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1º semestre/2019
Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
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Prof. Roberto do Nascimento Ferreira Coordenador do Curso
Data: 05/02/2019 Data:
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Através da análise dos relatórios e demonstrativos da situação patrimonial que o setor contábil oferece, as
áreas administrativas passam a tomar suas decisões baseadas nos dados contábeis, criando-se uma
flexibilização quanto às medidas corretas a serem seguidas quando se há intempestividades econômicas.
Das informações fornecidas pela contabilidade, as que se destacam são as demonstrações contábeis, a
auditoria e análise de balanços patrimoniais e as formalidades de escrituração. Os administradores, sabendo
usufruir e utilizar estas informações conseguem efetivamente alcançar os objetivos estratégicos de
gerenciamento ao obter a melhoria contínua dos resultados das unidades de negócio da organização.
Fonte: http://www.mundocarreira.com.br/administracao/importancia-da-contabilidade-na-administracao/
20 de dezembro de 2013
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INTRODUÇÃO
A. CONCEITO
A Contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de
decisões dentro e fora da empresa. Ela é muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem
decisões. Com o passar do tempo, o governo começa a utilizar-se dela para arrecadar impostos, tornando-a
obrigatória para as empresas.
A contabilidade é conceituada como um sistema de informação capaz de orientar os donos ou
acionistas de uma empresa a tomarem decisões apoiados em números que idealizem a situação financeira e
patrimonial do seu negócio.
Historicamente, a Contabilidade da forma como conhecemos hoje, tem seu marco inicial com a
publicação em 1494 da obra Summa de Arithmética, Geometria, Proportioni et Proporcionalitá, de autoria do
Frei Luca Pacioli, dentro da qual há um capítulo destinado ao Tractatus de Computis et Scripturis. Esta obra
marcou a introdução do Método das Partidas Dobradas. Porém, há evidências históricas de registros contábeis
nas civilizações dos sumérios, babilônios, assírios, egípcios, hebreus e gregos.
B. ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE
O campo de atuação da contabilidade pode ser tanto no setor público (empresas públicas, prefeituras,
estados, federação, instituições financeiras públicas etc.) quanto no setor privado (indústria, comércio,
prestadoras de serviços etc.). Serve para uma pessoa ou para um grupo de pessoas organizadas ou não em
grupos empresariais.
Atende as entidades sem fins lucrativos e filantrópicos (asilos, casa de caridade, santas casas etc.) e as
organizações não governamentais (ONGs). Enfim, a contabilidade é efetuada para quem necessita de
informações sobre evolução de dados financeiros e de capital investido.
C. OBJETIVOS DA CONTABILIDADE
A Contabilidade é Ciência Aplicada com metodologia especialmente concebida para captar, registrar,
acumular, resumir e interpretar fenômenos que afetam situações patrimoniais, financeiras e econômicas.
Figura 1.1 – Apresentação de um
Sistema Contábil
Sistema
Contábil
Informação de
apoio a
tomada de
decisão
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Observa-se assim que para registrar e controlar existem dois universos distintos:
UNIVERSOS DE REGISTRO E CONTROLE
Universo do Patrimônio Universo do Resultado
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Desenvolvido com base em MONTOTO, Eugenio. Contabilidade geral esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2012.
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PATRIMÔNIO
Investimentos Especulativos
Dinheiro em espécie (Caixa)
Dinheiro depositado (Banco)
Valores a receber (Contas a receber)
Títulos a receber (cheques pré-datados e notas promissórias a receber)
Aplicações financeiras em renda fixa (C DB, RDB, Poupança)
Aplicações financeiras em renda variável (ações, derivativos)
Estoques de mercadorias
Estoques de matéria-prima
Dívidas ou Obrigações
Dívidas
Empréstimos
Contas a pagar (salários, contas de consumo etc.)
Dívidas com fornecedores
O Resultado representa todos os tipos de rendas (receitas), como salário, aluguéis, rendimentos de
juros, dividendos e demais rendas de uma família ou empresa. Também todos os tipos de despesas (consumo)
que ocorrerem, tais como: gastos com energia, alimentação, salários de funcionários, telefone, impostos etc.
RESULTADO
RECEITAS
Rendas (Receitas)
Receita de venda de mercadorias
Receita da prestação de serviços
Receita Financeira (juros de aplicações)
DESPESAS
Salários e encargos de funcionários
Aluguel e IPTU dos imóveis alugados
Contas de consumo (luz, energia e telefone)
Publicidade e Merchandising
Comissões de venda
Transporte, alimentação e assistência médica dos funcionários
Seguros
Impostos e contribuições
Imposto de Renda (IR)
Imposto sobre Operações Financeiras (IO F)
IPTU
IPVA
Uma conta na Contabilidade é um registro documentado com nome (TÍTULO) que reúne os fatos
contábeis de mesma natureza ou qualidade. Pode ser aberta na Contabilidade de uma entidade uma infinidade
de contas. O número de contas que uma entidade utiliza em sua contabilidade deve estar descrito no chamado
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plano de contas da empresa, que irá descrever em cada entidade (empresa) o que deve ser registrado em cada
conta.
Exemplo: dinâmica da construção de um plano de conta de uma distribuidora de eletrodomésticos,
exemplificando com a conta sintética de estoque até a discriminação nas contas analíticas que compõem o
estoque.
1. ESTOQUE
1.1. Mercadorias para revendas
1.2. Material de consumo
1.3. Matéria-prima
1.4. Produtos semiacabados
1.5. Produtos acabados (Conta sintética)
1.5.1 TV 29”
1.5.2 Geladeira 360 Litros (contas analíticas)
1.5.3 Fogão 4 bocas modelo Chaparral
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1.3 Patrimônio: é o conjunto de BENS, DIREITOS e OBRIGAÇÕES de uma empresa avaliado em moeda.
Na contabilidade trata-se a pessoa jurídica da empresa distinta das pessoas físicas e/ou jurídicas de seus
proprietários (Princípio da Entidade).
1.4 Balanço Patrimonial: reflete a posição financeira de uma empresa em determinado momento.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(BENS E DIREITOS) OBRIGAÇÕES E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
LADO ESQUERDO LADO DIREITO
1.5 ATIVO: são os recursos controlados por uma entidade em consequência de eventos passados e dos quais
se espera que resultem fluxos de benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços para a entidade.
Representa, de forma estática, os bens e direitos de uma entidade expressos em moeda.
a) Bens: é tudo aquilo que a empresa possui, sendo classificados em materiais e imateriais.
Bens Materiais (tangíveis): são todos os bens que tem corpo, forma e matéria. Os bens materiais
se subdividem em Imóveis e Móveis.
Bens Imóveis: bens que não podem ser deslocados da sua origem. Ex.: Terrenos,
Edificações etc.;
Bens Móveis: todos os bens que podem ser deslocados. Ex.: móveis, máquinas, veículos,
dinheiro etc.
Bens Imateriais (intangíveis): são bens que não tem corpo, matéria.
Luvas: gratificação que se dá por direito adquirido de local;
Fundo de Comércio – Goodwill: pagamento pelo direito adquirido como
imagem/reputação, ponto comercial, marca, clientela;
Marcas e Patentes: despesas de origem do evento e registro de marca.
Concessões Públicas
b) Direitos: tudo aquilo que a empresa tem a receber de terceiros. Ex.: Alugueis a receber, Duplicatas a
receber, etc.
1.6 PASSIVO: são as obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos já ocorridos, cujo pagamento se
espera que resulte em saídas de recursos da entidade, recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou
potencial de serviços. Pode-se dizer que o Passivo representa a origem de recursos financiados por terceiros,
além das obrigações assumidas pela entidade que exigirão desembolso de recursos no futuro. Ex.: Aluguéis a
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pagar, Impostos a pagar, Títulos a pagar, Fornecedores, Salários a pagar etc. São os chamados capitais de
terceiros.
1.7 PATRIMÔNIO LÍQUIDO: assim como o Passivo, o Patrimônio Líquido (PL) também representa
origem de recursos, sendo que o PL corresponde aos recursos financiados pelos sócios da entidade, na forma
de capital, e também pelos lucros obtidos que não foram distribuídos. É a diferença entre o Ativo e o Passivo.
As fontes do PL são:
a) Investimentos efetuados pelos proprietários.
b) Lucros: resultados acumulados pela entidade.
O Capital é a principal conta do Patrimônio Líquido, sendo conceitualmente definido das seguintes formas:
a) Capital social: representa o capital total da empresa.
b) Capital subscrito: a subscrição de capital em um primeiro momento representa o capital que consta no contrato
social da empresa e ainda não integralizado pelos sócios. Representa uma obrigação dos proprietários para com
a empresa.
c) Capital a integralizar: representa a parte do capital subscrito que ainda não foi integralizada pelos sócios.
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BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO + PL
LADO ESQUERDO (ELEMENTOS POSITIVOS) LADO DIREITO (ELEMENTOS NEGATIVOS)
APLICAÇÕES DE RECURSOS ORIGENS DE RECURSOS
Dinheiro (Caixa) 2.000 Financiamento Banco ABC 20.000
Dinheiro (Bancos) 18.000 Financiamento CEF 120.000
Aplicação Financeira 30.000 Fornecedores 25.000
Empréstimos a receber 20.000 Fornecedores 5.000
Veículos 40.000 Total das Obrigações 170.000
Imóveis 200.000 Capital Próprio 195.000
Móveis e Utensílios 50.000
Equipamentos 5.000
Total do Ativo 365.000 Total do Passivo 365.000
1.10.2 Entradas no resultado: São ingressos que dependem da atividade da companhia ou que têm correlação
com ela. Podem ser:
As receitas oriundas da atividade principal da empresa
As receitas financeiras
Outros ganhos
o de capital, que são ganhos com vendas de ativos fixos como um imóvel
o receitas financeiras
o receitas de dividendos
o receitas diversas de menor importância (sucatas, indenizações etc.)
