Aos que estão agora em Erasmus: que inveeeja!

Aos companheiros que já viveram a experiência e estão agora de regresso:

vamos nos todos juntar e exigir que as nossas faculdades maternas nos facultem
um serviço de acompanhamento psiquiátrico pós-erasmus.

Aos que ainda não participaram na experiência Erasmus: vão. Inscrevam-se,

deixem-se de receios e medos e partam para a aventura. Se o medo é não ter por
perto os pais a tomarem conta de vocês, não se preocupem, para além das novas
tecnologias encurtarem a distância (por vezes até demais!), nunca vão conseguir
estar sozinhos; Há imensos estudantes que estão na mesma situação que vocês.
E é isso que une os Erasmus! Personalidades à parte, todos vão para viver a
experiência! Conhecer sítios novos, novas pessoas, culturas e acima de tudo,
todos se querem divertir e lembrar a experiência com um grande sorriso.

Estive um semestre em Mainz e foram sem dúvida os 5 meses e 3 dias mais

loucos, emocionantes e pedagógicos de toda minha vida. Fiz muitas e boas novas
amizades, tive um ritmo de vida e com responsabilidades muito diferentes das que
tinha em Portugal, muitas loucuras, conheci novas abordagens e métodos de
trabalho, conheci muitos estilos de vida diferentes do meu e aprendi, aprendi
muito. Sobre mim própria, sobre o meu país, sobre a Alemanha e o resto do
Mundo.

Hoje sinto falta da neve, da cerveja, dos bretzel, das praças, ruas e cafés
alemães, dos meus amigos e da minha vida lá. Mas tenho uma Sara diferente,
que cresceu e conheceu um bocadinho mais do mundo, e que um dia, vai-se
encontrar com todos os amigos de Erasmus em alguma parte do mundo.

Sara Esteves
 Jorge Salavisa, ex-aluno de Marketing do ISCTE, trabalhava numa das melhores multinacionais na área
de Marketing, a Procter & Gamble. Passados dois anos, com uma vida estável e com boas perspectivas
de carreira na empresa, sente que é a altura de trocar o certo pelo incerto.

Nesta edição do SOM quisemos saber algumas curiosidades desta aventura que, embora pareça à
partida um acto impulsivo e pouco ponderado, foi uma decisão difícil, aconselhada e que não afectou a
boa relação que ainda mantém com os ex-colegas da P&G.
Marta Lousada

O QUE TE LEVOU A SAIR DA P&G? PORQUÊ A OPÇÃO DE VIAJAR PARA A JAMAICA E

Essencialmente porque passado 2 anos já dominava as
minhas funções e cheguei à conclusão que o próximo
passo na carreira de Marketing na P&G não era o que eu
queria fazer a longo prazo.
À medida que fosse crescendo na empresa as minhas
funções iriam passar a ser mais relacionadas com
análise e controlo financeiro de marcas e cada vez
menos com a parte conceptual e criativa, que é o que
mais me atrai no Marketing. Estando do lado do
fabricante é mais difícil estar directamente envolvido
nesse tipo de trabalho porque normalmente é passado a
agências de publicidade e consultoras de marcas.
Senti que precisava de um novo desafio e de
experimentar outras áreas. Penso que é essencial ter-se
paixão pelo que se faz, senão nunca nos vamos sentir
realizados e motivados.
PARA O MÉXICO?
A verdade é que quando me despedi da P&G, ainda não
tinha a certeza de qual seria o meu próximo passo. Tinha
algumas ideias mas não me queria comprometer com outra
empresa sem ter a certeza do que queria realmente e depois
despedir-me passado um ano caso não gostasse.
Por isso aproveitei para viajar, que é uma paixão minha, e
ao mesmo tempo pensar e pesquisar mais sobre as áreas
de trabalho que quero experimentar.
O que estou a fazer chama-se "career gap year" e é muito
comum nos países anglo-saxónicos, onde os jovens são
encorajados a viajar, a conhecerem o mundo e a
conhecerem-se a si mesmos antes de enveredarem a sério
numa carreira.

