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CURSO DE MATEMÁTICA

MÓDULO BÁSICO 1

CURSO DE MATEMÁTICA
Copyright © Instituto do Grêmio Politécnico para
Desenvolvimento da Educação, 2014

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coordenação e projeto editorial: Gilberto Alvarez Giusepone Júnior


conselho editorial: Fábio Sato
Marcos Cezar de Freitas

coordenação de produção: Diego da Mata


edição: Larissa Mesquita
revisão: Fernanda Kanawati
Juliana Alexandrino
Patrícia Rocco
Sheila Folgueral
edição de arte: Stella Belluzzo
projeto gráfico e capa: Urbânia
diagramação: Bruna Lis Bortolotto / Pitanga.Design

autor: Eduardo Izidoro Costa

impressão: Alphagraphics
Unidade Bela Vista

Empenhamos todos os esforços para localizar os titulares de direitos sobre as imagens e os textos constantes neste material didático.
Caso estejam com os créditos incorretos, solicitamos que entrem em contato para a correção por esta instituição.
Sumário

Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

Sistema decimal de numeração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Ferramentas fundamentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Frações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

Números decimais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

Porcentagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

Equações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

Estudo Orientado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

FRAÇÕES
POLISABER 3
APRESENTAÇÃO

Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportuni-
dade invejável para aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do
reino do espírito, para seu próprio prazer pessoal e para proveito da comunida-
de à qual seu futuro trabalho pertencer.
Albert Einstein

Os módulos de matemática básica

Neste grupo de aulas vamos rever alguns conceitos básicos de matemática. Dizer que são conceitos básicos não
significa que são fáceis de entender tampouco que sejam simples. São, na verdade, como bases de uma estrutura maior.
Dominar esses conceitos certamente facilitará o seu entendimento no curso de matemática.
Para isso, também é necessário o domínio da linguagem usada em matemática. Escrever e interpretar textos mate-
máticos ou mesmo compreender e traduzir enunciados de problemas de matemática esbarra na transposição entre
duas linguagens: a natural (que você usa no dia a dia) e a linguagem matemática. Essa última é carregada de símbolos,
proposições, argumentos e conclusões.
Cada uma das palavras ou dos símbolos empregados na matemática busca um significado preciso e não ambíguo.
Na oralidade podemos ter ambiguidade, por exemplo, em “O dobro de três ao quadrado” fala-se em 18 ou em 36?
Escrevendo matematicamente não haveria dúvidas do que se pede, veja: 2 . 32 ou (2 . 3)2 têm significados completamente
diferentes.
Mas como dominar esta linguagem? O texto a seguir dá luz ao assunto:

A Matemática é objetivada por meio de sua linguagem, que é regida por uma sintaxe que segue regras matemá-
ticas; porém essa linguagem quando traduzida para a linguagem natural passa também a seguir regras gramaticais.
Nesse processo de tradução de uma linguagem à outra, a sintaxe deve ser compreendida para que a semântica se complete.
Os significados do texto podem ser encontrados nas diferentes formas de uso dos símbolos matemáticos e os sentidos
variam de acordo com o contexto no qual eles estão sendo empregados. (...) A tradução da linguagem matemática para
a linguagem natural exige a compreensão dos símbolos matemáticos que estão inseridos no texto. A Matemática não
dispõe de seus objetos, e sim apenas de suas representações, pois o objeto matemático não é visível e não podemos
imaginar aquilo que não vemos e, por esse motivo, o objeto precisa de uma representação.

Marisa Rosâni Abreu da Silveira


Linguagem matemática e linguagem natural: interpretação de regras e de símbolos
Universidade Federal do Pará / Brasil

Complemento ainda que a prática é uma grande aliada para o domínio. Muito treino e também paciência para não
desistir no meio do caminho. Muito de matemática se aprende fazendo. Costumo dizer que para estudar matemática se
gasta mais borracha que lápis, ou seja, o erro vai fazer parte do seu aprendizado. Considere o erro e a dúvida como
aliados; para isso, procure sempre corrigir seus erros e sanar suas dúvidas.
O autor
MATEMÁTICA – SISTEMA DECIMAL DE NUMERAÇÃO

Números concretos:
Sistema decimal de
numeração

A contagem e os sistemas de
numeração
São diversas as situações em que precisamos contar:
vamos à padaria e pedimos certa quantidade de pães;
no mercado, compramos pacotes de açúcar, café, arroz,
feijão e outras situações cotidianas.
Você já parou para pensar em como a contagem
acontecia há milhares de anos, quando o homem ainda
se organizava em pequenos grupos? De onde vem esta
necessidade de contar?
É preciso ter alguma ideia do modo de vida das pessoas
naquela época e quais eram suas necessidades. Os se- Quipo de indígenas peruanos: número de pessoas
res humanos, no processo de formação das sociedades, (censo) registrado por nós em cordas. Os nós
deixaram de ser nômades e passaram a se organizar em maiores são múltiplos dos menores, além disso, as
cores utilizadas diferenciam homens de mulheres.
pequenos grupos que, à medida que se tornam maiores,
necessitaram de formas mais eficientes para obtenção
de alimentos e territórios. Surgiu, então, a agricultura, a Os registros mostram que no pastoreio era comum
criação de animais e a organização política. usar pedrinhas para contar as ovelhas, estabelecia-se
Independentemente da forma que se organizaram, uma relação “um a um” – uma pedra, uma ovelha – e o
todos esbarraram em uma necessidade: contar. pastor podia manter preso à sua cintura uma pequena
“Quanto de território cabe a cada um?” bolsa com pedrinhas em quantidade igual ao número
“Quanto alimento é preciso?” de ovelhas permitindo que a conferência pudesse ser
“Quantas ovelhas há no pasto?” realizada a qualquer momento.
A palavra cálculo, por exemplo, vem do latim calculus
Registros históricos indicam que de maneira geral, o que significa “pequenas pedras”.
homem resolveu seus problemas de contagem usando a Carregar pedras se torna inconveniente por vários
correspondência “um a um” entre elementos de nature- motivos, como por exemplo, quando havia grandes
zas completamente distintas: desde marcas em ossos a quantidades. Perceberam que era necessário criar mé-
nós em cordas (uma marca ou um nó poderia significar, todos mais eficientes para este controle. Surgiu a ideia
por exemplo, um carneiro ou uma pessoa). de agrupamento, por exemplo: “uma pedrinha significa
uma ovelha, e dez pedrinhas significa um graveto”. Ain-
da assim poderia não ser algo prático; seria necessário
registrar as quantidades de forma mais efetiva. Foi então
que surgiu a escrita numérica: símbolos que representam
quantidades.
Diversas foram as escolhas de agrupamento, de doze
em doze, de sessenta em sessenta, de dois em dois, de
dez em dez etc. Diversas também foram as formas de
escrita (algarismos indo-arábicos, romanos, hieróglifos).
Os algarismos que hoje utilizamos são os algarismos
Osso de Ishango, com mais de 8000 anos. Encontrado indo-arábicos para registro e nosso agrupamentos é de
às margens do lago Edward no Zaire. Os números estão dez em dez – o sistema decimal.
0014

preservados como entalhes.

POLISABER 5
MATEMÁTICA sistema decimal de numeração

1 ∩∩
um bastão vertical
Unidades, dezenas, centenas,
milhares são chamadas classes
10 ∩∩ uma ferradura decimais.

102 ∩∩ um rolo de pergaminho

103 uma flor de lótus


 rincipais características do sistema
P
decimal
104 um dedo encurvado
No sistema decimal os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,
10 5
um barbato 9 são dispostos em posições que possuem um significado:
as casas decimais. Da direita para esquerda cada posição
significa 10 vezes a anterior, além disso, a quantidade
106 um homem espantado representada é obtida somando-se os valores que os
algarismos assumem.

dm m c d u
Símbolos (hieroglíficos) egípcios para representação de
unidades
números. Já apresentava o princípio aditivo, assim, por
exemplo, o número 123 (3 + 10 + 10 + 100) era represen- dezenas
tado da seguinte maneira: centenas

unidades de milhar
∩∩ dezenas de milhar

É comum que haja confusão entre número e algarismo.


Sistema decimal de Os números (concretos) expressam quantidades e os
algarismos são os símbolos utilizados para representação
numeração dos números. Por exemplo, o número 92 é composto
pelos algarimos 9 e 2.
O grande avanço do sistema numérico decimal foi a
Agrupando de dez em dez posição de um algarismo em um número. Por exemplo,
ao escrevermos o número 5 353 os algarismos 5 e 3
O nosso sistema de numeração baseia-se em agru- assumem valores diferentes de acordo com a posição
pamentos de “dez em dez”, por isso o nome “sistema que ocupam. Observe:
decimal”.
5 353
O funcionamento deste sistema é simples: dez unida-
3 unidades = 3
des são equivalem a uma dezena; dez dezenas equivalem
5 dezenas = 50
a uma centena; dez centenas equivalem a uma centena
e assim por diante, sempre agrupando de dez em dez. 3 centenas = 300

5 milhares = 5 000
Resumindo
5 353 = 5 000 + 300 + 50 + 3
10 unidades = 1 dezena = 10
10 dezenas = 1 centena = 100 Outro grande avanço no sistema indo-arábico é o
10 centenas = 1 milhar = 1 000 “nada” representado pelo símbolo 0 (zero) que até então
10 milhares = 1 dezena de milhares = 10 000 não existia.

6 POLISABER
Sistema decimal de numeração MATEMÁTICA

de fósforos. Cada pacote contém 10 caixas, e


EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO cada caixa contém 40 palitos de fósforo. Esse é
só um exemplo dos diversos agrupamentos que
encontramos no dia a dia.

1. Responda rapidamente: Quantos objetos há em


cada figura? 4. Cite exemplos de agrupamentos que você co-
nhece. Não tente complicar, isso é simples.

5. É comum que operadores de caixa nos peçam di-


nheiro trocado. Um caixa juntou suas moedas de
1 real para trocar por notas com seu colega con-
forme a figura a seguir. Determine o número míni-
fig 1 fig 2 fig 3
mo de notas que ele irá receber. Quais e quantas
são as notas de cada tipo? Qual o valor total?

fig 4 fig 5 fig 6

Em quais das figuras foi preciso contar? Em quais,


ao “bater o olho”, a resposta foi automática?
A percepção numérica do homem (e de alguns
animais) identifica facilmente grupos com 1, 2,
3 e até 4 elementos. Passando de quatro ele-
mentos tudo se confunde e é preciso fazer a
contagem.

2. Quantos quadrados há na figura a seguir?

6. Converta conforme o exemplo:


a) 10 unidades correspondem a 1 dezena
b) 100 unidades correspondem a ____ dezenas
c) 100 unidades correspondem a ____ centenas
d) 10 centenas correspondem a ____ dezenas
3. Determine uma forma alternativa e eficaz de
contar o número de pontos na figura a seguir. e) 1 milhar corresponde a ____ centenas
f) 1 milhar corresponde a ____ dezenas
g) 2 centenas correspondem a ____ unidades
h) 3 dezenas correspondem a ____ unidades
i) 150 unidades correspondem a ____ dezenas
j) 38 centenas correspondem a ____ dezenas
k) 72 dezenas correspondem a ____ unidades
l) 38 dezenas correspondem a ____ centenas e ____
Você já deve ter percebido que muitos produ- unidades
tos são vendidos em embalagens com diversas m) 55 dezenas correspondem a ____ centenas e ____
unidades. Um exemplo são os pacotes de caixas unidades

POLISABER 7
MATEMÁTICA sistema decimal de numeração

7. Escreva o valor dos algarismos assinalados,


conforme os exemplos:
a) 118 → 1 dezena = 10
b) 587
c) 989
d) 3 565
e) 3 565
f) 3 565
g) 3 565
h) 14 989
i) 14 989
j) 14 989
k) 117 → 1 centena + 1 dezena = 110
l) 989
m) 1 117
n) 1 117
o) 1 117
p) 2 525
q) 2 525
r) 2 525
s) 2 525

8 POLISABER
MATEMÁTICA – FERRAMENTAS FUNDAMENTAIS

A escada da Sabedoria tem os degraus feitos de números.