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devolve capital aos sócios recomprando sua parte no capital (quotas ou ações) e quando paga aos sócios os
dividendos.
1.11.1 Saídas de recursos patrimoniais: saídas que independem da atividade principal da empresa para
ocorrerem. São elas:
Pagamento de dívidas e empréstimos;
Realização de investimentos (aquisição de bens, mercadorias e matérias-primas, além de aplicações
diversas);
Pagamento aos sócios (pagamento de dividendos ou devolução de capital).
Nota: é fato que tudo da empresa tem relação com sua atividade principal. O que é afirmado neste item é que
essas saídas não estão diretamente relacionadas com a obtenção de receitas ou despesas.
1.11.2 Saídas de recursos do resultado: saídas que dependem da atividade da companhia ou que têm
correlação com ela, sendo de três tipos:
Os custos e as despesas administrativas, comerciais e financeiras;
Os impostos;
As participações de empregados, diretores e outros no resultado da empresa.
b) Desembolso: É o efetivo pagamento por um bem ou serviço, que pode ser feito antes, durante ou após o
recebimento deles.
Gastar não significa desembolsar!
Gastar significa criar o fato gerador do investimento, dívida, custo ou despesa!
c) Investimento: É o gasto em um bem ou serviço que poderá ser ativado para uso e que contribuirá para
produzir resultado em mais de um exercício.
d) Custos: São o gasto em um bem ou serviço que será utilizado na produção de um produto, como matérias-
primas, pessoal de produção e os diversos gastos de uma fábrica, assim como os fretes e seguros para receber
estas matérias-primas. Também é um custo o que aplicamos na aquisição de produtos para revenda.
e) Despesas e encargos: São gastos para obter receitas. Uma empresa precisa gastar em atividades que não
agregam valores ao Ativo, como salários de funcionários, energia, material de consumo, impostos e taxas,
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aluguéis, telecomunicações, material de limpeza, manutenção, seguros, transporte, comissões, publicidade etc.
Esses gastos, se analisados isoladamente, provocam a redução da situação líquida (Patrimônio Líquido).
f) Perdas: Significam ato ou efeito de perder, desaparecimento, extravio de investimentos, privação de algo
que se possuía. Uma perda em Contabilidade está sempre associada a um desaparecimento de Ativo, seja um
investimento, uma mercadoria, roubo de dinheiro ou até o fornecimento ou venda de um bem com o
subsequente “calote” do comprador.
1.12 RESULTADO
O resultado de uma empresa é a diferença entre a receita em determinado período e as despesas feitas para
obtê-la. Considere o exemplo bem simples de apuração de resultado: imagine que queiramos ajudar um
menino e, para isso, compramos uma embalagem de isopor que tenha a capacidade de transportar 50
sanduíches. Fazemos 50 sanduíches e os colocamos à disposição deste menino para que ele os venda na praça
mais movimentada de nosso município. O menino irá vender cada sanduíche por $ 4. Ao final do dia, ele
retorna com os 50 sanduíches vendidos e, não sabendo calcular seu desempenho, nos pede que façamos suas
“contas”:
O custo dos sanduíches refere-se ao valor gasto com a aquisição de todos os componentes para fazê-
los, inclusive a embalagem. As despesas são aquelas tidas exclusivamente para realizar a venda: ônibus para
chegar até o local de trabalho ($ 6), refrigerantes ($ 9) e almoço ($ 20).
A partir desta apuração de resultado, pode-se concluir que este menino obteve um resultado líquido de
$ 90 neste dia de trabalho, incorrendo em um custo de matérias-primas de $ 75 e em despesas de $ 35. Esse
menino começou sua vida sem Patrimônio e, ao final do dia, depois de nos pagar o custo dos sanduíches, ele
terá em seu bolso $ 90, que são explicados pelo lucro obtido em seu primeiro dia de trabalho.
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Tanto no âmbito pessoal como no empresarial, estamos sempre visando ao crescimento do patrimônio.
Nenhuma empresa existe para simplesmente preservar determinado patrimônio constituído na fundação e no
início dos negócios. As empresas existem para crescer, ampliar seus mercados e suas formas de atuação. É
claro que o capital dos sócios faz o patrimônio crescer, assim como as dívidas (exemplo do carro x carnê). Os
donos de uma empresa não desejam que ela tenha seu patrimônio aumentado com dívidas ou novas entradas de
capital de sócios. O que se busca constantemente é que o negócio da empresa gere RESULTADOS positivos
em cada período analisado. Esses resultados irão permitir que parte dos recursos gerados seja retirada
(distribuída) como dividendos e parte fique na empresa, o que chamamos, na Contabilidade, de lucros retidos
(também designados de reservas de lucros).
Para entender a equação do trabalho, tão útil na solução de problemas contábeis, basta colocarmos o
resumo do Patrimônio acima do resumo do Resultado, como na figura a seguir. Desta forma, passamos a ter
uma visão mais ampla, em que podemos perceber que o patrimônio líquido (poupança), as dívidas e a receita
são 3 (três) tipos de fontes de recursos, e os bens, direitos e despesas são as aplicações destes.
No âmbito da empresa, a soma dos bens e direitos é o que chamamos de ATIVO, o qual podemos
sempre associar a “coisa boa”. As dívidas, que são as obrigações e o Patrimônio Líquido, chamamos de
PASSIVO, que, sob a ótica da empresa, podemos chamar de “coisa ruim”.
Uma dúvida poderia surgir na cabeça do leitor: chamamos tudo que está no PASSIVO de coisa ruim, o que
inclui o PATRIMÔNIO LÍQUIDO?
Vamos, então, entender: sob a ótica da empresa, a todos os credores das obrigações ela tem que pagar
juros, e aos sócios, que são os donos do PATRIMÔNIO LÍQUIDO, tem que pagar dividendos. Portanto, a
empresa remunera tanto os credores das obrigações quanto os credores do Capital.
A única diferença é que os credores do Capital, que são sócios, não podem executar a empresa.
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Uma empresa obtém seu primeiro recurso dos sócios na forma de Capital Social (CAPITAL
PRÓPRIO) e também pode obter recursos de terceiros por meio de Dívidas (OBRIGAÇÕES) e das Operações
(RECEITA).
Portanto, o total de recursos que uma empresa pode obter de seus administradores se aplica não só na
aquisição de BENS E DIREITOS da entidade, mas também em DESPESAS.
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CAPÍTULO 2
REGIMES DE CONTABILIZAÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS
2.1 Receitas: são os aumentos de benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entradas ou
aumentos de ativos ou diminuições de passivos que resultam em aumento do PL e que não sejam provenientes
de aportes dos proprietários da entidade (CPC-PME). Pode também ser entendida como a entrada de
elementos para o Ativo, sob a forma de bens (dinheiro) ou direitos a receber, que correspondem à venda de
mercadorias, produtos ou prestação de serviço. Pode também ser proveniente de juros recebidos, descontos
obtidos etc.
Tipos de Receita: Receitas de vendas, Receita de serviços, Receitas de juros, Descontos obtidos etc.
Obtenção de receita = aumento do PL
2.2 Despesas: são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de saída de
recursos ou redução de ativos ou incrementos em passivos que resultam em decréscimos no PL e que não
sejam provenientes de distribuição aos proprietários da entidade (CPC-PME). Corresponde ao consumo de
bens ou serviços que ajudam a produzir a receita. Diminui o Ativo ou aumenta o Passivo.
Tipos de Despesas: Despesas de salários, de juros, de aluguel, Contribuições previdenciárias, Energia elétrica,
Custo das mercadorias vendidas etc.
Despesa realizada = obtém-se receita = em valor superior à diminuição no PL
o Regime de Competência de Exercícios: Receitas e despesas são consideradas em função do seu fato
gerador e não em função do recebimento da receita e pagamento da despesa.
O pronunciamento do CPC sobre a estrutura conceitual para a elaboração das demonstrações
contábeis, em seu item 22, transcrito a seguir, torna obrigatória para todas as empresas a adoção do regime
de competência:
“A fim de atingir seus objetivos, demonstrações contábeis são preparadas conforme o regime contábil de
competência. Segundo esse regime, os efeitos das transações e outros eventos são reconhecidos quando
ocorrem (e não quando caixa ou outros recursos financeiros são recebidos ou pagos) e são lançados nos
registros contábeis e reportados nas demonstrações contábeis dos períodos a que se referem.”
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A legislação comercial, por meio da Lei n. 6.404/76, também torna o Regime de Competência de
aplicação obrigatória pelas sociedades anônimas, e a legislação do Imposto de Renda também obriga sua
adoção pelas empresas que declararem renda pelo lucro real.
Pela Lei n. 6.404/76:
“Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos
preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos,
devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações
patrimoniais segundo o regime de competência.”
Exemplo: aquisição de material de consumo em 01.03.2018, a prazo, com vencimento em 31.03.2018, por $
1.000. O material foi consumido na prestação de serviço no mês de abril/2018.
A receita obtida pela prestação do serviço em abril foi de $ 2.500, com vencimento para 05.05.2018.
Apuração do Resultado em 31.03.2018
Regime de Caixa Regime de Competência
Receita 0 0
Despesa 1.000 0
Lucro/prejuízo (1.000) 0
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Movimento do Caixa
Débito Crédito Saldo
Março 0 1000 (1.000)
Abril 0 0 (1.000)
Maio 2.500 0 1.500
Uma DESPESA paga antecipadamente não é uma DESPESA do período, é um DIREITO que deve ser
registrado no ATIVO.
