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Unidade I

COMO SURGIU A UMBANDA


No início do século XV, período da colonização brasileira, mais de quatro milhões de negros africanos cruzaram
o Atlântico para tornarem-se escravos na colônia portuguesa. Oriundos de diferentes regiões da África,
entravam no país, através de navios negreiros, principalmente pelos portos do Rio de Janeiro, de Salvador, do
Recife e de São Luís do Maranhão, trazendo na bagagem a cultura africana.

Para evitar que houvesse rebeliões, os senhores brancos agrupavam os escravos em senzalas, sempre
evitando juntar os originários de mesma nação. Por esse motivo, houve uma mistura de povos e costumes,
que foram concentrados de forma diferente nos diversos estados do país. Os escravos possuíam suas próprias
danças, cantos, santos e festas religiosas. Aos poucos, eles foram misturando os ritos católicos presentes com
os elementos dos cultos africanos, na tentativa de resgatar a atmosfera mística da pátria distante.

O contato direto com a natureza fazia com que atribuíssem todos os tipos de poder a ela e que ligassem seus
deuses aos elementos nela presentes . Diversas divindades africanas foram tomando força na terra dos
brasileiros. O fetiche, marca registrada de muitos cultos praticados na época, associado à luta dos negros pela
libertação e sobrevivência, à formação dos quilombos e à toda a realidade da época acabaram impulsionando
a formação de religiões muito praticadas atualmente - a Umbanda e o Candomblé.

Umbanda

Uma das religiões mais praticadas no Brasil, com maior propagação na Bahia e no Rio de Janeiro, a Umbanda
brasileira começou a ser formada por volta de 1530, com a mistura de concepções religiosas trazidas pelos
negros da África, na época da escravidão. O primeiro terreiro foi fundado em 1908 através de Zélio Fernandino
de Moraes. Na época com 17 anos, Zélio, que fazia parte de uma família tradicional de Niterói, RJ, incorporava
o chamado Caboclo das Sete Encruzilhadas e foi o responsável pela formação de sete tendas que acabaram
difundindo a Umbanda. Todas as tendas funcionavam sob o lema: "manifestação do espírito para a caridade"
e usavam rituais simples com cânticos baixos e harmoniosos.

A Umbanda incorpora os adeptos dos deuses africanos como caboclos, pretos velhos, crianças, boiadeiros,
espíritos das águas, eguns, exus, e outras entidades desencarnadas na Terra, sincretizando geralmente as
religiões católica e espírita. O chefe da casa é conhecido como Pai de Santo e seus filiados são os filhos ou
filhas de santo. O Pai de Santo principia a cerimônia com o encruzamento e a defumação dos presentes e do
local. Seguem-se os pontos, cânticos sagrados para formar a corrente e fazer baixar o santo.
Muitos são os orixás invocados na cerimônia de Umbanda, entre eles Ogun, Oxóssi, Iemanjá, Exu, entre outros.
Também se invocam pretos velhos, índios, caboclos, ciganos.

A Umbanda absorveu das religiões africanas o culto aos Orixás e o adaptou à nossa sociedade pluralista,
aberta e moderna, pois só assim um culto ancestral poderia renovar-se no meio humano, sem que a identidade
básica dos seus deuses fosse perdida.

Hierarquia dentro dos Terreiros de Umbanda

Dentro dos terreiros de Umbanda existe organização e disciplina, além de todo um sistema que objetiva manter
esta organização, alguns terreiros, dependendo do tamanho dividem-se em parte administrativa e espiritual.
Estaremos falando agora a respeito dos cargos dentro da hierarquia espiritual mais comumente encontrados
nos Terreiros de Umbanda:

Pai do Santo e Mãe do Santo

É o dirigente do terreiro (Babalorixá se for homem e Ialorixá se for mulher).

Eles têm a função de cuidar e zelar da vida espiritual dos médiuns do terreiro, orientar e dirigir os trabalhos
abertos e fechados a público. São os responsáveis por fazer cumprir as diretrizes estabelecidas pelo Astral,
para o Terreiro. Tanto Pai do Santo e Mãe do Santo são também chamados de o Babalorixá quanto a Ialorixá.

Pai Pequeno e Mãe Pequena

São os futuros Babalorixá e Ialorixá. São a segunda pessoa dentro de um Terreiro de Umbanda. Têm como
função auxiliar o Babalorixá e a Ialorixá em todos os trabalhos. Outras funções específicas variam de terreiro
para terreiro.

Zelador

É a pessoa responsável por Administrar o terreiro e auxiliando neste sentido o PAI e MAE.
Muitos vezes distribui as fichas de atendimento (ou organiza um responsável) e coordenar a entrada da
assistência. Muitas vezes, dependendo do tamanho do terreiro acumula função de cambone.

Médiuns de Trabalho

São os médiuns que dão consulta, que passaram por alguns preceitos (isto também varia de terreiro para
terreiro) que os firmaram como médiuns.

Médiuns em Desenvolvimento
São médiuns que como o nome já diz, estão em desenvolvimento. Dependendo do terreiro eles podem dar
passes, já incorporam uma ou outra linha, mas ainda não dão consultas . Estão sendo preparados para
tornarem-se médiuns de trabalho.

Curimbeiro, Tabaqueiro ou Ogã

É a pessoa que bate (toca) o tambor. Na realidade na Umbanda a função do tambor é a de ajudar na invocação
das Entidades, deve ter toques harmoniosos e diferenciados para cada Linha.

Cambone

é a viga mestre do trabalho sua energia é fundamental na sustentação vibracional da casa. não são
empregados de nenhum médium ,ou entidade e nem pode virar empregado particular de ninguém. Todos que
tem essa função deverão ajudar a todas as entidades, não escolhendo por afinidades (gostar mais ou menos
de uma entidade ou médium).

Ele avisa ao Zelador, que controla a entrada da assistência, quando o Guia estiver pronto para atender a
Assistência. Deve permanecer no local que foi designado, auxiliando a corrente, sempre vibrando em
harmonia para o sucesso dos trabalhos e cantando os Pontos solicitados e adequados para cada momento
específico.

Ele não incorpora seus mentores, durante o atendimento da Assistência sem autorização dos Dirigentes.

Não pode comentar, nem contar a outras pessoas o diálogo do Guia com os Assistidos, são treinados para
terem uma concentração excepcional para o auxilio na firmeza dos trabalhos

.Para que a pessoa se torne um grande Médium primeiramente terá que ser um grande Cambone, pois é
atravez da função que a pessoa terá o inicio não somente aos procedimentos que as entidade( espíritos de luz
) fazem , como beber, fumar, risca ponto etc. ( onde estudaremos mais para frente sobre este ponto ), mas sim
aprender os ensinamentos no qual nossa umbanda querida é formada. È ouvindo os aconselhamentos das
entidades juntamente com os consulentes, que começaram a ver a verdadeira missão que todos tem.

Muitos acham que somente os Médiuns de incorporação estão trabalhando ou ajudando os assistidos;
engano!!!! Pois um cambono concentrado com bons pensamento e sempre em oração e o complemento da
energia na casa.

Imagine um campo de energia de um espirito de Luz o tamanho que isso é. Imaginou???? Imagina uma pessoa
com muita fé orando e se entregando para outro que busca ajuda. Imaginou novamente????? Então realize
este campo energético juntando os dois. Não preciso explicar o que isso pode trazer para aqueles que buscam
ajuda.

Deixemos bem claro que todas as funções são importantes dentro da organização de um Terreiro e nenhuma
é melhor ou pior que a outra, o respeito e a disciplina deve sempre ser elementos básicos da convivência entre
todos, deve-se tomar muito cuidado com a vaidade e a inveja, sentimentos que devem ser sempre repudiados
por todos e qualquer umbandista.

Procedimentos e seu elementos

Tronqueira: Casa de Força do Guardião, que na Umbanda é um Exú, na porta dos Terreiros Umbanda. A
Tronqueira é um lugar fixo que está assentado os preceitos dos Exus que comandam o terreiro, para que eles
deixem seus enigmas e teores espirituais 24h ativos na casa, um assentamento dos Exus com o terreiro e não
com médium ou filhos. Onde qualquer espírito que passe por la saberá que ali é chão protegido por EXU. Por
isso devemos sempre pedir licença ao entrar para os EXUS da Porteira.

