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REGULAMENTO ACADÉMICO

V. Normas dos Trabalhos Científicos


REG-001/V00
REGULAMENTO ACADÉMICO
V. Normas dos Trabalhos Científicos
REG-001/V00

1. Nota Introdutória.
Este documento pretende explicitar as normas que regem a redação de trabalhos académicos e científicos
da Universidade Europeia. A maior parte da informação constante neste documento foi recolhida no manual
de publicações da APA (2009). Informações adicionais ou mais detalhadas acerca das normas APA para a
redação de trabalhos académicos e científicos devem ser consultadas em American Psychological
Association (APA) (2009). Publication Manual of the American Psychological Association (6th Ed.).
Washington, DC: APA. Este manual está disponível para consulta na biblioteca da Universidade Europeia.

2. Formato Dos Documentos.


O formato dos documentos deve ser único no que se refere às margens, à fonte das letras, ao espaço entre
linhas, etc. A distinção entre capítulos, secções, parágrafos, sub-parágrafos deve ser, também, uniformizada.

2.1. Formatação Do Texto.


Utilizar um papel em formato A4 e imprimir na parte da frente, devendo o verso ficar em branco. Utilizar
corpo "12" de tipo "Times New Roman", com um espaço e meio entre as linhas. Relativamente às
margens, as distâncias a observar são as seguintes:
Margem superior 2,5 cm;
Margem inferior 2,5 cm;
Margem esquerda 2,5 cm;
Margem direita 2,5 cm.
A numeração das páginas deve ser centrada na parte inferior da página. A distinção entre as várias
subdivisões do trabalho deve ser feita com base numérica, exceto para as "partes" e os "capítulos", que
terão uma designação alfanumérica.

2.2. Ordenamento Do Texto.


Relativamente ao ordenamento do texto, o mesmo apresenta a seguinte sequência:
Folha de rosto: Deve conter o título (e subtítulo, se aplicável) da obra e nome do autor ou
organizador, o nome da instituição, para além de outros elementos que se considere necessários
(nome de editor, tradutor, etc.);
Página de agradecimentos (facultativa);
Índice geral: Devem ser claramente identificáveis os vários níveis de títulos (de partes, capítulos,
secções e subsecções de capítulo, conforme aplicável) e ainda os nomes dos autores
correspondentes a cada parte do texto (se aplicável);
Índice dos quadros;
Índice dos gráficos;
Lista das abreviaturas;
Resumo;
Palavras-chave;
Introdução;
Texto principal;
Bibliografia;
Anexos.

2.3. Extratexto.
Os quadros, tabelas figuras e gráficos devem ser numerados e ter um título. A indicação da fonte da
informação (se aplicável) é obrigatória. O uso de linhas nas tabelas deve ser limitado ao mínimo
necessário para que se compreenda a informação que delas consta. Devem ter espaçamento simples
ou duplo entre linhas. O número do quadro, tabela, figura e gráfico deve surgir em primeiro lugar, segue-
se um parágrafo com o título. Se houver notas relativas aos extratextos, para referência da fonte ou
outros comentários, aquelas farão parte dos próprios extratextos, sendo apresentadas na sua base (e
não no fim da página). Veja-se o seguinte exemplo:

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Quadro 3
A população portuguesa por distrito
1999 2000 2001 2002
Lisboa
...
Porto
Fonte. Instituto Nacional de Estatística

2.4. Notas.
As notas devem ser apresentadas no fim da página e não no fim do texto. São sequenciais dentro de
cada capítulo (isto é, em cada novo capítulo recomeça a numeração) e usa-se a numeração árabe (1, 2,
3, etc.). Uma mesma nota pode incluir vários comentários e referências; não deve apresentar-se duas
chamadas de nota imediatas. A chamada de nota no corpo do texto é colocada sempre após o sinal de
pontuação (exceto quando se trata de um travessão, caso em que a chamada de nota deve precedê-lo)
e preferencialmente no fim do período a que diz respeito.