A TUA SAÍDA DA P&G FOI “A BEM”?
Diria que não podia ter saído de melhor forma. Estive de férias em
Portugal e fui visitar os meus colegas, e ex-chefe, no escritório e fui
recebido de braços abertos. Felizmente as pessoas da P&G são
espectaculares e fiz muitos amigos na empresa. A P&G é uma empresa
que trata muito bem os seus colaboradores e há um espírito muito
grande de amizade, respeito e entreajuda.
Quando tomei a decisão de me despedir tentei sair da melhor forma, ou
seja, fazendo o mínimo de "danos" possível com a minha saída.
Ofereci-me para ficar mais dois meses para que os projectos em que
estava envolvido não fossem afectados, e ao mesmo tempo para que
tivesse várias semanas para a passagem das pastas aos colegas que
me substituíram. Assim a minha chefe teve tempo de se organizar sem
pressão e a transição foi suave.
O meu último dia de trabalho foi até às 2 da manhã de uma sexta-feira
a supervisionar uma sessão fotográfica com a Liliana Campos, para
uma campanha de Bellady. A minha chefe pediu-me se podia fazer
esse favor porque o colega que me ia substituir ainda era novo na
função e não esteve envolvido na campanha desde o inicio. Eu podia
ter dito facilmente que não, porque me ia embora e preferia ir beber uns
copos com os amigos, mas é este tipo de decisões que fazem a
diferença entre sair a bem ou mal de uma empresa e que te podem
abrir portas no futuro.
COMO É QUE OS ALUNOS DO ISCTE SÃO VISTOS NA P&G?
O ISCTE é visto como uma das universidades mais interessantes para
recrutar alunos. No entanto, a universidade não é um critério crucial
para o recrutamento e a empresa está aberta a alunos de qualquer
universidade. Essencialmente o que a P&G procura são alunos com um
determinado perfil para se encaixarem na cultura da organização.
NOME
Jorge Salavisa
IDADE
26 anos
FORMAÇÃO
Licenciatura em Gestão de
Marketing pelo ISCTE
ERASMUS
Praga, República Checa
HOBBIES
Viajar, mergulho, surf,
guitarra acústica
E-MAIL
jorgesalavisa@yahoo.com
Por outro lado, um aluno com média "XPTO" não vai impressionar
necessariamente os recrutadores da P&G. A empresa está mais
interessada num aluno com média de 14-15 que faz parte de uma
associação de estudantes, pratica desporto federado ou faz
voluntariado, do que num aluno com média de 18 mas que não faz mais
nada na vida senão fechar-se no quarto a estudar. As competências
sociais na P&G são mais importantes do que o conhecimento técnico
quando se recrutam estudantes da universidade.
O nível de inglês é também muito importante, e uma experiência
internacional (preferencialmente Erasmus) é uma grande vantagem.
Hoje em dia se queres trabalhar numa multinacional o programa
Erasmus e a fluência da língua inglesa podem ser os teus maiores
aliados num processo de recrutamento.
Recomendo a todos os alunos que queiram seguir uma carreira em
Marketing a candidatarem-se à P&G. É uma empresa onde vão
aprender muitíssimo e vos dá condições fantásticas. É uma verdadeira
escola de Marketing.
QUAIS OS TEUS PLANOS PARA O FUTURO?
Vou ficar no México até ao final do ano e depois devo regressar a
Portugal. Gostava de trabalhar numa agência de publicidade ou numa
consultora de marcas.
Apesar de adorar viajar e de estar a gostar desta experiência, tenho
saudades de um desafio profissional a sério e por isso vejo com bons
olhos o regresso a Portugal. E claro, também tenho saudades dos meus
amigos e da minha família.
Jorge Salavisa
HYUNDAI MOTOR EUROPE CONTRATA ANTERIOR DIRECTOR
DE MARKETING DA LEXUS EUROPE

O anterior responsável de Marketing e Planeamento de Produto da

Lexus Europe, Mark Hall, foi a escolha da Hyundai Motor Europe
para ocupar a vaga existente para o mesmo cargo. Hall ficará
responsável pela implementação de um programa de lançamento e
reposicionamento da marca Hyundai na Europa. Esta notícia surge
numa altura em que os grandes construtores automóveis asiáticos
tentam reforçar a sua imagem nos apetecíveis e diversos mercados
europeus. A concorrência está ao rubro!