2ª operação: aquisição de edifício em 10.02.XX, por $ 30.000, sendo a vista o valor de $ 12.000 e a prazo
$18.000
1° PERÍODO
Balanço Patrimonial em 10.02.XX
ATIVO PASSIVO + PL
Caixa _________ Títulos a pagar ________
Imóveis _________ Patrimônio líquido
Capital 40.000
Total ____________ Total __________
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
Capital 40.000
Total _________
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
8ª operação: Venda de 50% do estoque de mercadorias em 15.03.XX, com 50% de lucro, sem incidência de
impostos. Recebeu 40% em dinheiro e o restante a prazo
1° PERÍODO
Balanço Patrimonial em 15.03.XX
ATIVO PASSIVO + PL
Caixa __________ Fornecedores ________
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No Balanço anterior, foi registrada a contrapartida da receita (aumento do caixa e das duplicatas a
receber) e a diminuição da conta estoque (venda de 50%).
Estoque vendido 50% de (Custo)
Lucro na Venda 100% (Lucro)
Valor da Venda Receita
9ª operação: Pagamento em 30.03. XX, das despesas administrativas e de vendas no valor de $ 5.000 e
$2.000, respectivamente.
2° PERÍODO
Balanço Patrimonial em 30.03.XX
ATIVO PASSIVO + PL
Caixa __________ Fornecedores ________
Apuração do Resultado:
RESULTADO FINAL DO PERÍODO
Receita Bruta
(-) Impostos
Receita Líquida
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
Lucro Bruto
(-) Despesas administrativas e de vendas
Lucro Líquido
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
2° PERÍODO
Balanço Patrimonial em 30.03.XX
ATIVO PASSIVO + PL
Caixa __________ Fornecedores ________
EXERCÍCIOS
1) Levantar os Balanços Patrimoniais após cada operação realizada.
Três sócios resolveram organizar uma empresa em 15. 01. X1, a qual denominaram Irmãos Silva Ltda. As
primeiras operações da empresa foram as seguintes:
15.01 – Investimento inicial de capital, sendo: em dinheiro 200.000,00; em veículos 80.000,00; em imóveis 120.000,00.
19.01 - Compra de mercadorias a prazo no valor de $ 100.000,00.
20.01 - Venda de metade do imóvel por $ 60.000,00 a prazo, com emissão de Nota Promissória
23.01 – Aquisição de móveis e utensílios, a vista, por $ 60.000,00.
27.01 - Pagamento de uma duplicata no valor de $ 100.000,00
30.01 - Obtenção de um empréstimo de $ 300.000,00, no Banco América.
31.01 – Compra a vista, por $ 200.000,00, de mercadorias, pagando com cheque.
03.02 – Os sócios aumentaram sua participação na empresa, integralizando mais $200.000,00 em dinheiro.
07.02 – Venda de 40% do estoque de mercadorias, com 60% de lucro. 50% foi recebido a vista e 50% a prazo.
10.02 – Pagamento em dinheiro de despesas administrativas no valor de $10.000,00 e despesas de vendas no valor de
$8.000,00
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(B) se for bem (O) ser for obrigação (D) se for direito (PL) se for patrimônio líquido
( ) capital social ( ) duplicatas a receber (clientes) ( ) depósito na poupança
( ) terrenos ( ) salário a pagar ( ) dinheiro em caixa
( ) promissórias a receber ( ) saldo bancário positivo ( ) Patentes
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A diferença entre o total de débitos e o total de créditos efetuados em uma conta, durante determinado
período, é denominado saldo. Se o valor dos débitos for superior ao valor dos créditos, a conta terá saldo
devedor. Se acontecer ao contrário, a conta terá saldo credor.
Obs.:
a) As operações ocasionam aumentos e diminuições no Ativo, Passivo e PL.
b) Os aumentos são registrados de um lado e as diminuições do outro em função da natureza da conta.
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ATENÇÃO!
B. Livro Razão: os lançamentos são efetuados no Razão individualmente para cada conta. O Razão é o livro
por excelência do contador, já que através dele é que se apura o saldo de cada item patrimonial, ou seja, o
saldo de cada conta. No Diário isso não é possível. O Razão é obrigatório desde 1991.
CP: significa Contrapartida. É o código da conta que recebeu o outro lado do lançamento.
Exemplo:
01. integralização do capital em dinheiro.
03. depósito em dinheiro efetuado na conta corrente.
CONTA: Caixa CÓDIGO: 111
Data CP Histórico Débito Crédito Saldo dc
01 231 Entrada de capital 300 300 D
03 112 Depósito Bancário 280 20 D
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Obs.: CONTA T (TÊ) – RAZONETE: Em termos didáticos é muito trabalhoso fazer estudos e exercícios
utilizando o modelo do razão tradicional, conforme mostrado no item anterior. O que se busca é o saldo das
contas. Assim, do razão tradicional utilizaremos somente as colunas de débito e crédito.
Nome da Conta
Débito Crédito
a) lançamentos a c) lançamentos a
débito crédito
b) Saldo devedor d) Saldo credor
O sistema de escrituração mais utilizado atualmente, seja em livros ou em tela, é colocar uma coluna
para débitos e créditos, facilitando o entendimento do Diário.
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3.13 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO: tem por finalidade verificar periodicamente a igualdade dos saldos
dos valores devedores e credores.
Balancete de duas colunas: modelo mais simples;
Balancete de seis colunas: saldo do balancete anterior, o movimento do período e o saldo atual.
Balancete de oito colunas: saldo do balancete anterior, o movimento do período, o saldo do período e o
saldo atual.
Cia. Brasília de Radiadores
Balancete de Verificação em 31.07.20X1
Contas Saldos
Devedores Credores
Caixa 60.000
Contas a receber 9.000
Estoques 78.000
Terrenos 31.000
Móveis e utensílios 50.000
Fornecedores - 58.000
Capital - 170.000
Total 228.000 228.000
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EXERCÍCIOS
A) A partir das transações realizadas pela empresa ABC Comércio de Ferragens Ltda. faça a
escrituração no Diário, no Razão e levante um Balancete de Verificação.
01.04. os sócios fizeram o seguinte investimento inicial: $ 400.000 em mercadorias e $ 500.000 em dinheiro;
02.04. compra de móveis para uso no escritório, a vista, no valor de $ 30.000;
06.04. compra de móveis para uso na loja, da Cia. Z, no valor de $ 210.000, tendo pago $ 100.000 e
combinado pagar o saldo no prazo de 30 dias;
09.04. compra de mercadorias para revenda, a vista, no valor de $ 17.500;
11.04. compra de um veículo para uso da empresas, a prazo, da Cia Y, no valor de $ 80.000;
25.04. Pagamento da conta de energia elétrica do mês no valor de R$ 7.000;
06.05. liquidação do saldo devido à Cia Z;
10.05. Pagamento do aluguel do mês no valor de R$ 25.000;
16.05. venda de mercadorias por $ 12.500, a prazo. As mercadorias custaram 6.000;
17.05. liquidação do valor devido à Cia Y;
25.06. Pagamento da conta de energia elétrica do mês no valor de R$ 750;
B) A seguir estão relacionadas as operações realizadas pela Sociedade de Prestação de Serviços Remendão
S.A., em janeiro/X2 (em $):
Pede-se:
a) registrar as operações no Diário;
b) registrar as operações nos Razonetes;
c) apurar o resultado;
d) levantar um Balancete de Verificação.
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
7. Obtenção de um empréstimo de $ 50.000, no Banco do Sul S.A., mediante a emissão de uma nota
promissória;
8. Investimento, aumentando o capital em mais $ 50.000, sendo $ 25.000 em dinheiro e $ 25.000 em peças
para reparos;
9. Pagamento de salários do mês no valor de $ 3.000;
10. Venda a vista de peças para reparos, pelo valor de $ 4.000. O custo da venda foi de $ 2.000;
11. Recebimento do valor da venda a prazo referente ao dia 4.
12. Pagamento da conta de telefone no valor de $ 1.000.
C) O Balancete de Verificação da Cia. Aurora, em 30.11.20X2, estava constituído pelos saldos das seguintes
contas (em $):
Contas Saldos
Devedores Credores
Caixa 10.000
Bancos c/ Movimento 15.000
Duplicatas a Receber 20.000
Títulos a Receber 15.000
Mercadorias 25.000
Imóveis 30.000
Duplicatas a Pagar 15.000
Títulos a Pagar 25.000
Dividendos a Pagar 15.000
Capital 45.000
Lucros Acumulados 15.000
115.000 115.000
Durante o mês de dezembro foram realizadas as seguintes operações:
05. compra de móveis e utensílios nas seguintes condições: parte a vista, $5.000; parte a prazo, mediante
títulos, $10.000;
07. liquidação de duplicatas a pagar, por meio de uma cheque emitido contra o Banco, $ 6.000;
13. Venda a prazo de parte do imóvel, pelo preço de custo, por $ 10.000;
14. pagamento de parte de “Títulos a Pagar”, da seguinte forma: em dinheiro, $ 3.000; em cheque $ 3.000;
15. aumento do capital social, em dinheiro, $ 12.000;
15. depósito bancário, em dinheiro, $12.000;
16. pagamento com cheque do aluguel do mês no valor de $ 3.000;
17. venda de mercadorias, a prazo, pelo valor de $ 10.000. O preço de custo foi de $ 4.000;
18. recebimento, em dinheiro, de “Títulos a Receber”, $ 6.000;
20. títulos a receber vencíveis nesta data foram recebidos em cheque, e este depositado no Banco, $ 7.000;
21. pagamento, em dinheiro, de duplicatas a pagar, $ 3.000;
23. pagamento de dividendos aos acionistas, em cheques, $ 10.000;
26. liquidação de “Títulos a Pagar”, vencidos no dia 26/12, $ 4.000;
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
28. Pagamento através do Banco de despesas de energia elétrica, no valor de $900; despesas com água, no
valor de $ 350; despesas com telefone no valor de $ 570;
30. compra de materiais, a prazo, $ 5.000.
Pede-se:
a) abrir os razonetes com os saldos iniciais.
b) fazer os lançamentos da operações de dezembro nos razonetes.
c) Apurar o resultado;
d) levantar um balancete de verificação.
