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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
Por conveniência, vamos assumir que o espaçamento dos pontos da grade, denominada
de malha, na direção x é uniforme e igual a x e que o espaçamento na direção y é também
x
Figura 3.2 Pontos discretos da malha.
u 2 u x 2 3u x3
ui 1, j u i , j x 2 3 (3.1)
x i, j x i , j 2 x i, j 6
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
u 2u x2
ui 1 ui , j x 2 (3.2)
x i , j x i , j 2
Nós dizemos que a equação acima tem acurácia de segunda ordem, porque os termos
iguais ou maiores que ( x )3 foram desprezados. Se os termos de ordem ( x )2 e de ordens
maiores forem desprezados, nós obtemos:
u
ui 1 ui, j x (3.3)
x i , j
u
Vamos retornar a equação (3.1) e calcular :
x i, j
u u u 2u x 3u x 2
i 1, j i, j 2 3
x i , j x x i , j 2 x i , j 6
erro de truncamento
ou
u u u
i 1, j i , j O x (3.4)
x i , j x
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
O( x ) - termos da ordem de x .
u u u
i 1, j i , j O x (3.5)
x i , j x
Vamos escrever a expansão em série de Taylor sobre o ponto (i-1,j) para u i-1,j
u 2 u x 2 3 u x 3
u i 1, j u i , j x 2 3 , ou
x i, j x i, j 2 x i, j 6
(3.6)
u 2 u x 2 3 u x 3
u i 1, j u i , j x 2 3
x i, j x i, j 2 x i, j 6
u
Resolvendo para , nós obtemos:
x i, j
u u u
i , j i 1, j O x (3.7)
x i , j x
u 3 u x 3
ui 1, j u i 1, j 2 x 3 (3.8)
x i, j x i, j 3
u
Resolvendo para , obtemos:
x i, j
u u u
i 1, j i 1, j O x 2 (3.9)
x i , j 2 x
Esta é a derivada central, com acurácia de segunda ordem, para o ponto (i, j).
Para obter uma expressão em diferenças finitas para a derivada parcial de segunda
2u
ordem , primeiro reescrevemos a equação (3.8).
2
x
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u u u 3u x 2
i 1, j i 1, j 3 (3.10)
x i , j 2 x x i , j 6
u ui 1, j 3u x 2 2u x 2
ui 1, j ui , j i 1, j 3 x 2
2 x x i , j 6 x i , j 2
(3.11)
3u x3 4u x 4
3 4
x i, j 6 x i , j 24
2u
Resolvendo (3.11) para , obtemos
2
x i, j
2u u 2ui , j ui 1, j
O x
2
2 i 1, j (3.12)
x i , j x 2
u u u
i , j 1 i , j O y Derivada a jusante
y i , j y
u u u
i , j i, j 1 O y Derivada a montante
y i , j y
u u u
i, j 1 i , j 1 O y 2 Derivada Central
y i, j 2 y
u u
2u u x i 1, j x i 1, j 1
2
x
x i , j x x i , j
x
2u u u u u 1
2 i 1, j i, j i , j i 1, j
x i , j x x x
2u u 2ui, j ui 1, j
2 i 1, j (3.13)
x i , j x 2
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
2u
A mesma filosofia pode ser usada para se obter a derivada mista no ponto (i,
x y i , j
j). Por exemplo:
u u
2
u u y i 1, j y i 1, j
x y i , j x y 2 x
(3.14)
2u u u u u 1
i 1, j 1 i 1, j 1 i 1, j 1 i 1, j 1
x y i , j 2 y 2 y 2 x
ou
2u 1
u i 1, j 1 u i 1, j 1 u i 1, j 1 u i 1, j 1 O x , y
2 2
(3.15)
x y i, j 4 x y
1 2
Exercício 3.1 – Dada a função f x = x , calcule a primeira derivada de f em x=2,0 usando
4
aproximação em diferenças finitas avançada e retrógrada. Compare esses resultados com uma
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
aproximação em diferenças centrais e o valor analítico exato. Use tamanhos de passos: x = 0,1
e 0,4. Preencha o quadro abaixo.