BRITISH GAS FAZ PARCERIA COM ALERTME PARA REFORÇAR

VISIBILIDADE ONLINE

A British Gas assinou um contrato comercial com a empresa de gestão

online de energia, AlertMe. Isto representou um investimento de 20
milhões de libras (23 milhões de euros) por parte da BG.
A British Gas passa assim a ter uma „smart e-tool‟ que permite aos
seus clientes rentabilizarem o seu uso de energia, via online ou
smartphone.
Phil Bentley afirma que este novo serviço “é uma boa adição ao actual
rol de serviços oferecidos pela British Gas” e que permitirá aos seus
clientes usufruírem de “uma gama de novas ferramentas fáceis de
usar e que visam a redução das suas contas de gás ao fim do mês”.

KRAFT FOODS CRIA NOVO CENTRO DE I&D NA

EUROPA

É na Suíça que se localizam as novas instalações de

investigação e desenvolvimento da Kraft Foods. A
principal aposta deste novo centro será na extensão da
oferta de marcas de pastilhas elásticas como a Trident e a
Hollywood (líder em França), pertencentes ao espólio da
recém-adquirida Cadbury.
A Kraft espera assim reforçar o seu poder neste mercado.
UNILEVER FAZ INVESTIMENTO NA EXPANSÃO DAS
SUAS EQUIPAS DE MARKETING GLOBAL

A Unilever investe anualmente 4,7 mil milhões de libras

(5,4 mil milhões de euros) em marketing. De forma a ver
um maior retorno desse investimento criou três novos
postos: Helena Ganczakowsky ocupa agora o cargo de
vice-presidente global de relações corporativas, Jorgen
Bartsch de vice-presidente global de serviços de
marketing e Paula Quazi de vice-presidente global para as
futuras comunicações. Todos tinham já uma longa
experiência em diversas áreas de marketing dentro da
empresa.

INTERCONTINENTAL TEM NOVO DIRECTOR DE VENDAS IBÉRICO

Já director de vendas em Itália, Marco Venturi acumula mais triplica as responsabilidades dentro do InterContinental
Hotels Group (IHG): agora está também encarregue da mesma função em Portugal e Espanha! Isto significa que terá a
seu cargo o triplo das actividades, estudos, budgets e recrutamentos nesta área.
Agora, atentemos na sua formação: possui uma licenciatura em Filosofia Clássica, um mestrado em Business
Administration pela Universidade Politécnica de Milão e outro em Engenharia Química. Estranho, não é? Se calhar é
apenas uma pessoa com gostos variados (muito variados).

DESIGUAL ENTRA NA BATALHA DO E-COMMERCE

A marca de moda Desigual iniciou, no dia 1 de Outubro, a sua

batalha nas vendas online de forma a conseguir “dar maior
atenção e facultar mais serviços aos utilizadores”. A marca não
pretende ficar para trás, seguindo por isso as concorrentes
compatriotas Inditex, que começou a comercializar roupa da sua
marca principal – ZARA – na Internet, um mês antes e Cortefiel,
que fez o mesmo com a Springfield.
Por enquanto o site apenas está disponível em Espanha,
Alemanha, França, Inglaterra e Holanda. Em 2011 chegará a
Portugal.
Objectivo (segundo a empresa): proporcionar aos utilizadores um
sistema mais “cómodo, rápido, seguro e funcional de compra”.