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
Data Contas D C
05.01.13 Aluguéis a pagar 800.000
05.01.13 Caixa 800.000
Quando da efetiva prestação do serviço ou de parte dele, faz-se um lançamento de ajuste, apropriando-se como
receita do exercício o valor dos serviços já prestados.
Data Contas D C
31.07.12 Adiantamentos de clientes (Conta de Passivo) 600.000
31.07.12 Receita de Serviços 600.000
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
3.14.3. DEPRECIAÇÃO
A) Ativos Imobilizados
Os ativos imobilizados não são objeto de compra e venda. Servem a empresa por diversos períodos.
Não se pode apropriar a totalidade de seu valor como despesa no momento da aquisição. Todo item do ativo
imobilizado possui um tempo de vida útil limitado e estimável, que servirá de base para o rateio da despesa
naquele espaço de tempo.
O Pronunciamento Técnico CPC 27, no item 6, define Ativo Imobilizado como todo item tangível que:
(a) É mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a
outros, ou para fins administrativos; e
(b) Se espera utilizar por mais de um período.
As principais contas que devem ser classificadas no Imobilizado são:
Imóveis e terrenos (1) Benfeitorias em Imóveis de Terceiros (4)
Máquinas (-) Amortização Acumulada
Navios
Aviões Florestamento ou Reflorestamento (5)
Veículos (-) Depreciação ou Exaustão Acumulada
Instalações
Móveis e Utensílios Bens de projetos de Mineração, Minas, Jazidas,
Equipamentos Larvas (6)
Softwares (2) (-) Exaustão ou Depleção Acumulada (7)
Imobilizado em Andamento (3)
(-) Depreciação Acumulada
(1) Terreno não é depreciável (não se desgasta).
(2) Softwares que não podem ser desvinculados do equipamento (sistema operacional).
(3) Construções e adiantamentos a fornecedores de máquinas.
(4) Quando o contrato de locação garantir ao locador ressarcimento pelo proprietário do imóvel.
(5) Florestas de frutos (depreciação); florestas de corte (exauridas).
(6) Somente os investimentos em equipamentos, edifícios, veículos e demais itens necessários à
exploração.
(7) Depleção: significa diminuição. É utilizado no caso de recursos minerais que são extraídos, mas não
até a sua exaustão. Como exemplo tem-se petróleo e gás, que são explorados até onde existe
viabilidade econômica.
B) Depreciação, amortização e exaustão
Esses procedimentos contábeis se aplicam após a aquisição do bem ou direito. São aplicados a um bem
ou direito de uso após sua integração ao Patrimônio, desde que ele não se classifique no Ativo Circulante ou no
Realizável a Longo Prazo.
Depreciação: aplicada aos bens tangíveis que se desgastam pelo uso.
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
C) Conceitos de depreciação: Depreciação é a perda de valor dos bens pelo uso, desgaste ou obsolescência. A
depreciação é uma despesa.
Contabilmente, as taxas de depreciação devem ser determinadas em função da vida útil dos bens
imobilizados.
A vida útil de um bem é determinada em número de anos, horas de trabalhos ou quantidade produzida,
em que o bem opera em condições normais de uso. Para fins tributários, são apresentadas as principais taxas de
depreciação.
D) Taxas de depreciação anual, utilizadas para fins tributários, determinadas em função da vida
estimada dos bens.
Imobilizado Vida útil Taxa de depreciação
Veículos (até 10 pessoas) 5 anos 20%
Veículos (para mais de 10 pessoas) 4 anos 25%
Veículos de transporte, motocicletas 4 anos 25%
Máquinas e Equipamentos 5 anos 20%
Móveis e Utensílios 10 anos 10%
Instalações 10 anos 10%
Edifícios 25 anos 4%
Equipamentos de informática 5 anos 20%
Terrenos indeterminada Não existe
A Instrução Normativa nº 11, da Receita Federal, estabelece os bens depreciáveis. A Instrução também
lista os tipos de bens não depreciáveis:
Bens que não perdem o valor (obras de arte, antiguidades);
Terrenos;
Imóveis não alugados ou destinados à revenda;
Bens cujo tempo de vida útil seja menor que 1 ano (art. 301, RIR/99);
Bens com valor inferior a R$ 1.200,00 de acordo com o art. 30, RIR99, são lançados direto como
despesa (alteração de acordo com o Art. 2º da Lei 12.973, de 13 de Maio de 2014).
E) Outros conceitos
Valor líquido contábil: valor de aquisição do bem diminuído de sua depreciação acumulada.
Valor residual de um ativo imobilizado: valor provável de venda do bem ao final da vida útil
estimada utilizada para o bem. Este valor não é objeto de depreciação. Representa uma entrada futura
de caixa (CPC 27, item 6).
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
Valor depreciável: é valor do bem, menos o valor residual. É o valor base para cálculo da
depreciação (CPC 27, item 6).
O início da depreciação só pode se dar quando da instalação do bem, posto em serviço ou em produção
(disponível para uso).
A depreciação pode ser calculada em, no mínimo, quotas mensais.
F) Depreciação linear em função da vida útil: consiste em tomar o valor de um bem do Ativo, dividir
esse valor pelo tempo da vida útil e obter a quota de depreciação anual, que será o valor a ser lançado
como despesa do exercício.
Exemplo 1: Aquisição de Veículo por $ 50.000, em 2 de janeiro de 2015 com valor residual de R$ 5.000 ao
final da vida útil estimada em 5 anos.
Taxa de depreciação: 100%/5 anos = 20% ao ano
Valor depreciável
o = Valor de aquisição do bem $ 50.000
o (-) Valor residual ( 5.000)
o = Valor depreciável 45.000
Depreciação anual
o $ 45.000 x 20% = 9.000
Data Contas D C
02.01.15 Veículos 50.000
02.01.15 Caixa 50.000
31.12.15 Depreciação/ Veículos 9.000
31.12.15 Depreciação Acumulada – Veículos 9.000
No Balanço Patrimonial:
Ativo
Ativo Imobilizado
Veículos 50.000
(-) Depreciação Acumulada – Veículos (9.000) 41.000
Exemplo: Uma máquina do Imobilizado foi vendida por $ 60.000. O valor no mês da baixa era de $80.000 e a
Depreciação Acumulada$ 64.000. O valor residual contábil desta máquina é de $16.000.
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
a) Legislação fiscal: as regras fiscais atuais para baixar um crédito como dedutível para fins de imposto de
renda são regulamentadas no art. 340 do RIR/1999:
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
II - Com garantia, vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais
para o seu recebimento;
III - Com garantia, vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais
para o seu recebimento ou o arresto das garantias (considera-se crédito garantido o proveniente de vendas com
reserva de domínio, alienação fiduciária em garantia ou de operações com outras garantias reais).
IV - Contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica declarada em recuperação judicial, relativamente à
parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar. Caso a pessoa jurídica concordatária não
honre o compromisso do pagamento de parcela do crédito, esta também poderá ser deduzida como perda,
observadas as condições gerais para dedução das perdas.
Exemplo: a empresa Boa Cobrança possui uma carteira de duplicatas a receber no valor de R$ 200.000. No
decorrer do ano de 2017 ocorreu a seguinte situação:
a) Uma duplicata do Cliente A, no valor de R$ 10.000 completou em 30.04.2017, 13 meses de vencida, sendo
iniciada e mantida durante o período a cobrança administrativa. Não há garantia para pagamento.
Data Contas D C
30.04.2017 Despesa com valores incobráveis – Cliente A 10.000,00
30.04.2017 Duplicatas a receber 10.000,00
b) Perdas estimadas: é quando no final do exercício, com base no saldo das duplicatas a receber, a empresa
estima para o ano seguinte um valor provável de perdas. A contabilização deste fato envolve o reconhecimento
de uma despesa (Devedores Duvidosos) e de uma conta retificadora de Duplicatas a receber no Ativo (Perda
Estimada com Créditos de Liquidação Duvidosa).
Exemplo: ao final do ano de 2017 a empresa Comercial Estrela possuía um valor de duplicatas a receber para
o ano de 2018 de R$ 200.000. Considerando perdas de anos anteriores, a empresa considera que há a
possibilidade de que 3% das vendas não sejam recebidas.
Data Contas D C
31.12.2017 Devedores duvidosos 6.000,00
31.12.2017 Perda Estimada com Créditos de Liquidação Duvidosa 6.000,00
Data Contas D C
31.08.13 Caixa 850,00
31.08.13 Duplicatas a Receber 850,00
31.08.13 Descontos Concedidos 150,00
31.08.13 Duplicatas a Receber 150,00
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
Exemplo 1: aquisição de mercadorias pelo valor de $10.000 com ICMS incluso no preço calculado pela
alíquota de 18%.
Duplicatas a pagar
ICMS a Recuperar Mercadorias (estoque) (Caixa/Bancos)
1.800 8.200 10.000
Os $ 1.800 são direitos contabilizados no Ativo e serão utilizados quando a empresa vender
mercadorias para recolher menos ICMS sobre a venda.
Exemplo 2. Venda das mercadorias por $ 20.000, a prazo, com ICMS sobre vendas de 12%.
Receita de Vendas Duplicatas a Receber ICMS sobre Vendas (despesa)
20.000 20.000 2.400
ICMS a Recolher
2.400
Demonstração do Resultado
Receita Bruta $ 20.000
( - ) Deduções ($ 2.400)
(ICMS) (12% de $ 20.000)
Receita Líquida $ 17.600
600
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
I) Método de controle do inventário periódico: neste método a empresa não controla continuamente
seus estoques e sim faz um controle por bimestres, semestres ou anualmente. É necessária uma
contagem física do estoque, que permite verificar quanto existe de estoque comparado com o que a
empresa tinha no início do período e considerar as compras do período para apurar o valor da
mercadoria vendida.
Neste método são utilizadas três contas que tratam de mercadorias. A conta de estoque inicial de
mercadorias, a conta compras de mercadorias do período (devolução de compras) e a conta de estoque
final do período, que será a conta de estoque inicial do próximo período.