Bater Cabeça - O médium da Casa, em respeito às firmezas dos Orixás, e das entidades presentes. Bate a
cabeça, primeiramente firmando o frontal, e as frontes direita e esquerda à fim de pedir proteção e fluidificar-
se para as tarefas, recebendo as energias concentradas no congá. é um gestual que representa humildade e
respeito, é uma ato de oferecimento de sua (coroa), de reverencia e agradecimento à Coroa Regente da Casa
e de pedido de benção.

Congá: é o santuário ou altar da Umbanda que reúne uma enorme quantidade de objetos: imagens, Santos,
pretos velhos, caboclos, deuses hindus , velas, flores etc.

Pemba – é giz oval - forma cônica, que tem o poder de abrir e fechar trabalhos, quando quem o manuseia,
sabe o que esta fazendo. Pode purificar, quando em forma de pó e lançado ao ar no ambiente em que se
utiliza, pois as pembas são sempre preparadas de forma a condensarem grande quantidade de energia fluidica.

Toalha Branca – significado de pureza onde representa a nosso respeito pelo manto onde se bate e entrega a
cabeça para os Orixás.

Velas - Vieram para a Umbanda por influência do Catolicismo. Iluminadas, são rogação ou agradecimento ao
espírito ou Orixá a quem dedicou. Ao iluminá-las, homenageia-se, reforçando uma energia que liga, de certa
forma, o corpo ao espírito.

Defumação - Visa purificar o médium, o ambiente, os objetos e os consulentes, através da fumaça de uma
combinação de ervas específicas. É o ato de expulsar o negativo, através de aromas, ou seja, das essências
(ervas: alecrim, benjoim, incenso e outras). A defumação é uma prática antiqüíssima de muitas religiões e de
todos os povos. A defumação, evita a contaminação do médium nos diversos tipos de fluidos enfermos que
poderiam ser assimilado pelo seu corpo e ou das pessoas presentes no trabalho. Seu aroma desperta alguns
centros nervosos dos médiuns, fazendo esses centros vibrarem de acordo com as irradiações fluídas das
Entidades, aumentando assim a sensibilidade de uma forma geral.

Atabaques - Eles servem para manter o ambiente sob uma vibração homogênea e fazer com que todos os
médiuns permaneçam em vibração.

Ponto Cantado - Um ponto cantado na Umbanda é uma prece de Luz. Quando cantamos, estamos nos
conectando com a Luz da Umbanda, com os Orixás e com os Guias Espirituais. Principalmente, estamos nos
conectando com nós mesmos e nossa força e Luz interiores.

Guias (fios de contas) - É um colar ritual de miçangas, contas de cristal, de louça, de frutos pequenos,
construídos de acordo com a Entidade, que designa também a cor de sua preferência. Podem ter pequenos
objetos presos a eles. Devem ter sempre autorização da casa para as devidas confecções respeitando os
procedimentos internos de cada Terreiro.

Vestimenta Roupa Branca (Roupa de Santo) - É a vestimenta para a qual devemos dispensar muito carinho e
cuidado, idênticos ao que temos para com nossos Orixás e Guias. As roupas devem ser conservadas limpas,
bem cuidadas, assim como as guias (fios de contas). Quando a roupa fica velha, estragada, jamais o médium
deverá dar ou jogar fora. Ela deverá ser despachada no mar, juntamente com uma pequena imantação
(oferenda) para o Orixá ou Entidade a que pertencer. Fica claro que é obrigatório seu despacho, pois trata-se
de um instrumento de trabalho do médium.

Trabalhar descalço - O médium, sempre que possível, deve trabalhar descalço por uma questão de humildade
e para facilitar a incorporação, bem como para haver melhor descarga dos fluídos nocivos, diretamente para a
terra. Estando o médium calçado, estará isolado da terra, o que dificultará a eliminação dos fluídos nocivos
(negativos), assimilados ao se transpor as encruzilhadas, cemitérios, hospitais, etc..., quando da vinda para o
Terreiro. Mas cabe sempre as diretrizes de cada terreiro, pois em muitos se tem a obrigatoriedade do uso do
sapato. Lembramos que o calçado que se usa dentro de uma gira não se pode utilizar fora, exatamente como
a vestimenta Branca do terreiro.

Passe - Os passes não fazem parte do corpo doutrinário do Espiritismo. Eles remontam aos mais remotos
tempos e constituem recursos naturais, postos à disposição dos homens para as tarefas de socorro ao próximo.
O Novo Testamento demonstra que Jesus e os Apóstolos utilizavam-se dos passes como recursos magnéticos
curadores aliados a recursos espirituais, curando pela imposição das mãos ou pelo influxo das palavras de fé.
Graças à sua feição de "Consolador Prometido", o Espiritismo, conserva e difunde essa modalidade de auxílio,
a fim de atender uma infinita quantidade de pessoas que batem às portas dos Centros Espíritas, na esperança
de cura ou de alívio. O Passe é uma "transfusão de energias psicofísicas, operação de boa vontade, dentro da
qual o companheiro do bem cede de si mesmo em benefício de outrem" (Emmanuel). Para o êxito dessa
operação, cabe ao médium passista buscar na prece o fio de ligação com os planos mais elevados da vida.
Mágoas excessivas, paixões, desequilíbrio nervoso e inquietude, bem como alimentos inadequados e
alcoólicos, são fatores que reduzem as possibilidades do passista e que, portanto, devem ser evitados. Aqueles
que se consagram aos trabalhos de assistência aos enfermos através de passes, devem cultivar, além da
humildade, boa vontade, pureza de fé, elevação de sentimentos e amor fraternal.

Gira - É a cerimônia onde são invocados os espíritos e amigos espirituais.


Unidade II
AS GUIAS

As GUIAS são aqueles colares usadas na Umbanda onde médiuns utilizam nos trabalhos eno seu dia a dia
como proteção algumas vezes.

Estes “colares” são verdadeiros pára-raios em defesa dos os médiuns.


É um objeto no qual os Guias e Protetores imantam com determinadas forças para servirem de instrumentos
em ocasiões precisas.

A Guia é então, uma das muitas ferramentas utilizadas pelo médium que serve como defesa deste que, muitas
vezes, se vê obrigado a entrar em contato com energias às quais ele não poderia suportar, daí a explicação
para as guias que arrebentam de repente. Por ser de material altamente atrativo, a guia recebe toda a carga
negativa que foi direcionada ao médium e arrebenta.

A guia não serve somente como proteção do médium. Esta tem muitas outras utilidades como, por exemplo;
-serve como instrumento de ligação psíquica entre Médium e Espírito,
-serve como instrumento de tratamento,
-serve como material de trabalho das Entidades, atraindo ou emitindo energias e etc.

CONFECÇÃO DAS GUIAS

As guias devem ser confeccionadas com produtos naturais, pois são imantáveis e condutores de energias.
Esses materiais podem ser: sementes, madeira como o bambu, pedras, conchas e outros objetos marinhos,
pedras preciosas e semipreciosas (mesmo que lapidadas), cristais, porcelana, miçangas, dentes de animais,
guizos e outros, como por exemplo, os metais.

As guias são confeccionadas de acordo com o pedido feito pelas entidades, de acordo com a doutrina da casa
que você freqüenta ou de acordo com a necessidade daquela guia.

Não se pode montar uma guia só porque acha bonito, ou porque todos usam, ou porque você acha que deva
usar.

Espere, tudo na sua hora!!!!!!!!

Porquê?

A guia é uma peça “benta” com força e irradiação para nos proteger e aumentar nossa força, nossa vibração
e etc. São ritualisticamente preparadas, ou seja, imantadas, de acordo com a tônica vibracional de quem as irá
utilizar (médium e entidade), e conforme o objetivo a que se destinam.

Geralmente, quando uma entidade pede para seu filho montar a sua Guia, a mesma estará presente naquele
momento, ou para dar orientações na montagem por intuição, ou para ver se o filho realmente tem o devido
respeito pela religião (objetos, entidades, rituais e etc.) ou por vários outros motivos como, por exemplo, testes
de fé, de paciência, pois tem vezes que a guia se quebra várias vezes antes de ficar pronta, ou às vezes a
entidade está desenvolvendo sua mediunidade através das intuições e muito mais.

Por isso, para montar uma guia, deve-se estar tranqüilo, sem agitação externa e sem preocupações, enfim
trabalhando, meditando e se conectando com seus Guias espirituais.