Valor
x = 0,1 x = 0,4 0,1 0,4
Analítico
Der. Retrógrada
Der. Avançada
Der. Central
f
Exercício 3.2 – Dada a função f x sin2 x , determine em x=0,375, usando
x
representação em diferença central de ordem ( x )2 e ( x )4. Use passos 0,01, 0,1 e 0,25.
Compare e discuta os resultados. Preencha o quadro abaixo.
f f f
i 1 i 1 O x
2
x 2 x
f f f 2
ordem ( x )2: i 1 i 1 O x
x 2 x
f fi 2 8 f i 1 8 f i 1 fi 2
O x
4
ordem ( x )4:
x 12 x
Valoraproximado Valoranalitico
determinação do erro percentual: 100 (%)
Valoranalitico
Valor
x = 0,01 x = 0,1 x = 0,25 0,01 0,1 0,25
Analítico
ordem
( x )2
ordem
( x )4
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
Muitas outras aproximações diferentes podem ser obtidas para as derivadas acima, como
bem para as derivadas de ordens maiores.
O que acontece com a fronteira? Que tipo de difereciamento é possível quando nós temos
somente uma direção? Imagine o problema abaixo.
u
Nós desejamos construir uma aproximação por diferenças finitas para na
y 1
fronteira. A aproximação mais fácil é a derivada a jusante:
u u 2 u1
O y (3.16)
y 1 y
a qual tem acurácia de primeira ordem. Como podemos obter uma acurácia de segunda ordem?
A derivada central falha, porque não existe o ponto 2’.
Vamos assumir que na fronteira u passa ser expressa pelo polinômio:
u1 = a
2
u2 = a +b y + c y (3.18)
2
u3 = a +b 2 y + c 2 y
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u
b (3.21)
y 1
u 3u1 4u2 u3
(3.22)
y 1 2 y
u 2 u y 2 3u y 3
u y u1 y 2 3 (3.23)
y 1 y 1 2 y 1 6
u 3u1 4u2 u3
O y
2
(3.24)
y 1 2 y
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
x a bx cx 2
Solução de x : x
x x2 x x3 x x1 x x3 x x1 x x2
x1 x2 x1 x3 1 x2 x1 x2 x3 2 x3 x1 x3 x2 3
b) Calcular:
x x
2
c) Calcular: , , e 2 , assumindo
x 1 x 2 x 3 x 2
x x2 x1 x3 x2 cte
Nessa seção serão expostos os princípios das formulações: explícita, totalmente implícita
e implícita.
Vamos exemplificar utilizando o problema de condução transiente unidimensional, que
pode ser expresso por:
( cPT ) T
k q (3.25)
t x x
pressão constante [J/(kg K)], k a condutividade térmica do material [W/(m K)] e q o termo
fonte de geração de calor [W/m3].
1T 2 T q
(3.26)
t x2 k
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
T TE TP
O x Derivada de primeira ordem a jusante
x P
x
T T T
E W O x Derivada de primeira ordem a montante
xP x
T TE TW 2
O x Derivada de primeira ordem central
x P
2 x
2T TE 2TP TW 2
2
O x Derivada de segunda ordem central (3.27)
x2 P x
T TPn 1 TPn
O t (3.28)
t P
t
sendo:
TP temperatura no ponto P no instante futuro ( n 1 ).