O custo da mercadoria vendida é apurado da seguinte forma:
CMV = estoque inicial + compras líquidas – estoque final
Exemplo: A Cia. Avante possui estoque inicial de mercadorias de $ 50.000. Adquiriu a prazo $ 30.000, dos
quais $ 5.000 foram devolvidos. O estoque físico apurado no período foi de $ 40.000.
Estoque Inicial de Mercadorias Compras Devolução de Compras
( SI) 50.000 50.000 (4) (1) 30.000 5.000 (3) (3) 5.000 5.000 (2)
0 25.000 (5) 0
30.000 30.000
0
Lançamentos no Diário:
Nas compras:
Data Contas D C
XX.02.X1 Compras X
XX.02.X1 Fornecedores/Caixa X
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
XX.02.X1 Fornecedores X
XX.02.X1 Devolução de Compras X
Nas vendas
Data Contas D C
XX.03.X1 Duplicatas a Receber X
XX.03.X1 Vendas Realizadas X
31.12.X1 CMV X
31.12.X1 Estoque Inicial de Mercadorias X
31.12.X1 CMV X
31.12.X1 Compras X
II) Método do inventário permanente: os métodos permanentes propiciam informação constante dos
custos das mercadorias vendidas e do valor dos estoques. Desta forma, haverá um controle mais
rigoroso dos estoques. Existem três métodos mais conhecidos de controle de estoque:
PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai): significa que os valores mais antigos que entraram no
estoque serão os primeiros a serem considerados quando uma mercadoria for vendida.
MPM (Média Ponderada Móvel): neste método, a cada entrada de mercadoria no estoque é feito o
cálculo médio das mercadorias estocadas.
Exemplo: serão utilizados os dados da empresa Vigo S.A. para exemplificar o método da MPM.
01.08 Estoque inicial 100 x $ 20 $ 2.000
03.08 Compras 210 x $ 30 $ 6.300
10.08 Venda 200 x $ 50 $ 10.000
25.08 Compras 100 x $ 40 $ 4.000
30.08 Venda 120 x $ 50 $ 6.000
Método MPM
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
Nas compras:
Data Contas D C
XX.02.X1 Estoque de mercadorias X
XX.02.X1 Fornecedores X
XX.02.X1 Fornecedores X
XX.02.X1 Devolução de Compras X
Nas vendas
Data Contas D C
XX.03.X1 Duplicatas a Receber X
XX.03.X1 Vendas Realizadas X
XX.03.X1 CMV X
XX.03.X1 Estoque de mercadorias X
f) Imposto de Renda retido na fonte descontado dos salários dos empregados, do pró-labore dos
administradores e dos honorários de autônomos.
TABELAS DE RECOLHIMENTO DO INSS E IRRF
Até R$ 1.751,81 8%
De R$ 1.751,82 a R$ 2.919,72 9%
Tabela 3.Tabela progressiva mensal para a incidência do imposto sobre a renda das pessoas físicas para fatos
geradores que ocorrerem a partir de 1º de janeiro de 2016 é:
Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$)
Até 1.903,98 - -
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80
De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13
Acima de 4.664,68 27,5 869,36
Parcela a deduzir da base de cálculo do imposto a título de dependente, a partir de 1º de janeiro de 2016, é de
R$ 189,59, por dependente.
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
Exemplo: A empresa Alfa Ltda. levantou em 30 de agosto de 2018 os seguintes valores referentes a salários,
pró-labore e honorários profissionais:
Salário do funcionário: R$ 2.500,00 (um dependente)
Pró-labore: R$ 6.000,00 (sem dependente)
Honorários: R$ 1.000,00
CÁLCULOS:
INSS do funcionário: R$ 2.500,00 x 9% = R$ 225,00
INSS Pró-labore: R$ 5.645,80 x 11% = R$ 621,04
INSS Honorário: R$ 1.000,00 x 8% = R$ 80,00
Salários: 2.500,00
Pró-labore: 6.000,00
Honorários: 1.000,00 9.500,00
Data Contas D C
30.08.13 Despesas de salários 2.500,00
30.08.13 Salários a pagar 2.500,00
30.08.13 Salários a pagar 225,00
30.08.13 INSS a recolher 225,00
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
Todas as empresas, independentemente do tipo jurídico ou regime tributário estão obrigadas a elaborar
as demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras elaboradas pelas empresas são previstas e
regulamentadas na Lei 6.404/1976 (Lei das S.A.), atualizada pela Lei 11.638, de 28/12/2007 e pela Lei 11.941,
de 27/05/2009 e no Pronunciamento Conceitual Básico 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis.
O artigo 176, da Lei 6.404/1976, estabelece:
“Artigo 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão
exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no
exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
IV - demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007)
V - se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638,
de 2007).
§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores
correspondentes das demonstrações do exercício anterior.
§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos
poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um
décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações
genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes".
OBS.:
a) Com relação à demonstração dos lucros e prejuízos acumulados, na prática a maioria das empresas a
substitui pela demonstração das mutações do patrimônio líquido. Esta evidencia todas as alterações
ocorridas no patrimônio líquido. De acordo com a Lei nº 6.404/1976 (§ 2º do artigo 186) as companhias
não precisam apresentar a DLPA desde que elaborem a DMPL.
d) A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois
milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
f) As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela
Comissão de Valores Mobiliários, e serão obrigatoriamente auditadas por auditores independentes
registrados na mesma comissão.
h) As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (letra f) deverão ser elaboradas em
consonância com os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis.
i) Sociedades de Grande Porte: a Lei nº 11.638/07 estendeu às sociedades de grande porte as disposições
relativas à elaboração e publicação de demonstrações contábeis aplicáveis às companhias abertas,
entendendo que aquelas empresas, pela sua importância no cenário econômico e social, devem ter o
mesmo nível de abertura de informações que as companhias abertas. De acordo com a CVM, a falta de
divulgação de informações por parte dessas empresas representa, muitas vezes, obstáculo à expansão e à
melhoria da qualidade das informações pelas companhias abertas, constituindo fator de inibição ao
processo de abertura de capital das empresas. Considera-se de grande porte, para esses efeitos, a sociedade
ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a
R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões.
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
Ciclo operacional: tomando-se por exemplo a atividade comercial, o ciclo operacional é o período no qual a
empresa compra a mercadoria para estoque, vende a mercadoria e recebe do cliente. A duração do ciclo
operacional é diferente para cada tipo de atividade. Na contabilidade o ciclo operacional é o que chamamos de
curto prazo ou circulante.
ATIVO PASSIVO
Indica ONDE a empresa APLICA os recursos de que Indica DE ONDE provêm os recursos utilizados pela
empresa, isto é, quais são as FONTES que os fornecem.
dispõe.
Portanto, os recursos podem ser provenientes de:
Portanto, compreende os
. Terceiros (dívidas)
BENS E DIREITOS . Próprios: dos sócios e dos lucros.
Origens (fontes) de recursos
Aplicações de recursos (investimentos)
“Seção III
Balanço Patrimonial
Grupos de contas
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que
registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da
companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos
nelas registrados, nos seguintes grupos:
a) ativo circulante;
b) ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado, e
intangível.
§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão
classificados separadamente.”
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
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Uma obrigação pode também ser extinta por outros meios, tais como pela renúncia do credor ou pela perda dos seus
direitos creditícios.
16. Passivos resultam de transações ou outros eventos passados. Assim, por exemplo, a aquisição de mercadorias e o uso de
serviços resultam em contas a pagar (a não ser que pagos adiantadamente ou na entrega) e o recebimento de um empréstimo
resulta na obrigação de liquidá-lo. Uma entidade pode também reconhecer como passivo futuros abatimentos baseados no
volume das compras anuais dos clientes; nesse caso, a venda das mercadorias no passado é a transação da qual deriva o
passivo.
17. Alguns passivos somente podem ser mensurados com o emprego de um elevado grau de estimativa. No Brasil esses passivos
são descritos como provisões. A definição de passivo, constante do parágrafo 49, tem um enfoque amplo e assim, se a
provisão envolve uma obrigação presente e satisfaz os demais critérios da definição, ela é um passivo, ainda que seu valor
tenha que ser estimado. Exemplos incluem obrigações por pagamentos a serem feitos para satisfazer acordos com garantias
em vigor e provisões para fazer face a obrigações de aposentadoria.
Patrimônio Líquido
18. Embora o patrimônio líquido seja definido no parágrafo 49 como um valor residual, ele pode ter subclassificações no
balanço patrimonial. Por exemplo, recursos contribuídos pelos acionistas, lucros acumulados, reservas resultantes de
apropriações de lucros acumulados e reservas para manutenção do capital podem ser demonstrados separadamente. Tais
classificações podem ser importantes para a tomada de decisão dos usuários das demonstrações contábeis quando indicarem
restrições legais ou de outra natureza sobre a capacidade que a entidade tem de distribuir ou aplicar de outra forma os seus
recursos patrimoniais. Podem também refletir o fato de que acionistas de uma entidade tenham direitos diferentes em relação
ao recebimento de dividendos ou reembolso de capital.
19. A criação de reservas é, às vezes, exigida pelo estatuto ou por lei para dar à entidade e seus credores uma margem maior de
proteção contra os efeitos de prejuízos. Outras reservas podem ser constituídas em atendimento a leis que concedem isenções
ou reduções nos impostos a pagar quando são feitas transferências para tais reservas. A existência e o valor de tais reservas
legais, estatutárias e fiscais representam informações que podem ser importantes para a tomada de decisão dos usuários. As
transferências para tais reservas são apropriações de lucros acumulados, portanto, não constituem despesas.
20. O valor pelo qual o patrimônio líquido é apresentado no balanço patrimonial depende da mensuração dos ativos e passivos.
Normalmente, o valor do patrimônio líquido somente por coincidência é igual ao valor de mercado das ações da entidade ou
da soma que poderia ser obtida pela venda dos seus ativos e liquidação de seus passivos numa base de item-por-item, ou da
entidade como um todo, numa base de continuidade operacional.