As guias, depois de prontas ou compradas devem ser descarregadas e cruzadas (benzidas).

Dependendo da doutrina de cada casa, as guias serão colocadas no conga por um determinado tempo, as
vezes serão colocadas em certos recipientes com misturas de ervas, ou colocadas em sal grosso, e etc. Só
depois de feito isso é que a entidade chefe da casa ou seu próprio guia vai cruzá-la.

Lembre-se, se a guia não foi cruzada, a mesma não terá nenhum valor.
Como dissemos acima, a guia será imantada com energias de acordo com as necessidades de quem vai usa-
la e a que finalidade será utilizada.

TIPOS DE GUIAS

Existem pelo menos quatro tipos de guias que são utilizadas freqüentemente pelos filhos de fé.

São elas:

•Guia de proteção
•Guia de tratamento
•Guia do Orixá
•Guias das Entidades

Cada guia tem seu formato e cores específicas, como já lemos acima, ela será de acordo com a necessidade
a que se destina.

Veja a seguir algumas características das guias mais utilizadas.

GUIA DE PROTEÇÃO

Geralmente, quando um médium entra para a religião e começa a trabalhar numa casa de Umbanda, pede-se
para que ele providencie a sua guia de proteção.
Essa guia, não é uma regra, mas geralmente pede-se uma Guia de Oxalá, ou de Sete Linhas, em algumas
casas utiliza-se uma guia “incomum”, ou seja, uma guia com cores e formatos diferentes do tradicional, de
acordo com as instruções do Mentor da Casa é preparada uma guia “Daquele Centro”.
A guia de Oxalá é de cor brancaEssa é a mais usada nos casos de proteção e tratamentos.
Já a guia de Sete Linhas, é aquela que tem sete cores, ou seja, representa os sete Orixás da Umbanda.
É utilizada também para proteção, pois significa que o médium está sob a proteção das Sete Linhas da
Umbanda.

GUIA DE TRATAMENTO

Como vimos acima, usa-se muito a guia branca, pois ela tem, “também”, um efeito psicológico no tratamento.
Quando uma pessoa vai passar por um tratamento utilizando essa guia, é dito ao paciente que é uma guia
devidamente cruzada para aquele tratamento, e que essa guia branca é a guia que representa a força ou
vibração de Jesus, Oxalá na Umbanda.
Dito isso, a pessoa acaba tendo sua fé aumentada, só por ter dito que é de Jesus; e com isso se obtém
melhores resultados no tratamento, não que outras guias não sirvam, mas a parte psicológica conta e muito.
Existem casos em que a entidade lhe empresta ou te dá a guia Dele. Nestes casos, quando você for
presenteado com uma, não precisa repor; mas, quando for solicitada a sua reposição, não se esqueça de faze-
la, existe aí uma grande ligação entre paciente e entidade.
Não precisa pressa, não; mas a devolução é um meio pelo qual a Entidade tem a certeza de que você ao
menos tem interesse pelo "teu caso" e respeita o que o Caboclo ou Preto-Velho falou.

GUIA DO ORIXÁ

É a guia que está ligada à faixa vibratória do médium e também é a guia que representa a linhagem das
entidades que trabalham com esse médium.
A guia do Orixá é feita na cor relacionada ao Orixá, geralmente de uma cor só, apesar de existirem centros
que trabalham com Orixás cruzados. Nesses casos as guias são de duas ou mais cores.
Por exemplo, um Filho de Ogum, usa uma guia vermelha e um Filho de Oxossi usa uma guia verde.
Ogum (guerreiro) tem sua vibração nos campos abertos, já Oxossi (caçador) tem sua vibração nas matas,
então não sei como pode existir esse cruzamento de vibrações e Orixás, mas existe...

GUIAS DAS ENTIDADES

São aquelas guias que não tem um padrão, ou seja, cada entidade pede sua guia de trabalho de acordo com
suas necessidades. Por isso é que temos tantos modelos de guias tão diferentes umas das outras; temos guias
feitas com contas (bolinhas) coloridas e intercaladas com outros materiais, como dentes, olho de cabra,
coquinhos e etc.

As guias das entidades devem ser feitas exatamente como elas pediram, pois tem grandes significados para
elas que nós nem sequer imaginamos, é como um ponto riscado, cheio de mistérios. Algumas dão até para
adivinhar, por exemplo, uma guia toda verde com sete flechas intercaladas e com o fechamento vermelho.
Bem, vamos lá... A cor verde quer dizer que é um Caboclo (jamais vi um Preto-Velho ou um Exu com uma guia
verde), as sete flechas poderia indicar o nome desse Caboclo e o fechamento vermelho pode estar indicando
a linha que a entidade trabalha, nesse caso linha de Ogum. Então teríamos aí o Caboclo Sete Flechas de
Ogum.
Isso foi só um exemplo, bem fácil por sinal. Existem muitas outras guias que são indecifráveis para nós.

CORES DAS GUIAS

Existem cinco tipos de guias que tem cores e formato “padrão”.


•Branco e Verde - Caboclo
•Branco e Preto - Preto Velho
•Azul e Rosa - Crianças
•Vermelho e Preto - Exu
•Branco, Vermelho, Azul, Verde, Amarelo, Marrom e Roxo - 7 Linhas (Orixás)

Essas guias, modelo padrão, são encontradas nas lojas especializadas. E são feitas na contagem de sete
contas de cada cor.
Outros modelos de guias, só a pedido das entidades.

UTILIZANDO AS GUIAS

Geralmente os médiuns usam as seguintes guias no trabalho:


•De proteção
•Do seu Orixá
•Dos seus Guias (entidades que trabalham com o médium)

As guias são geralmente usadas no pescoço, porém em alguns casos pode-se notar que alguns médiuns as
usam atravessadas no peito, outros na mão e etc.
Isso ocorre por vários motivos.

Vejamos alguns:

•As guias usadas no pescoço servem como um elo de ligação entre seu Orixá (faixa vibratória) e a entidade
atuante naquele momento.
Usa-se a guia no pescoço para dar mais intensidade no lado mental do médium, melhorando a comunicação
ou transmissão daquilo que a entidade pretende passar ou até mesmo ajudando na ligação do médium ao
espírito na hora da incorporação das entidades, onde o médium precisa elevar a sua faixa vibratória e a
entidade descer a sua para que ocorra a comunicação.

•Quando um médium utiliza a guia atravessada no peito, geralmente do, é por causa do coração (estado
emocional).
A entidade percebe que seu filho está ou tem algum problema ou desvio emocional que poderia influenciar no
trabalho, geralmente corações endurecidos, então a guia será imantada para agir na parte emocional do
médium.

Utiliza-se a guia atravessada também em tratamentos de certas partes do corpo, mas somente quando for
ordenado que seja dessa forma, caso contrário a guia deve ser colocada no pescoço normalmente.

•Guias nas mãos ou enroladas no pulso, somente quando o médium está incorporado. Nesse caso, a entidade
utiliza a guia para dar passes.
Quando a entidade enrola sua guia na mão, às vezes nas mãos do consulente, ela está direcionando energias.
Uma guia enrolada na mão da entidade serve como um condutor de energia que será emitida àquela pessoa,
quando enrolada nas mãos do consulente, pode ser que a entidade esteja retirando energias negativas daquela
pessoa.
Lembre-se que nem todas entidades trabalham dessa forma, cada um com seu jeito de trabalhar. Muitas
entidades, ao invés de usar a guia para retirar ou emitir energias, preferem trabalhar com seu charuto ou
cachimbo.

•Existem entidades que colocam suas guias no chão e pedem para que o consulente entre dentro daquele
círculo na hora que forem passar pelo passe.
Esse círculo forma um campo magnético, onde a entidade vai trabalhar as diversas energias que está sendo
trazida pelo consulente.

Existem entidades que não colocam sua guia, mas fazem um círculo riscado no chão, e trabalham da mesma
maneira.

•Algumas entidades usam suas guias no pescoço do consulente na hora do passe, outras usam as guias para
formar um círculo no ponto riscado e etc.

Uma guia cruzada, usada sem orientação ou de forma errada, pode causar problemas a quem as utiliza.

Muito bem, aí foram algumas formas que as guias são usadas nos trabalhos. Podem existir muitas outras
maneiras diferentes de se usar uma guia, mas tudo deve ser feito com orientação.