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
ou,
TPn 1 1 2rx TPn rx (TEn TWn ) QP (3.31)
onde
t qP
rx QP t (3.32)
x 2 k
rx Fo =número de Fourier
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
Se isto não for atendido, o coeficiente (1 2 rx ) na equação (3.31) pode oscilar entre
n 1 1 n
n
T2 2 T 3 T 1
n 1 1 n
T3 T 4 T 2
2
n
n 1 1 n
n
T4 2 T 5 T 3
Resultando, em regime permanente, no campo de temperatura:
{T1=100, T2=75, T3=50, T4=25 e T5=0 }
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
e com termo fonte de geração uniforme de calor, q ¢¢¢ = 5 ´ 103 W / m 3 . Inicialmente a barra
está a uma temperatura isotérmica T i = 30oC , quando então são impostas as condições de
contorno mostradas. Use o Método de Diferenças Finitas e 3 pontos internos, como mostrado
na figura. O material da barra é o alumínio com propriedades: condutividade térmica
T2 T3 T4
o
T1=80 C T5 =20oC
x
x
L=0,26 m
TPn 1 TPn T n 1
E 2T nP1 T Wn 1 qP
(3.33)
t ( x )2 k
ou,
rxTEn 1 (1 2 rx )TPn 1 rxTWn 1 TPn QP (3.34)
A Eq. (3.34) quando aplicada para cada ponto da malha, origina um sistema de equações
algébricas, uma vez que elas estão acopladas entre si.
Não existe mais possibilidade de coeficiente negativo para TP. A formulação é
incondicionalmente estável e o intervalo de tempo é limitado por precisão.
1
Para o problema discutido na seção 3.4.1 e com rx e QP 0 :
2
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
n 1 1 n1 1
T2 4
T3 T1n 1 T2n
2
n 1 1 n1 1
T3
4
T4 T2n 1 T3n
2
(3.35)
n 1 1 n1 1
T4
4
T5 T3n1 2 T4n
Fazendo P=2, 3 e 4:
a2 T2n 1 a3T3n 1 b2
n 1 n 1 n1
a3 T3 a4 T4 a2 T2 b3 (3.37)
n 1 n 1
a4 T4 a3 T3 b4
1
n 1
T1 T2n
(1 2rx ) rx 0 T2 b2 2
r n 1
(1 2rx ) rx T b T3n (3.39)
x 3 3
0 rx (1 2 rx ) T4n 1 b4 1 n
T5 T4
2
O sistema de equações (3.37) deve ser resolvido para cada intervalo de tempo, pois o
problema é transitório.
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
a temperatura é tomada como uma média aritmética entre as temperaturas Tpn e Tpn 1 , como:
É importante observar que basta ser diferente de zero para que as equações fiquem
acopladas, caracterizando a implicitude entre as mesmas.
A figura 3.9 ilustra, para os três tipos de formulações, as conexões existentes entre o
ponto P e seus vizinhos, no instante de tempo futuro e no instante de tempo presente.
n (Formulação Explícita)
n n 1 (Formulação Implícita)
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
Na equação (3.29) :
n1/ 2 n1/ 2
Substituindo na equação (3.42), expressões semelhantes a (3.41) para T P , T E e
T Wn1/ 2 , obtemos:
Observe que a equação resultante para a formulação implícita é nesse caso uma
ponderação entre as equações (3.31) para a formulação explícita e a (3.34) para a formulação
totalmente implícita. As definições de rx e de QP são as mesmas apresentadas na equação
(3.32).
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R R
Tf TP
...
x
L
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
Tf TP
...
q
x
L
T (T T f ) (T TP )
q k k P k f
x x x
qx
Tf TP (3.44)
k
T
Uma aproximação de ordem O(x)2 , pode ser obtida para , através da equação (3.22):
x
T 3T1 4T2 T3
(3.45a)
x 2 x
Resultando para a temperatura na fronteira T f :
2 qx 4 1
Tf TP TP 1 (3.45b)
3 k 3 3
Tf TP
...
