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Avaliação Educacional –
Uma abordagem sobre esta temática
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WIKIPÉDIA - Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Avalia%C3%A7%C3%A3o_educacional. Data de
acesso: 05/08/2010
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Uma questão importante neste debate é a função social da escola. Atualmente, dentro
de uma pedagogia preocupada com a transformação, e não mais com a conservação2, repensa
o processo de ensino-aprendizagem. A educação existe em função do aluno e, cabe aos
educadores, refletir se realmente está sendo proporcionado aos alunos o pleno acesso ao
conhecimento.
A Proposta Político-Pedagógica do Programa Escola Plural é fundamentada e
orientada por princípios que redimensionam os diversos aspectos da ação educativa. Nesse
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Na visão tradicional a avaliação é vista como um instrumento “classificatório”. Já na concepção de uma
avaliação mais adequada a objetivos contemporâneos a avaliação é uma ação coletiva e consensual, atua como
mecanismo de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem e incentiva a conquista da autonomia do aluno. A
avaliação contemporânea tem uma concepção investigativa e reflexiva (Depresbiteris, 1982).
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Raphael (l994), contribuí para nosso entendimento quando discuti sobre a questão
técnica e política da avaliação. Dessa forma, afirma que a avaliação, como atividade do
cotidiano do professor, tem caído como tudo o que é rotineiro, no senso comum, deixando de
ser preocupação de áreas reflexivas como a Filosofia, a Sociologia e a Antropologia.
Assim, a questão técnica aplicada pelo professor não se fundamenta em critérios que
devem ser ponderados e ele desconsidera aspectos atitudinais tais como; participação,
disciplina, relacionamento, dentre outras. Deixando de promover atitudes continuamente, o
professor utiliza a avaliação como meio de registrar apenas nota.
Despresbiteris (1982), explica que o aluno é um ser indivisível e, certamente a
avaliação deve ocorrer, porém devemos analisar de que modo elas devem ser avaliadas.
Existem atitudes que são inerentes ao próprio conhecimento e uma determinada habilidade ou
experiência.
Nesse sentido, a exclusão da nota quanto às atitudes mais gerias tem fundamento em
algumas premissas:
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BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Cadernos Escola Plural 4: Avaliação dos processos
formadores dos educandos. Belo Horizonte: PBH, [s.d.].
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Raphael (1994), também discute sobre esta questão e ressalta que na avaliação, o
senso comum tem caminhado no sentido da técnica e omitido que todo procedimento técnico
traz subjacentes compromissos políticos. A avaliação, sendo uma atividade intencional,
produto de determinada sociedade, vem colaborar com os mecanismos de construção de
determinado tipo de homem, ligado à ideologia política desta sociedade. Na concepção
tradicional, a avaliação trata o aluno como produto individual, ratificando a divisão de classes.
O conhecimento é tratado, portanto, como realidade absoluta, da qual os homens se servem
para solucionar seus problemas, e não como produto social. A avaliação é produto de uma
sociedade em determinado momento de desenvolvimento. Assim, promulga a visão de mundo
e as relações sociais existentes de uma sociedade, os padrões são variáveis e não universais,
uma vez que vêm carregados de concepções sobre a realidade e a normalidade.
Hoje a avaliação, conforme define Despresbiteris (apud Luckesi, 1984), "é como um
julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada
de decisão". Ou seja, ela implica um juízo valorativo que expressa qualidade do objeto,
obrigando, conseqüentemente, a um posicionamento efetivo sobre o mesmo.
Ainda, segundo Despresbiteris (apud Luckesi, 1982), as notas são comumente
usadas para fundamentar necessidades de classificação de alunos, dentro de um continuum de
posições, onde a maior ênfase é dada à comparação de desempenhos e não aos objetivos
instrucionais que se deseja atingir. O aluno é classificado como inferior, médio ou superior
quanto ao seu desempenho e muitas vezes fica preso a esse estigma, não conseguindo desvelar
seu potencial. Segundo o mesmo autor, a avaliação com função diagnóstica, ao contrário da
classificatória, constitui-se num momento dialético do processo de avançar no
desenvolvimento da ação e do crescimento da autonomia.
A avaliação no contexto educativo implica tomada de decisões, relativas ao objeto
avaliado. Nem sempre o professor tem definido os objetivos que quer alcançar com seus
alunos. Nesse sentido, a avaliação muitas vezes tem sido utilizada mais como instrumento de
poder nas mãos do professor, do que como um instrumento de aprendizagem para os seus
alunos e para o seu próprio trabalho. A avaliação torna-se uma imposição do sistema, não
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colaborando na formação de um sujeito critico e criativo e, por sua vez, a escola perde sua
função social.
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Disponível em: http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/cp/arquivos/231.pdf. Data de acesso: 20/09/2010
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REFERÊNCIAS