BANHOS NA UMBANDA

A Umbanda, religião ligada aos Orixás e a natureza, tem como fundamentos a utilização de elementos
da natureza, que são “regidos”pelos Orixás. Os elementos são : AR ,TERRA ,FOGO, ÁGUA

Estes elementos podem estar reunidos ou não em diversos rituais umbandistas, no intuito de manipulação de
energias. Em todo Universo, temos o Prana ou Éter Vital, que é energia essencial para a manutenção da vida
em vários níveis energéticos. O Prana é absorvido pelos elementos da natureza e por nós direta ou
indiretamente.

A respiração, o “banho” de sol, a alimentação adequada, são alguns dos meios desta absorção energética.
Nos rituais da Umbanda, podemos manipular, então os elementos da natureza e o Prana, através de vários
rituais. Alguns exemplos:

A magia, contida em muitos rituais umbandistas, tem a necessidade de elementos materiais de ligação entre
a matéria e o plano espiritual.

Os ciclos da natureza e os astros influenciam a vida de todos os seres vivos, aqui na Terra, pois regulam toda
a vida, trazendo o equilíbrio.

Devemos entender o máximo possível sobre estas influências, pois é de grande importância, obter o melhor
resultado na extração e manipulação energética.

Os banhos ritualísticos de uma maneira geral, são rituais, onde utilizamos determinados elementos da
natureza, de maneira ordenada e com conhecimento de causa, com o intuito de troca energética entre o
indivíduo e a natureza, afim de fornecer-lhe equilíbrio energético e mental.

Estes banhos prestam-se para limpar as energias negativas, livrar as pessoas de influências negativas,
reequilibrar a pessoa, aumentar a capacidade receptiva do aparelho mediúnico, já que os chacras serão
desobstruídos, enfim, tem grande importância na manutenção dos corpos.

Embora o banho utiliza-se de elementos materiais, que serão jogados sobre o corpo físico, a contraparte etérica
será depositada sobre os chacras, corpo astral e aura que receberão diretamente o prana ou éter vital, bem
como a parte astral dos elementos densos.

Não somente os médiuns ativos na Umbanda devem tomar determinados banhos, mas todos nós, em geral,
podemos usá-los.
Temos algumas categorias de banhos :

a)* Banhos de Descarrego*

Esta categoria de banho, conhecido também como banho de descarga ou desimpregnação energética é o mais
comum e mais conhecido.
Estes banhos servem para livrar o indivíduo de cargas energéticas negativas. Conforme vivemos, vamos
passando por vários ambientes, trocamos impressões com todo o tipo de indivíduo e como estamos num
planeta atrasado em evolução espiritual, a predominância do mal e de energias negativas são abundantes.
Todo este egrégora formado por pensamentos, ações, vão criando larvas astrais, miasmas e todo a sorte de
vírus espirituais que vão se aderindo ao aura das pessoas. Por mais que nos vigiemos, ora ou outra caímos
com o nosso nível vibratório e imediatamente estamos entrando neste egrégora. Se não nos cuidarmos, vamos
adquirindo doenças, distúrbios e podemos até sermos obsediados.

Tipos de banhos de descarrego :


1) Banho de Sal Grosso
Este é o banho mais comumente utilizado, devido à sua simplicidade e eficiência. O elemento principal que é
o sal grosso, é excelente condutor elétrico e “absorve” muito bem os átomos eletricamente carregados de carga
negativa, que chamamos de íons. Como, em tudo há a
sua contraparte etérica, a função do sal é também tirar energias negativas aderidas no aura de uma pessoa.
Então este banho é eficiente neste aspecto, já que a água em união como o sal, “lava” todo o aura,
desmagnetizando-o negativamente.
O preparo deste banho é bem simples, basta, após um banho normal, banhar-se de uma mistura de um
punhado de sal grosso, em água morna ou fria. Este banho é feito do pescoço para baixo, não lavando os dois
chacras superiores (coronal e frontal).

O porquê de não poder lavar os chacras superiores, está ligado ao fato de serem estes chacras ligados à coroa
da pessoa, tendo que ser muito bem cuidada, já que é o elo de ligação, através da mediunidade, entre a pessoa
e o plano astral superior.

Após o banho, manter-se molhado por alguns minutos (uns 3 minutos) e enxugar-se sem esfregar a toalha
sobre o corpo, apenas secando o excesso de umidade.
Este banho é apenas o banho introdutório para outros banhos ritualísticos, isto é, depois do banho de
descarrego, faz-se necessário tomar um outro banho ritualístico, já que além das energias
negativas, também descarregou-se as energias positivas, ficando a pessoa desenergizada, que só é
conseguido com outro tipo de banho.
Este banho, não deve ser realizado de maneira intensiva (do tipo todos os dias ou uma vez por semana), pois
ele realmente tira a energia do aura, deixando-o muito vulnerável.

Existem pessoas que usam a água do mar, no lugar da água e sal grosso.

a2) Banho de Descarrego com Ervas


Este banho é mais complexo e menos conhecido do que o de sal grosso. A função deste banho é a mesma
que a do sal grosso, só que tem efeito mais duradouro e conseqüências maiores. Quando uma pessoa está
ligada à uma obsessão e larvas astrais estão ligadas a ela, faz-se necessário
um tratamento mais eficaz. Determinadas ervas, são naturalmente descarregadoras e sacodem
energeticamente o aura de uma pessoa, eliminando grande parte das larvas astrais e miasmas.

b) *Banho de Defesa*
Este banho serve de manutenção energética dos chacras, impedindo que eles se impregnem de energias
nocivas em determinados rituais.
Quando vamos num sítio energético para determinados rituais com ou sem incorporação, enfim, “fechamos”
os nossos chacras.
As ervas para estes banhos, podem ser aquelas relacionadas ao próprio Orixá regente da pessoa, ou aquelas
que uma entidade receitar.

c) *Banho de Energização*
Após tomarmos um banho de descarrego, é importante que restabelecemos o equilíbrio energético, através de
um banho de energização. Este banho reativa os centros energéticos e refaz o teor positivo do aura. É um
banho que devemos usar quando vamos trabalhar normalmente em giras de direita, ou mesmo, após uma gira
em que o ambiente ficou
carregado.
Também, podemos usá-lo regularmente, independente se somos ou não médiuns.
Um bom e simples banho : pétalas de rosas brancas ou amarelas, alfazema e alecrim.

d) *Banho de Fixação*
Este banho é usado para trabalhos ritualísticos e fechados ao público, onde se prestará a trabalhos de magia,
iniciação ou consagração. Este banho é realizado apenas por quem é médium e irá realizar um trabalho
aprofundado, onde tomará contato mais direto com as entidades
elevadas. Este banho “abre” todos os chacras e a percepção mediúnica fica aguçadíssima.
As ervas utilizadas para este tipo de banho estão diretamente relacionadas ao Orixá regente do médium e à
entidade atuante. São assim receitados apenas por um verdadeiro chefe de terreiro ou médium-magista ou
pela própria entidade.

PREPARAÇÃO DOS BANHOS


- Alguns banhos, são feitos com água fria e as plantas são maceradas com as próprias mãos e só depois, se
for o caso, adicionar um pouco de água quente, para suportar a temperatura da água;

- Banhos feitos com água quente, devem ser feitos por meio da abafação e não fervimento da água e ervas,
isto é, esquenta-se a água, até quase ferver, apague o fogo, deposite as ervas e abafe com uma tampa,
mantenha esta imersão por uns 10 minutos antes de usar. Alguns dizem que a água quente não é eficiente
para um banho, mas esquecem que o elemento Fogo, também faz parte dos rituais de Umbanda. A água
aquecida “agita” a mistura, liberando o prana das ervas;

- Não se enxugar, esfregando a toalha no corpo, apenas, retire o excesso de umidade, já que o esfregar cria
cargas elétricas (estática) que podem anular parte ou todo o banho;

- Embora todo o corpo será banhado, a parte da frente do corpo é que devemos dar maior atenção, já que
estão as “portas” dos chacras, além da parte frontal possuir uma maior polaridade positiva, que tem
propriedades elétricas de atrair as energias negativas e que são eliminadas com o banho, recebendo carga
positiva e aceleradora;
- Após o banho, é importante saber desfazer-se dos restos das ervas.
Aquilo que ficou sobre o nosso corpo, nós retiramos e juntamos com o que ficou no chão. Colocamos tudo num
saco plástico e despachamos aquilo que é biodegradável, em água corrente ou na Terra.