Blavatsky

Neste grupo de aulas reestabeleceremos o contato livros e internet sempre que precisamos ou podemos.
com ferramentas fundamentais da aritmética. Relem- Na escola ou em exames de admissão, de uma maneira
braremos as quatro operações (adição, subtração, geral, somos proibidos de utilizar estes recursos. É ne-
multiplicação e divisão), seus significados e alguns cessário repensar o que se deseja de fato no ensino da
contextos de aplicações, bem como alguns dos seus Matemática.
desdobramentos: múltiplos, divisores, mínimo múltiplo É comum ainda, associar rapidez em cálculos com
comum, máximo divisor comum, números primos e domínio em Matemática, mas isso não necessariamente
números compostos. acontece. A rapidez vem com a prática e com a repetição.
Não há nenhuma dúvida que o caminhar pela Mate- Já o domínio dos conceitos vem do entendimento pleno.
mática encontra aqui passos que são fundamentais para Ressaltamos que a velocidade em cálculos é algo positivo,
o bom entendimento e operacionalização dos demais desde que haja também o domínio dos conceitos. Não se
conceitos que serão apresentados posteriormente,
preocupe em ser rápido sem antes se preocupar com o
portanto não se intimide frente às possíveis dúvidas
entendimento. Não é feio contar nos dedos! Depois de
e/ou curiosidades que podem surgir. Para tentar saná-las
entender o que é a tabuada é bom que você a decore e
insista na compreensão dos conceitos: leia e releia o
isto lhe poupará tempo.
texto; pesquise em outras fontes; procure seu professor
Agora leia atentamente os quatro problemas a seguir
ou um colega. A dúvida e a curiosidade só são ruins se
e decida qual operação deve ser utilizada em cada um
você não tentar, até conseguir, esclarecê-las.
dos casos.
Antes de prosseguirmos com nossa revisão, gostaría-
• Se eu tenho 375 reais e recebo outros 43 qual quantia
mos de ressaltar que situações do seu dia a dia também
estão repletas de Matemática. Isso não faz necessário eu acumulei?
que seu estudo esteja preso a estas situações. Veja por • Um rolo de tecido tem 50m de comprimento, se for
exemplo as duas situações a seguir: vendido 32m deste tecido quanto sobrará neste rolo?
1) Em uma mesa, há 15 laranjas; destas, apenas 1 dúzia • Uma caixa de lápis de cor de 12 cores tem um lápis de
são próprias para consumo e as demais, podres. cada cor, quantos lápis há em 15 caixas como estas?
Quantas devem ser descartadas? • Um pacote de balas de 500g tem 125 balas, quanto
2) Em um sítio, criam-se galinhas para venda. De um lote pesa cada bala?
de 15 destes animais, 12 foram vendidos. Quantas
galinhas deste lote retornaram ao sítio?

Uma maneira de se resolver os dois problemas apresen-


O conjunto dos números
tados é fazendo a operação 15 – 12 = 3 e, assim, a mesma inteiros (ℤ)
conta pode ser feita para resolver os dois problemas, mas
certamente galinhas e laranjas são diferentes! Neste momento do curso vamos rever e desenvolver
Da mesma forma que o número 15 está associado habilidades operatórias no universo dos números inteiros.
a laranjas também pode estar associado a galinhas ou Denominamos como inteiros os números naturais e
mesmo à idade de alguém ou ao preço de um produto. seus respectivos simétricos ou opostos.
A sentença “15 – 12 = 3” pode então resolver diferentes Assim ℤ = {... –4, –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
situações e isso permite concluir algo importante na Ma-
temática: a existência dos números e de suas operações.
Na verdade, a conta “15 – 12” pode ser efetuada mesmo
Números opostos ou simétricos
que não esteja contextualizada. são tais que a soma deles é nula.
Há muita discussão sobre o ensino de Matemática ba- Por exemplo; 2 é oposto de –2,
pois –2 + (–2) = 0.
seado em situações cotidianas, mas vendo bem de perto,
811-4

no nosso cotidiano podemos recorrer às calculadoras,

POLISABER 9
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais

Uma maneira bem conveniente de representar os equilíbrio, nós devemos realizar transações de forma
números inteiros é utilizar uma reta, fazendo com equivalente no outro prato.
que pontos da reta estejam associados aos inteiros.
Observe: Resumindo: para manter a igualdade verdadeira,
o que fazemos de um lado devemos fazer do outro.
indica o sentido
de crescimento Podemos então, estabelecer as seguintes propriedades:
zero: origem
Sendo A, B e C números inteiros, temos:

–5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 • Se A = B então para todo C, temos: A + C = B + C


• Se A = B então para todo C, temos: A ∙ C = B ∙ C
d A B
• Se A = B então para todo C ≠ 0, temos: =
d: distância escolhida C C

Em uma reta numérica os números inteiros estão


associados aos seus pontos. Escolhe-se uma origem
(zero), um sentido de crescimento e uma distância que Escolha você valores para A, B
é assinalada repetidamente, indicando a posição do e C e verifique as afirmações
número. anteriores.

A igualdade
Vamos nos atentar na igualdade, representada pelo
Relembrando as quatro
símbolo igual “=”. operações
Se um número A é igual a um número B escrevemos
a sentença A = B para representar esta igualdade. Os Em se tratando de uma revisão, optamos pela
números A e B recebem o nome de membros da equação. abordagem destes assuntos em forma de exemplos
e/ou situações problemas sem um aprofundamento em
A = B formalizações matemáticas. A resposta dos exercícios
propostos a seguir pode ser facilmente conferida com
uso de uma calculadora; mas insistimos: conhecer e
membros
dominar os métodos manuais são importantes para alu-
nos que se submetem a exames/avaliações ou mesmo
situações cotidianas que não nos permitem o uso destes
 ropriedades fundamentais da
P convenientes aparelhos.
igualdade Vamos agora rever a nomenclatura utilizada em cada
uma das quatro operações fundamentais.
Podemos pensar em uma igualdade como uma balança
de dois pratos em equilíbrio.

Para alterarmos o equilíbrio desta balança podemos


realizar transações em um dos pratos, por exemplo,
acrescentar ou tirar objetos, e, para reestabelecer o

10 POLISABER
números inteiros – ferramentas fundamentais MATEMÁTICA

Algumas propriedades importantes 3. Resolva os problemas a seguir, apresentando


cada uma das operações necessárias ou o racio-
A1) A + B = B + A cínio utlizado.
“A ordem das parcelas não altera a soma”
a) Com o início das aulas, Preta foi às compras! No seu
A2) A + 0 = A carrinho havia 1 caderno universitário de 10 maté-
“O zero é o elemento neutro da adição” rias, 1 caixa com 12 lápis de cor, 1 estojo de canetas
hidrocor, 1 compasso, 1 lápis borracha, 1 caderno de
M1) A x B = B x A cartografia e desenho e 1 kit de desenho geométrico
“A ordem dos fatores não altera o produto” (pacote com 1 régua, 2 esquadros e 1 transferidor)

M2) A x 1 = A • Na papelaria havia opção de pagamento nos chama-


“O 1 é o elemento neutro da multiplicação”
dos “caixas rápidos” sinalizados com a informação
“até 10 volumes”. Pergunta-se: Preta pode se utilizar
deste caixa? Por quê?
O uso destas propriedades se
torna extremamente conveniente
• Os preços de alguns itens da papelaria estão na
em alguns casos!
tabela a seguir:

Material Valor unitário


Borracha R$ 0,50
Adição e subtração – Estojo de canetas hidrocor R$ 6,00
acrescentar e tirar Kit com 4 canetas esferográficas
R$ 4,50
(azul, verde, vermelha e preta)
Caneta esferográfica
R$ 1,60
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO (cores diversas – sem gliter)
Caneta esferográfica
R$ 2,00
(cores diversas – com gliter)
Lápis no 2 R$ 0,70
1. Efetue cada uma das adições indicadas
a) 7 + 41 Lápis borracha R$ 2,00
b) 14 + 52 Caixa de lápis de cor
R$ 25,00
c) 32 + 561 (36 unidades)
d) 763 + 127 Caixa de lápis de cor
e) 1 876 + 123 R$ 20,00
(24 unidades)
f) 745 + 8 864
Caixa de lápis de cor
g) 6 758 + 32+ 457 R$ 12,00
(12 unidades)
h) 546 + 1347 + 76 549
Caderno universitário
i) 12 + 348 + 120 + 3 248 R$ 3,00
(1 matéria)
j) 541 + 11 + 1 267 + 99
Caderno universitário
R$ 12,00
(10 matérias)
2. Efetue cada uma das subtrações indicadas Caixa de clips no 0
R$ 12,50
a) 326 – 98 f) 98 769 – 798 – 235 (200 unidades)
b) 170 – 90 g) 76 907 – 39 Papel sulfite (Resma) R$ 13,25
c) 1 239 – 987 h) 64 532 – 12 – 235
Papel sulfite (100 folhas) R$ 4,00
d) 1 329 – 346 – 87 i) 3 457 – 99
e) 18 762 – 370 j) 2 897 – 23 – 11 Caderneta pequena R$ 2,45

POLISABER 11
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais

II. Qual o total de bicicletas vendidas no ano?


Régua 30 cm R$ 1,00 III. Qual a diferença verificada entre o total de unidades
Esquadro 60° em acrílico R$ 2,00 vendidas no terceiro e no primeiro trimestre?

Esquadro 45° em acrílico R$ 2,00


Transferidor simples em acrílico R$ 3,00
Kit “desenho geométrico”
Adicionando e subtraindo
(pacote com 1 régua, 2 esquadros R$ 5,00 números relativos
e um transferidor)
Compasso R$ 8,00
Caderno de cartografia e desenho R$ 3,00 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO
Corretivo líquido R$ 2,50
Caneta corretiva R$ 5,80
Giz de cera 4. Efetue cada uma das operações indicadas.
R$ 6,75
(caixa com 12 unidades) a) 37 – 154
Massa para modelar b) 34 897 – 100 000
R$ 8,73
(10 cores) c) 1 487 – 96 + 10
Tesoura sem ponta R$ 1,20 d) 1 487 – (96 + 10)
e) -64 + 100 – 21 + 4
Folha de cartolina (cores) R$ 1,10
f) -64 + 100 – (21 + 4)
g) 32 + 12 – 13 – 35 + 7
Ao optar pela compra do kit de desenho geométri-
h) 32 + [12 – (13 – 35) + 7]
co, Preta economizou ou teve prejuízo? Justifique
i) 32 + (12 – 13) – (35 + 7)
indicando o valor da diferença.
j) [76 – (25 – 4) + 861] – 12

• Qual o valor total da compra?


• Ao pagar, Preta utlizou de uma nota de cinquenta
reais. Quanto de troco deve receber? Multiplicação – Somando
parcelas iguais
b) Uma pequena fábrica de bicicletas teve, em um de-
terminado ano, suas vendas registradas no gráfico Considere as adições:
a seguir:
• 8 + 8 + 8 + 8 = 32
unidades vendidas • 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 = 32

dezembro 287
Note que em ambos os casos há a adição de parcelas
novembro 190
iguais. Multiplicar tem seu sentido inicial baseado nestes
outubro 210
tipos de situação. Os exemplos anteriores podem ser
setembro 120
agosto 90 reescritos como:
julho 80
junho 79 • 8 + 8 + 8 + 8 = 4 x 8 = 32
maio 70 • 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 = 8 x 4 = 32
abril 67
março 86
fevereiro 100 É essencial saber a tabuada! Se
janeiro 87 você ainda tem dificuldades com
ela, não se intimide! Faça uma
agora pra você e a mantenha por
I. Há claramente um aumento significativo no último perto.
trimestre. Como você justificaria tal fato?