2.5. Citações.
As citações no curso do texto devem ser colocadas entre aspas baixas («…»). As citações com mais do
que uma frase deverão ser destacadas do texto, constituindo parágrafos autónomos, com uma margem
adicional de 0,5 cm à direita e à esquerda e em corpo de letra 10, sem aspas. As citações de textos em
língua estrangeira são traduzidas para português (exceto quando o texto discuta precisamente aspetos
relacionados com a formulação na língua original), acrescentando-se a indicação. Se parte do trecho
citado for suprimida, deve ser indicada com reticências entre parênteses retos.

2.6. Itálico.
São grafados em itálico os títulos de publicações (volumes autónomos) ou de produções artísticas
(filmes, peças de teatro, programas de televisão, etc.), bem como os vocábulos ou expressões em
línguas estrangeiras (com exceção dos nomes próprios de pessoas e nomes de organizações), nomes
de embarcações e marcas, cognomes e ápodos, etc. Pode usar-se o itálico para destacar conceitos
relevantes ou termos de uso local, bem como partes de citações (neste último caso, essa intervenção
deve ser indicada).

2.7. Abreviaturas, Siglas e Acrónimos.


A este propósito, deve observar-se as seguintes regras:
Na primeira ocorrência de siglas e acrónimos aconselha-se a indicação complementar das
designações completas a que correspondem – ex.: Universidade Europeia (UE);
As iniciais de siglas não são seguidas de pontos (ex.: EUA, CPLP);
Quando se apresenta apenas a inicial de um nome próprio, usa o ponto (ex.: J. C. Esteves);
Nos acrónimos (quando a designação abreviada não corresponde precisamente às iniciais das
várias palavras), apenas a primeira letra é maiúscula (ex.: Deco, Prodep);
As siglas e acrónimos não têm um plural diferenciado do singular (ex.: ONG, PALOP);
Quando existe uma tradução de uso corrente para as siglas, deve usar-se a sigla correspondente
à tradução e não a sigla original (ex.: EUA e não USA).

2.8. Números e Percentagens.


Deve observar-se as seguintes regras:
Percentagens e permilagens devem ser escritas usando sinal correspondente (ex.: 10% ou 10‰);
As casas decimais serão sempre separadas por vírgulas (ex.: 0,1);
Em números superiores à dezena de milhar deve usar-se o espaço como separador (ex.: 10 000);
Usa-se a numeração para categorias como as seguintes: datas, idades, quantidades seguidas da
unidade de medida, quantidades estatísticas, classificação numérica de documentos, etc.

3. Tipos de Estudos.
3.1. Estudos Empíricos.
Um estudo empírico relata uma investigação original numa área específica, podendo ser quantitativo ou
qualitativo.
Os estudos quantitativos avaliam teorias e modelos desenvolvidos com base em estudos anteriores.
Tipicamente testam hipóteses ainda não consideradas noutros estudos. O resumo deve descrever:
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O problema numa frase;


As características dos participantes (idade, género, grupo étnico/racial; espécie animal);
Características do método de estudo;
Resultados mais importantes, incluindo o tamanho do efeito, intervalos de confiança e nível de
significância estatística;
Conclusões e implicações/aplicações.
Os estudos qualitativos desenvolvem novas teorias e modelos. Tipicamente desenvolvem relações entre
conceitos em temas em que não há estudos suficientes para desenvolver hipóteses. O resumo de um estudo
de caso deve descrever:
O problema numa frase;
As características dos participantes (idade, género, grupo étnico/racial; espécie animal);
As características do contexto dos participantes (grupo, comunidade ou organização em que se
inserem);
Características do método de estudo;
O modelo desenvolvido através da análise dos dados;
Conclusões, implicações e aplicações.

3.2. Revisão da Literatura ou Meta-Análise.


Uma revisão da literatura ou uma meta-análise caracterizam-se por realizarem uma avaliação crítica de
estudos previamente publicados. Através de uma abordagem integradora de estudos anteriores,
proporcionam uma ideia clara ao leitor acerca do estado do conhecimento relativamente a uma matéria
específica. Na meta-análise, os autores usam ainda procedimentos quantitativos para fazer combinações
estatísticas dos resultados dos estudos anteriores.
O resumo deste tipo de estudos deve descrever:
O problema em estudo;
Critério de elegibilidade dos estudos;
Características dos participantes incluídos nos estudos primários;
Resultados principais, incluindo o tamanho do efeito e moderadores do tamanho do efeito;
Conclusões incluindo limitações;
Implicações para a teoria, políticas e prática.