*Banhos Naturais*

São banhos que realizamos em sítios energéticos, onde as energias estão em abundância. Neste caso, não
precisamos em nos preocupar em não molhar os chacras superiores (coronal e frontal), localizados na cabeça,
é uma ótima chance de naturalmente tratar da “coroa”, claro que se efetuarmos em locais livres da poluição.

Dentre eles podemos destacar :


*Banhos de Mar* (ótimos para descarrego e para energização, principalmente sob a vibração de Yemanja)

Podemos ir molhando os chacras à medida que vamos adentrando no mar, pedindo licença para o povo do
mar e para Mamãe Yemanjá. No final, podemos dar um bom mergulho de cabeça, imaginando que estamos
deixando todas as impurezas espirituais e recarregando os corpos de sutis energias. Ideal se realizado em mar
com ondas e sob o sol.

*Banhos de Cachoeira
*Com a mesma função do banho de mar, só que executado em águas doces. A queda d´água provoca um
excelente “choque” em nosso corpo, restituindo as energias, ao mesmo tempo que limpamos toda a nossa
alma. Saudemos, pois Mamãe Oxum e todo povo d´água

Relação de algumas ervas e suas propriedades:

Arnica - afasta a negatividade


Abre Caminho - novas forças
Açúcar - aceitação
Alho (palha) - proteção
Alecrim - clareza mental
Alpiste - prosperidade
Arruda - proteção
Anis Estrelado - aumenta a auto-estima
Água-de-arroz - calmante
Água-marinha (planta) - limpeza
Alfazema - mudança
Bulbo de cebolinha - tira o cansaço
Comigo-ninguém-pode - defesa
Camomila - limpeza (bactericida)
Canela - limpeza, força e prosperidade
Cravo da Índia - estimulante
Crizântemo branco - calmante
Crista-de-Galo (sementes) - calmante (hipertensão)
Contas de Rosário - concentração
Cenoura (folhas) - fraqueza
Dente-de-Leão - tristeza e anti-tóxico
Erva doce - boas energias
Espada de São Jorge - proteção
Folha de Pinheiro - limpeza
Folhas de Pêssego - dissolve densidades acumuladas
Folhas de Limão - corta energias negativas
Folhas de Manga - prosperidade
Folhas de Louro - prosperidade
Fumo - proteção
Flor de sabugueiro - calmante
Guiné - proteção e força
Girassol (sementes) - acelera as mudanças
Guaraná - aumenta as energias
Hortelã - aceitação
Inhame - força e limpeza
Levante - força, melhorar a auto-estima
Losna - corta a negatividade (raivas)
Macela - calmante (bom para insônia)
Manjericão - equilíbrio, renova as células do organismo
Pitanga (folhas) - melhora a circulação
Rosas brancas - limpeza
Rosas vermelhas - energia
Sementes de tangerina - para dores na coluna
Sálvia – rejuvenecimento
ABRE CAMINHO - banho, erva de Ogum e Exu.
ALECRIM - planta de Oxalá, usada em banhos de Amaci, em defumações, Amuleto afasta os fluidos negativos
e atrair proteção.
ALFAVACA - banho de purificação erva e Oxalá e Xangô - usado na defumação para afastar espíritos
obsessores e atrair proteção.
ALFAZEMA - evita influencias negativas e limpa espiritualmente pessoas e ambientes.
ARRUDA - usada em amuletos - figas - banhos de descarga, coroação de médiuns na umbanda, usado na
casas contra mal-olhado, afasta
maus fluídos e projete contra magia-negra.
BOLDO - banho pertence à Oxalá.
CIPÓ CRUZ - usado em banhos e defumações, afasta fluídos maléficos e espíritos obsessores.
ERVA CIDREIRA - possui a virtude aumentar a intuição, favorecendo o desenvolvimento mediúnico.
ERVA SANTA - também carqueja é de Inhasã.
ESPADA DE INHASÂ - banho. Limpeza de casas, pertence à Inhasâ.
ESPADA DE SÃO JORGE - banho de descarga e amaci, seca e usa-se para defumação contra magia negra.
ESPADA DE OGUN - Ogun, banho usado também, como proteção em casas.
AMORA - Exu, esse vegetal armazena fluidos negativos, soltando-os ao anoitecer com varas de amoreira são
feitas inxâ. Para o culto dos eguns e quizila de Xangô. As folhas são desinflamatórias para boca e garganta.
ARGELIM - AMARGOSO (MORCEGUEIRA) - Exu, banho. Casca banho de descarrego.
CAÁ HOBI (CANILEIRA - ANIL) - Exu, banho de descarrego e limpeza de casas.
BRINCO DE PRINCESA - Exu, banho de descarrego.
CAJUEIRO - Exu, as folhas para sacrifício de animais de quatro patas.
CARDO SANTO - Exu, aplicada na limpeza de casas.
CATINGUEIRA - Exu, banho de descarrego.
FEDEGOSO - Exu, aplicada na limpeza de casas.
HORTELÂ - PIMENTA - banho, anula negatividade de maus fluídos, o sumo purifica o otá (pedra) de Exú, no
assentamento.
Planta-se ao arredor da casa de Exu.
MAMÃO BRAVO - Exu, banho de limpeza e descarrego. A fruta vai em ebó.
JUÁ - banho e limpeza de casas.
JURUBEBA - banho de descarrego (Exu).
JUREMA PRETA - ebó de defesa e banho para tirar obsessores (Exu).
MANGUEIRA - Exu / Ogun. Abo, banho de defesa as folhas cozidas servem para corrimento na vagina.
PAU D"ALHO - banho de descarga, os galhos para limpeza de casas (Exu).
PIMENTA DE MACACO - assentamentos (Exú).
PINHÃO BRANCO - banho, quebra demanda, olho gordo, feitiçaria, (Exu).
PINHÃO ROXO - Exu, uso igual ao pinhão braço. Os galhos para limpeza de casa.
URTIGA - Exu, banho de descarrego e assentamentos.
AÇOITA CAVALOS - Ogun, banho de descarrego, limpeza pessoal e de casas.
ARNICA - obrigação de cabeça, abo banho de limpeza. Usado medicina popular para contusões , cortes,
lesões, cura também feridas.

ARUEIRA - Exu, Ogun, obrigações banhos de descarrego, limpeza de casas, despacho de eguns.
LOSNA - abo, banho de limpeza e descarrego.
SÃO GONÇALINHO - Ogun, usada em todas as obrigações, banho de defesa, descarrego. No Abó, limpeza
de casas.
BABOSA - depois de seca, usada como defumação.
PEREGUN - limpeza de casas, descarrego. Ogun.
ARROZ - sementes usada para ebó.
COLÔNIA - Iemanjá, Amaci, obrigações.
JASMIN - flores usadas em banhos para conquistas amorosas.
PATA DE VACA - Iemanjá, Abo, e banho de descarrego.
AVENCA - Nana, Amaci.
ERVA CIDREIRA - Nana, Amaci, Abo.
ESPINHEIRA SANTA - Omolu, banho de descarga.
MANJERICÃO ROXO - Omolu, Amaci, Abo.
VELAME DO CAMPO - Omolu, sacudimento para saúde, obrigação. Amaci e no Abo.
OBI - fruto oferecido nas cerimônias aos Orixás.
CAMOMILA - descarrego, Abo.
BAMBÚ - defumação.
ROMÂ - banho de descarga, Inhasã.
CRAVO DA ÍNDIA - banho e defumação.
GIRASSOL - Oxalá, banho flor, defumação (sementes)