h, T x
L
O calor transportado por convecção tem que ser igual ao fluxo de calor que atravessa a
h(T T f ) e o fluxo de calor
fronteira. Igualando na fronteira o fluxo de calor convectivo: qconV
TP T f
k
difusivo: qconD :
x
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hT (k / x)TP
Tf (3.46)
h ( k / x )
T1 T2 T3 T4 T5
h 200W / ( m2 . C )
x q 7500W / m 2
T1, 15 C x
L=0,20 m
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a)
b)
Para malhas não-uniformes ou curvilíneas, a discretização da equação pode ser feita após
a transformação do espaço físico (x, y, z) para um espaço cartesiano computacional (,,). As
relações entre os dois espaços são definidas pelas fórmulas de transformação de coordenadas
tais como: =(x,y,z) e fórmulas similares para e .
Todas as fórmulas derivadas anteriormente podem ser aplicadas no espaço (,,) das
equações escritas em coordenadas curvilíneas.
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
Essas equações transformadas contêm coeficientes métricos que devem ser discretizados
de uma maneira consistente. Eles introduzem a influência do tamanho da malha nas fórmulas
de diferenças. Dessa maneira, é possível utilizar a técnica de diferenças finitas para geometria e
malhas arbitrárias. A única restrição das malhas de diferenças finitas é que todos os pontos da
malha devem estar posicionados em famílias de linha que não se cruzam.
Será feita a expansão em série de Taylor baseado na malha mostrada na figura 3.13.
Derivada a jusante:
2 u xi 1, j
2
u
ui 1, j ui , j xi 1, j
x 2 (3.47)
x i , j i , j 2
u
u u 2u xi 1, j
i 1, j i, j 2 (3.48)
x i , j xi 1, j x i , j 2
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Derivada a montante:
2 u xi , j
2
u
ui 1, j ui, j xi , j 2 (3.49)
x i , j x i , j 2
u
u u 2u xi , j
i , j i 1, j 2 (3.50)
x i , j xi , j x i , j 2
Diferença Central.
Combinando as equações (3.48) e (3.50) para eliminar os erros de truncamento de
primeira ordem, obtemos a fórmula de segunda ordem.
u
Isolando das equações (3.48) e (3.50) as expressões para :
x i , j
u
u u 2 u xi 1, j 3u xi 1, j
i 1, j i , j 2
2
x3 (3.51)
x i , j xi 1, j x i , j 2 i , j 6
u
u u 2u xi , j 3u xi , j
i , j i 1, j 2
2
x3 6 (3.52)
x i , j xi , j x i , j 2
u ui 1 ui ui ui 1 2u xi xi 1 3u xi 1 2 xi 2
2 2 3 (3.53)
x i xi 1 xi x i 2 x 6 6
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2 u 1 ui 1, j ui , j ui , j ui 1, j 2 1 3u
2 xi 1, j xi , j 3
xi , j xi 1, j xi , j 3
x i 2 xi 1, j x i
(3.55)
x x u
i 1, j
3
i, j
3 4
12 x x x
i 1, j i, j
4
(3.58)
x x x
Analogamente:
(3.59)
y y y
Também temos:
(3.60)
t x , y ,t t x , y , t x , y , t x, y
ou
d
(3.61)
t t t dt
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
Os coeficientes: , , e são chamados fatores métricos.
x y x y
2
2 2 2 2
y 2 y 2 y 2 2 y
(3.63)
2 2 2
2 2
y y y
2 2
0 (3.64)
x2 y 2
2 2 2 2 2 2
2
2 x y x y
2
2 2
2 2 (3.65)
x x x y y
2 2 2 2
2 2 0
x y x y2
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
1T 2 T 2 T q
(3.66)
t x2 y2 k
h, T h, T
q” q”
W T T
h, T ; q”; T
L
Figura 3.14 Malha 2D para discretização da Eq. (3.67).
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
t t
Sendo: rx 2
e ry 2
. A definição de QP é dada na Eq. (3.41).
x y
O critério de estabilidade para a Eq. (3.70) é obtido fazendo o coeficiente de TPn sempre
A Eq. (3.71) determina o valor máximo do passo de tempo admissível para a formulação
explícita. Qualquer valor menor de t pode ser utilizado.