21. Atividades comerciais e industriais, bem como outros negócios são freqüentemente exercidos por meio de firmas
individuais, sociedades civis, entidades estatais e outras organizações cuja estrutura legal e regulamentar pode ser diferente
daquela aplicável às companhias. Por exemplo, pode haver poucas restrições, ou nenhuma, sobre a distribuição aos
proprietários ou outros beneficiários de importâncias incluídas no patrimônio líquido. Independentemente desses fatos, a
definição de patrimônio líquido e os outros aspectos desta Estrutura Conceitual que tratam do patrimônio líquido são
igualmente aplicáveis a tais entidades.
A - ATIVO CIRCULANTE
Disponibilidades: são os recursos financeiros possuídos pela empresa que podem ser utilizados imediatamente, sem
restrições. Principais contas: Caixa, Bancos conta movimento, aplicações de liquidez imediata.
Direitos realizáveis no exercício social seguinte: compreende bens e direitos que podem ser convertidos em
dinheiro num prazo inferior a 360 dias. Principais contas: Duplicatas a receber (ou clientes), Perdas estimadas para
créditos de liquidação duvidosa (redutora de duplicatas a receber), Duplicatas descontadas (conta credora, redutora do
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
ativo circulante), Aplicações financeiras ou Títulos e valores mobiliários, Adiantamentos a fornecedores, Impostos a
recuperar, Adiantamentos a empregados.
Despesas do exercício seguinte: são despesas antecipadas, que já foram pagas, mas que se referem ao exercício
seguinte. Principais contas: Prêmios de seguro, Aluguéis pagos antecipadamente, Assinatura de periódicos, Taxas
associativas.
O realizável a longo prazo compreende teoricamente as mesmas contas do circulante (com exceção das
disponibilidades) cujo prazo de realização seja superior a um ano.
Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte: classificados nas contas Valores a receber (venda de
ativo permanente), Depósitos judiciais, Impostos a recuperar, Despesas antecipadas, Incentivos fiscais.
Valores a receber de sociedades coligadas: classificados nas contas Empréstimos a coligadas, Empréstimos a
controladas, Empréstimos a diretores e acionistas etc.
Investimentos: são as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza que não se
destinem à manutenção da atividade da empresa e não se classifiquem no ativo circulante ou realizável a longo prazo.
As contas principais são: Participações permanentes em outras sociedades, Outros investimentos permanentes (Obras
de arte, Imóveis não destinados ao uso, Quotas de clube).
Imobilizado: de acordo com a nova sistemática do permanente, no ativo imobilizado devem constar os direitos que
tenham por objeto bens corpóreos (materiais) destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa
ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios,
riscos e controle desses bens. O ativo imobilizado, que na legislação anterior era composto por bens corpóreos e
incorpóreos, passa a apresentar apenas bens corpóreos.
Intangível: nos termos da Lei nº 11.638/07, no intangível devem ser classificados os direitos que tenham por objeto
bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de
comércio adquirido.
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
Trata-se de um desmembramento do ativo imobilizado, que agora passa a contar apenas com bens corpóreos de uso
permanente. Ao intangível cabem os bens incorpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou
exercidos com essa finalidade, como, por exemplo, os direitos de exploração de serviços públicos mediante
concessão ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, bem como o fundo de comércio adquirido.
Os direitos classificados no intangível devem ser avaliados pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da
respectiva conta de amortização, feita em função do prazo legal ou contratual de uso dos direitos ou em razão da sua
vida útil econômica, deles o que for menor.
Obs.:
a) Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no
circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
b) Revisão Periódica dos Valores do Imobilizado e do Intangível: a companhia deverá efetuar, periodicamente, análise
sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado, no intangível e no diferido, a fim de que sejam:
1 - registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou
atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para
recuperação desse valor; ou
2 - revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da
depreciação, exaustão e amortização.
Portanto, torna-se obrigatória a revisão periódica dos itens registrados no ativo imobilizado, no intangível e no
diferido, devendo-se verificar se os valores registrados nesses subgrupos serão recuperados por meio de suas operações
futuras (geração de caixa futura). Caberá o registro de provisão para perdas quando não houver possibilidade de
recuperação total ou parcial desses valores. No que tange aos mesmos subgrupos, aplica-se também a revisão da sua vida
útil econômica estimada, com vistas ao ajuste dos prazos e dos critérios de depreciação, amortização e exaustão.
C - PASSIVO CIRCULANTE
Fornecedores ou Duplicatas a pagar: representa as compras a prazo efetuadas pela empresa, de matérias-primas,
mercadorias para revenda e outros materiais.
Tributos a pagar: compreende as obrigações relativas a impostos, taxas e contribuições. Normalmente aparece
desdobrada por tipo de tributos.
Salários e encargos sociais a pagar: referem-se às obrigações da empresa junto a seus empregados, bem como aos
agentes arrecadadores de contribuições sociais, como INSS e FGTS.
Empréstimos e financiamentos de instituições financeiras: compreendem os recursos obtidos pela empresa junto a
instituições financeiras para financiamento das imobilizações ou do giro dos negócios.
Outras contas do passivo circulante: Adiantamentos de clientes, Contas a pagar (energia elétrica, telefone, água,
honorários etc.), Dividendos, gratificações e participações, Imóveis a pagar, Títulos a pagar, Adiantamentos de
clientes.
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São obrigações que tem como característica terem seus vencimentos após o término do exercício seguinte, isto é,
num prazo superior a um ano. Ex. Financiamentos de instituições de crédito, Adiantamentos, Contas a pagar, Empresas
coligadas e controladas, Títulos a pagar.
Receitas diferidas
Compreendem as receitas de exercícios futuros deduzidas as despesas incorridas ou a incorrer. São receitas
faturadas antecipadamente. As principais contas são Aluguel recebido antecipadamente, Resultado diferido de
incorporação de imóveis, Custos e despesas de exercícios futuros.
E – PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Representa os recursos dos acionistas formados por capital (dinheiro ou bens) entregues pelos acionistas à
empresa ou por lucros gerados pela empresa e retidos em diversas contas de reservas ou de lucros acumulados.
Capital social: compreende os recursos iniciais dos acionistas acrescidos de aportes posteriores de capital (aumento)
e de aumentos provenientes de transferências de contas de reservas e lucros.
Capital a integralizar: representa a parcela do capital que foi subscrita e ainda não integralizada. Ë uma conta
redutora do capital social.
Reservas de capital: são constituídas com valores recebidos pela companhia e que não transitam pelo resultado
como Receitas. São representadas pelas seguintes contas:
Ágio na emissão de ações: quando o valor de venda efetivo das ações superar o valor nominal das
ações.
Alienação de bônus de subscrição: também são valores mobiliários que podem ser vendidos. A
emissão de bônus de subscrição está condicionada ao limite de capital autorizado previsto no estatuto da
empresa.
d) Incorporação ao capital;
e) Pagamento de dividendo cumulativo a ações preferenciais, com prioridade no seu recebimento, quando essa
vantagem lhes for assegurada pelo estatuto social.
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
Ajustes de avaliação patrimonial: serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não
computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou
diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência de sua avaliação a valor justo.
Exemplos: variações de preço de mercado dos instrumentos financeiros, quando destinados a venda futura.
Diferenças no valor de ativos e passivos avaliados a preço de mercado nas reorganizações societárias. O
saldo pode ser credor ou devedor.
Reservas de lucros: são constituídas a partir do lucro da empresa. Caso ainda existam lucros remanescentes, após a
segregação para pagamentos dos dividendos obrigatórios e após as destinações das diversas reservas de lucros, estes
também de vem ser distribuídos como dividendos. Deve-se assim dar destinação total aos lucros auferidos. Quanto ao
limite das Reservas de Lucros é estabelecido que seu valor não pode ser maior que o Capital Social da sociedade.
Caso aconteça, a assembléia geral deverá deliberar sobre a aplicação do excedente, que poderá ser utilizado para
integralização ou aumento de capital, desde que bem fundamentado, ou distribuído como dividendos (não entram no
cálculo as Reservas para Contingências, Reservas para Incentivos Fiscais e Reservas de Lucros a Realizar).
Reserva legal: instituída para dar proteção ao investidor, é obrigatória e equivale a 5% do lucro líquido do
exercício, mas não pode exceder a 20% do capital social realizado; ou poderá, a critério da companhia,
deixar de receber créditos, quando o saldo desta reserva, somado ao montante das Reservas de Capital,
atingir 30% do capital social. Pode ser utilizada somente para compensação de prejuízos e para aumento do
capital social.
Reservas estatutárias: são estabelecidas no estatuto da empresa, podendo ser criadas subcontas conforme a
natureza da reserva constituída. Sua constituição não pode restringir o pagamento do dividendo obrigatório.
No estatuto deve ser definida a finalidade de modo preciso e completo, fixar critérios para determinar a
parcela anual do lucro líquido a ser utilizada e ser estabelecido seu limite máximo.
Reservas para contingências: são constituídas com a finalidade de compensar em, um exercício, a
diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável. O objetivo de sua constituição é segregar uma
parcela dos lucros, não a distribuindo como dividendo. Ex.: geadas ou secas, cheias, inundações,
paralisações temporárias de operações.
Reserva de Incentivos Fiscais: a assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração,
destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções
governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório.
Reservas de lucros a realizar: a sua constituição é optativa e tem como objetivo evidenciar a parcela dos
lucros ainda não realizada financeiramente (art. 197, Lei 6.404/76). O objetivo de constituí-la é não distribuir
dividendos obrigatórios sobre a parcela de lucros ainda não realizada financeiramente (apesar de contábil e
economicamente realizada).