SENSACOES COMUNS QUE O MEDIUM PODE SENTIR

Cada ser humano é um universo e um sistema diferente do outro e, por isto, todos os médiuns sentem de forma
única os efeitos que este complexo movimento constante de energias provoca. Alguns têm sensibilidade maior
em determinados chacras e isso pode causar que em determinada região ele vá sentir mais efeitos do que em
outras áreas. Às vezes, a pessoa tem maior sensibilidade para sentir um determinado tipo de ação e movimento
energético e sentir mais fortemente um determinado tipo de sensação / sintoma e assim por diante.
Os médiuns doam e recebem energias, também são manipulados energética e invisivelmente pelos mentores
da corrente astral do agrupamento de trabalho e tudo isto gera sensações, sintomas e efeitos mais ou menos
perceptíveis, conforme a sensibilidade de cada um. Não quer dizer que quem não sente nada, ou sente pouco,
não está em movimentação energética.
Quando o médium passa a entender certos processos, estes passam a ser mais familiares, a parecer mais
simples e natural, sem causar mais tanto medo e insegurança, principalmente se tem a oportunidade de estar
em contato com outras pessoas que passam a mesma coisa ou similar ao que ele passa.
Quando o médium está se dispondo em ambiente mediúnico de trabalho, está em intensa movimentação
energética, tendo consciência, sabendo ou não disso. A grande maioria das pessoas não tem sensibilidade
mais apurada para sentir os efeitos que esta movimentação energética provoca nos médiuns.
Todos os sintomas comuns que os médiuns sentem (bocejos, choques, arrepios, lacrimejamento, calor nas
orelhas e face, tonturas, enjôos, dormência, rigidez muscular, taquicardia, tremores, movimentos involuntários,
perda do controle de membros ou corpo inteiro, pressão ou formigamento na testa ou nuca, sonolências ou
entorpecimento, zumbido ou ruídos dentro da cabeça, pulsação de mãos, pés, cabeça ou corpo todo, pressão
no peito, estômago, etc.) são sintomas de que está havendo movimentação energética em seu duplo etérico,
chacras e o corpo sente e traduz esta movimentação energética em forma de sensações e sintomas. Estes
são processos normais que alguns sentem, uns mais que outros, e não importa o tempo de trabalho, pois é a
sensibilidade do médium em perceber movimentações energéticas ocorrendo em seu corpo áurico.
Alguns outros sintomas decorrentes da movimentação e atuação dos Guias nos centros de forças dos médiuns
durante uma sessão:
Arrepios – talvez seja o efeito mais comum, resultado da sensibilidade da troca energética que processa
descargas elétricas do duplo etérico.
Enjôo – pode ser resultado da movimentação do chacra gástrico para doação de energias, ou alguma entidade
que atue e vibre neste campo de força.
Tremores e movimentos involuntários – indica movimentação do duplo etérico, ação das entidades sobre o
campo magnético do médium, agindo sobre os chacras, tanto pode ser com o objetivo de troca energética,
como para incorporar ou preparar os centros de força para incorporações futuras, ou seja, quando estão
“amaciando o corpo” para posteriores incorporações.
Bocejos – são frutos da emancipação/soltura do corpo astral que está sendo preparado para o afastamento
que virá com a incorporação. Os bocejos se dão porque o médium entra num estado de relaxamento (parecido
ao que antecede o sono), onde também há o desdobramento perispiritual.
Formigamento na ponta dos dedos – está relacionado com a concentração de energia que há em nossas mãos.
Sabemos que o campo eletromagnético que nos envolve é sentido pelas extremidades, pés e mãos, por onde
sai energia constantemente.
Falta de ar – é resultado da compressão do diafragma que algumas vibrações podem causar, se atuam nos
chacras gástrico e cardíaco.
Choro – proveniente de vários fatores, inclusive, descargas energéticas e reequilíbrio do corpo emocional do
médium, até as programações mentais do subconsciente. Indica, também, sintonia com uma vibração de
Oxum, Iemanjá ou entidades que ativam os chacras responsáveis pela emoção. Como também pode indicar
emoção do próprio médium.
Lembrando que uma pessoa pode sentir algumas das vibrações citadas acima, porém, nem tudo que sente é
sinal de que é médium ostensivo, que precisa desenvolver, seguir um trabalho e muito menos que é médium
de incorporação.
As pessoas podem ter sensações similares e do mesmo tipo, mas nenhuma sente igual e com a mesma
intensidade de outras. Cada um tem sua própria e única natureza de receber as diversas e ricas energias que
circulam, entram e saem de nossos corpos. Todos nós podemos estar mais sensitivos em dados momentos e
mais “receptivos” a captar e perceber energias a nossa volta e dentro de nós.
Em relação à alimentação lembre-se que as entidades podem atuar no chacra gástrico, podendo causar enjôos,
então se o organismo estiver pesado com alimentos densos, como carnes vermelhas e de difícil digestão, pode
até provocar vômito e muito mal estar.

Antes e Após uma Sessão

Os médiuns são um campo energético sempre em atividade. Existem várias reações, sensações e efeitos que
se manifestam, resultado do processo de movimentação energética. Esta movimentação tanto pode ocorrer
durante a gira, anterior a ela, pois seus espíritos já estão preparando o seu campo energético horas e, às
vezes, dias antes (dependendo do tipo de trabalho que ocorrerá) ou após a ela.
Os médiuns são mais sensíveis a possíveis presenças de campos energéticos de outras pessoas e ambiente
do que outras pessoas, assim como as entidades podem estar agindo para assistência a terceiros, sem que o
médium se dê conta disto. Os médiuns também podem estar sendo doadores naturais de ectoplasma e outros
tipos de fluidos a alguém desvitalizado, o qual funciona como uma fonte sugadora de suas energias, podendo
causar alguns efeitos colaterais, que logo passam. Outras vezes, o médium precisa de algum tipo de recarga:
banho de ervas ou passes energéticos, para repor a energia gasta.
É de grande valia vigiar sempre seu estado emocional e equilíbrio psicológico e não permitir que pensamentos
e sensações negativas façam moradia de forma alguma, pois pode ser impressões e sentimentos que não
pertençam ao médium, mas pode captar dos ambientes e de pessoas.
Um fator muito importante no desenvolvimento mediúnico é aprender a identificar as sensações de suas
entidades, que embora pareçam serem iguais, não são. Para que aprendam a fechar “as portas” quando entrar
em contato com algum tipo de energia desconhecida.
Cada pessoa tem seu tempo, pois não envolve somente “abertura de canais mediúnicos”, mas o emocional e
o psicológico precisam estar bem também, para que tudo ocorra de forma salutar, que traga alegria, leveza e
satisfação e não mais agonia, desespero, medo e insegurança.
Unidade III
Tema 1: Quaresma na Umbanda

“A palavra Quaresma vem do Latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta
dias que antecedem a Ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa. Esta prática
segundo alguns, se consolidou no final do século III, tendo sido citado no 1° Concílio de Nicéia, no ano 325.
Na Quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da Semana Santa, os católicos
realizam a preparação para a Páscoa.
Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em
oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, ressuscitado no Domingo de
Páscoa.
Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo
de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no
símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta
anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos
quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a
estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se
relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai
acontecer.
O espírito da quaresma deve ser como um retiro coletivo de quarenta dias, propondo um retiro como
Jesus no deserto, se prepara para a celebração das solenidades pascoais, com a purificação do coração, uma
prática perfeita da vida cristã e uma atitude penitencial.
“...Jesus, antes de iniciar sua vida pública, passou pelo ritual de purificação, foi ao deserto e jejuou
quarenta dias e quarenta noites (Mateus 4,2) para preparar-se para sua missão. E depois, ressuscitado,
permaneceu quarenta dias com os apóstolos (Atos 1,3) ensinando-os, renovando-os para a nova fase da
missão.
E por que quarenta? Até a ciência moderna utiliza o termo quarentena para determinar o isolamento
por perigo de contaminação de doenças. De onde vem esse número? Quarenta é o número de semanas que
demora para a gestação de um ser humano, o tempo que levamos para adquirir vida, desenvolver um
organismo apto a sobreviver. A quaresma é um período entendido e tratado de maneira peculiar na visão de
diversas religiões, mas na sua essência representa um processo necessário na vida de todo ser humano, a
reflexão buscando auto conhecimento.
Todo espiritualista sabe e se prepara para as alterações energéticas geradas durante os três ciclos
(Carnaval, Quaresma, Semana Santa),
Se a Umbanda é uma religião Cristã, porque não deveríamos seguir o exemplo do nosso mestre, que
antes de iniciar uma nova fase, um ciclo que deixaria marcas na eternidade, guardou silêncio, refletiu, lutou
contra seus demônios interiores e venceu.
Cada umbandista sabe que a mudança faz parte do aprendizado e crescimento espiritual, devemos
vencer os demônios da vaidade, inveja, egoísmo e tantos outros, para merecer a oportunidade de trabalhar na
corrente de um terreiro.
Umbandista, entre nesta vibração que está sendo gerada pelos seguidores de várias religiões e retire
o melhor que puder para sair renovado e ter condição de assumir a grande e difícil responsabilidade de ajudar
o próximo, sem julgamentos, sem preconceito, seguindo mais uma vez o exemplo do mestre.
Se há tantos espíritos perturbados soltos durante a quaresma, é justamente nela que precisamos
trabalhar para auxilio deles e de quem mais nos procurar.