A RENAULT PORTUGAL TEM UM NOVO DIRECTOR DE MARKETING

Mário Tavares da Silva é o nome do novo director de marketing da Renault Portugal desde Setembro. Tavares da Silva é
licenciado em Comunicação Empresarial e possui uma pós-graduação em Leadership Management pela Stanford
University e outra em Strategic Marketing pela Harvard Business School. É caso para dizer: impressionante!
Depois de ter trabalhado no Grupo Santander e ter sido professor universitário juntou-se em 2001 ao Grupo Renault com
as pastas de marketing e de direcção comercial e de operações da RCI Banque Portugal. Foi ainda director de clientes da
Renault Portugal.
Nas sociedades contemporâneas o desporto faz parte
da ocupação dos tempos livres da maioria dos
cidadãos. Não apenas pela prática, mas também pela
visualização ou acompanhamento de resultados na
televisão, ao vivo ou na internet.
Consequentemente, a actividade desportiva veio criar
um conjunto de oportunidades para as marcas que
pretendessem de alguma forma associar-se a este
“lifestyle”. É no decorrer desta evolução que aparece o
conceito do Marketing Desportivo, que abrange áreas
tão diversas como patrocínios, eventos, estratégia,
comportamento do consumidor, gestão de instalações,
entre outras.
Nesta edição do SOM, recolhemos o testemunho não
de um especialista em Marketing Desportivo, mas de
um dos principais “actores” nesta matéria, um
desportista.
Joaquim Videira é o melhor esgrimista português de
sempre na modalidade espada. Vice-campeão do
Mundo, 26º nos Jogos Olímpicos Pequim 2008, tendo
sido já 2º no ranking do mundo da modalidade, entre
muitas outras taças e medalhas ganhas em Taças do
Mundo e Grandes Prémios.
Também licenciado em Eng. Electrotécnica na FEUP,
sempre conciliou de uma maneira brilhante as duas
facetas da sua vida, tendo alcançado um lugar na
história da modalidade quase sem apoios, visto ser
uma modalidade amadora.
João Ceriz
Enquanto atleta e sem quaisquer conhecimentos na
área do Marketing, pensar neste tema é equivalente a
pensar em patrocínios. Porém, erradamente, cresci a
acreditar que os patrocinadores surgiam à medida que
se conquistavam resultados desportivos relevantes e
que o Marketing era o que as empresas faziam usando
a imagem dos atletas que apoiavam.
Os anos da prática e do treino começaram a dar frutos e
consegui alcançar resultados que acreditava serem
suficientes para ter a atenção de algumas empresas
que pudessem ajudar-me na conquista de novas
vitórias. Estava completamente errado! É verdade que
despertei o interesse da comunicação social e que
surgiram convites para participar em eventos, iniciativas,
campanhas, etc. mas nada de patrocínios. Compreendi
que as empresas, organizadores de eventos e
instituições sabem que a presença de figuras públicas
e/ou de alguns atletas é importante para promover os
seus produtos e iniciativas. Porém, nem todos estão
dispostos a pagar por essa possível mais valia.
Ao iniciar a prática da Esgrima nunca imaginava
pertencer à Selecção Nacional ou os resultados que
poderia alcançar além fronteiras, mas sonhava em
participar nuns Jogos Olímpicos. Claro que não sabia,
nem imaginava, o que esse sonho exigiria de mim. No
início era eu, o meu treinador e companheiros de
equipa/treino. Com o passar dos anos e com o aumento
da exigência do treino e das ambições, a equipa
multidisciplinar alargou-se, incluindo, por exemplo,
treinador, preparador físico, equipa médica, psicólogo e
agente. Apesar da importância de cada um deles,
interessa aqui partilhar a experiência sobre as
vantagens de incluir na equipa um agente.
Quando surgiu a oportunidade de trabalhar com um
agente, este apresentou-me um projecto ambicioso e que
ia ao encontro dos objectivos que eu e a minha equipa
ambicionávamos. A estratégica estava bem definida e
tinha várias fases/tarefas: criação, manutenção do site
pessoal – http://www.joaquimvideira.com - e aumento
gradual do número de visitantes regulares, criação duma
press release enviada para vários contactos e
comunicação social, criação de uma proposta de
patrocínio com o objectivo de criar parcerias, protocolos e
contratos de patrocínio com algumas empresas, entre
outras coisas.
A ambição era enorme e o investimento no projecto
também, porém a concretização revelou-se bastante
difícil. Das tentativas que foram feitas, nem todas saíram
frustradas. Destacam-se o patrocínio da SportZone e o
apoio pontual da Câmara Municipal de Viseu.
A Esgrima é uma modalidade com poucos adeptos e em
que é frequente encontrar as bancadas vazias, ou até, a
realização de competições em espaços sem bancadas. É
claro que este facto não abona para o lado dos
esgrimistas que perseguem potenciais patrocinadores.
Não sendo possível alterar este facto, que um grupo de
atletas não pode mudar sozinho, existem sempre os
valores e/ou atributos que são associados à modalidade –
fair play, glamour, nobreza, glória, vitória, honra, respeito
pelo adversário, aceitação das regras, perseverança,
segurança, velocidade, inteligência, táctica e outras – e
que podem ser explorados e associados aos valores das
empresas e/ou aos seus produtos.
Aliada à pouca visibilidade da Esgrima existe a ideia, mais
ou menos generalizada, de que o Futebol preenche toda
a atenção dos adeptos do desporto. Apesar de concordar,
acredito que têm sido desenvolvidos trabalhos de
comunicação e marketing muito interessantes, caso do
Judo, Triatlo e Râguebi, por exemplo. Com a oferta de
meios de comunicação existentes creio ser possível fazer
chegar e conquistar um número cada vez maior de
interessados nas modalidades amadoras.
Apesar das dificuldades em conseguir patrocínios existem
casos de sucesso no seio do desporto português. Para
além de seguir o exemplo desportivo de alguns atletas
parece-me importante perceber, e eventualmente adoptar,
algumas técnicas utilizadas por esses atletas para
conseguir apoios na sua preparação. Porém, a
imaginação não tem limites e as boas ideias surgem a
todo o momento.
Joaquim Videira