Ações em tesouraria: são classificadas nesta conta as ações da empresa adquiridas pela própria sociedade. Não é
permitido às companhias (abertas ou fechadas) adquirir suas próprias ações a não ser quando houver operações de
resgate, reembolso ou amortização de ações; aquisição para permanência em tesouraria ou cancelamento, desde que
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até o valor do saldo de lucros ou reservas (exceto a legal), sem diminuição do capital social ou recebimento dessas
ações por doação; aquisição para diminuição do capital (limitado a restrições legais.
Lucros Acumulados: como forma de coibir a retenção injustificada de lucros, os quais devem ser destinados à
formação de reservas e à distribuição de dividendos de acordo com os fundamentos contidos nos artigos 193 a 203 da
Lei nº 6.404/76, a nova legislação elimina do balanço a conta Lucros Acumulados. Todavia, isso não significa que ela
deixará de existir. Uma conta com essa mesma denominação (lucros acumulados) ou designação semelhante, de uso
temporário e cujo saldo seja encerrado antes do balanço, poderá ser utilizada para servir de contrapartida às
destinações do lucro e às reversões das reservas de lucro.
2.1 EXERCÍCIOS
Nº 1. Com as contas dadas a seguir, elabore o Balanço Patrimonial da Companhia Santa Cruz em 31/12/X1: Edifícios
$200; Despesas de aluguel antecipadas $350; Empréstimos obtidos $ 150; Reserva legal $100; Perdas Estimadas para
créditos de liquidação duvidosa $ 60; Adiantamento de clientes $280; Terrenos $30; Depreciação acumulada
Equipamentos $30; Fornecedores $100; Caixa $100; Patentes $100; Impostos a pagar $50; Reserva para Contingências
$250; Duplicatas a receber $200; Direitos autorais $50; Capital $1.300; Títulos a pagar $100; Bancos c/ Movimento $200;
Empréstimos a longo prazo concedidos a terceiros $100; Investimento $60; Seguros a vencer $250; Mercadorias $500;
Veículos $100; Depreciação acumulada – veículos- $30; Salários a pagar $20; Promissórias a receber $100;
Equipamentos $ 130
Nº 2 Indique na coluna “Grupo” da tabela das contas do balancete da “Cia. Boa Sorte”, um dos números abaixo,
conforme o grupo a que a respectiva conta pertença.
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Nº 3 As questões A e B são baseadas nos dados da Cia. Boa Sorte. Assinale para cada uma delas a alternativa
correta.
a) O lucro ou prejuízo do exercício foi de:
( ) (2.800) ( ) 50.000 ( ) 3.200 ( ) 3.000 ( ) NDA
a. Circulante
b. Realizável Longo Prazo
c. Investimentos Não Circulante
d. Imobilizado
e. Intangível
O Momento da Liquidez e Realização define, no grupo do Ativo, onde será classificado o elemento patrimonial.
Pede-se: Classificar as contas a seguir anotando, nos parênteses, a letra correspondente ao grupo.
( ) Bancos C/ Movimento, de disponibilidade imediata.
( ) Clientes, de realização até 90 dias do exercício seguinte.
( ) Produtos Acabados, de realização no curso do exercício seguinte.
( ) Títulos a Receber, de realização até 365 dias da data do Balanço.
( ) Contas a Receber, de realização apos 365 dias da data do Balanço.
( ) Terrenos, para futura utilização.
( ) Contas Correntes - Sócios, de realização até 180 dias da data do Balanço.
( ) Depreciação Acumulada, retificativa de bem não realizável.
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Nº 6 O Balanço da empresa ABC S.A., em 31.12.X9, era composto pelos saldos das seguintes contas: Caixa $ 10; Capital
$ 35; Empréstimos (LP) obtidos de terceiros $ 15; Reserva Estatutária $ 20; Fornecedores $ 10; Bancos c/ movimento $
20; Contas a Receber $ 10; Empréstimos (LP) concedidos a terceiros $ 10; Dividendos a pagar $ 15; Adiantamentos de
clientes $ 20; Impostos a pagar $ 5; Equipamentos $ 10; Reserva legal $ 10; Mercadorias $ 50; Patentes $ 20.
I. No caso de uma empresa ter contratado um seguro contra fogo pelo período de 01.10.X2 a 30.09.X3, pagando a vista
um prêmio único de $ 12.000, teríamos, em consequência dessa operação, por ocasião do encerramento do exercício, em
31.12.X2:
Nº 9 O pagamento, através de cheque, de uma obrigação contraída pela compra de mercadorias a prazo é um fato
administrativo que afeta o patrimônio da forma seguinte:
a) Diminui o Ativo e diminui o Patrimônio Líquido.
b) Diminui o Ativo e diminui o Passivo.
c) Aumenta o Passivo e aumenta o Ativo.
d) Aumenta o Ativo e diminui o Passivo.
e) Diminui o Patrimônio Líquido e aumenta o Ativo.
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2.2 EXERCÍCIOS
Assinale a alternativa que contém a complementação exata do enunciado nas Questões 1ª a 5ª, conforme disposição da Lei
6.404/76.
1ª Questão (Fonte: art. 175.)
Exceto na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária, o exercício social terá duração de
_________________________________ e a data do término fixado no estatuto.
(a) um ciclo operacional. (d) um ano
(b) um ano, no máximo, e de um mês, no mínimo. (e) um período administrativo.
(c) seis meses, no mínimo, e de um ano, no máximo.
Para responder às questões 6ª a 18ª, que tratam da classificação das contas do Balanço Patrimonial, utilize os códigos:
1 - Ativo Circulante; 2 - Ativo Realizável a Longo Prazo; 3 – Ativo Investimentos;
4 - Ativo Imobilizado; 5 - Passivo Circulante; 6 – Passivo não-circulante;
7 - Reservas de Capital; 8 - Reservas de Lucros.
6' Questão
_________________________: Contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.
7' Questão
__________________________: Contas que representam participações permanentes em outras sociedades.
8' Questão
___________________________: Contas que representam direitos realizáveis após o término do exercício seguinte.
9' Questão
____________________________: Contas que representam os direitos tenham por objeto bens destinados à manutenção
das atividades da empresa.
10' Questão
___________________________: Contas que representam as disponibilidades.
11ª Questão
____________________________: Contas que representam aplicações de recursos em despesas do exercício social
seguinte.
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12ª Questão
_____________________________: Contas que representam as obrigações da companhia, quando vencerem no
exercício social seguinte.
13ª Questão
_____________________________: Contas que representam direitos derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a
sociedades coligadas ou controladas, que não constituem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.
14ª Questão
___________________________: Contas que representam obrigações por financiamento para aquisição de direitos
do ativo permanente, quando vencerem no exercício social seguinte.
15ª Questão
___________________________: Contas que representam os direitos realizáveis no curso do exercício social
subsequente.
16ª Questão
___________________________: Contas que registram obrigações da companhia que tiverem vencimento após o
exercício social seguinte.
17ª Questão
___________________________: Conta que registra a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor
nominal
18ª Questão
_________________________: Contas que registram receitas de exercícios futuros (diminuídas dos custos e das
despesas a elas correspondentes).
19ª Questão: Considerando que as contas representativas dos componentes patrimoniais da empresa B apresentam
os seguintes saldos, relativos ao dia 31/12/2XXl:
Acionistas Conta Capital (ou Capital a Realizar) 50
Ações de Empresas Coligadas 200
Ações de Empresas Diversas (não controladas nem coligadas, com objetivo de permanência na carteira 110
de títulos, para obter renda)
Ações em Tesouraria 10
Amortização Acumulada de Patentes de Invenção 30
Bancos Conta Movimento 70
Capital Social 600
Construções Civis em Andamento 180
Depreciação Acumulada de Máquinas 200
Contas a receber 30
Dividendos a Distribuir 15
Dividendos a Receber 15
Duplicatas a Receber (ou Clientes) vencimento 30/11/2XX2 300
Duplicatas a Receber (vencimento em 30/6/2XX3) 100
Duplicatas Descontadas (das vencidas até 30/11/2XX2) 140
Empréstimos a Acionistas 34
Fornecedores (vencimento em 30/3/2XX3) 150
Fornecedores (vencimento em 30/7/2XX2) 290
Impostos a Recolher 20
IPI a Recuperar 22
Máquinas (uso próprio) 500
Salários a Pagar 30
Patentes de Invenção 60
Prédios (mantidos com objetivo de obter rendimento) 300
Prêmios de Seguros a Vencer (de 1/1 a 30/9/2XX2) 5
Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa 16
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Pergunta-se o valor:
a) das Disponibilidades h) do Intangível
b) dos Direitos i) do Passivo Circulante
c) das Despesas do Exercício Seguinte j) do Passivo Não-circulante
d) do Ativo Circulante k) do Capital Realizado
a) do Ativo Realizável a Longo Prazo m) das Reservas de lucros
b) dos Investimentos n) do Patrimônio Líquido.
c) das Imobilizações
A DRE demonstra o resultado líquido da empresa, ou seja, o que ela apurou de seus negócios em determinado
período. Apresenta-se de forma dedutiva, onde são definidos: receitas, custos despesas, ganhos, perdas, lucro ou prejuízo.
Prevista no art. 187 da Lei 6.404/1976, a DRE evidencia, de forma estruturada, os componentes que provocam alterações
no patrimônio líquido das empresas.
Na elaboração da DRE buscam-se no último dia do exercício social, os saldos finais e acumulados das contas de
receitas, de despesas, de custos. Essas contas são zeradas no final do exercício tendo como contrapartida a conta
Resultado do Exercício.
A receita é considerada realizada no momento em que ocorre a venda e transferência de um bem, ou a prestação
de um exercício, independentemente da forma de pagamento, a vista ou a prazo.
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
As despesas incorridas para a obtenção dessas receitas devem ser contabilizadas, no mesmo período, sendo pagas
ou não no período.
Essas considerações revelam que o resultado contábil (lucro ou prejuízo) é determinado através da aplicação do
REGIME DE COMPETÊNCIA, ou seja, a demonstração do resultado do exercício retrata apenas o FLUXO
ECONÔMICO (relacionado à riqueza) e não o fluxo financeiro (relacionado ao dinheiro).