12 POLISABER
números inteiros – ferramentas fundamentais MATEMÁTICA

9. Uma loja de eletrodomésticos tem três planos


EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO para a aquisição de um televisor. À vista, por
R$ 660,00, em três parcelas de R$ 240,00 ou em
12 vezes de 75 reais. Calcule o valor final e a
5. Em um depósito, existem 32 caixas com frascos diferença dos planos parcelados em relação ao
de detergente. Cada caixa contém 12 frascos de preço à vista.
500 ml cada. Quantos são os frascos de deter-
gente no depósito? Quantos litros de detergen-
te há no deposito? Lembre-se sempre da regra de
sinais para a multiplicação!
+e+→+
6. Arme e efetue cada uma das multiplicações a +e–→–
seguir: –e–→+
a) 12 x 5 k) 98 x 23 –e+→–
b) 36 x 9 l) 54 x 20
c) 51 x 11 m) 421 x 11
d) 63 x 11 n) 16 x 47
10. Efetue cada uma das expressões indicadas
e) 123 x 11 o) 1235 x 14
a) 32 x (–15)
f) 37 x 5 p) 176 x 123
b) –9 x 187
g) 24 x 15 q) 12 x 132
c) 36 x (–9) x 2
h) 125 x 10 r) 15 x 34 x 12
d) (–81) x (–45)
i) 125 x 100 s) 65 x 2 x 10
e) –3 ∙ (2 + 3 ∙ 4)
j) 125 x 1000 t) 10 x 65 x 15
f) 8 + [3 ∙ (7 – 15)] – 18
g) 8 + 3 ∙ (7 – 15) – 18
7. Para medir a área de um retângulo deve-se rea- h) 8 + 3 ∙ 7 – 15 – 18
lizar o produto entre as medidas de dois lados i) (8 + 3) ∙ 7 – 15 – 18
adjacentes. Com base nisso, dê o valor de área
de cada uma das superfícies hachuradas.
11. Em Matemática quando desejamos contar obje-
tos de maneira indireta usamos os conceitos de
análise combinatória. Boa parte desta teoria se
baseia em um princípio muito simples – o mul-
tiplicativo, também conhecido como princípio
fundamental da contagem. Este princípio pode
ser enunciado da seguinte maneira “O total de
possibilidades de um evento que ocorre em um
determinado número de etapas é dado pelo
produto das possibilidades de cada uma das
etapas.” Assim, por exemplo, se uma bandeira
tem 4 listras e dispomos de 3 cores para croma-
tizá-la, quantas bandeiras diferentes podem ser
confeccionadas? Podemos raciocinar da seguin-
te maneira:

8. Em um terreno retangular com 5 metros de 1a listra: 3 opções


frente e 20 metros de fundo, construiu-se uma 2a listra: 3 opções
casa de dimensões 3m x 18m. Faça uma figura 3a listra: 3 opções
da situação descrita e calcule as áreas da casa,
4a listra: 3 opções
do terreno e do quintal.

POLISABER 13
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais

Pelo princípio fundamental da contagem efetuamos: 3 x 3 x 3 x 3 = 9 x 9 = 81 maneiras



Sabendo disso, resolva os problemas que seguem:

a) Considere o conjunto A = {1, 2, 3, 5, 8, 9} e responda às questões a seguir:

I. Quantos números de 4 algarismos podemos formar?


II. Quantos números de 4 algarismos distintos podem ser formados?
III. Quantos números pares de 4 algarismos podemos formar?
IV. Quantos números de 4 algarismos podemos formar, de modo que dígitos consecutivos sejam distintos?

b) Na lanchonete “Sandubas” Amanda recebeu a seguinte informação para montar seu lanche:

“Faça seu sanduíche”

Primeiro decida pelo tamanho de seu pão: Pouca fome? 15 cm. Muita fome? 30 cm. Em seguida escolha uma das
opções de tipo de pão.
Chegou a hora de escolher o recheio, escolha um dos deliciosos sabores! Temos agora 6 opções de salada, escolha
3 e finalmente decida quais os dois molhos que vão dar ainda mais sabor ao seu lanche!

Qual o tamanho
Qual seu pão?
da sua fome?
• francês
15 cm • ciabata
• italiano
30 cm • parmesão

Qual a sua saladinha?


• alface Opções de recheio
• tomate • salpicão de frango
• picles • salpicão de atum
• pepinos fatiados • queijo muçarela
• cenoura e beterraba • queijo branco
• cebola

molhos
• quatro queijos
C!
NHA
• italiano
• mostarda
• vinagrete

Quantos lanches distintos podem ser escolhidos pela Amanda seguindo-se as instruções da lanchonete?

14 POLISABER
números inteiros – ferramentas fundamentais MATEMÁTICA

12. Leia atentamente esse quadro:

1 2 3 4
das nossas opções de
Caros colegas, a execução deste projeto nos obriga à análise
desenvolvimento no futuro
das nossas metas
a complexidade dos cumpre um papel essencial
Por outro lado, financeiras e
estudos efetuados na formulação
administrativas
a expansão de nossa exige precisão e a dos conceitos de
Assim mesmo
atividade definição participação geral

Não podemos esquecer a atual estrutura da auxilia a preparação e a das atitudes e das
que organização estruturação atribuições da diretoria

o novo modelo estrutural contribui para a correta


Do mesmo modo, das novas proposições
aqui preconizado determinação
o desenvolvimento de
assume importantes das opções básicas para o
A prática mostra que formas distintas de
posições na definição sucesso do programa
atuação
Nunca é demais insistir, a constante divulgação das do nosso sistema de
facilita a definição
uma vez que informações formação dos quadros
das condições
a consolidação das prejudica a percepção da
A experiência mostra que apropriadas para os
estruturas importância
negócios
oferece uma boa
É fundamental ressaltar a análise dos diversos
oportunidade de dos índices pretendidos
que resultados
verificação
O incentivo ao avanço o início do programa de acarreta um processo de
das formas de ação
tecnológico, assim como formação de atitudes reformulação
Walter Fontoura citado por Elio Gaspari, Belo Horizonte, Estado de Minas, 28 jun. 1998.

Esse quadro é o “Guia de discurso para tecnocratas principiantes”. Segundo o autor, basta combinar qual-
quer expressão da primeira coluna com expressões das outras colunas, observando sempre a ordem 1, 2,
3 e 4, para falar durante certo tempo, sem dizer absolutamente nada.
Suponha que sejam necessários 12 segundos, em média, para proferir cada combinação possível dessas
expressões. Nesse caso, um tecnocrata “enganador” poderá fazer um discurso “vazio” durante:
a) 4 horas
b) 10 horas
c) menos de 30 horas
d) mais de 30 horas

Divisão: “quantas vezes cabe” ou a “volta” da multiplicação


A ideia que dá origem à operação de divisão é sem dúvida a necessidade da partilha de uma quantia em partes iguais.
Mas é importante salientar que a divisão entre números está associada à “volta” da multiplicação.
Em especial, no conjunto dos números inteiros, dividir um número A (dividendo) por um número não nulo B (divisor)
significa encontrar um quociente Q e um resto R (R  0 e R < Q) de modo que A = B ∙ Q + R.

POLISABER 15
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais

Dizemos ainda que se resto da divisão for zero, o nú- 15. Um comerciante compra caixas de mangas, que
mero A é divisível por B ou ainda que a divisão de A depois agrupa em bacias para revender. Saben-
por B é exata. do que cada caixa contém 40 mangas e custa ao
comerciante R$ 10,00 e que cada bacia com 4
dividendo A B divisor
mangas é vendida a R$ 3,00, determine:
resto R Q quociente
a) o número de bacias por caixa.
b) o custo de uma manga para o comerciante.
Exemplo:
c) o lucro obtido na venda de uma bacia.
17 5 ⇔ 17 = 5 · 3 + 2
d) o lucro obtido na venda de 10 caixas.
2 3

16. Um fazendeiro vendeu um boi de 270 kg. Quan-


tas arrobas pesava esse boi? Se ele precisasse
E aí? Fez sua tabuada? de 180 arrobas de boi, quantos desses bois de-
veria vender? (obs.: 1 arroba equivale a 15 kg)

17. Os gráficos a seguir representam a relação en-


tre a quantidade de unidades produzidas e o va-
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO lor do custo de produção do total de unidades.
Por exemplo, em julho foram produzidas 70 uni-
dades ao custo total de R$ 700,00.

13. Resolva (em ℤ) as divisões a seguir, tirando a


prova real.
a) 14 : 3 l) 108 : 12
b) 25 : 4 m) 180 : 20
c) 140 : 25 n) 1 800 : 200
d) 137 : 13 o) 5 000 : 25
e) 255 : 25
p) 5 000 : 250
f) 1 237 : 102
q) 5 000 : 2500
g) 1 237 : 120
h) 18 : 2 r) 10 000 : 8
i) 36 : 4 s) 10 000 : 80
j) 360 : 40 t) 1 000 : 800
k) 72 : 8 u) 1 000 : 80

14. Resolva os itens a seguir considerando U = ℤ


a) Determine o dividendo de uma divisão em que o divi- No primeiro semestre, o valor de venda desses
sor é 18, o quociente é 9 e o resto é o maior possível. produtos era de R$ 15,00 por unidade; no se-
b) Uma divisão tem divisor igual a 12 e resto igual a 5. De gundo, o valor de venda sofreu um decréscimo
quantas unidades se deveria aumentar o dividendo e passou para R$ 13,00. A produção é feita sob
para que a divisão fosse exata? encomenda, portanto, é toda vendida.
c) Determine o divisor de uma divisão em que o resto Com base nessas informações e nos gráficos,
é 13 e este é o maior resto possível. responda:
d) Em uma divisão, tanto o dividendo quanto o divisor a) Qual o mês de maior produção?
foram multiplicados por um mesmo número diferente b) Quando se arrecadou mais dinheiro?
de zero. O que aconteceu com o quociente? Verifique c) Qual o custo unitário em outubro e em dezembro?
essa situação nos itens h, i, j, k, l, m e n do problema d) Em que mês(es) a empresa obteve maior lucro por
18 e depois formule uma regra geral. unidade? E menor?

16 POLISABER
números inteiros – ferramentas fundamentais MATEMÁTICA

18. Antes de começar essas resoluções procure Potenciação básica –


entender o sentido da ordem em que as ope-
rações devem ser estabelecidas. Discuta com
expoentes naturais
seus colegas se elas são necessárias e por quê.
a) 50 – 10 + 30 Da mesma forma que a multiplicação, a potenciação
b) 50 – (10 + 30) também tem seu conceito inicial baseado na simplifica-
c) 32 · 12 + 10 – 8 ção da escrita de outra operação. Desta vez a multipli-
d) 36 : (3 + 3) cação de fatores iguais é representada por uma notação
e) 5 + 3 · (12 – 5) mais conveniente: a potenciação.
f) (5+3) · (12 – 5)
Por exemplo, o produto de 3 fatores iguais a 5 (5 ∙ 5 ∙ 5)
g) [(180 : 2) · (14 – 9)] + 8
é representado como 53.
h) 180 : [2 (14 – 9) + 8]
i) 32 · (12 + 10 – 8)
j) 54 + (12 · 3 + 2)
k) 36 : 3 + 3 Nomenclatura:
l) 2 + {[5 · (3 + 8) – 5 · 10] + 72}
m) 1 470 – {[42 + 3 (12 – 6)] : 6} expoente
potência { 53 base
n) 1 470 – 42 {[3 · 12] – 6 : 6}

Nesse caso o expoente indica quantas vezes a base se


19. Já sabemos que em uma adição a ordem das
repete como fator de um produto.
parcelas não altera a soma e também sambe-
mos que a soma de parcelas iguais podem ser
transformadas em uma multiplicação. Resolva 53 = 5 ∙ 5 ∙ 5
as expressões a seguir de forma indireta, com
uso destes conhecimentos.
Generalizando:
a) (5 + 15 + 18 + 2 + 12 + 7 + 8 + 13) : 20
b) 1 + 2 + 3 + 4 + ... + 97 + 98 + 99 + 100 n expoente
c) 1 + 3 + 5 + ... + 101 + 103 + 105 potência {a base

Observações: Podemos então definir:


• Divisão por 1
Quando dividimos qualquer número por 1, o resul-
(1) Se n é um número natural maior que 1, ou seja,
tado é o próprio número.
n  {2, 3, 4, 5, 6,...} então:
De modo geral, A : 1 = A (para qualquer valor de A)
n
• É possível dividir por zero? a = a · a · a · ... · a
{

Não. A divisão pode ser entendida como a rever-


n fatores iguais
são da multiplicação. Como poderíamos, então,
dividir por zero? Por exemplo, tente encontrar um
número que satisfaça 12 : 0. Pense na prova real! (2) se n = 0, define-se, a0 = 1
Que número multiplicado por zero resultaria em
12? Certamente não há tal número, pois qualquer (3) se n = 1, define-se, a1 = a
número multiplicado por zero resulta em zero.
Concluindo: É impossível dividir por zero! Exemplos:
43 = 4 ∙ 4 ∙ 4 = 64
• A divisão de um número por ele mesmo.
40 = 1
Para todo número A (A ≠ 0), tem-se que A : A = 1
41 = 4

POLISABER 17
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

20. Complete a tabela a seguir: 22. Efetue as operações indicadas conforme o


exemplo e registre os resultados em forma de
Potência Base Expoente Produto potência. Depois responda mentalmente as per-
guntas que seguem e complete os quadros.
73 7 3 7·7·7
a) 24 · 23 = 2 · 2 · 2 · 2 · 2 · 2 · 2 = 27
5 2
b) 33 · 32 =
8·8·8·8 c) 124 · 126 =
d) 5 · 55 · 52 =
4 8

102 • O que é comum aos produtos apresentados?