A Eq. (3.70) em geral é escrita da forma:
TPn 1 aW TWn a E TEn a N TNn a S TSn b (3.71a)
Onde:
a Pn (1 2( rx ry ))
a E aW rx
(3.71b)
a N a S ry
b a n T n Q
P P P
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
placa está a uma temperatura T ij = 20oC . O material da placa é o aço AISI 304 com
b) Trace o gráfico de uma das temperaturas internas versus o tempo (T ij ´ t empo ). Comente o
comportamento da curva.
qt¢¢ = 1200W / m 2
y
H = 0, 27 m
T l ,¥ = 5oC T r ,¥ = 5oC
h = 400W / (m 2K ) h = 400W / (m 2K )
x
Tb = 0oC
L = 0, 60 m
t t
Sendo: rx 2
e ry 2
. A definição de QP é dada na Eq. (3.41).
x y
A Eq. (3.74) não necessita de um critério de estabilidade, sendo o valor do t
normalmente restringido por questões de precisão.
Se x y rx ry Fo , então a Eq. (3.74) pode ser reescrita como:
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
onde:
a P (1 2(rx ry ))
aW a E rx
(3.76)
a S a N ry
n
b TP QP
Devido ao acoplamento das equações, o sistema acima pode ser resolvido pelos métodos
de inversão de matrizes, eliminação de Gauss, Cholesky, Gradiente Conjugado, discutidos nas
próximas seções.
X X X X X X X X X 0
X X X 0 X X X 0 X 0 X
X X 0 X 0 X
X X X X X X X X X X X X
X X X X 0 X X X X X 0 X X X 0 X
X X X X X X X 0 X X X X X X
X X X X X X X X X 0 X X X 0 X
0 X X X X 0 X X X X 0 X X X X
X X X 0 X X X X X X 0 X X X
X X X X X 0 X X X X
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
a) Inversão de Matriz
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
bn
xn
ann
bn 1 an 1, n xn
xn 1
an 1, n 1
Continuando o processo para as outras equações, chegamos ao seguinte algoritmo:
n
bi j 1 ai , j x j
xi
ai ,i (3.82)
2 x1 x2 0 0 1
x 2 x x3 0 0
1 2
(3.83)
0 x 2 2 x3 x4 0
0 0 x3 2 x4 1
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
Reescrevendo o sistema:
E1 : 2 1 0 0 1
E2 : 0 3 2 0 1
E3 : 0 0 4 3 1
E4 : 0 0 0 5 5
x1 1
x 1
2
x3 1
x4 1
c) Método de Jacobi
iteração n 1 é:
1 n
u in,j1
4
u i 1, j u in1, j u in, j 1 u in, j 1 (3.84)
O ciclo iterativo é:
57
Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
d) Método de Gauss-Seidel
Neste método, o valor da variável dependente é utilizado para calcular os pontos vizinhos
tão logo ele seja disponível. Isto certamente aumenta a taxa de convergência dramaticamente
sobre o método de Jacobi (~ 100%). O método é convergente se os maiores elementos são
localizados na diagonal principal da matriz coeficiente (dominância diagonal).
O processo de iterativo pode ser resumido como:
Estimar campo inicial da variável
Iterar em n
Calcular TP pela Eq. (3.86) onde foi considerada uma varredura de sul para
Checar convergência
Retornar se o critério não foi atendido
AP TPn 1 Anb Tnbn AEn TEn ANn TNn B (3.87)
Para um algoritmo vetorizado, o método de Jacobi pode ser mais eficiente que o de
Gauss-Seidel.