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
A – Receita Bruta: É constituída pelo valor bruto faturado, representado pelo ingresso bruto de recursos externos
provenientes das operações normais de venda a prazo ou a vista, de produtos, mercadorias ou serviços. Da receita
operacional bruta são deduzidos os seguintes itens:
Abatimentos sobre vendas: são descontos concedidos aos clientes (por defeito, não atendimento a especificação,
quantidade etc.)
Impostos incidentes sobre vendas: IPI, ICMS, ISS, PIS sobre receita bruta, COFINS sobre receita bruta.
OBS.: com relação ao IPI ocorre uma divergência entre o que é estabelecido na legislação do Imposto de Renda,
pela qual o IPI nem aparece, apresentando-se o valor da Receita bruta líquido do imposto. Porém pelo que
estabelece a Lei das S.A. o IPI deve ter o mesmo tratamento do ICMS.
A orientação é que as empresas adotem uma forma conciliadora de apresentar o valor do IPI, como por exemplo:
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
Exemplo 1: A Cia. Equilíbrio efetuou uma venda de diversos produtos no valor de R$96.000,00 (R$80.000,00 preço do
produto e R$ 16.000,00 referente ao IPI). O ICMS está incluso no preço do produto pela alíquota de 18% (venda dentro
do Estado).
Exemplo 2: A Cia. São João efetuou uma venda no valor de R$ 10.000,00 para a empresa A e de R$5.0000,00 para a
empresa B. As duas empresas alegaram que as mercadorias não estavam de acordo com o solicitado. A empresa A aceitou
um abatimento de 20% para evitar a devolução. Já a empresa B devolveu metade das mercadorias.
DRE
Receita Bruta ........................................................... 15.000,00
(-) Deduções
A: 10.000,00 x 20% Devoluções ........................................................ (2.500,00)
B: 5.000,00 x 50% Abatimentos ...................................................... (2.000,00)
Receita Líquida ...................................................... (10.500,00)
Custo dos produtos vendidos (CPV): essa denominação é utilizada para as empresas industriais. O cálculo do
CPV envolve técnicas e conceitos de contabilidade de custos mais abrangentes. Conceitualmente, o CPV
compreende todos os gastos necessários à obtenção de um produto. Em resumo, tem-se:
Custo das mercadorias vendidas (CMV): é utilizado para empresas comerciais, havendo duas formas básicas
para sua determinação. Nas empresas que mantém controle permanente (físico e financeiro) dos estoques, a
obtenção do CMV ocorre diretamente pelos registros contábeis.
Já as empresas que não mantém controle permanente de seus estoques, calculam o CMV realizando o
levantamento físico das quantidades de mercadorias existentes no final do período (estoque final). Para determinar o valor
do CMV utiliza-se a seguinte fórmula:
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
Custo dos serviços prestados (CSP): corresponde aos custos incorridos para a prestação de um serviço.
C – Despesas vinculadas à atividade operacional: são despesas necessárias para a empresa funcionar, isto é, vender,
administrar e financiar suas atividades.
Despesas com vendas: representam as despesas necessárias às atividades comerciais da empresa. As mais
comuns são as Comissões de vendas, Material de escritório, Promoção e propaganda, Provisão para devedores
duvidosos, Salários e encargos.
Despesas administrativas: compreendem os gastos incorridos com as atribuições da administração geral, tais
como: salários e encargos do pessoal administrativo, aluguéis, material de escritório etc.
Despesas financeiras: representa a remuneração paga a terceiros que financiaram a empresa, como Comissões e
despesas bancárias, Descontos concedidos, Juros, Variação cambial.
Receitas financeiras: são os ganhos de natureza financeira, tais como os Descontos obtidos, Juros ativos,
Receitas de aplicações.
Receitas e Despesas diversas: compreendem as receitas e despesas oriundas das atividades acessórias do objeto
social da empresa, tais como Dividendos e rendimentos de outros investimentos, Amortização de ágio ou deságio
de investimentos.
Resultado de equivalência patrimonial: refere-se à participação de uma empresa investidora (controladora) nos
resultados de outra (controlada). Quando a controlada tiver lucro, a controladora contabilizará o resultado como
receita e, quando for prejuízo será contabilizado como despesa.
D – Outras Receitas e Despesas: são resultados provenientes de transações eventuais. Como exemplo tem-se lucro ou
prejuízo na venda de bem do imobilizado, perdas eventuais decorrentes de inundações ou incêndios, sem que haja
cobertura de seguros.
E - IR e CSLL: representam os valores que a empresa deverá recolher para o governo, calculados conforme estabelecer a
legislação vigente.
O IR é calculado através da aplicação da alíquota de 15% sobre o lucro liquido do exercício mais um adicional de 10%
sobre a parcela que ultrapassar a R$ 20.000,00 por mês.
A CSSL é calculada através da aplicação da alíquota de 9% sobre o lucro líquido do exercício.
Exemplo de cálculo do IR e CSSL considerando um lucro de R$ 4.000.000:
IR: 4.000.000 x 15% = 600.000
4.000.000 – 20.000 = 3.800.000 x 10% = 380.000
Valor total do IR 980.000
CSSL: 4.000.000 x 9% = 360.000
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
CÁLCULO DA CSLL: segue procedimento idêntico, observando-se as deduções, exclusões e compensações previstas na
legislação.
Cálculo da CSLL
Resultado do período 147.160
Alíquota de 9% x 147.160 – CSLL a recolher 13.244
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
Lançamentos:
CONTAS D C
Resultado do Exercício X
Provisão para Imposto de Renda X
Contribuição Social sobre o Lucro X
E – Participações
- Empregados: parte do lucro que é distribuída para os empregados, seja por decisão da empresa, convenção coletiva
ou determinação legal;
- Debêntures: títulos de longo prazo emitidos pelas sociedades por ações, que podem dar direito aos seus detentores a
juros, correção monetária e participação nos lucros;
- Contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados: são contribuições apuradas
por um percentual do lucro que serão revertidas a entidades preestabelecidas, normalmente a fundações, que tratam
da complementação de aposentadoria dos empregados.
OBS.:
a) Os percentuais de participação são definidos no estatuto social, no contrato social ou por deliberação da assembleia
de acionistas;
b) Havendo prejuízos anteriores esses devem ser deduzidos do lucro para se determinar a base de cálculo das
participações;
c) O cálculo das participações não são realizados sobre o mesmo valor, devendo-se obedecer a seguinte sequência:
debêntures, empregados e administradores.
Contabilização
CONTAS D C
Participação de Debêntures no Lucro (*) X
Provisão da Participação de Debêntures no Lucro (**) X
CONTAS D C
Participação de Empregados no Lucro (*) X
Provisão da Participação de Empregados no Lucro (**) X
CONTAS D C
Participação de Administradores no Lucro (*) X
Provisão da Participação dos Administradores no Lucro (**) X
(*) Contas redutoras do Resultado do Exercício após o IR e a CSLL
Exemplo1: Considere que o estatuto da Cia. Lava e Demora define que empregados e administradores têm direito cada
um a 5% do lucro do exercício. O cálculo e a Demonstração do Resultado do Exercício ficam da seguinte maneira:
Demonstração do Resultado do Exercício
Lucro após IR e CSLL 106.063
Cálculo das participações:
Lucro após IR e CSLL 106.063
Cálculos:
Empregados: 5% de R$ 106.063 (5.303)
Nova base de cálculo 100.760
Administradores: 5% de R$ 100.760 (5.038)
95.722
Demonstração do Resultado do Exercício incluindo as participações:
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Lucro após IR e CSLL 106.063
Participações
Empregados (5.303)
Administradores (5.038)
Lucro Líquido do exercício 95.722
Exemplo 2: O estatuto da Empresa X define que debêntures, empregados, administradores têm direito cada uma a 10% do
lucro do exercício. A Empresa tem um saldo de Prejuízo Acumulado de R$100.000. A Demonstração do Resultado é a
seguinte:
Demonstração do Resultado do Exercício
Lucro antes do IR e CSLL 449.000
( - ) Provisão para IR e CSLL (90.000)
Lucro após IR e CSLL 359.000
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Disciplina: Contabilidade Geral - 1º Período - 1º semestre – 2019
Exercícios
Abaixo estão relacionadas as transações da Cia. Petrópolis, constituída em 1º de setembro de 20X1.
1º - integralização, em dinheiro, do capital social, $ 100.000;
4 - pagamento de $ 2.200 por material empregado nos trabalhos efetuados;
5 - pagamento de $ 5.000 referente a impostos e taxas diversas;
10- recebimento por serviços prestados, $ 14.200;
18- pagamento de $ 8.000, de aluguel, pelo uso de um caminhão durante três dias;
23- compra de diversos equipamentos, de A. & Cia., a prazo, por $ 20.000;
26- pagamento de $ 2.000 de despesas diversas;
30- recebimento de $ 35.200 por serviços prestados;
30- pagamento de $ 20.000, de salários;
30- pagamento de $ 10.000, pelo aluguel do imóvel onde está instalada a empresa.
Pede-se:
a) fazer os lançamentos no Diário;
b) fazer os lançamentos em razonetes;
c) levantar o Balancete de Verificação em 30.09.20X1;
d) fazer os lançamentos de encerramento (diário e razonetes);
e) calcular o IR (15%) e CSSL (9%);
f) levantar o Balancete de pós-encerramento;
g) preparar a Demonstração do Resultado do Período (mês de setembro) e o Balanço Patrimonial no dia
30.09.20X1.
Contas a serem utilizadas: Caixa; Capital; Despesas de Material; Despesas de Impostos e Taxas; Receitas de
Serviços; Despesas de Aluguel; Despesas Diversas; Equipamentos; Fornecedores; Despesas de Salários;
Resultado do Exercício; Lucro do Exercício; IR; CSLL.
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