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Experimento 3 – Síntese do Ácido Acetilsalicílico

1. Introdução
O ácido acetilsalicílico (AAS, Figura 1a), princípio ativo da Aspirina®, é um fármaco de
propriedades analgésicas, antipiréticas e anti-inflamatórias. Embora sua utilização comercial
tenha pouco mais de 100 anos, a história do AAS data de muito antes. Desde a antiguidade,
relata-se o uso de extratos vegetais ricos em salicilatos1, obtidos principalmente de salgueiros
da espécie Salix alba para tratamento de febres e inflamações. Entretanto, foi apenas com o
isolamento do ácido salicílico (Figura 1b), princípio ativo desses extratos, pelo químico alemão
Johann Andreas Buchner, que a utilização de formulações contendo salicilatos passou a ser
largamente utilizada para o tratamento de dores e febre. Embora tais formulações tenham sido
bem-sucedidas no alívio desses sintomas, percebeu-se que o ácido salicílico estava associado a
alguns efeitos adversos, em especial à irritação gástrica, o que dificultava sua utilização. Isso
levou à procura por derivados e análogos que não possuíssem esses efeitos colaterais.

Em 1853, foi proposta a primeira síntese do ácido


acetilsalicílico, o derivado acetilado do ácido salicílico que seria
posteriormente comercializado pela Bayer. O químico responsável por
essa primeira síntese, Charles Frédéric Gerhardt, tratou cloreto de
acetila com salicilato de sódio para a produção do AAS. No entanto, o
isolamento do produto final era bastante difícil, principalmente devido
ao fato de que durante o procedimento de purificação do produto, em
solução de bicarbonato de sódio o composto degradava-se facilmente,
formando novamente o ácido salicílico. Diversas outras reações de
acetilação do ácido salicílico foram propostas após a primeira tentativa
de Gerhardt até que, em 1897, o químico alemão Felix Hoffmann, que
integrava o grupo farmacêutico Bayer, propôs uma síntese mais
Figura 1. Estrutura de (a)
ácido acetilsalicílico e (b) robusta para o AAS, que consistia em tratar o ácido salicílico com
ácido salicílico. anidrido acético, em meio acidificado, sob refluxo. A Bayer, que há
tempos já vinha testando alternativas ao ácido salicílico, encontrou, no produto da síntese de
Hoffmann o fármaco que, por muito tempo seria o seu carro-chefe.

Figura 2. Síntese do ácido acetilsalicílico proposta por (a) Gerhardt (1853) e (b) Hoffmann (1897).

1
Terminologia utilizada para designar a base conjugada do ácido salicílico ou seus ésteres derivados.
A Aspirina® (nome derivado de Acetylspirsäure – ácido acetilsalicílico em alemão), em
1899 já era vendida para diversos países no mundo e teve seu ápice de popularidade na primeira
metade do século XX, perdendo um pouco de sua popularidade devido ao desenvolvimento de
outros fármacos mais eficientes, em especial o paracetamol (1956) e ibuprofeno (1962). Apesar
disso, a Aspirina® (ou análogos genéricos) continua sendo um dos fármacos mais consumidos
no mundo.

2. Procedimento
2.1. Síntese do Ácido Acetilsalicílico
A um tubo de ensaio médio, adicione 2 g de ácido salicílico, 4 mL de anidrido acético e
5 gotas de ácido sulfúrico. Após a dissolução de todo o material sólido, coloque o tubo em
banho-maria (50 a 60 °C) durante cerca de cinco minutos, para a reação se completar. Resfrie o
sistema até que eles fiquem à temperatura ambiente e transfira o conteúdo do tubo para um
béquer de 125 mL contendo cerca de 50 mL de água destilada gelada. Lave os tubos com água
destilada gelada, transferindo a suspensão para béquer, para evitar perdas no rendimento. Agite
o conteúdo do béquer com um movimento giratório para completar a hidrólise do anidrido
acético. Se necessário, resfrie o conteúdo dos erlenmeyers em banho de gelo, arranhando
eventualmente as paredes do frasco para favorecer a precipitação do do AAS. Filtre o conteúdo
utilizando um funil de Büchner, lavando o béquer com o filtrado. Lave os cristais com água
gelada e separe uma pequena quantidade da amostra (10 a 15 mg) para determinação da
temperatura de fusão.

2.2. Purificação
2.2.1. Purificação com etanol/água:
Transfira o sólido obtido na etapa anterior para um béquer e adicione 5 a 10 mL de
etanol e aqueça levemente a mistura (50 a 60 °C) até que todo sólido seja dissolvido. Se
necessário, adicione pequenos volumes de etanol para melhor solubilizar o sólido. Espere o
sistema resfriar um pouco e adicione lentamente água até se observar turvação e deixe o béquer
em repouso por alguns minutos. Se não for observada formação de cristais, resfrie o sistema em
banho de gelo. Separe os cristais formados por meio de filtração a vácuo, seque o sólido e
determine sua temperatura de fusão. Calcule o rendimento percentual.

2.2.2. Purificação com acetato de etila:


Dissolva, em um béquer, o sólido seco obtido na etapa anterior em cerca de 3 a 5 mL de
acetato de etila, aquecendo a mistura em banho-maria. Tome cuidado com os vapores
desprendidos, pois eles podem ser irritantes. Caso o sólido não se dissolva totalmente, adicione
mais uma pequena quantidade de acetato de etila (1 a 2 mL). Deixe a solução esfriar lentamente
até atingir a temperatura ambiente. Arranhe a parede do béquer para iniciar o processo de
cristalização. Filtre a vácuo o sólido formado, lavando-o com um pouco de acetato de etila.
Seque o produto, determine sua temperatura de fusão e calcule o rendimento percentual.

2.2.3. Purificação com acetona:


Utilize o procedimento 2.2.2, utilizando acetona no lugar de acetato de etila.

2.3. Teste de pureza do produto


Manter o ácido acetilsalicílico em local seco, uma vez que a humidade do ar pode
promover a hidrólise do composto, formando ácido salicílico e ácido acético. Essa decomposição
pode ser detectada por meio de um teste com uma solução alcoólica 1% m/v de FeCl3. O
aparecimento de uma coloração vermelho/violácea indica a presença de grupo fenol,
caracterizando moléculas de ácido salicílico na amostra. Para efetuar esse teste, transfira 10-20
mg da amostra para um tubo de ensaio. Adicione, em seguida, 3 a 5 gotas da solução de FeCl3.
Agite o tubo e observe o que ocorreu.

3. Referências Bibliográficas

J. Chem. Educ., 1979, 56 (5), p 331

Sneader, W. Biomol. J., 2000, 321, 1591-1594

http://nuquiocat.quimica.blumenau.ufsc.br/files/2017/02/EXPERIÊNCIA-04_Si ́ntese-do-
AAS.pdf

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/255022/mod_resource/content/1/Exp03_aspirina.p
df

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