperada não são apli-
usualmente estão ausentes nos trópicos e as isóbaras dificilmente dO ficadas~~tropicos e quando aplicadas têm que ser amplamente modi-
qualquer relacionamento com o tempo atmosférico, diferentemente s cartas dos ventos das camadas superiores da atmosfera nos

1~1

/
)
,,,
204 t.

trópicos têm que ser construídas a partir de dados observados Coma


utilização de radiossondas. Os tefigramas também não são úteis nos
trópicos como nas latitudes médias. Isto ocorre principalmente porque
não existem mudanças bem definidas do tipo de massa de ar nos tró.
picos. Por conseqüência, os tefigramas mar'cadamente característicos
associados aos vários tipos de massa de ar na região temperada, ine:
xistem nos trópicos. Particularmente, os tefigramas tendem a ser
característicos da localidade e das estações, enquanto as flutuações do
tempo no dia-a-dia são muito pequenas. Como as tempestades são
comuns nas regiõestropicais, constituindo grandes riscos para a aviação,
torna-se necessário distribuir adequadamente as estações de radar ou
detectores eletrônicos de tempestades, para a previsão desses azares
meteorológicos.

Referências Bibliográficas

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