Sendo assim a quaresma representa uma ideia de renascimento, na Umbanda ela representa uma
nova chance de remissão para aqueles que, no mundo espiritual, foram os aprisionados de acordo com a lei e
justiça divinas. A estes, então, é oferecida a liberdade e a oportunidade de recomeçar.
Porém, infelizmente, para muitos espíritos essa é apenas uma oportunidade de se verem libertos para
voltar a praticar o mal, inclusive contra aqueles ligados à causa de seu aprisionamento.
Por isso, todos nós, mas principalmente aqueles que trabalham sua mediunidade, devemos ficar,
durante esse período, mais vigilantes e cuidadosos do que nunca com as influências energéticas negativas,
tanto as mentais quanto as espirituais.

O que é possível fazer para evitar esse tipo de interferência em nossas vidas, decisões e atitudes?
Primeiramente, é preciso estar atento a padrões incomuns de pensamento, atitudes, comportamentos ou
sentimentos negativos, ou porque normalmente não acontecem, ou porque passam a acontecer nessa época
de forma mais acentuada. Além disso, atentar também para distúrbios de sono e de humor, dores de cabeça
sem causa aparente ou recaídas de uma forma geral, sobretudo com relação a vícios. É importante ainda evitar
os excessos, principalmente no consumo de álcool e/ou de outras drogas que alteram o estado de consciência
e, portanto, deixam a mente mais suscetível a influências externas.
De forma prática, auxilia manter sua vela de anjo da guarda permanentemente acesa e fazer banhos
freqüentes de defesa. Recorrer à ajuda que as entidades nos oferecem com muito amor também é de grande
importância, seja através da aplicação de passes ou através das consultas.

Vale lembrar que ataques e influências externas negativas não acontecem apenas nesse período, mas
nesse período podem tornar-se mais freqüentes ou incisivos. Da mesma forma, velas e banhos não são
ferramentas ou formas definitivas de proteção contra más influências específicas do período da quaresma, são
instrumentos de que podemos nos valer em todos os dias do ano, mas que nesse período nos são de especial
utilidade.

Quando o Mestre Jesus aconselhou os seus discípulos com a frase, "Vigiai e orai, para que não entreis
em tentação; o espírito na verdade, está pronto, mas a carne é fraca... na vossa paciência salvai vossas
almas." ele os alertava para que estivessem atentos aos seus sentimentos, e atitudes pois a matéria é
suscetível às vibrações negativas. A densidade da matéria faz com que ela seja propícia à interferência das
forças do meio ambiente e também de forças manipuladoras que querem arrebanhar mais poder.

Tema 2 : O que são os Orixás?

O planeta em que vivemos e todos os mundos dos planos materiais se mantêm vivos através do
equilíbrio entre as energias da natureza. A harmonia planetária só é possível devido a um intrincado e imenso
jogo energético entre os elementos químicos e energéticos que constituem estes mundos e entre cada um dos
seres vivos que habitam estes planetas.

Um dado característico do exercício da religião de Umbanda é o uso, como fonte de trabalho, destas
energias. Vivendo no planeta Terra, o homem convive com Leis desde sua origem e evolução, Leis que mantêm
a vitalidade, a criação e a transformação, dados essenciais à vida como a vemos desenvolver-se a cada
segundo. Sem essa harmonia energética o planeta entraria no caos.

O fogo, o ar, a terra e a água são os elementos primordiais que, combinados, dão origem a tudo que
nossos corpos físicos sentem, assim como também são constituintes destes corpos.

Esses elementos e suas ramificações são comandados e trabalhados por Entidades Espirituais que
vão desde os Elementais (espíritos em transição atuantes no grande laboratório planetário), até aos Espíritos
Superiores que inspecionam, comandam e fornecem o fluido vital para o trabalho constante de CRIAR,
MANTER e TRANSFORMAR a dinâmica evolutiva da vida no Planeta Terra e seus habitantes.

A esses espíritos de alta força vibratória chamamos ORIXÁS, Na Umbanda são tidos como os maiores
responsáveis pelo equilíbrio da natureza, condutores das qualidades divinas e responsáveis pela dinâmica da
evolução. São conhecidos em outras partes do mundo como "Ministros" ou "Devas", espíritos divinos de alta
vibração evolutiva que cooperam diretamente com Deus, fazendo com que Suas Leis sejam cumpridas
constantemente.

O uso de uma palavra que significa “dono da cabeça” (ORI-XÁ) mostra a relação existente entre o
mundo e o indivíduo, entre o ambiente e os seres que nele habitam. Nossos corpos têm, em sua constituição,
todos os elementos naturais em diferentes proporções. Além dos espíritos amigos que se empenham em nossa
vigilância e auxílio morais, como nosso Anjo de Guarda e nossos Guias, somos vibrados e irradiados por esses
Seres Divinizados no ensejo de nos comunicarem as qualidades divinas que nos impulsionam para frente e
para o Alto, na conquista da paz e da alegria. Apesar de recebermos a influência constante de todos os Orixás,
somos influenciados e filiados, de forma especial, em nossa encarnação, os poderes e as energias Divinas. O
Orixá que cuida do equilíbrio energético, físico e emocional de nossos corpos físicos e astral.
Nós, seres espirituais, manifestando-se em corpos de matéria, somos influenciados pela ação dessas
energias desde o momento da nossa criação por Deus. Desde o momento em que nossa personalidade
começa a ser definida, essas energias divinas e seus regentes nos abraçam com amor e nos apontam e
orientam no caminho da evolução. Essas vibrações, em cada encarnação, vão formar o que chamamos de
"arquétipo", conformando nossa personalidade à energia vibrada dominante.

Ao Regente dessa energia predominante, definida no nosso nascimento, denominamos de nosso


Orixá , "Chefe de Cabeça", "Pai ou Mãe de Cabeça", Quando um espírito vai encarnar, são consultados os
futuros pais, durante o sono, quanto à concordância em gerar um filho, obedecendo-se à lei do livre arbítrio.
Tendo os mesmos concordado, começa o trabalho de plasmar a forma que esse espírito usará no veículo
físico. Esta tarefa é entregue aos poderosos Espíritos da Natureza, sendo que um deles assume a
responsabilidade dessa tarefa de forma especial, fornecendo a esse ser reencarnante as energias necessárias
para que o feto se desenvolva, para que haja vida. A partir desse processo, o novo ser encarnado estará ligado
diretamente àquela vibração original. Assim surgem os Orixás da coroa desse novo ser encarnado, que são as
forças energéticas primárias e atuantes.

Nesse período da reencarnação, os Elementais trabalham incessantemente, cada um na sua


respectiva área, partindo do embrião até formar todas as camadas materiais do corpo humano, que são
moldadas até nascer o novo ser com o seu duplo etérico e corpo denso.

Após o nascimento, essa força energética vai promovendo o domínio gradativo da consciência da alma
e da força do espírito sobre a forma material até que seja adquirida sua personalidade por meio da Lei do livre
Arbítrio. A partir daí essa energia passa a atuar de forma mais discreta, obedecendo a esta Lei, sustentando-
lhe, contudo, a forma e energia material pela contínua manutenção e transformação, no sentido de manter-lhe
a existência.

A cada reencarnação, de acordo com nossas necessidades evolutivas e carmicas a serem cumpridas,
somos responsáveis por diferentes corpos, e para cada um destes nossos corpos, podemos contar com o
auxílio dos Espíritos da Natureza, regidos pelos Orixás. Um Mensageiro desse Orixá é, normalmente, quem se
aproxima do médium quando este invoca qualquer Orixá. Em todos os rituais de Umbanda, de modo especial
nas Iniciações, a invocação dessas forças são feitas para todos os médiuns quando efetuam seus
Assentamentos, meio de atração, para perto de si, das energias puras vibradas.

É importante dizer que ao recebermos a vibração destes orixas estamos recebendo e emitindo esta
energia cosmica tanto para o nosso bem como para as pessoas presentes na casa. Trazendo tudo de bom
para que o trabalho ocorra da melhor maqneira possivel com as energias vibratorias dos Orixas.