3.3. Estudo Metodológico.


Nestes estudos os autores apresentam novas abordagens metodológicas, modificação de abordagens
anteriores ou ainda a discussão de abordagens quantitativas ou de análise de dados. Nestes trabalhos, deve
ficar muito claro como funciona a metodologia, para que o leitor possa compará-la com as metodologias em
uso e a que possa colocá-la em prática.
O resumo deste tipo de artigos deve descrever:
A categoria geral dos métodos discutidos;
As características essenciais do método proposto;
O leque de aplicações do modelo proposto;
Características essenciais dos procedimentos estatísticos usados.

4. Estrutura Dos Documentos.


4.1. Título.
Consiste numa frase concisa - 12 palavras no máximo - do tópico principal, que sumariza a ideia do manuscrito
e informa o leitor acerca do estudo. Identifica os conceitos, as variáveis ou assuntos teóricos em estudo, assim
como a relação entre eles. Devem evitar-se palavras que não sirvam um objetivo relevante: (ex.: método,
resultados, um estudo acerca de…).

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Tabela 1
Formatação dos Títulos
Nível do
Numeração Regra de Formatação
título
1 I. Centrado, Negrito, Iniciais Maiúsculas
2 1. À Esquerda, Negrito, Iniciais Maiúsculas
3 1.1. Parágrafo recuado, negrito, letras minúsculas, termina com ponto final.
4 1.1.1. Parágrafo recuado, negrito, itálico, letras minúsculas, termina com ponto final.
5 a. Parágrafo recuado, itálico, letras minúsculas, termina com ponto final.
Fonte. APA (2009, p.62)

4.2. Resumo.
Consiste num breve sumário do conteúdo do artigo. Deve ter entre 150 e 250 palavras. Constitui o primeiro
contacto do leitor com o documento e é normalmente com base no resumo que se decide se se quer ler o
artigo completo ou não, pelo que a forma como é redigido é crucial.
Características gerais de um bom resumo:
Preciso: reflete os objetivos e conteúdos do documento. Cinge-se à informação contida no artigo.
Se for uma réplica de um estudo anterior este facto deve ser mencionado no resumo;
Não-avaliativo: limita-se a reportar, sem comentar ou acrescentar o que quer que seja ao artigo;
Coerente e passível de ser lido: usa linguagem clara e concisa. Deve usar-se o presente nas
conclusões e resultados e o pretérito perfeito na descrição dos conceitos e nas variáveis
analisadas;
Conciso: transmite o máximo de informação em poucas palavras. Não repete o título. Refere-se
apenas 4 ou 5 tópicos, resultados ou implicações mais importantes. Devem usar-se os termos que
se considera serem os mais utilizados nas buscas eletrónicas.
Os conteúdos do resumo dependem do tipo de trabalho académico ou científico. Assim, aplicam-se regras
específicas para estudos empíricos (qualitativos ou quantitativos), revisões da literatura ou meta-análises,
trabalhos orientados para a teoria e trabalhos metodológicos.

4.3. Introdução.
Tem como principal função introduzir o problema em estudo e explicar a sua importância. Para conseguir
elaborar uma boa introdução deve responder a estas questões em poucas páginas e deve sumariar, de forma
coerente e integrada, a investigação prévia realizada na área em estudo. Proporciona desta forma uma noção
clara do estado do conhecimento na área. Deve:
Descrever estudos relevantes na área, proporcionando um sumário dos trabalhos mais recentes
diretamente relacionados com o estudo. Citam-se e referenciam-se apenas os trabalhos
pertinentes para o estudo em questão, enfatizando aspetos teóricos, metodológicos, resultados e
conclusão relevantes;
Dar uma ideia do que foi estudado e porquê, explicando a necessidade de nova investigação;
Descrever a estratégia da investigação. Nos estudos quantitativos, há ainda que nomear hipóteses
e estabelecer a correspondência como desenho de investigação. Nos estudos qualitativos, há que
apresentar um quadro teórico de referência (p. ex. estruturalismo, behaviorismo) e estabelecer a
correspondência com o desenho de investigação;
Responder sucintamente às seguintes questões:
Porque é que este problema é importante?
Como é que este estudo se relaciona com o trabalho efetuado previamente nesta área?
Quais as implicações teóricas e práticas do estudo?
Em estudos quantitativos, deve ainda responder às seguintes questões:
Quais são as hipóteses e os objetivos do estudo? Qual a sua relação com a teoria?
Como é que as hipóteses e o desenho da investigação se relacionam?
Em estudos qualitativos, deve responder também às seguintes questões:
Quais são os objetivos do estudo? Quais são os pressupostos teóricos de partida?
Como é que os pressupostos teóricos e o desenho da investigação se relacionam?