Cinematograficamente falando, não foi dos melhores
meses do ano, tendo em conta alguns filmes que já saíram
este ano e que marcaram pela qualidade, como “Shutter
Island” ou “Inception”. Mesmo assim houve filmes que se
distinguiram pela positiva, enquanto outros foram
realmente um desperdício de tempo.
Começando por falar num filme que surpreendeu:
“Predators”. Já tinha visto os outros, clássicos dos anos 80
e 90, e as expectativas que tinha era de mais do mesmo.
Produzido pelo Robert Rodriguez, este recomeço de saga
começa com personagens de várias elites assassinas
terrestres a despertarem num planeta desconhecido e
quando dão por si, são alvo de caça de predators, só pela
diversão da coisa. É um filme que entretém, quase que não
tem partes mortas e faz exactamente o seu propósito:
proporcionar acção gratuita. As personagens são óptimas,
destacando o Adrien Brody, que está numa de bad ass,
depois de nos habituar a dramas e comédias, como o “The
Pianist”. No geral, é um bom filme, cumpre a sua função e
faz justiça aos originais.
“Epa, escreve aí um texto sobre música e cinema!”. Foi o que
me disseram.
“Não sei se vai resultar”, respondi.
Ele (Ricardo Mendes) disse “Cala-te”.
Então. Cinema e Música no mês de Setembro. Primeiro
queria dizer que nunca escrevi nada a nível sério (mas
também não vai ser agora) e que tudo o que disser neste
espaço é a minha opinião pessoal. Basicamente este artigo
vai sair em cada edição retratando os acontecimentos mais
importantes que se passaram entre edições, tendo descrições
e críticas de filmes, lançamentos de cd´s ou concertos.
Algumas críticas vão ser grandes, outras mais reduzidas. Não
dá para tudo, senão passaria a ser uma revista de cinema e
música.
Michael Douglas estreou dois filmes este mês. E por
estranho que pareça, as expectativas que tinha de cada um
trocaram-se, tendo gostado bastante de um, e não tanto do
outro. O primeiro chama-se “Solitary Man” e conta a história
de um solteirão (Michael Douglas) ninfomaníaco, com
problemas financeiros e a tentar montar um negócio de
vendas de automóveis.
Quando as coisas começam a correr mal, assistimos à
decadência e do desaparecimento de tudo o que tinha.
Com uma boa história, um óptimo elenco secundário e um
Michael Douglas genial e absolutamente cómico, este é um
filme que é uma das surpresas. É um filme básico, sem
grandes pormenores de escrita, mas que quando acaba
ficamos a pensar “Isto foi bom”. E aquele final à “Inception”
é qualquer coisa.
O segundo, e que acabou por ser uma surpresa pela
negativa, chama-se “Wall Street 2: Money Never Sleeps”
e é a continuação do filme de 1987, que imortalizou a
personagem Gordon Gekko e a sua famosa citação
“Greed Is Good” e que rendeu o Óscar de Melhor Actor a
Michael Douglas. Esta segunda parte acontece 20 anos
depois do fim da primeira, com um Gordon Gekko
supostamente reabilitado, com uma filha (Carey Mulligan)
que não lhe fala e um livro escrito como único sucesso. A
personagem de Shia LaBeouf é o namorado da filha e vai
criando uma relação com Gekko que se vai desenvolver
ao longo do filme. Este filme não é nada de especial, e
até considero um insulto ao primeiro. Com um argumento
enfadonho, actores péssimos, excepto o grande Douglas,
que não falha como Gordon Gekko, e uma duração um
pouco mais do que é aceitável, torna-se então um filme
desinteressante, e apenas recomendado a quem viu o
primeiro, por descargo de consciência.
Passando pelas comédias, houve algumas estreias este
mês que conseguiram entreter, falando do “Hot Tube
Time Machine” em particular. Cumpre a sua missão,
entretém e tem alguns momentos muito cómicos. Apesar
de ser um enorme cliché (“Oh não, voltámos atrás no
tempo!”) consegue corresponder de forma aceitável.
Outra estreia foi a nova pérola da Jennifer Anniston, “The
Switch”, que consegue não ser tão mau quanto o normal
