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lendas de oya

... ventos e eguns

Conta umas das lendas de Iansã, a primeira esposa de SÀNGÓ, teria ido, a seu mandato, a
um reino vizinho buscar 3 cabaças que estava com Obalúayé. Foi dito a ela que não abrisse
estas cabaças, as quais ela deveria trazer de volta a SÀNGÓ. Iansã foi e lá Obalúayè
recomendou mais uma vez que não deixasse as cabaças caírem e quebrarem e, se isto
acontecesse, que ela não olhasse e fosse embora. Iansã ia muito apressada e não
aguentava mais segurar o segredo. Um pouco mais à frente quebrou a primeira cabaça,
desrespeitando a vontade de Obalúayé. Saíram de dentro da cabaça os ventos que a levou
para o céus. Quando terminaram os ventos, Iansã voltou e quebrou a segunda cabaça. Da
segunda cabaça saíram os Eguns. Ela se assustou e gritou: Reiiii! Na vez da terceira
cabaça SÀNGÓ chegou e pegou para si, que era a cabaça do fogo, dos raios.
Ela tinha um temperamento ardente e impetuoso. Foi a única entre as mulheres de SÀNGÓ
que , no fim do seu reinado, o seguiu em sua fuga para Tapá. Quando ele recolheu-se para
baixo da terra em Cosso, ela fez o mesmo em Yiá.

... a ira da mulher búfalo

Ogum foi caçar na floresta, como fazia todos os dias. De repente, um búfalo veio em sua
direção rápido como um relâmpago; notando algo de diferente no animal, ogum tratou de
segui-lo. O búfalo parou em cima de um formigueiro, baixou a cabeça e despiu sua pele,
transformando-se numa linda mulher. Era yansan, coberta por belos panos coloridos e
braceletes de cobre. Yansan fez da pele uma trouxa, colocou os chifres dentro e
escondeu-a no formigueiro, partindo em direção ao mercado, sem perceber que ogum tinha
visto tudo. Assim que ela se foi, ogum se apoderou da trouxa, guardando-a em seu celeiro.

Depois foi a cidade, e passou a seguir a mulher até que criou coragem e começou a
cortejá-la. Mas como toda mulher bonita, ela recusou a corte. Quando anoiteceu ela voltou à
floresta e, para sua surpresa, não encontrou a trouxa. Tornou à cidade e encontrou ogum,
que lhe disse estar com ele o que procurava. Em troca de seu segredo ( pois ele sabia que
ela não era uma mulher e sim animal ), yansan foi obrigada a se casar com ele; apesar
disso, conseguiu estabelecer certas regras de conduta, dentre as quais proibi-lo de
comentar o assunto com qualquer pessoa.

Chegando em casa, ogum explicou suas outras esposas que yansan iria morar com ele e
que em hipótese alguma deveriam insultá-la. Tudo corria bem; enquanto ogum saía para
trabalhar, yansan passava o dia procurando sua
trouxa.

Desse casamento nasceram nove filhos, o que despertou ciúmes das outras esposas, que
eram estéreis. Uma delas, para vingar-se, conseguiu embriagar ogum e ele acabou
relatando o mistério que envolvia yansan. Logo que o marido se ausentou, elas começaram
a cantar: "Você pode beber, comer e exibir sua beleza, mas a sua pele está no depósito,
você é um animal." Iansã compreendeu a alusão. Depois que yansan encontrou então sua
pele e seus chifres. Assumiu a forma de búfalo e partiu para cima de todos, poupando
apenas seus filhos.

Decidiu voltar para a floresta, mas não permitiu que os filhos a acompanhassem, porque era
um lugar perigoso. Deixou com eles seus chifres e orientou-os para, em caso de perigo
deveriam bater os chifres um contra o outros; com esse
sinal ela iria socorrê-los imediatamente. E por esse motivo que os chifres estão presentes
nos assentamentos de yansan/oya.

... orisá do fogo

Embora tenha sido esposa de Sangô, Iansã percorreu vários reinos e conviveu com vários
Reis. Foi paixão de Ogum, Osogiyan e de Esú. Conviveu e seduziu Osossi, Logun-Edé e
tentou em vão relacionar - se com Obaluaê. Sobre este assunto a história conta que Iansã
percorreu vários Reinos usando sua inteligência, astúcia e sedução para aprender de tudo e
conhecer igualmente tudo. Em Irê, terra de Ogum foi a grande paixão do Guerreiro.
Aprendeu com ele o manuseio da espada e ganhou deste o direito de usá-la. Depois partiu
e foi para Oxogbo, terra de Osogiyan .Com ele aprendeu o uso do Escudo para se defender
de ataques inimigos e recebeu o direito de usá-lo.Depois partiu e nas estradas deparou-se
com Esú. Com ele aprendeu os mistérios do fogo e da magia. No reino de Osossi, seduziu o
Deus da Caça, e aprendeu a caçar, a tirar a pele do búfalo e se transformar naquele animal
com a ajuda da magia aprendida com Esú. Seduziu Logun-Odé e com ele aprendeu a
pescar. Foi para o Reino de Obaluaê, pois queria descobrir seus mistérios e conhecer seu
rosto. Lá chegando, insinuou-se. Mas muito desconfiado, Obaluaê perguntou o que Oya
queria e ela respondeu:
-"queria ser sua amiga".