4.4. Metodologia.
A secção da metodologia serve para descrever em detalhe a forma como o estudo foi conduzido, incluindo as
definições conceptuais e operacionais das variáveis usadas no estudo (para estudos qualitativos) ou o quadro
teórico de referência e os pressupostos (para estudos qualitativos). Permite a avaliação da adequação dos

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métodos e a fidelidade e validade dos resultados. Deve conter toda a informação necessária para que se
possa replicar o estudo. A secção “Metodologia” é, normalmente, dividida em subsecções.
Para um estudo quantitativo as subsecções da metodologia são:
a. Participantes: A identificação dos participantes é crítica para a generalização dos resultados.
Devem especificar-se os critérios de inclusão e/ou de exclusão dos participantes. Devem detalhar-
se as características demográficas mais importantes como a idade, género, grupo étnico, nível
educacional, socioeconómico, etc. A ênfase deve colocar-se nas características que possam
influenciar a interpretação dos resultados.
b. Procedimentos amostrais: Descrever o procedimento de seleção da amostra, como o método de
amostragem e a percentagem de pessoas que aceitaram participar. Descrever contexto em que
os dados foram recolhidos, procedimentos éticos, consentimento informado, aprovação por parte
da instituição e potenciais pagamentos.
c. Tamanho amostral, poder e precisão: Mencionar como foi determinado o número de participantes
a incluir no estudo (cálculo do tamanho amostral). Quando se usa estatística inferencial deve
tomar-se em consideração o poder estatístico associado ao teste de hipóteses.
d. Medidas e co-variáveis: Descrever em detalhe todos os métodos usados para recolher os dados,
quer sejam questionários, entrevistas, observações laboratoriais, etc. Proporcionar informação
acerca das propriedades psicométricos dos instrumentos usados.
e. Desenho de investigação: Deve proporcionar uma descrição detalhada de todos os procedimentos
do estudo para que o leitor compreenda a complexidade do mesmo e tenha informação suficiente
para que o possa replicar.
f. Manipulação experimental ou intervenção: Descrever detalhadamente qualquer intervenção ou
manipulação experimental. No caso de haver um grupo experimental e um grupo de controlo, deve
descrever-se como e quando as intervenções foram administradas.
Para um estudo qualitativo as subsecções da metodologia são:
a. Descrição dos participantes e do seu contexto: A relação entre os participantes e o seu contexto é
crítica para a plausibilidade dos resultados. Deve descrever-se os participantes de acordo com os
fatores relevantes para o problema de investigação. Devem detalhar-se os elementos do contexto
mais importantes tendo em conta o tema de investigação e os pressupostos, como a estrutura da
organização ou do grupo a que os participantes pertencem e as suas condições de ação.
b. Procedimento de acesso aos participantes ou ao contexto de investigação: Descrever como foi
negociado acesso à observação, entrevistas e/ou documentos que constituem o corpus de dados
para o estudo. Explicar a validade das pessoas, grupos ou organizações que constituem a fonte
de dados do estudo para abordar o problema de investigação. Descrever procedimentos éticos e
consentimento informado, incluindo a forma como o investigador se apresentou aos participantes.
c. Dimensão do corpus: Mencionar os critérios que especificaram a duração da observação, o número
de entrevistas e/ou a quantidade e tipos de documentos recolhidos. Quando o método assim o
justificar, devem ser especificados os procedimentos para determinar a saturação teórica durante
a recolha de dados.
d. Processos de documentação: Mencionar os processos que foram usados para indexar os dados
recolhidos. Mencionar se as observações e entrevistas foram registadas de forma eletrónica,
descrevendo os processos de referenciação das observações através de informação auxiliar,
como por exemplo a data e hora, o local, os intervenientes e as principais características do
contexto. Mencionar se os documentos foram digitalizados e apresentar o processo de construção
dos procedimentos usados para construir a lista de documentos.
e. Desenho de investigação: Deve proporcionar uma descrição detalhada de todos os procedimentos
do estudo para que o leitor compreenda a complexidade do mesmo e tenha informação suficiente
para que o possa replicar noutro contexto empírico.
f. Intervenção no contexto de estudo: Deve descrever todas as ações realizadas pelo investigador
que possam influenciar o comportamento ou as interpretações dos participantes no estudo,
especialmente quando o método de recolha de dados não implique este tipo de ações (como
acontece na observação participante).