mas que mesmo assim podia ser melhor. A hipocondria
da personagem principal é qualquer coisa!
Por fim, filmes que quase não merecem ser falados aqui.
“The Expendables” é uma tortura, mas nada de que não
se estivesse à espera. Non Stop porrada. “Drag Me To
Hell” é simplesmente irritante. Uma miúda é amaldiçoada
e tem que inverter a maldição. Péssimo filme, grande
parte do qual é passado pelas personagens a expelirem
algo da boca, quer seja sangue, vómito ou gatinhos! E o
gato a ser vomitado é a melhor parte.. Por fim, “Karate
Kid” mete o puto hip hop-san a levar às costas a saga,
com um Jackie Chan irritante e depressivo. Há uma parte
pseudo-emotiva em que começa a chorar. O Jackie
Chan! Não é bonito de se ver..
Terminando assim a parte cinematográfica, talvez um
pouco incompleta, mas porque não dá para mais. É de
mencionar ainda a estreia do “Resident Evil 3” e também
da realização do Motel X, que é um festival internacional
de terror, que se realiza em Lisboa, no São Jorge!
Este foi um mês de óptimos lançamentos e alguns bons
concertos.
Começando por novos cd´s, o novo dos Interpol, de
nome homónimo, é um bom disco, daqueles que talvez
ao início demora a gostar. Penso que estão melhor que o
último álbum, mas que mesmo assim não conseguiram
recuperar a mística dos primeiros. As melhores músicas
são o “Barricade”, “Lights” e “Summer Wells”. Abriram
U2, em Coimbra. Ou foram U2 que encerraram Interpol?
O novo cd dos The Walkmen é possivelmente dos
melhores do ano. Este álbum, de nome “Lisbon”, em jeito
de ode à capital, trás tudo o que esta banda já nos
habituou. Rock aguçado, energético e calmo ao mesmo
tempo. “Juveniles”, “Stranded” e “Lisbon” são das
melhores do álbum, que no geral é óptimo e que não
deixa nada atrás, estando ao nível de anteriores
trabalhos, como “Bows And Arrows”.
Outro lançamento foi “Hurley”, o novo trabalho dos
Weezer. Uma banda já com créditos firmados, mas que
nem muita gente conhece. Quis só mencionar este
lançamento pela capa e pelo nome do álbum, que é uma
homenagem à personagem de “Lost”, que, isso sim, toda
a gente conhece (e venera)!
Houve alguns pontos interessantes durante o mês, já
falando em concertos. “Os Golpes” apresentaram o novo
single “Vá Lá Senhora” naquele que parece ter sido um
concertão! (não pude ir..). São uma banda relativamente
nova, portuguesa, que está associada às novas editoras
que estão a começar a governar o indie-pop-rock
português (neste caso Amor Fúria). Uma excelente
banda, cujo primeiro cd “Os Golpes” é uma coisa decente
de se ouvir, que aconselho a todos!
Para terminar, e para falar de algo a que realmente
assisti, os grandes concertos que vi no Arraial do
Técnico. Primeiro, Pontos Negros que abriram da melhor
maneira, misturando os temas de ambos os álbuns,
nunca perdendo o entusiasmo do público. Com
influências strokianas óbvias, “Contos de Fada de Sintra
e Lisboa” é sempre um must. Blind Zero pelo meio (é
preciso dizer mais?), a noite fecha com Diabos na Cruz,
que seria uma primeira vez. O álbum é uma mistura de
música tradicional com rock que deixa qualquer um aos
pulos. “Dona Ligeirinha” ou “Os Loucos Estão Certos” é
algo que fica tão bem ao vivo. Só é pena terem sido
cortados a meio, pela produção. Nada que arremessar
uns micros e mostrar umas nádegas não resolva. Uma
boa noite de concertos e quem esteve lá sabe isso!
Procurem e vivam estes concertos, valem a pena.
Fico por aqui. Espero que partilhem das minhas opiniões
e aceitem as minhas humildes sugestões. Mas se não
aceitarem também não há problema, quem sou eu para
escrever sobre isto?
Até à próxima!
SEMINÁRIO «ALGARVE: CAMINHOS E OPORTUNIDADES PARA A ACTIVIDADE TURÍSTICA»
Albufeira: Especialistas discutem e-marketing em seminário
Data: 11 de Outubro
Local: Hotel Grande Real Santa Eulália, Albufeira
Hora: 09h00
Inscrições: dep@turismodoalgarve.pt até ao dia 08 de Outubro.
+info: turismodoalgarve.pt