• Qual é a relação entre os expoentes dos fatores e
10 4
os do resultado?
9 1

1 9 Generalizando:

Na multiplicação de potências de mesma________,


conserva-se a ______e______os expoentes.
21. Calcule as potências que seguem
a) 43 = g) – 24 = m) – 53 = 58 5·5·5·5·5·5·5·5
e)   = = 52
b) 2 =
4
h) (– 4) =3
n) 302 = 5 6
5·5·5·5·5
c) 02 = i) – 43 = o) 44 = 95
f)   =
d) 05 = j) (– 5)2 = p) 26 = 93
e) 23 = k) – 52 = q) 73 = 77
g)   =
f) (– 2) =
4
l) (– 5) =
3
r) 35 = 74

h) 235 : 232 =

A definição apresentada se • O que é comum às divisões apresentadas?


restringe a expoentes naturais!
Embora não seja nosso objeto de • Qual é a relação entre os expoentes do numerador
estudo agora, que tal você procurar (dividendo) e do denominador (divisor) e o do resul-
significado para expoentes de tado?
outros tipos, negativos, por
exemplo?
Generalizando:

Na divisão de potências de mesma _________,


conserva-se a _______ e _______ os expoentes.
Propriedades da potenciação

Encontrar regularidades em operações que envolvem i) (32)4 = 32 · 32 · 32 · 32 = 32 + 2 + 2 + 2 = 38


potencias é importante para facilitar a resolução de exer- j) (65)2 =
cícios e problemas. Essas regularidades são chamadas k) (1210)4 =
propriedades e podem ser usadas sempre. l) (88)3 =
Vamos agora perceber estas propriedades através de
aplicações diretas da definição. Ao terminar esta bateria • Qual é a relação entre os expoentes dados e o ex-
de exercícios você terá em mãos algumas das proprie- poente do resultado?
dades fundamentais para seus estudos.

18 POLISABER
números inteiros – ferramentas fundamentais MATEMÁTICA

Generalizando:

“Na potência de potência, conserva-se a ________ As reticências indicam que se trata


e _________ os expoentes.” de um conjunto infinito.

Múltiplos e divisores de um
número inteiro
EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Divisores de um número natural


24. Escreva o conjunto dos múltiplos de cada nú-
Os divisores de um número natural são os valores que mero a seguir:
dividem esse número sem deixar resto. a) M(7)
Exemplo: b) M(8)
Os divisores de 24 são 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24. c) M(10)
Escrevemos esse conjunto da seguinte forma: d) M(11)
D(24)={1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24}. e) M(13)
f) M(25)
g) M(34)
h) M(26)
EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Números primos e números


23. Escreva os conjuntos dos divisores de cada nú- compostos
mero a seguir: (dica: use sua tabuada).
a) D(12)
Um número natural maior que 1 é primo quando seus
b) D(26)
divisores são somente o 1 e ele mesmo. Os itens g e h do
c) D(35)
problema 22 são exemplos de números primos: 17 e 34.
d) D(56)
Multiplicados entre si, os números primos geram os
e) D(70)
demais números, que chamamos de compostos.
f) D(45)
Assim, os números naturais são classificados como
g) D(17)
primos ou compostos.
h) D(23)

 eterminando alguns números


D
Múltiplos de um número natural primos
Os múltiplos de um número natural são obtidos pelo
produto desse número por todos os naturais: 0, 1, 2, 3, 4,...
Veja que esses produtos podem ser feitos indefinida- EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO
mente.

Por exemplo:
Os múltiplos de 12 são: 0, 12, 24, 36, 48, 60, 72... O que vamos apresentar aqui é o chamado crivo de Eras-
Escrevemos esse conjunto da seguinte maneira: tóstenes: um método para a obtenção dos números primos.
M(12) = {0, 12, 24, 36, 48, 60, 72...} Aqui, vamos obter os números primos menores que 50:

POLISABER 19
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais

• Escreva os números naturais de 2 até 50: Então, os primos menores que 50 são: 2, 3, 5, 7, 11, 13,
17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43 e 47.
2 3 4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Número “primo”? Filho da minha tia?

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 A palavra primo refere-se a ideia de primeiro,


41 42 43 44 45 46 47 48 48 50 primazia, sua origem está na concepção numérica
dos pitagóricos, no século V a.C.. Nessa época, os
matemáticos gregos dividiam os números inteiros
• O número 2 é primo. Assinale-o e em seguida eli- naturais em três classes:
mine seus múltiplos (que não são primos por serem • A unidade, o 1: monad (unidade, 1);
múltiplos de 2). • Os protói arithmói (números primos) ou asynthetói
aritmói  (números não compostos): aqueles que
2 3 4 5 6 7 8 9 10
não podem ser gerados pelo produto de outros
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 números além da unidade. 2, 3, 5, 7, 11, etc.; 
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 • Os deuterói arithmói (números compostos): aque-
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 les que podem ser gerados pelo produto de outros
41 42 43 44 45 46 47 48 48 50 números. 14 (= 2 · 7), 6 (= 2 · 3), 8, 15, 22, 134, etc.

Euclides definiu número primo da seguinte manei-


• O número seguinte, 3, também é primo. Assinale-o
ra: “Número primo é aquele que só pode ser medido
e, em seguida, elimine seus múltiplos.
através da unidade.”
2 3 4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30   Fatoração prima
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
41 42 43 44 45 46 47 48 48 50 Fatorar é expressar em forma de produto. A fatoração
prima consiste em encontrar todos os números primos
que compõe um determinado número.
• O seguinte, 5, também é primo. Assinale-o e, em
seguida, elimine seus múltiplos.
Exemplo: Como fatorar o número 54?
2 3 4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Primeiramente, escrevemos o 54
número a ser fatorado seguido de
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
um traço vertical.
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
Depois, inserimos um número 54 2
41 42 43 44 45 46 47 48 48 50
primo que divida o valor à direita.
Neste caso, o número 2.

• O seguinte, 7, também é primo. Assinale-o e, em 54 2


Efetuamos a divisão, anotando o 27
seguida, elimine seus múltiplos. resultado à esquerda.
Continuando esse processo, chegamos à seguinte
Procuramos agora outro primo 54 2
tabela: que divida o resultado da divisão 27 3
anterior.
2 3 4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Repetimos o processo até chegar 54 2
a 1 na coluna esquerda. A forma 27 3
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 fatorada é o produto dos valores à 9  3
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 direita. 3  3
Então: 54 = 2 · 3 · 3 · 3 1
41 42 43 44 45 46 47 48 48 50

20 POLISABER
números inteiros – ferramentas fundamentais MATEMÁTICA

 ínimo múltiplo comum (mmc)


M Escolhemos agora outro primo 9, 12 2
e repetimos o procedimento até 9, 6 2
que, na coluna esquerda, sobrem 9, 3 3
Acompanhe o exemplo:
apenas valores iguais a 1. 3, 1 3
M(9) = {9, 18, 27, 36, 45, 54, 63, 72, 81, 90, 99, 108...} O mmc será dado pelo produto dos 1, 1
M(12) = {12, 24, 36, 48, 60, 72, 84, 96, 108, 120...} valores anotados à direita.
mmc (9,12) = 2 · 2 · 3 · 3 = 36
Os múltiplos comuns são os números que estão em
ambos os conjuntos.

M(9)  M(12) = {36, 72, 108...} EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Pergunta-se: qual é o menor valor desse conjunto?


Vemos que esse valor é o 36. Esse é o mmc entre 9 e 12.
26. Usando o algoritmo anterior, determine:
Escrevemos: mmc (9, 12) = 36.
a) mmc (8,5) d) mmc (12, 7, 3)
b) mmc (12,5) e) mmc (25, 35, 21)
c) mmc (52,14) f) mmc (9, 24, 8, 12)

EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

 áximo divisor comum (mdc)


M
25. Usando os resultados do problema 23, determi-
ne o mmc entre: Acompanhe o exemplo:
a) 8 e 34 c) 7 e 8 e) 13 e 26 D(24) = {1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 14}
b) 25 e 10 d) 34 e 26 D(36) = {1, 2, 3, 4, 6, 9, 12, 18, 36}

Obtenção direta do mmc Os divisores comuns são os números que estão em


ambos os conjuntos.
Para obter o mmc entre dois ou mais números, não é
preciso escrever os conjuntos dos múltiplos. Basta fazer
D(24)  D(36) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
a fatoração prima conjunta dos números.
Pergunta-se: qual é o maior valor desse conjunto? É
Acompanhe o exemplo:
fácil ver que é o número 12. Esse é o mdc entre 24 e 36.
Escrevemos: mdc (24, 36) = 12
Determinar: mmc (9, 12)

Primeiramente, escrevemos dois 9, 12


valores, seguidos de um traço Quando o mdc é igual a 1,
vertical. dizemos que os números são
primos entre si.
Depois, escolhemos um número 9, 12 2
primo que divida ao menos um dos
valores e o escrevemos à direita.
Neste caso, é o 2.
Efetuamos somente as divisões 9, 12 2
que forem exatas. Neste caso, o 9, 6 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO
2 divide o 12, mas não divide o 9.
Anotamos o resultado da divisão,
quando for possível dividir sem
deixar resto. 27. Usando os resultados do problema 22 determi-
Se ainda for possível, use o mesmo 9, 12 2 ne o mdc entre:
valor para dividir, repetimos o 9, 6 2
a) 12 e 26 c) 35 e 45
procedimento. 9, 3
b) 56 e 70 d) 12 e 35

POLISABER 21
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais

Obtenção direta do mdc 30. Dois rolos de barbante devem ser cortados em

Para obter o mdc entre dois ou mais números, não é pedaços de mesmo tamanho. Sabendo que um
preciso escrever os conjuntos dos múltiplos. Basta fazer a rolo tem 70 metros e o outro, 42 metros, deter-
fatoração conjunta dos números. Acompanhe o exemplo: mine o maior tamanho possível de cada pedaço
e a quantidade de pedaços obtidos.
Determinar: mdc (24 e 36)

Primeiramente, escrevemos o 24, 36 Radiciação básica – Raiz


número a ser fatorado seguido de
um traço vertical.
quadrada e Raiz cúbica
Depois, escolhemos um número 24, 36 2
primo que divida todos os valores Como calcular a área de um quadrado? E o volume de
ao mesmo tempo, e o escrevemos um cubo? Para esses cálculos, devemos ter as dimensões
à direita. Neste caso, é o 2. dos objetos. Por exemplo:
Efetuamos então as divisões e 24, 35 2
anotamos o resultado à esquerda. 12, 18
um quadrado um cubo
Repetimos o procedimento, 24, 35 2 de lado 5 cm de aresta 2 cm
escolhendo um primo que divida 12, 18 2
todos os valores e anotando 6, 9 3
os resultados à esquerda. Esse 2, 3 5 cm 2 cm
processo termina quando não
houver mais divisores comuns
diferentes de 1. O mdc será dado 2 cm
5 cm 2 cm
pelo produto dos valores anotados
à direita.
mdc (24, 30) = 2 · 2 · 3 = 12 Para calcular a área Para calcular esse
devemos efetuar o volume, devemos
produto dos lados. efetuar o produto das
5 · 5 = 52 = 25 cm2 arestas