4.5. Resultados.
Esta secção reserva-se a sumariar os dados recolhidos e as análises efetuadas. Não deve fazer-se qualquer
consideração ou discussão acerca da implicação dos resultados. Nos estudos quantitativos, a secção
“Resultados” é, normalmente, dividida em subsecções, que passamos a descrever:
a. Recrutamento: Definir os períodos de recrutamento dos participantes e follow-up.

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b. Análise estatística de dados: Relato preciso, completo dos tratamentos de dados usados quer
tenham sido qualitativos, quer quantitativos. Deve:
Assumir-se que o leitor tem conhecimentos estatísticos, pelo que não se deve
proporcionar uma revisão dos conceitos ou procedimentos estatísticos;
Dar-se informação acerca da percentagem de dados em falta e explicar-se quais os
procedimentos adotados (missing data);
Relatar-se os dados estatísticos relevantes tendo em consideração o tipo de teste
efetuado1.
c. Fluxo de participantes: Em estudos experimentais e quase-experimentais deve reportar-se o fluxo
de participantes (animais, pessoas ou grupos). Indicar o número de participantes (1) total, (2) em
cada grupo, (3) que não terminaram o estudo ou que passaram para outra condição.
d. Fidelidade da intervenção ou manipulação: Quando há intervenções ou manipulações envolvidas
deve reportar-se se decorreram como o previsto.
e. Dados de referência: Reportar as características clínicas ou sociodemográficas de cada grupo no
início do estudo.
f. Análise estatística de dados: Deve tornar-se explícito se os participantes de cada condição foram
incluídos na base de dados independentemente de terem efetivamente estado sujeitos a
tratamento/intervenção, ou se só os participantes que foram sujeitos de forma satisfatória ao
tratamento/intervenção foram incluídos.
g. Acontecimentos adversos: Detalhar efeitos adversos ou secundários das intervenções em estudo.
Nos estudos qualitativos a secção resultados é, normalmente, dividida em subsecções determinadas pelas
categorias de práticas ou de significados resultantes da análise dos dados. Esta secção pode ter uma de três
estruturas possíveis:
a. Um conjunto de subsecções em que cada uma descreve as práticas e os significados que dão
origem ao fenómeno em estudo.
b. Um conjunto de subsecções em que cada uma descreve as práticas e os significados que são
consequências do fenómeno em estudo.
c. Um conjunto de subsecções em que a primeira explica os antecedentes do fenómeno em estudo,
a segunda explica os processos internos e as condicionantes do fenómeno em estudo, e a terceira
explica as consequências do fenómeno em estudo.