PRÉMIOS REPUTAÇÃO 2010

Data: Janeiro 2011
Local: A anuciar
Júri: desde os directores do Diário Económico, Meios&Publicidade e Jornal de Negócios aos directores de comunicação da
SONAECOM ou da EDP, passando por reitores e professores universitários.
Candidaturas empresas: Até 27 de Novembro de 2010

1º CONGRESSO INTERNACIONAL DA FELICIDADE - COCA-COLA

Data: 19 e 20 de Outubro de 2010
Local: Teatro Quinto, Madrid, Espanha
Preço: 1 dia - 10€, 2 dias - 16€ (preços para estudantes)
Programa e inscrições: http://www.lomasimportante.es/

HAPPY CONFERENCE 2010 - BOOSTING CREATIVITY AND INNOVATION IN ORGANIZATIONS

Data: 11 de Outubro de 2010
Hora: 9h15
Local: Teatro Tivoli
Speaker: Lyn Heward, directora de criação do Cirque du Soleil

FEIRA E-COMERCE AND MARKETING SHOW 2010

Data: 15 e 16 de Outubro 2010
Local: Centro de Congressos de Lisboa
Preço: 20€

FÓRUM MUNDIAL DE MARKETING E VENDAS - “COMO FAZER MARKETING NA ERA DA SOBREINFORMAÇÃO”

Oradores: Philip Kotler, Martin Lindstrom, Andreas Weigend, Jean Claude Biver e Seth Godin
Data: 17 e 18 de Novembro de 2010
Local: Centro de Congressos de Belém - Praça do Império - Lisboa
FESTIVAL TEMPS D’IMAGES 2010 - 8ª edição
Artes Performativas Contemporâneas: Dança, teatro, música.
Data: 27 Outubro a 21 Novembro 2010
Local: Centro Cultural de Belém
Culturgest
Museu do Chiado - Museu Nac. de Arte Contemporânea
Cinemateca Portuguesa.
Lisboa

Artista/Banda Data Local Horas Bilhete

Michael Bublé 2/3 Nov Lisboa, Pav. Atlântico 20.00 Desde 35€
Crystal Castels 4 Nov Porto, Teatro Sá da Bandeira 21:00 23€
Interpol + Surfer Blood 12 Nov Lisboa, Campo Pequeno 21:00 Desde 30€
Shakira 21 Nov Pavilhão Atlântico 20:30 Desde 35€
Joe Satriani 22 Nov Lisboa, Campo Pequeno 21:00 Desde 25€
Gogol Bordello 24 Nov Lisboa, Campo Pequeno 21:00 Desde 23€
Alice Cooper 29 Nov Lisboa, Campo Pequeno 21:30 Desde 27.5€
Lady Gaga 10 Dez Lisboa, Pav, Atlântico 20:30 Desde 50€
30 Seconds to Mars 16 Dez Lisboa, Pav. Atlântico 20:00 Desde 28€

A CIDADE, DE BEN AFFLECK

História centrada num ladrão veterano, Doug MacRay (Ben Affleck), que tenta conciliar o seu perigoso modo de vida com o
amor que sente por uma gerente de um banco. Este conflito pessoal acontece enquanto um agente do FBI persegue Doug
incessantemente.

CHLOE, DE ATOM EGOYAN

Catherine (Julianne Moore) e David (Liam Neeson), , são à primeira vista, o casal perfeito. Quando David perde um vôo e
consequentemente a sua festa de aniversário surpresa, Catherine começa a suspeitar que o marido possa ter uma amante,
contratando Chloe (Amanda Seyfried), uma acompanhante para seduzir David e testar a sua lealdade.

RED, DE ROBERT SCHWENTKE

Frank Moses (Bruce Willis) é um agente secreto veterano e reformado que vê a sua actual pacífica vida ser subitamente
interrompida por um assassino profissional que o tenta matar. No entanto, Frank consegue neutralizar a ameaça mas
rapidamente se apercebe que a sua localização está comprometida e que a vida dos seus entes queridos está em perigo.