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
Em ambos os casos, trabalhamos com a ideia de pro-
duto de fatores iguais, ou seja, a ideia de potenciação.
E como determinar o lado de um quadrado, conhecendo
28. Usando o algoritmo anterior, determine:
sua área, ou determinar a aresta de um cubo conhecendo
a) mdc(32, 12) d) mdc (35, 12)
seu volume?
b) mdc (25, 125) e) mdc (21, 49, 14)
Usaremos uma ideia contrária à da potenciação – a
c) mdc (43, 36) f) mdc (32, 36, 48)
da radiciação.
É muito provável que você já tenha ouvido as expres-
29. Em um terminal, três linhas de ônibus vão para sões “raiz quadrada” ou “raiz cúbica”. Será que alguma
o centro. O primeiro ônibus sai de 15 em 15 mi- planta tem uma raiz assim? É claro que não. Essas ex-
nutos, o segundo sai de 21 em 21 minutos e o pressões têm origem no latim. Veja:
terceiro, de 35 em 35 minutos. Sabe-se que as
saídas são regulares e que às 5h00 as linhas co-
radix quadratum 25 aequalis 5
meçam a funcionar simultaneamente.
Depois de quantos minutos os ônibus das três
linhas sairão juntos novamente? A que hora do Essa frase significa: “o lado do quadrado de área 25
dia? é igual a 5”.

22 POLISABER
números inteiros – ferramentas fundamentais MATEMÁTICA

O número n é o índice da raiz e o número a, o radicando


EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO (que fica sob o sinal do radical).

Em símbolos:

31. Calcule: índice


a) o volume de um cubo de aresta 3m; radical
b) a área de um quadrado de lado 9dm.
n
√a = b enésima raiz de a

32. Determine o lado de um quadrado cuja área radicando


vale:
a) 36 cm2
n: índice {n ∈ N, n > 1}
b) 4 dm2
c) 9 cm2 √ : radical
a: radicando (a ∈ R)
d) 25 km2
b: enésima raiz de a
e) 49 cm2
f) 100 m2
g) 144 km2 Atenção: a e b devem ser reais positi-
vos se n for par, e reais se n for ímpar.
Assim, a definição de radiciação de-
33. Determine a aresta de um cubo de volume: pendedo índice n escolhido.
a) 27 cm3
b) 64 m3
c) 8 km3
 aiz de índice par
R
d) 125 cm3
e) 1 000 cm3
Sejam a um número real não negativo e n um número
natural par não nulo. Chamamos raiz enésima de a o
número real positivo b que, elevado à enésima potência,
 adiciação – revertendo a
R resulta em a.
potenciação
Em símbolos:
A operação de radiciação pode ser entendida como a
√a = b ⇔ bn = a
n

operação inversa da potenciação. (a  R, n  N* | n é par, b  R+)


Para saber o lado de um quadrado ou a aresta de um
cubo de que se conhecem, respectivamente, a área e o Lê-se: "a pertence aos reais positivos, n pertence
aos naturais não nulos tal que n é par e b pertence
volume, surgiu a necessidade de trabalhar com raízes.
aos reais positivos."
Esses problemas vêm da necessidade de se medirem
terrenos, silos de grãos etc..
Só mais tarde esses conceitos foram ampliados para
responder a outras questões.
Vamos estudar matematicamente essa operação.  aiz quadrada
R

Definição Nos exercícios e problemas que envolvem radiciação,


a raiz quadrada é o tipo mais comum; por isso, omitimos
o índice 2 do radical e entendemos o símbolo √a como
A raiz de ordem n (diz-se também “enésima”) “raiz quadrada de a”.
de um número real a é a operação que re- Assim, a pergunta feita em √a é: “qual o número real
sulta um número b que, elevado ao expoente
positivo que, elevado ao quadrado, resulta a?”, de acordo
n (n  N), fornece o número a.
com a definição de raiz de índice par.

POLISABER 23
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais

A raiz quadrada, assim como as outras raízes de índice


Propriedades da radiciação
par, não está definida para números negativos no con-
junto dos números reais. 35. Associe, conforme o exemplo depois responda
às perguntas que seguem:
Raiz de índice ímpar √4 · √9 5 · 2 = 10 √36
3
√25 · √4 6 · 2 = 12 √–64
Sejam a um número real e n um número natural ímpar √–8 · √8 2·3=6 √144
maior que 1. Chamamos raiz enésima de a o número √36 · √9 5 · 10 = 50 √2 500
√25 · √1 000 (–2) · 2 = 4 √100
real b que, elevado à enésima potência, resulta a.

Em símbolos: • É possível perceber uma relação entre os elementos


correspondentes da preimeira e da terceira coluna?
Explicite-a.
√a = b ⇔ bn = a
n

(a  R, n  N | n é ímpar, b  R+)

Lê-se: "a pertence aos reais, n pertence aos 36. Com base nas regularidades observadas no pro-
naturais, tal que n é ímpar e b pertence aos reais." blema 6, resolva os produtos que seguem, regis-
trando os resultados como radicais.
a)  7√25 · 7√12
atenção: Nas raízes de índice n ímpar, √a é um nú- b)  3√2 · 3√42
mero real, mesmo que o radicando a seja negativo. c) √10 · √5
d)  5√32 · 5√2
e) √2 · √2 · √8
Exemplos:
3
√8 = 2, pois 23 = 2 · 2 · 2 = 8
3
√– 8 = –2, pois (–2)3 = (–2) · (–2) · (–2) = –8 Generalizando:
5
√32 = 2, pois 25 = 2 · 2 · 2 · 2 · 2 = 32 Na multiplicação de raízes de mesmo __________
o resultado é igual à enésima raiz do ____________
dos radicandos.
Em símbolos:
 aiz cúbica
R
√a · n√b ⇔ n√a · b
n

O índice ímpar mais utilizado é o três, ou seja, a raiz


cúbica, representada por 3√a (lê-se: “raiz cúbica de a”).
Determinando a enésima
34. Determine os valores a seguir:
raiz de um número real
a) √81 k)  3√1
Em alguns casos, a determinação da enésima raiz de
b) √25 l)  3√27 um número inteiro não é imediata. Por exemplo, como
c) √1 m)  3√8
5
calcular o valor de √144 ou de √7776?
d) √49 Para determinar a raiz enésima (raiz quadrada, cúbica,
n)  3√64
e) √4 quarta...) de um número inteiro, devemos relembrar do
o)  3√125
f) √36 processo de fatoração prima, pois quando fatoramos
p)  3√–27 um número, nós o escrevemos em forma de produto. Se
g) √64
q)  3√–8 nesse produto houver fatores iguais podemos agrupá-los
h) √9
r)  3√–216 convenientemente e escrevê-los como potências. Depois,
i) √16
podemos usar a reversão da propriedade do produto de
j) √100 s)  3√–1 000
índices iguais.

24 POLISABER
números inteiros – ferramentas fundamentais MATEMÁTICA

37. Efetue a fatoração prima dos valores que seguem:


Generalizando:
a) 16
b) 64 Em divisões de raízes de mesmo ________, o re-
c) 81 sultado é ________ à enésima raiz do quociente dos
d) 144 radicandos.
e) 576 Em símbolos:
f) 1 296 n
√a a
g) 1 728 n
√b
⇔n
b = (b ≠ 0)

38. Usando as fatorações anteriores, agrupe os Alguns erros comuns


fatores iguais, escrevendo-os como potências Será que:
convenientes para calcular os seguintes valo-
res, conforme o exemplo.
• √9 + √16 = √25?
a)  √16 = √22 · 22 = √22 · √22 = √4 · √4 = 2 · 2 = 4
• √4 = ±2?
b)  4√16
c)  √81
A resposta é não em ambos os casos . As igualdades
d)  3√–64
e)  4√81 são falsas.
f)  √144 No primeiro caso é fácil fazer a verificação:
g)  √576
h)  4√1 296 √9 + √16 = 3 + 4 = 7 e √25 = 5
i)   4√1 728

Generalizando:
n
39. Associe conforme o exemplo, depois responda √a ± n√b ≠ n√a ± b
às perguntas que seguem:
√64 –8 √16
= –4 O segundo caso é um absurdo, pois, se admitirmos
√4 2
√4 = ±2, temos que admitir √4 = +2 e também que
3
√–512 8  3√–64
=4 √4 = –2, o que levaria a 2 = –2, o que é claramente
3
√8 2
incorreto.
√625 4  3√8
=2
√25 2
Isso também pode ser verificado observando-se a
3
√64 25 √25
=5 definição de radiciação de índice par
3
√8 5
n
√a = b ⇔ bn = a, se n é par, a e b  0
• É possível perceber uma relação entre os elementos
correspondentes da primeira e da terceira coluna?
Explicite-a.
41. Associe conforme o exemplo, depois responda
à pergunta que segue:
40. Com base nas regularidades observadas do pro- 3 6
blema 10, resolva as divisões que seguem, re- 16 8=2 729
3 6
gistrando os resultados como radicais. 64 4=2 64
3 4 4
a)  7√25 : 7√5 729 81 = 3 6 561
4 3 4
3
b)   √20 : √10 3 6 561 27 = 2 16
√10
c)  
√2 • É possível perceber uma relação entre os elementos
d)  5√8 : 8√2 correspondentes da primeira e da terceira coluna?
e) √21 : √7 Explicite-a.

POLISABER 25
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais

42. Com base nas regularidades observadas no  aízes não exatas


R
exercício 41, resolva as expressões que seguem
registrando os resultados como radicais.
4
Nem sempre é possível encontrar um número racional
a) 65 = que satisfaça a expressão n√a = b ⇔ bn = a. O que fazer
5 3
b) 2= nesses casos?
c) 3
121 = Quando não conseguimos encontrar um valor racional
para isso, usamos a simplificação de radicais. O proces-
d) 87 =
3
so é o mesmo da obtenção de raízes (exercício 38), ou
e) 9= seja, fatorar e agrupar os iguais de acordo com o índice.
Com uma única diferença: os fatores que não puderem
ser agrupados ficam sob o radical. Esse processo é a de
Generalizando:
simplificação de radicais.
A raiz de índice n cujo radicando é uma outra raiz Acompanhe o exemplo:
de índice m de um número é igual à raiz cujo índice
igual ao ________ (n · m) do mesmo número. √32 = √22 · 23 · 2 = √22 · √22 · √2 = 2 · 2 · √2 = 4 · √2
Em símbolos:
n m n·m
a = a
47. Simplifique os radicais a seguir.
a)  √8
b)  √18
2 · 18 × 3 · 3 c)  √125
43. Calcule: 3 64 =
3 · 27 d)  3√32
e)  3√81
f)  3√48
44. Calcule conforme o exemplo, registrando o re- g)  4√32
sultado como radical. Depois, generalize o que h)  5√96
observou.
a)  (3√8)2 = 3√8 · 3√8 = 3√8 · 8 = 3√82
b)  (√12)3 = 48. Calcule, conforme o exemplo
c)  (5√9)2 =
a)  √3 + √12 = √3 + 2√3 = 3√3
d)  (3√6)5 =
b)  √125 + √20
c)  √200 + √8
Generalizando: (n√a)m = n√am d)  3√16 + 3√54

45. Determine os valores das expressões, conforme


os exemplos.
a)  3√33 = 3√27 = 3 e)  5√(–3)5
b)  √(–4)2 = √16 = 4 f)  √72
c)  √(–3) 2
g)  4√34
d)  √32 h)  4√(–3)4

46. É correto afirmar que n√an = a? Ou, como é muito


comum dizer, podemos “cortar” índices e expo-
entes quando são iguais? Quando isso é válido?