4.6. Discussão.
Nesta secção deve avaliar e interpretar as implicações dos resultados, tendo como ponto de referência as
hipóteses formuladas inicialmente. Devem retirar-se inferências e conclusões a partir dos resultados,
enfatizando as consequências teóricas e práticas dos mesmos. As semelhanças e diferenças entre os
resultados encontrados e os resultados de outros estudos devem ser contextualizadas, confirmadas e devem
clarificar as conclusões.
Nos estudos quantitativos, deve iniciar com um parágrafo geral e claro que indique a confirmação/negação
das hipóteses em estudo, oferecendo explicações. Nos estudos qualitativos, deve iniciar com uma frase geral
e clara que integre os resultados da análise num modelo ou numa teoria do fenómeno em estudo. Toda a
interpretação dos resultados deve ser efetuada considerando:
Fontes de potencial viés e outras ameaças à validade interna do estudo;
Imprecisão das medidas nos estudos quantitativos e limitações na recolha de dados nos estudos
qualitativos;
O número de testes e sobreposição de testes nos estudos quantitativos, o número de entrevistas,
documentos e tempo de observação, nos estudos qualitativos;
O tamanho do efeito observado nos estudos quantitativos, a diferença entre a teoria ou modelo
resultante da análise e a teoria ou modelo do fenómeno em estudo que está implícito ou explícito
na literatura sobre o tema;
Outras limitações específicas do estudo.
As limitações do estudo devem ser discutidas e devem oferecer-se explicações alternativas para os resultados
encontrados. A generalização ou a validade externa dos resultados deve igualmente ser abordada. A
discussão deve terminar com um comentário acerca da importância dos resultados obtidos no estudo, que no
fundo justifica a importância de ser ter realizado o estudo.

1
Para mais detalhes consultar manual APA (2009), pp.33-34
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5. Referências Bibliográficas.
Esta secção proporciona uma forma simples de localizar os trabalhos mencionados no estudo. Todos os
trabalhos mencionados no documento académico devem ser listados nas referências bibliográficas. De igual
forma, todas as referências bibliográficas listadas devem ter sido previamente mencionadas no trabalho.

5.1. Regras básicas.


Devem aplicar-se o seguinte normativo:
Devem constar da referência bibliográfica todos os elementos necessários para que o leitor possa
identificar corretamente o texto em questão;
A bibliografia não é dividida em secções;
A bibliografia final pode ainda ser complementada com listagens de arquivos, periódicos ou outros
corpos documentais consultados;
As entradas bibliográficas são, por norma, apresentadas por ordem alfabética (seguindo as
convenções para a língua portuguesa). A ordenação alfabética automática (feita por
processadores de texto) deve ser ajustada de acordo com as especificações que se seguem:
Quando para o mesmo autor há várias entradas, estas devem seguir a ordem das datas,
mesmo que em algumas delas seja organizador, compilador, etc;
Quando há entradas para um autor individualmente e entradas para esse autor
conjuntamente com outros, estas últimas vêm depois, independentemente da data.

5.2. Citar Referências Bibliográficas ao Longo do Texto.


Devem observar-se as seguintes regras básicas:
A referência no texto é feita entre parênteses curvos, por meio dos termos de referência, isto é,
dos elementos que permitem a identificação do texto na bibliografia final sem margem para dúvidas
e que são, por norma, o apelido do autor e a data de edição do texto citado ou seus equivalentes,
aos quais poderá ser acrescentado o número da página para a qual se pretende remeter;
Quando a referência parentética surge após menção do nome do autor no próprio curso do texto,
deve ser-lhe imediata e incluir só a data e, eventualmente, o número de página;
As referências a mais de um texto são separadas por ponto e vírgula;
Quando no curso do texto se julgar necessário, pode ser acrescentada à data de edição a data
original de uma dada obra, sendo esta indicada entre parênteses retos;
Se a referência é feita ao conjunto do texto não são indicados quaisquer números de página. Se a
referência remeter para números de páginas específicas (como acontecerá obrigatoriamente em
caso de citação), estes vêm logo depois da data e são antecedidos por vírgula;
Se a referência coincidir com o final do período, a pontuação que o encerra deverá seguir-se-lhe;
Estas mesmas normas são válidas para as referências integradas em notas de rodapé.
Seguem-se alguns exemplos de como referenciar trabalhos, tendo em consideração o número de autores de
cada um dos trabalhos. Na tabela 1 (em anexo) neste documento pode encontrar uma síntese da informação
aqui explanada.