Então, fez sua Dança dos Ventos, que já havia seduzido vários reis. Contudo, sem
emocionar ou sequer atrair a atenção de Obaluaê. Incapaz de seduzí-lo, Iansã procurou
apenas aprender, fosse o que fosse. Assim dirigiu-se ao homem da palha:
-"Aprendi muito com os outros Reis, mas só me falta aprender algo contigo."
- "Quer mesmo aprender, Oya? Vou te ensinar a tratar dos Mortos".

Venceu seu medo com sua ânsia de aprender e com ele descobriu como conviver com os
Eguns e a controlá-los. Partiu então para o Reino de Sangô, pois lá acreditava que teria o
mais vaidoso dos reis e aprenderia a viver ricamente. Mas ao chegar ao reino do Rei do
Trovão, Iansã aprendeu mais do que isso, aprendeu a amar verdadeiramente e com uma
paixão violenta, pois Sangô dividiu com ela os poderes do raio e deu à ela seu coração. O
fogo das paixões, o fogo da alegria e o que queima. Ela é o Orisá do Fogo.

... o sopro

Osogyian estava em guerra, mas a guerra não acabava nunca, tão poucas eram as armas
para guerrear. Ògún fazia as armas, mas fazia lentamente. Osogyian pediu a seu amigo
Ògún urgência, mas o ferreiro já fazia o possível. O ferro era muito demorado para se forjar
e cada ferramenta nova tardava como o tempo. Tanto reclamou Osaguiã que Oyá, esposa
do ferreiro, resolveu ajudar Ògún a apressar a fabricação.
Oyá se pôs a soprar o fogo da forja de Ògún e seu sopro avivava intensamente o fogo e o
fogo aumentado de calor derretia o ferro mais rapidamente. Logo Ògún pode fazer muitas
armas e com as armas Osogyian venceu a guerra. Osogyian veio então agradecer Ògún. E
na casa de Ògún enamorou-se de Oyá. Um dia fugiram Osogyian e Oyá, deixando Ògún
enfurecido e sua forja fria. Quando mais tarde Osogyian voltou à guerra e quando precisou
de armas muito urgentemente, Oyá teve que voltar a avivar a forja. E lá da casa de
Osogyian, onde vivia, Oyá soprava em direção à forja de Ògún. E seu sopro atravessava
toda a terra que separava a cidade de Osogyian da de Ògún. E seu sopro cruzava os ares e
arrastava consigo pó, folhas e tudo o mais pelo caminho, até chegar às chamas com furor
atiçava. E o povo se acostumou com o sopro de Oyá cruzando os ares e logo o chamou de
vento. E quanto mais a guerra era terrível e mais urgia a fabricação das armas, mais forte
soprava Oyá a forja de Ògún. Tão forte que às vezes destruía tudo no caminho, levando
casas, arrancando árvores, arrasando cidades e aldeias.
O povo reconhecia o sopro destrutivo de Oyá e o povo chamava a isso tempestade.

... respeito

Oiá desejava ter filhos, mas não podia conceber Oiá foi consultar um babalaô e ele mandou
que ela fizesse um ebó. Ela deveria oferecer um carneiro, um agutã, muitos búzios e muitas
roupas coloridas. Oiá fez o sacrifício e teve nove filhos. Quando ela passava, indo em
direção ao mercado, o povo dizia:
"Lá vai Iansã".
Lá ia Iansã, que quer dizer mãe nove vezes.E lá ia ela toda orgulhosa ao mercado vender
azeite-de-dendê. Oiá não podia ter filhos, mas teve nove, depois de sacrificar um carneiro, e
em sinal de respeito por seu pedido atendido Iansã, a mãe de nove filhos, nunca mais
comeu carneiro.

... corajosa e atrevida

Certa vez houve uma festa com todas as divindades presentes. Omulu-Obaluaê chegou
vestindo seu capucho de palha. Ninguém o podia reconhecer sob o disfarce e nenhuma
mulher quis dançar com ele. Só Oiá, corajosa, atirou-se na dança com o Senhor da Terra.
Tanto girava Oiá na sua dança que provocava vento.E o vento de Oiá levantou as palhas e
descobriu o corpo de Obaluaê. Para surpresa geral, era um belo homem. O povo o aclamou
por sua beleza.
Obaluaê ficou mais do que contente com a festa, ficou grato e em recompensa, dividiu com
ela o seu reino. Fez de Oiá a rainha dos espíritos dos mortos. Rainha que é Oiá Igbalé, a
condutora dos eguns.
Oiá então dançou e dançou de alegria para mostrar a todos seu poder sobre os mortos,
quando ela dançava , agitava no ar o iruquerê, o espanta-mosca com que afasta os eguns
para o outro mundo.
Rainha Oiá Igbalé, a condutora dos espíritos.
Rainha que foi sempre a grande paixão de Omulu.
oloje iku ike obarainan

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