26 POLISABER
MATEMÁTICA – REVENDO FRAÇÕES

Os conceitos mais simples são os mais abstratos.


Wilhelm Ostwald

Revendo frações Denominador Lê-se Exemplo Leitura

1
2 meios um meio
2

Conceito inicial e 2
3 terços dois terços
representação 3

3
O conceito de fração está inicialmente ligado à ideia 4 quartos três quartos
4
de divisão de um todo em partes iguais. Por exemplo, se
3
temos uma pizza e a dividimos em 8 partes iguais, cada 5 quintos três quintos
5
parte é uma fração da pizza.
De maneira geral uma fração é representada por duas 1
6 sextos um sexto
partes (termos); o numerador que representa a quanti- 6
dade de partes consideradas e o denominador que diz
3
a natureza das partes iguais em que o todo foi dividido. 7 sétimos três sétimos
7
Em outras palavras, uma parte numera (diz quantos) e a
5
outra denomina (dá o nome).
8 oitavos 8
cinco oitavos

A representação algébrica usada é a seguinte: 7


9 nonos sete nonos
9

a 2
ou a/b 10 décimos dois décimos
b 10
(a e b inteiros e b  0) 2 dois centési-
Em que a é chamado numerador e b é chamado 100 centésimos mos
100
denominador.
3
1 000 milésimos três milésimos
10000

Podemos entender a representação a/b como “a di- Observações:


vidido por b”, motivo pelo qual o denominador b deve I. Se o denominador for 11, 12,..., 99, 101, 102,..., 999 etc.,
ser diferente de zero (afinal não há divisão por zero!).* a leitura deles é o número, seguido da palavra “avos”.
Por exemplo:

Leitura de uma fração Denominador Lê-se Exemplo Leitura

1
A leitura de uma fração é feita da seguinte forma: 12 doze avos um doze avos
12
lê-se o numerador e, em seguida, o denominador, de
trinta e nove 2 dois trinta e nove
acordo com uma nomenclatura específica. Veja alguns 39 avos 39 avos
exemplos a seguir:
a
II. Uma fração pode também ser lida como “a dividido
b
por b” ou como “a sobre b”.
2
Por exemplo, a fração pode ser lida como “dois sobre
* A divisão por zero não é possível. Pense em uma divisão por zero, por exemplo, 5 : 0,
certamente não há possibilidade de encontrar um número que multiplicado por zero
39
resulte em 5. trinta e nove” ou “dois dividido por trinta e nove”.

POLISABER 27
MATEMÁTICA frações

Estendendo o conceito
De posse da informação de que uma fração possui 1
uma parte que numera e outra que denomina, podemos 2
estender esse conceito para além de partes de um todo
4 7
e encontrar significado em frações do tipo , etc., nas
3 2
quais o numerador é maior que o denominador *. Podemos
então entender que uma fração representa simplesmente
4
“quantos de quê”, assim no exemplo temos quatro 4
3
“coisas” que são chamadas de terços. 8
Todos os números inteiros podem ser escritos na forma
de fração; basta considerar que seu denominador é 1 ou
ainda que a fração representa uma divisão exata.

Exemplos:
2
5 100 4
5= = = ...
1 20
−12 12 −24
−12 = =− = = ...
1 1 2
10 −20 Observe que todas as frações representam metade da
10 = = = ...
1 −2 figura, mas têm representações diferentes. Esse exem-
plo nos leva a crer que existem frações que expressam
a mesma quantidade mesmo que escritas de maneiras
EXERCÍCIO RESOLVIDO diferentes. Essas frações são ditas equivalentes e são
obtidas utilizando o princípio fundamental das frações,
que enuncia:
Dê a representação de cada uma das frações
correspondentes à parte hachurada de cada
Uma fração não terá seu valor alterado se multipli-
uma das figuras, sabendo que elas foram divi-
carmos (ou dividirmos) o seu numerador e seu deno-
das em partes iguais.
minador por um mesmo número diferente de zero.

Ou de maneira simbólica:

3 Dados a, b e k com b e k não nulos, temos:


R: 3 R: R:
5
6 4 8 a a⋅k
=
b b⋅k

Propriedade fundamental Exemplos:


das frações 2 2⋅3 6 3 3÷3 1
a) = = c) = =
5 5 ⋅ 3 15 12 12 ÷ 3 4
Observe as figuras a seguir nas quais círculos idênti-
cos foram divididos em partes iguais, mas de maneiras 7 7 ⋅ 2 14 15 15 ÷ 5 3
b) = = d) = =
diferentes. Em seguida a metade do círculo foi colorida. 4 4⋅2 8 75 75 ÷ 5 15
* Essas frações são denominadas impróprias.

28 POLISABER
frações MATEMÁTICA

Por exemplo, se uma pizza for dividida em 8 partes,


EXERCÍCIO RESOLVIDO cada fatia corresponde a 1/8 do todo. Se uma pessoa
come 3 fatias (3/8) e outra come 2 fatias (2/8) certamente
comeu mais quem comeu 3 das fatias, assim:

Obtenha frações equivalentes com o que é pedido: 3 2


>
3 8 8
a) com denominador 12
4
9
R:
12 Se duas frações distintas
Justificativa: Basta encontrar um número que multipli- possuem o mesmo denominador,
é maior aquela que possui maior
cado por 4 resulte em 12, isso pode ser obtido simples- numerador e é menor aquela que
mente dividindo 12 por 4 que resulta em 3. Logo, para possui menor numerador.
que tenhamos uma fração equivalente a 3/4 mas com
denominador 12, devemos multiplicar ambos os termos
da fração por 3, ou seja: Simbolicamente, dado b  0, temos:
a c
> ä a>c
3 3⋅3 9 b b
= =
4 4 ⋅ 3 12
a c
< ä a<c
3 b b
b) com numerador 27
8 Agora, como comparar duas frações de denominado-
27 res diferentes? Basta escolher frações equivalentes de
R: mesmo denominador!
72
3 5
Justificativa: Analogamente ao item anterior: Por exemplo: qual é maior ou ?
8 4
3 3 ⋅ 9 27 5 10
= = Note que é possível escrever
como e como já
8 8 ⋅ 9 72 4 8
10 3 5 3
sabemos > , ou seja, > .
8 8 4 8

Simplificando frações EXERCÍCIO RESOLVIDO

Simplificar uma fração (quando possível) é determinar


sua fração equivalente, na qual o numerador e o deno- 8 5 1
Colocar as frações , e em ordem cres-
minador são primos entre si*. 9 4 6
cente:
15
Por exemplo, simplificando a fração , temos: 1 8 5
25 R: < <
6 9 4
15 15 ÷ 5 3
= = Justificativa: Devemos colocar todas as frações dadas no
25 25 ÷ 5 5
mesmo denominador. Uma alternativa é tirar o m.m.c.
dos denominadores. Logo, o m.m.c.** entre 6, 9 e 4 é 36.
m.m.c. (6, 9, 4) = 36.
Então,
Comparando frações 8 32 5 45 1 6
= ; = e = ,
9 36 4 36 6 36

Comparar frações de mesmo denominador é uma ação


que pode ser feita de maneira intuitiva.
** m.m.c.: mínimo múltiplo comum. Trata-se do menor número que é múltiplo dos
* Primos entre si são inteiros cujo maior divisor comum é o número 1. números dados; grosso modo, é o primeiro encontro das tabuadas dos números dados.

POLISABER 29
MATEMÁTICA frações

assim:
6 32 45 1 8 5 Exemplos:
< < ä < <
36 36 36 6 9 4
1 2 7 1− 2 + 7 6
− + = =
Observação: O uso do m.m.c. para isso é facultativo; 5 5 5 5 5
qualquer múltiplo comum pode ser utilizado.
3 6 17 3 + 6 − 17 −8 8 1
+ − = = =− =−
16 16 16 16 16 16 2

O que fazer nos casos em que as frações não possuem


Somando e subtraindo frações o mesmo denominador? Mais uma vez o princípio
fundamental das frações nos dá a solução, ou seja,
Vamos começar esse assunto utilizando um problema
fazemos com que as frações tenham o mesmo deno-
bem simples:
minador e voltamos ao caso inicial.
Três amigos, João, Maria e Antônio, partem um bolo em
oito pedaços iguais. João comeu um pedaço, Maria, dois Exemplo:
pedaços e Antônio, três pedaços. Qual fração do bolo foi 1 2 7
− + m.m.c. (6, 9, 4) = 36
consumida? Qual fração sobrou? 6 9 4
Resolução esquemática: 1⋅ 6 2 ⋅ 4 7 ⋅ 9
− + =
6⋅6 9⋅4 4⋅9
sobra 6 8 63
= − + =
João 36 36 36

6 − 8 + 63 61
= =
36 36

Uma maneira direta de fazer essas contas é por um


algoritmo* que descrevemos a seguir.
Maria

Antônio Algoritmo para somar frações


1. Calcula-se o m.m.c. entre os denominadores
envolvidos.
2. Escreve-se esse m.m.c. como denominador da
Contando diretamente temos que a parte consumida fração a ser obtida.
6 2
foi de e a sobra de . 3. Divide-se o m.m.c. pelo denominador original
8 8
de cada uma das frações e multiplica-se cada
De outra maneira podemos observar que:
um dos valores obtidos nessas divisões pelo
1 2 3 6 respectivo numerador, anotando o produto no
+ + = para a parte consumida e; numerador da fração a ser obtida.
8 8 8 8
4. Operam-se os valores no numerador da fração
8 6 2 a ser obtida.
− = para a sobra.
8 8 8
Observação: Esse algoritmo é enunciado popular-
Podemos concluir, então: mente como “divide pelo debaixo e multiplica-se pelo
de cima”.

No exemplo anterior:
Para somar ou subtrair frações de
mesmo denominador basta manter 1 2 7
este denominador e operar os − + m.m.c. (6, 9, 4) = 36
6 9 4
numeradores.
* Algoritmo é uma sequência de passos finita e não ambígua, uma espécie de “receita”.

30 POLISABER
frações MATEMÁTICA

6 4 9
1 2
O significado de de
1 – 2 + 7 = 61–42+9 7 = 3 5
6 9 4 36

1/3

= 6 – 8 + 63 = 61 2/5
36 36

1/3
Nota-se que o todo foi dividido em 15 partes (5 partes
Multiplicando frações na base e 3 partes
2/5na altura), logo a fração assinalada
2
Na Matemática, a preposição “de” indica, na maioria 3 épartes
de .
15
das vezes, uma multiplicação.
1/15 1/15
Por exemplo:

• Qual o triplo de 9? 5 partes


3 partes
Pensamos em 3 x 9!

• Qual o dobro de 14? 1/15 1/15


Pensamos em 2 x 14!
1 2 5 partes
Agora, o que significaria, por exemplo, de ?
3 5
1 2
Podemos imaginar que será considerado da fração . Observando esse esquema muito atentamente é possí-
3 5
Mas que número será este? vel perceber que para atribuir um valor para a expressão
1 2 1× 2 2
de podemos simplesmente efetuar = e,
Observe o esquema: 3 5 3 × 5 15
assim, a operação de multiplicação entre duas frações
pode ser definida.
Linhas verticais: Quintos

Para multiplicar frações basta


multiplicar numerador por
numerador e denominador por
denominador.

2/5

Respeitada a condição de existência das frações


2/5
Linhas horizontais: Terços podemos escrever simbolicamente:

a c a×c
⋅ =
1/3 b d b×d

2/5
1/3

2/5

POLISABER 31
MATEMÁTICA frações

1 1
EXERCÍCIO RESOLVIDO O inverso de
34
é 34, pois
34
× 34 = 1.