1 autor
Oliveira (2003) verificou que…
Um estudo relativamente recente, relata uma associaçãoo entre défice alimentar e dificuldades de
aprendizagem (Oliveira, 2003)

2 autores
Teixeira e Santos (2010) analisaram…
Outros estudos mostram uma associaçãoo entre défice alimentar e dificuldades de aprendizagem
(Teixeira & Santos, 2010)

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3 a 5 autores
Primeira vez que se cita no texto:
Teixeira, Moreira, Gomes, Silva, e Santos (2013) observaram…
Outros estudos mostram uma associação entre défice alimentar e dificuldades de aprendizagem
(Teixeira, Moreira, Gomes, Silva, & Santos, 2013)
Nas citações seguintes:
Teixeira et al. (2003) mostraram…
Outros estudos mostram uma associaçãoo entre défice alimentar e dificuldades de aprendizagem
(Teixeira et al., 2003)

6 ou mais autores
Barros et al. (2012) verificaram…
Outros estudos mostram uma associaçãoo entre défice alimentar e dificuldades de aprendizagem
(Barros et al., 2012)

Outras particularidades das citações:


Citar frases integrais de outros trabalhos
Quando se citam frases de outros autores, devem colocar-se entre parêntesis e referenciar-se não só o autor
e o ano como também a página em que a frase se insere no texto original.
“…prenatal stress during critical windows of neuroendocrine development programs growth, HPA
axis function, and stress related behavior…” (Kapoor & Mathews, 2005, p. 967)

Citar mais do que um trabalho dentro do mesmo parêntesis


Quando numa frase se citam vários trabalhos, as referências devem ser inseridas por ordem alfabética do
apelido do primeiro autor:
Vários estudos têm mostrado que a incidência de depressão é mais elevada no sexo feminino do que
no sexo masculino (ex. Almeida & Castilho, 2002; Monteiro, Alves, & Silva, 1998; Vasconcelos et
al., 2011)

5.3. Listar as referências bibliográficas na secção “Bibliografia”.


Seguem-se alguns exemplos de como referenciar trabalhos abordados ao longo do texto na secção
“Bibliografia”, tendo em consideração o número de autores de cada um dos trabalhos e o tipo de referência.

5.3.1. Número de Autores.


1 Autor
Almeida, R. (2003)
2 Autores
Almeida, R., & Santos, A. (2003)…

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3 a 7 autores
Almeida, R., Moreira, A., Gomes, C., Silva, D., & Santos, A. (2003)…
Mais de 7 autores
Enumeram-se os 6 primeiros autores, segue-se reticências e referencia-se o último autor
Almeida, R., Moreira, A., Gomes, C., Silva, D., Oliveira, B., Santos, A.,… Matos, R. (2003)...

5.3.2.Tipo de Referências.
Livro
Apelido autor, Inicial do nome. (Ano). Título do livro. Local: Editora.
Field, A. (2005). Discovering Statistics using SPSS. London: SAGE Publications

Capítulo de livro
Apelido autor, Inicial do nome., & Apelido autor, Inicial do nome. (Ano). Título do capítulo. In Inicial nome.
Apelido editor (Ed.), Título do livro (pp. xx-yy). Local: Editora.
Murray L, & Cooper P (1997) The role of infant and maternal factors in postpartum depression,
mother-infant interactions and infant outcomes. In L. Murray & P. Cooper (Eds.), Postpartum
depression and child development (pp. 111–135). New York: Guilford Press

Artigo de revista científica


Apelido autor, Inicial do nome., & Apelido autor, Inicial do nome. (Ano). Título do artigo. Nome da Revista,
vol.(no.), pp-pp. doi: xx.xxxxxxxx.
Lopez-Duran, N. L., Kovacs, M., & George, C. J. (2009). Hypothalamic-pituitary-adrenal axis
dysregulation in depressed children and adolescents: A meta-analysis. Psychoneuroendocrinology,
34(2), 1272-1283. doi: 10.1016/j.psyneuen.2009.03.016
Mais de 7 autores:
Peleteiro, B. Barros, R., Carrilho, C., Artiaga, J., Cunha, L., Modcoicar, P., … Lunet, N. (2012).
Determinants of gastric CDX2 expression: A study in Mozambique, European Journal of Cancer
Prevention, 21(6), 532-540. doi: 10.1097/CEJ.Ob013e3283523480

Abstract

Quando apenas se consulta apenas o resumo de um artigo científico:


Apelido autor, Inicial do nome., & Apelido autor, Inicial do nome. (Ano). Título do artigo [Abstract]. Nome da
Revista Científica, vol.(no.), pp-pp. doi: xxxxxxxx
Milne, L., Greenway, P., Guedeney, A., & Larroque, B. (2009). Long term developmental impact of
social withdrawal in infants [Abstract]. Infant Behavior & Development, 32(2), 159-166. doi:
10.1016/j.infbeh.2008.12.006
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V. Normas dos Trabalhos Científicos
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Mais de 7 autores:
Carvalho, A. C., Valadas, E., França, l., Carvalho, C., Aleixo, M., Mendez, J., … Barros, H. (2012).
Population mobility and the changing epidemics of HIV-2 in Portugal [Abstract], HIV Medicine,
13(4), 219-225. doi: 10.1111/j.1468-1293.2011.00963.x

Simpósio em conferência
Apelido autor, Inicial do nome., & Apelido autor, Inicial do nome. (Ano, Mês). Título da comunicação. In inicial
do nome. Apelido mediador (Chair), Título do simpósio. Simpósio realizado na Conferência XX, Local.
Costa, R., Figueiredo, B., Pacheco, A., Teixeira, C., & Conde, A. (2008, March). Maternal Anxiety
and Depression during Pregnancy: Effects on Newborn Neurobehavioral Organization. In B.
Figueiredo (Chair), Maternal Depression and Anxiety during Pregnancy: Effects on Fetal and Infant
Behavior and Development. Simpósio realizado na 26ª International Conference on Infant Studies,
Vancouver, Canadá.

Paper/Poster em conferência
Apelido autor, Inicial do nome., & Apelido autor, Inicial do nome. (Ano, Mês). Título do paper/poster.
Paper/poster apresentado na Conferência XX, Local.
Costa, R., Tendais, I., Guedeney, A., Canário, C. & Figueiredo, B. (2013, September). Gene-
environment interactions on the developmental trajectories up to 18-months of age. Paper
apresentado na 16ª European Conference on Developmental Psychology, Lausanne, Suiça.

Tese Doutoramento/Mestrado
No caso de a tese não estar publicada
Apelido autor, Inicial do nome. (Ano). Título da tese (Tese de doutoramento/mestrado não publicada). Nome
da Instituição, Local.
Pacheco, A. (2012). Depressão materna na gravidez: efeitos no desenvolvimento fetal e neonatal
(Tese de Doutoramento não publicada). Universidade do Minho, Braga.
No caso de a tese estar disponível num arquivo institucional
Apelido autor, Inicial do nome. (Ano). Título da tese (Tese de doutoramento/mestrado). Retirado de Nome da
base de dados.
Pacheco, A. (2012). Depressão materna na gravidez: efeitos no desenvolvimento fetal e neonatal
(Tese de Doutoramento). Retirado de http://www.sdum.uminho.pt

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Anexo 1 – Normas de citação no texto.


Tabela 2
Referências Bibliográficas ao Longo do Texto.
Normal Entre parêntesis
N.º de autores Primeira citação no texto Citações seguintes Primeira citação no texto Citações seguintes
1 autor Monteiro, 2013 Monteiro, 2013 (Monteiro, 2013) (Monteiro, 2013)
2 autores Pinto e Alves, 2008 Pinto e Alves, 2008 (Pinto & Alves, 2008) (Pinto & Alves, 2008)
Santos, Gomes, e Pereira, (Santos, Gomes, & Pereira,
3-5 autores Santos et al., 2010 (Santos et al., 2010)
2010 2010)
6 ou mais
Teixeira et al., 2003 Teixeira et al., 2003 (Teixeira et al., 2003) (Teixeira et al., 2003)
autores
Grupos como Organização Mundial de (Organização Mundial de
OMS, 2011 (OMS, 2011)
autores1 Saúde (OMS, 2011) Saúde [OMS], 2011)
Grupos como Universidade Europeia, Universidade (Universidade Europeia, (Universidade
autores2 2005 Europeia, 2005 2005) Europeia, 2005)
Fonte. APA (2009, p.177)

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