58
Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
relaxação. O coeficiente de relaxação serve para avançar mais rapidamente a solução, quando o
processo esta lento, ou “segurar” a variável quando a mesma avança em demasia e pode causar
divergência. Os valores recomendados de w para avançar mais rapidamente a solução variam
de 1.5 a 1.7, apesar deste valor depender do tamanho da malha. Na prática, o método de
tentativa e erro é usado para determinar w ótimo para um problema em particular.
Os métodos linha a linha resolvem diretamente uma linha. O método mais conhecido é o
algoritmo de Thomas ou (TDMA). Para problemas 2-D e 3-D são iterativos, com a varredura se
processando linha a linha e coluna por coluna.
Considere a malha unidimensional abaixo:
que façamos agora a substituição retrógrada na qual TN-1 é obtida de TN , TN-2 de TN-1, T2 de T3 e
T1 de T2.
Suponha que na substituição avançada, nós tenhamos uma relação:
Ti PiTi 1 Qi (3.90)
bi c Q di
Ti Ti 1 i i 1 (3.93)
ai ci Pi 1 ai ci Pi 1
bi
Pi (3.94)
a c P
i i i 1
cQ d
Qi i i 1 i (3.95)
ai ci Pi 1
Estas são relações de recorrência, desde que elas dão o valor de Pi e Qi em termos de Pi-1 e
Qi-1. Para começar o processo de avanço, escrevemos a Eq. (3.91) para o ponto i=1.
a1T1 b1T2 d1 (3.96)
60
Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
Portanto:
TN QN (3.99)
Algoritmo TDMA
Calcule P1 e Q1 da Eq. (3.96)
Use as relações de recorrência (3.95) e (3.96) para obter Pi e Qi para i=2, 3,...,N.
Faça TN=QN.
Use a Eq. (3.91) para i=N-1, N-2,..., 3, 2, 1 para obter TN-1, TN-2, ...,T3, T2, T1.
2 x1 x2 0 0 1
x 2 x x3 0 0
1 2
(3.100)
0 x 2 2 x3 x4 0
0 0 x3 2 x4 1
bi
Pi (3.95)
ai ci Pi 1
d cQ
Qi i i i 1 (3.96)
ai ci Pi 1
61
Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
x1 1
x 1
2
x3 1
x4 1
62
Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
63
Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
Lista de Exercícios 3
b) Trace o gráfico de uma das temperaturas internas versus o tempo ( Tij tempo ). Através desse
gráfico é possível dizer se estamos ou não próximos do regime permanente? Justifique sua
resposta.
c) Estime a temperatura do centro da placa em regime permanente.
y T t = 200 oC
Tb = 200oC
L=0,6 m
2) a) Determine o campo de temperatura em regime permanente para a barra com termo fonte
uniforme de geração de calor. Inicialmente a barra está a uma temperatura isotérmica
Ti 50 C , quando então são impostas as condições de contorno mostradas. Use o Método de
Diferenças Finitas e 3 pontos internos para obter o campo transitório de temperatura. O
material da barra é o alumínio com propriedades: condutividade térmica k 200 W / m. C e
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
r1 20 mm , T5 80 C e r2 40 mm .
b) Compare os resultados com a solução analítica em regime permanente.
T5
r1
r2
T1 1 ¶T 1 ¶ æ ö q ¢¢¢
ççr ¶ T ÷
= ÷+
θ
a ¶t r ¶ r ççè ¶ r ø÷÷ k
r
2
dh æR ö
= - 2gh çç 2 ÷
dt è R t ø÷
2 1/ 2
2ho æR t ö÷ æ æh ö÷ ö÷
cuja solução analítica é dada por: t = çç ÷ çç1 - çç ÷ ÷.
g è R 2 ø çè è ho ø ø÷
÷
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Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia
Rt
ho
h(t)
R2
V2
E1 : 3 x1 x2 0 x4 3
E2 : x1 7 x2 2 x3 2 x4 2
E3 : 3 x1 x2 6 x3 x4 1
E4 : x1 x2 x3 3 x4 6
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