1 1
O inverso de 5 é , pois 5 × = 1.
Calcule: 5 5

2 3 1 1
a) ⋅ O inverso de –9 é , pois –9 × = 1.
3 9 −9 −9

Resolução: 3 4 3 4
O inverso de é , pois × = 1.
4 3 4 3
2 3 2×3 6 :3 2
⋅ = = =
3 9 3 × 9 27 : 3 9
Note que se a’ é inverso de a, então a é o inverso de a’.
Note que a multiplicação poderia ter sido simplificada:
2 3 2 × 3/ 1 2 1 1
⋅ = = Exemplo: 2 é inverso de e é inverso de 2.
3 9 13/ × 9 9 2 2

3 3 1 Agora que já vimos essas duas definições, podemos


b)   ⋅ +
5 9 3 definir a divisão entre duas frações, partindo de um
exemplo numérico:
Resolução: 3
3  3 1  3  3 + 3  13/ 6 6 :3 2 3 5 4
⋅ +  = ⋅ Qual o resultado de ÷ = ?
= ⋅ = = 4 7 5
5  9 3  5  9  5 9/ 3 15 : 3 5
7
Podemos pensar da seguinte maneira: se a divisão
fosse por 1, o resultado seria o próprio dividendo (nume-
Dividindo frações rador), mas o divisor (denominador) não é 1. Por outro
lado podemos transformar o divisor em 1, mas para isso
Antes vamos relembrar duas definições: a divisão devemos multiplicá-lo pelo seu inverso multiplicativo e,
por 1 e o inverso multiplicativo de um número. De para não mudar o valor da divisão, temos de garantir que
posse dessas duas ideias juntamente com o princípio o dividendo também seja multiplicado pelo mesmo valor.
fundamental das frações poderemos definir a operação
3 3 7 3 7
de divisão entre duas frações. ⋅ ⋅
3 5 4 3 7 21
÷ = = 4 5 =4 5 = ⋅ =
4 7 5 5 7 1 4 5 20

A divisão por 1 7 7 5
Assim, de uma maneira geral, respeitadas as condições
Um número qualquer dividido por 1 resulta nele de existência:
mesmo. a a d a d
⋅ ⋅
b = b c = b c = a ⋅ d = a⋅d
c c d 1 b c b⋅c

d d c
O inverso multiplicativo
Dessa forma,

Define-se como inverso multiplicativo de


um número real a (a  0) um valor a’, tal que: Para dividir frações conservamos a fração do
1
a · a’ = 1. Daí segue que a’= . dividendo e multiplicamos pelo inverso da fração
a
do divisor.

Exemplos: Ou de modo mais popular: “Conservamos a primeira e


1 1 multiplicamos pelo inverso da segunda”.
O inverso de 2 é , pois 2 × = 1.
2 2

32 POLISABER
frações MATEMÁTICA

E o nosso exemplo anterior se resumiria a: 7


c)
5
3
1
4 = 3 ⋅ 7 = 21 d)
5 4 5 20 4
7 2
e)
3
Respeitadas as condições de existência, podemos 3
f)
generalizar: 100
5
a g)
6
b = a⋅d
c b⋅c 2
h)
d 10
3
i)
2
52
j)
EXERCÍCIO RESOLVIDO 1 000
1
k)
8
3
+1 3
4 1
Calcule o valor de + . l)
2 3 3 9

5 7
Resolução:
2. Em cada figura identifique a quantidade de par-
3 3+4
+1 tes em que o todo foi dividido, a quantidade de
4 1 1
+ = 4 + = partes marcada e a fração correspondente:
2 3 3 2⋅3 3

5 7 5⋅7

7
4 1 7 35 1
= + = ⋅ + =
6 3 4 6 3
35

245 1 245 + 8
= + = =
24 3 24

253
=
24

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

1. Escreva como se lê cada uma das frações.


5
a)
7
2
b)
17

POLISABER 33
MATEMÁTICA frações

3 1 5 1 1 7 2 8
3. Represente as frações , , , , , e e) com denominador 10
8 4 16 2 6 8 3 5
nas figuras dadas.
2
f) com denominador 4
8
7
g) com denominador 1 000
8

5. Simplifique (ao máximo) cada uma das frações


dadas.

3
a)
9
31
b)
961
8
c)
48
25
d)
100
17
e)
289
48
f)
144
81
g)
99
990
h)
810
1300
i)
90
90
j)
25
13
k)
169
230
4. Use o princípio fundamental das frações para l)
460
escrever frações equivalentes, conforme se
pede.
1
a) com denominador 32 6. Em cada caso, coloque as frações em ordem
8
crescente de seus valores.
2
b) com numerador 1
10 1 3 17
a) , ,
8 9 12
3
c) com denominador 81
9
8 7 17
17 b) , ,
d) com denominador 100 5 8 25
25

34 POLISABER
frações MATEMÁTICA

7. Resolva as seguintes expressões simplificando


ao máximo o resultado final.

8 1 4
a) + –
5 5 5
8 7 1
b) + –
5 5 15
8 7 1
c) ⋅ −
5 5 5

8 7 1
d) ⋅ −
5 5 5
7 1 1
e)   − ⋅
2 5 3

7 1 1
f) − ⋅
2 5 3
7 1

2 5
g)  
2
3⋅
5
7 2
h)   − 1 + 3 ⋅ + 2
2 5

7 2
− 1+ 3 ⋅ + 2
2 5
i)  
7 1 1
− ⋅
2 5 3
8 7 1
⋅ −
5 5 5 4 4 1
j)   + − ⋅
7 3 5 3
−1
2

POLISABER 35
MATEMÁTICA – NÚMEROS DECIMAIS

Números decimais Características do sistema


indo-arábico
O conceito de número decimal, as regularidades en- Vamos rever as principais características do sistema
contradas na forma como se escrevem esses números decimal.
e as técnicas para operá-los podem ser mais facilmente 1. P
 or ser um sistema decimal, os agrupamentos são
entendidas se se entendem as características e regu- feitos de 10 em 10.
laridades do nosso sistema de numeração – o sistema 2. É
 posicional: um mesmo símbolo (algarismo) re-
indo-arábico ou decimal. presenta quantidades diferentes, dependendo da
O homem começou a usar símbolos para representar posição que ocupa na escrita.
quantidades. Os símbolos hoje conhecidos como numerais 3. É
 aditivo: a quantidade representada pode ser obtida
pela adição dos valores que os algarismos assumem
passaram gradativamente a formar sistemas de numeração.
de acordo com a posição que ocupam.
Conhecem-se vários sistemas de numeração: o egípcio, o
4. É
 multiplicativo: uma posição à esquerda de outra
babilônico, o maia, o chinês, o romano etc.
é 10 vezes maior que a anterior.
Atualmente, a maioria dos povos usa o sistema de
numeração indo-arábico, que tem esse nome por ter
sido criado pelos antigos indianos e depois modificado
e aperfeiçoado pelos árabes. Valores menores que a
Por que esse sistema de numeração teve mais acei- unidade
tação do que os outros? Por pelo menos dois aspectos
significativos: Tendo já estudado um pouco o sistema decimal, vimos
que os agrupamentos feitos de 10 em 10 são bastante
• Praticidade: quando os cálculos passaram a ser muito
práticos.
necessários, devido à expansão do comércio na Europa
Vimos também que cada agrupamento de 10 unidades
e no Oriente, esse sistema era mais prático por ser
pode ser trocado por 1 dezena, cada agrupamento de 10
posicional. dezenas, por 1 centena e assim sucessivamente.
• Zero: em seu desenvolvimento, esse sistema criou
um símbolo para o “nada”, o nosso conhecido zero.
10 unidades = 1 dezena
Nenhum outro sistema tinha uma representação para
10 dezenas = 1 centena
a ausência de quantidade. 10 centenas = 1 milhar
Para nós, que nascemos sob culturas que adotam o 10 milhares = 1 dezena de milhar
sistema decimal há muito tempo, essas características
talvez não pareçam tão determinantes, mas, na Antiguida-
de, representaram uma revolução. Enfim, a superioridade
desse sistema não se deve à sua base 10, mas ao fato Das frações aos números
de ele ser posicional e de utilizar o zero. decimais
Aprendemos ainda que as frações podem ser entendi-
Para dar uma ideia das dificuldades operatórias
das como partes de um todo. Assim, podemos tomar uma
de outros sistemas de numeração, fica aqui um
unidade e dividi-la em 10 partes; depois, cada uma dessas
exemplo de falta de praticidade. Como seria,
10 partes, em outras 10 partes e assim sucessivamente.
por exemplo, a multiplicação entre números escritos
Com isso, obtemos valores menores que a unidade mas
com algarismos romanos? Tente imaginar uma conta
que ainda se agrupam de 10 em 10.
simples como 12 3 5.
Um bom exemplo é o nosso sistema monetário.

36 POLISABER
números decimais MATEMÁTICA

Para ler um decimal maior que a unidade, lê-se a parte


inteira e, depois, se procede como antes.
Por exemplo: 23,81 representa 23 inteiros e a parte
decimal, que termina na casa dos centésimos.
Lê-se: vinte e três inteiros e oitenta e um centésimos.

Dez moedas de 1 centavo podem ser trocadas por


uma moeda de 10 centavos; dez moedas de 10 cen- Atenção: quando o número é
tavos podem ser trocadas por uma moeda de 1 real. maior que a unidade, também
pode ser lido sem se considerar a
vírgula, enunciando-se a casa de
terminação. No exemplo anterior,
O sistema de numeração decimal funciona assim: 23,81 pode ser lido como “dois
Dividindo-se a unidade em 10 partes, cada parte mil trezentos e oitenta e um
corresponde a 1 décimo. centésimos”.
Dividindo-se o décimo em 10 partes, cada parte
corresponde a 1 centésimo.
Dividindo-se o centésimo em 10 partes, cada parte Desse modo, é fácil representar um decimal como
corresponde a 1 milésimo.
fração. Basta lembrar do que vimos antes, sobre leitura
Dividindo-se o milésimo em 10 partes, cada parte cor-
de frações.
responde a 1 décimo de milésimo.
E assim sucessivamente.
Para separar esses “pedaços” menores da parte inteira,
usamos uma vírgula na escrita numérica, indicando que,
a partir dela, os algarismos representam valores menores
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
que a unidade.
O sistema de numeração decimal pode ser apresentado
de acordo com as ordens decimais (ou casas decimais)
1. Converta, agrupando de 10 em 10.
que seguem.
a) 10 décimos correspondem a ______ unidade.

... M C D U , d c m ... b) 100 décimos correspondem a ______ dezena.


m c d u S d c m
i e e n E é e i c) 10 centésimos correspondem a ______ décimos.
l n z i P c n l
h t e d A i t é d) 3 500 centésimos correspondem a ______ unidades.
a e n a R m é s
r n a d A o s i e) 30 centésimos correspondem a ______ décimos.
e a s e D s i m
s s s O m o f) 400 centésimos correspondem a ______ unidades.
R o s
s g) 60 milésimos correspondem a ______ centésimos.

h) 1 000 milésimos correspondem a ______ unidade.

i) 3 500 milésimos correspondem a ______ décimos.


A leitura de um número
decimal j) 630 milésimos correspondem a ______ centésimos.

k) 50 000 centésimos correspondem a ______ centenas.


A leitura de um número decimal menor que 1 é simples:
lê-se o número sem considerar a vírgula e, depois, se l) 6 unidades correspondem a ______ décimos.
enuncia a casa decimal onde o número termina.
m) 4 décimos correspondem a ______ centésimos.
Por exemplo: 0,713 termina na casa dos milésimos.
Lê-se: setecentos e treze milésimos. n) 3 centésimos correspondem a ______ milésimos.

POLISABER 37
quociente 10 e sobram 3.

Mas sobraram 3 o quê? 3 unidades! Como 53 5


prosseguir? Como dividir três unidades por 30 10
MATEMÁTICA números decimais cinco? Ora, podemos transformar
essas três unidades em 30 décimos.
2. Complete a tabela conforme o exemplo abaixo:
Prosseguindo após a conversão, teremos 53 5
fração decimal como se lê 30 décimos divididos por 5, que são 6 30 10,6
décimos. Para pôr esse resultado no 0
8 0,8 oito décimos
10 quociente, devemos lembrar que os
25 décimos são menores que a unidade e
100 devem ser separados da parte inteira por
uma vírgula. Teremos, então:
0,243

3,28 Acompanhe outro exemplo:


cinco inteiros e trinta e dois
centésimos 324:32 324 32
cinco inteiros e trinta e quatro –32 10
Efetuando, teremos:
milésimos 04
trinta e dois mil oitocentos e 324 32
vinte e seis centésimos Para prosseguir, transformamos as –32 10
118 : 10 quatro unidades em 40 décimos. 040

118 : 100
324 32
118 Dividindo 40 décimos por 32, –32 10,1
1000 obtemos 1 décimo e sobram 8 décimos. 040
–32
0,3 8
0,05 324 32
Esses 8 décimos podem ser –32 10,1
0,1253 transformados em 80 centésimos, e 040
prosseguimos com a conta. –32
1,253 80
12,53 324 32
–32 10,12
125,3 Dividindo 80 centésimos por 32, 040
obtemos 2 centésimos e sobram –32
16 centésimos. 80
– 64
16
Voltando às divisões
324 32
Quando estudamos as operações fundamentais, –32 10,125
Transformando os 16 centésimos em 040
passamos pela divisão entre números inteiros e depois –32
160 milésimos e, em seguida, dividindo
vimos que as frações também podem ser entendidas 80
por 32 , teremos 5 milésimos
– 64
como divisões. e resto zero. 160
Quando efetuávamos divisões no universo dos nú- – 160
meros inteiros, muitas vezes elas não eram exatas, ou 0
seja, sobrava o resto. Usando as ideias já apresentadas,
podemos continuar muitas daquelas divisões até obter
o resto igual a zero. Acompanhe este exemplo:
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
53 : 5 53 5
3 10
Armando e efetuando a conta, temos
quociente 10 e sobram 3. 3. Efetue as divisões a seguir até obter resto igual
a zero.
Mas sobraram 3 o quê? 3 unidades! Como 53 5
a) 58 : 4 e) 324 : 400
prosseguir? Como dividir três unidades por 30 10
b) 92 : 5 f) 324: 4 000
cinco? Ora, podemos transformar
essas três unidades em 30 décimos. c) 92 : 50 g) 180 : 25
d) 324 : 40 h) 153 : 15
Prosseguindo após a conversão, teremos 53 5
38 30 décimos
POLISABER divididos por 5, que são 6 30 10,6
décimos. Para pôr esse resultado no 0
quociente, devemos lembrar que os
números decimais MATEMÁTICA

i) 63 : 315 l) 1 624 : 8 000


j) 315:150 m) 360 144 : 120 000 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO
k) 1 624 : 800

5. Determine as dízimas das seguintes divisões.


Dica: algumas divisões ficam
mais fáceis quando transforma- a) 10 : 3 c) 2 : 99
se o divisor (denominador) em b) 87 : 99 d) 24 : 18
10, 100, 1 000, 10 000 etc. Mas,
para isso, é preciso manter a
proporcionalidade, ou seja, se
multiplicarmos ou dividirmos o
divisor por um valor diferente Soma e subtração entre
de zero, devemos fazer a mesma decimais
operação no dividendo.

Quando somamos ou subtraímos números decimais,


devemos operar algarismos de mesma ordem de grande-
4. Resolva as seguintes divisões até obter resto za, ou seja, operamos unidades com unidades, décimos
igual a zero, usando a ideia de proporcionalidade. com décimos, centésimos com centésimos etc.
a) 4 : 8
b) 18 : 5
c) 65 : 25 Resumindo: para somar ou
d) 105 : 500 subtrair números decimais,
e) 177 : 2 500 devemos posicionar “vírgula
embaixo de vírgula”.
f) 5 : 500
g) 81 : 250
h) 155 : 50
i) 360 : 600
j) 1 890 : 90 000
k) 180 : 125 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

Dízimas periódicas 6. Alguns supermercados costumam fazer promo-


ções do tipo “menor preço ou a diferença de
volta”. Suponha que você tenha ido a um super-
Muitas vezes, não se consegue resto igual a zero em
mercado com uma promoção dessas, com um
uma divisão entre inteiros, mesmo usando decimais.
jornal de ofertas de um mercado concorrente.
Quando isso acontece, estamos diante das chamadas
Lá você verificou que o preço de um produto es-
dízimas periódicas, que devem esse nome a algum pa-
tava anunciado por R$ 5,47 no jornal e custava
drão de repetição de algarismos encontrado nas infinitas
R$ 7,75 no mercado. Qual o valor da diferença a
casas decimais que as compõem.
ser recebida?
São exemplos dessas dízimas:

0,33333 ... = 0,3


0,55555 ... = 0,5 7. Muitas empresas têm os chamados departa-
1,2844444 ... = 1,284 mentos de compras, que pesquisam preços de
7,858585 ... = 7,85 produtos a serem adquiridos. A tabela a seguir
mostra a cotação feita pelo comprador para a
0,38525252 ... = 0,3852
aquisição de material de escritório.
O traço acima dos algarismos indica o período da dízi-
ma, ou seja, a parte da dízima que se repete.

POLISABER 39
MATEMÁTICA números decimais

loja A loja B loja C


EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
grampo para grampeador (cx. com 5 000 un.) 2,61 3,05 2,89

papel sulfite (pct. 500 folhas) 8,99 98 9,87


10. Usando frações, efetue as seguintes operações.
bobina para fac símile (pct. com 1 un.) 9,35 10,22 8,90 a) 0,87 × 0,3
b) 0,0012 × 1,2
cola em bastão (pct. com 12 un.) 5,06 5,87 6,55
c) 15,32 × 0,123
caneta esferográfica (cx. com 50 un.) 17,90 22,87 21,42 d) 21 × 1,06
e) 22,9 × 0,012
pastas suspensas (pct. com 25 un.) 15,85 15,00 13,40 f) 6,4 × 3,1
g) 2 × 0,9 × 1,36
h) 0,6 × 0,5 × 1,32
a) Determine o valor da compra em cada loja.
b) Encontre, para cada produto, a diferença entre o
maior e o menor preço. 11. sando os resultados obtidos no problema 10, en-
c) Supondo que a loja A decidisse cobrir as demais ofer- contre uma relação entre a quantidade de casas
tas, ou seja, vender seus produtos pelo menor preço decimais dos fatores e o total de casas decimais
encontrado entre a concorrência, qual seria o valor total do produto. Haveria outra forma de fazer as ope-
rações sem recorrer às frações? Complete as lacu-
da compra? Qual desconto seria oferecido em reais?
nas abaixo com as conclusões encontradas.

Para multiplicar números decimais, podemos efe-


8. Realize as operações.
tuar o produto desconsiderando a _______________.
a) 0,32 + 9,85 Depois, podemos determinar o número de casas
b) 0,0032 + 5,20 decimais do resultado ________________________ a
c) 987,25 – 14,221 quantidade de __________________ dos fatores.
d) 14 – (0,25 + 0,75 + 0,326)
e) 128,5 – 8,25
f) 1 279,32 + 0,00003 12. Realize as multiplicações.
g) 87,231 + 67,1 a) 0,35 × 9,2 g) 0,3 × 100
h) 0,00001 + 0,0001 + 0,009 b) 8 × 0,7 h) 12,358 × 10
i) 1,254 + 0,28 c) 4 × 0,003 i) 12,358 × 100
j) 145 + 0,023 – ( 0,02 + 0,003) d) 5 × 0,2 j) 12,358 × 1 000
e) 5,87 × 10 k) 12,358 × 10 000
f) 65,2 × 1 000 l) 12,358 × 100 000
9. Se você adicionar 77,09 a 68,876, quanto faltará
para obter 150?
13. Nos itens de e até l do problema anterior, é pos-
sível observar uma regularidade nas multiplica-
ções por 10, 100, 1 000... Descreva-a.
Multiplicação entre decimais

Já vimos que os números decimais podem ser expres-


sos como frações, assim como já sabemos multiplicar
Divisão entre decimais
frações. Portanto, sabemos como multiplicar números
O conceito de divisão geralmente remete à ideia de
decimais. Observe.
repartir uma certa quantia entre um determinado número
3 de pessoas. De fato, a origem da operação de divisão está
0,003 × 12,3 = × 123 = 3 × 123 = 369 = 0,0369
1 000 10 10 000 10 000 associada a isso. Essa operação foi definida inicialmente

40 POLISABER
números decimais MATEMÁTICA

entre números inteiros e, até aqui, já aplicamos muitas Quando escrevemos quilômetro, significa que o
vezes esse conceito. E como podemos efetuar divisão metro foi multiplicado por 1.000, então
entre decimais? Analogamente à multiplicação, podemos
transformar os decimais em frações e prosseguir com a 1 quilômetro = 1000 3 metro = 1000 metros.
operação entre elas.
Podemos também lembrar da propriedade fundamental
das frações, que permite multiplicarmos o numerador
(dividendo) e o denominador (divisor) por um número
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
diferente de zero. Assim, podemos eliminar as vírgulas
e nosso problema volta a ser entre inteiros.
15. Converta conforme segue:
a) 1 metro equivale a 0,001 quilômetro.

EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO b) 120 quilômetros equivalem a ___________ metros.

c) 120 quilômetros equivalem a ________ decímetros.

d) 120 quilômetros equivalem a ________ centímetros.


14. Efetue as seguintes divisões usando a ideia de
e) 5 287 milímetros equivalem a ________metros.
proporcionalidade para eliminar as vírgulas ou, se
preferir, escrevendo os decimais como frações. f) 5 287 milímetros equivalem a ________ quilômetros.
a) 3,24 : 4 k) 2,96 : 29,6
g) 20 litros equivalem a ________ mililitros.
b) 3,15 : 1,5 l) 2,37 : 0,1
c) 0,063 : 0,315 m) 2,37 : 0,01 h) 2 500 mililitros equivalem a ________ litros.
d) 18 : 2,5 n) 2,37 : 0,001
i) 2,52 litros equivalem a ________ mililitros.
e) 153 : 1,5 o) 0,012 : 120
f) 16,24 : 0,8 p) 0,012 : 12 j) 23,4 quilômetros equivalem a ________ metros.
g) 4,8064 : 1,6 q) 0,012 : 1,2 k) 23,4 metros equivalem a ________ decímetros.
h) 46 : 0,2 r) 0,012 : 0,12
i) 4,6 : 0,2 s) 0,012 : 0,012 l) 23,4 metros equivalem a ________ centímetros.
j) 0,46 : 0,2 t) 0,012 : 0,0012 m) 23,4 metros equivalem a ________ milímetros.

O sistema decimal e alguns prefixos 16. Com pedaços de arame de 27,80 cm e de 15,60 cm,
foi construído o “esqueleto” de um bloco retan-
gular, como se vê na figura. Quantos metros de
Certamente você já ouviu falar em quilograma, quilôme- arame foram utilizados?
tro, miligrama, decímetro, mililitro... Essas palavras, muito
recorrentes no dia a dia, são formadas assim: prefixo +
unidade. Cada um dos prefixos significa uma operação re- 15,6
alizada com a unidade em questão. Conheça os principais:

quilo × 1 000 deci : 10 15,6


hecto × 100 centi : 100 27,8
deca × 10 mili : 1 000

Exemplos: 17. Você quer comprar suco de laranja, vai ao mer-


Quando escrevemos mililitro, significa que o litro foi cado e encontra duas marcas de qualidade simi-
dividido em 1 000 partes: lar. Uma delas custa R$ 7,50 e a embalagem é de
1,5 L. A outra custa R$ 5,40, mas a embalagem
contém 0,8 L. Qual das duas vende suco mais
1 mililitro = litro = 1 litro ou 1 L barato?
1 000 1 000 1 000

POLISABER 41
MATEMÁTICA números decimais

18. Há uma promoção assim anunciada: leve três pa-


cotes com 200 g de biscoito e pague dois. Os três
pacotes são vendidos em uma única embalagem,
que custa R$ 2,85. Na feira, os mesmos biscoitos
são vendidos a granel por R$ 4,25, o quilo. Qual a
forma mais econômica para comprar?

19. Uma pipa de vinho enche 63 garrafas de 700 ml


cada uma. Quantos litros de vinho há na pipa?

20. Um automóvel rodou 644 000 m e consumiu 56 L


de gasolina. Quantos litros são consumidos por
quilômetro?

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