È necessario lembrar que esta energia é de grande força, por isso se faz necessario que o medium
receba os seus Orixas mentores para que o mesmo não se esgote e consiga continuar o trabalho de
incorporação na casa. Esta forma vibratoria dos orixas, exigi do medium maior concentração e tambem
disponibilização de enrgia pessoal , por isso e natural sentir a sensação de fraquesa no momento que o mesmo
se retira.

Orixas mais cultuados na Umbanda

OXALÁ
Oxalá é o maior Orixá da Umbanda, Deus Supremo. Representado por uma estrela de cinco pontas,
é sincretizado como Jesus Cristo e representa a paz e a fé. Na umbanda, sua tarefa foi a de criação do ser
humano. Ele envia vibrações que estimulam a fé individual, assim como irradiações que geram sentimentos de
religiosidade. É aquele que determina o fim da vida de cada ser humano, é o momento de partir em paz.
Representa o amor, bondade, pureza espiritual, e tudo aquilo que indica positividade.
OXUM
É a Orixá que domina as mulheres, orixá da fertilidade, do amor e do ouro. Protetora das gestantes e
da juventude, é a senhora das águas doces. Representa a beleza e a pureza, a moral e o modelo de mãe.
Muitas vezes é evocada em prol da limpeza fluídica dos seguidores e do ambiente dos templos. Segundo a
Umbanda, ela é o exemplo de mãe que nunca desampara seus filhos e ajuda a qualquer pessoa.
OGUM
Orixá guerreiro, Ogum é aquele que representa todas as batalhas da vida. Representado por São
Jorge, é o orixá protetor contra as guerras e contra diversas demandas espirituais; Ogum é a força do
movimento. É ele quem protege os seguidores da Umbanda e as pessoas que sofrem perseguições espirituais
ou materiais. Ogum também é o senhor das estradas, é a jornada do dia a dia e sua responsabilidade é a
manutenção da lei e da ordem.
IEMANJÁ
Orixá mais popular do Brasil, a rainha do mar é a mãe todos os Orixás, é o trono feminino da geração,
a protetora dos marinheiros, pescadores, das viagens pelo mar, e também sobre toda a flora e fauna marinhas.
E além disso, atua no amparo à maternidade, rege de forma absoluta o lar e a família. Dona dos mares e
oceanos, águas essas que, através de sua força, tem o papel de devolver vibrações e trabalhos, pois creem
que o mar devolve tudo que nele for jogado e vibrado.
XANGÔ
Xangô é o Orixá da justiça e da sabedoria, simboliza a lei de causa e efeito, responsável a dar a quem
merece o devido castigo e a vitória aos que foram injustiçados. É quem dá solução às pendências. A maioria
dos seguidores que recorrem ao Xangô são os que sofrem de injustiças, perseguições espirituais e materiais.
Desse Orixá, emanam também o saber e a autoridade, é o protetor de todos que tem contato com as práticas
da lei.
IANSÃ
Iansã é a Orixá dos ventos e das tempestades. Rainha dos raios, é responsável pelas transformações
e pelo combate à feitiçarias feitas aos seus seguidores. Guerreira, é conhecida também como guardiã dos
mortos, pois exerce domínio sobre os eguns. A força de sua magia afasta todas as influências do mal e
negativas, pois tem o poder de anular os males e cargas de enfeitiçamento.
OXOSSI
Oxossi é o Orixá conhecido como senhor dos caboclos e das matas. É o caçador de almas de homens
e dele emana altivez. Encoraja e dá segurança a todos seus seguidores; protetor dos animais, é conhecido por
aliar sua grande força com o bom senso. Assim como Ogum, é um lutador, grande guerreiro, está sempre
pronto para defender aqueles que se colocam sob sua guarda.
OMULÚ
Orixá da saúde, atua sobre os doentes, hospitais e cemitérios. Senhor da morte e das
doenças,costuma ser muito temido, porém da mesma forma que traz a doença, ele leva embora também. Muito
respeitado, é um orixá exigente e grande feiticeiro. Omulú é a é a manifestação idosa de Obaluaiê. Os médiuns
ao manifestarem a presença de Omulú, se curvam aproximando-se o máximo da terra, do chão. Representa a
transformação do ser, morrer para o pequeno e renascer para o grande.
NANÃ
Rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua
decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova “vida”, já mais equilibrada.
È a linha da Evolução, enquanto Obaluaye atua na passagem do plano espiritual para o material
(encarnação), ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar
OXUMARÉ
filho mais novo e preferido de Nanã, irmão de Omulu. É uma entidade branca muito antiga, participou
da criação do mundo enrolando-se ao redor da terra, reunindo a matéria e dando forma ao Mundo. Sustenta o
Universo, controla e põe os astros e o oceano em movimento. Rastejando pelo Mundo, desenhou seus vales
e rios.. Sua essência é o movimento, a fertilidade, a continuidade da vida.
A comunicação entre o céu e a terra é garantida por Oxumarê. Leva a água dos mares, para o céu, para que
a chuva possa formar-se - é o arco-íris, a grande cobra colorida. Assegura comunicação entre o mundo
sobrenatural, os antepassados e os homens e por isso à associa do ao cordão umbilical..

Cores Vibratorias dos Orixas

Oxalá – Branco
Iemanjá – azul ( clara)
Oxum – amarelo ou Azul escuro
Iansã – Amarelo
Nanã – Lilás
Ogum – Vermelho
Oxossi – Verde
Xangô – Marron
Omulu – Branco Amarelo e preto
Oxumarè – As Cores do Arco Iris

Tema 3-Significado da palavra Aruanda


Aruanda é o nome dado pela Umbanda a uma cidade de luz etérica que orbitaria a ionosfera do planeta Terra,
em uma dimensão espiritual de transição.

Apesar da farta literatura, a Umbanda não é considerada uma religião codificada. Por esse motivo, o termo
Aruanda pode possuir diversos significados, dependendo da tenda, barracão ou centro espiritualista no qual
seja mencionado. É, inclusive, utilizado por outras religiões espiritualistas tais como Quimbanda e Candomblé,
em referência genérica a "plano espiritual".

Para a Umbanda tradicional (fundada em 1908 pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas), os habitantes de
Aruanda são trabalhadores do bem e da caridade, sejam recém-desencarnados em aprendizagem, sejam
espíritos de luz que à muito não retornam a esfera física pela reencarnação. Estes guias epirituais, apesar de
sua evolução, permanecem na dimensão vibratória de Aruanda para continuar auxiliando encarnados e
desencarnados, se manifestando na Terra sob a roupagem fluídica (em tipologia espiritual) de pretos-velho,
cablocos e crianças. Suas verdadeiras formas, no entanto, transcendem raça, credo ou etnia, sendo possível
sua manifestação em qualquer congregação que pratique o binômio amor-caridade e que admita a
comunicação espiritual.

Para o espiritismo (codificado por Allan Kardec), Aruanda seria a denominação de uma colônia espiritual,
assemelhada à colônia Nosso Lar, descrita no livro de André Luis, psicografado pelo médium Chico Xavier.
Em Aruanda, porém, estariam presentes elementos magísticos da cultura africana, em sincretismo com
simbolos da cultura judaico-cristã.

Aruanda, enquanto cidade espiritual, é mencionada nos livros "Tambores de Angola" e "Aruanda" - livros do
espírito Ângelo Inácio, psicografado pelo médium Robson Pinheiro. Em ambos, a religião da Umbanda é
situada com integrante de um panorama espírita maior (espiritualismo universalista), sendo explicada a
importância de seus rituais magísticos e simbologias, enquanto formas de manipulação das forças elementais
da natureza.
Unidade IV
DEFUMAÇÃO – QUAL A SUA FUNÇÃO .

Em todos os terreiros de umbanda iremos nos deparar com um momento chamado defumação. E como diz
um de nossos pontos cantados "Filho quer se defuma,Umbanda tem fundamento, é preciso preparar..."

A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda. É também uma das coisas que
mais chamam a atenção de quem cai pela primeira vez assistir a um trabalho.

A principal função da defumação realizada tanto na Umbanda quanto nas demais seitas religiosas através
dos tempos, desde a Antiguidade, é com a queima de ervas e resinas, modificar a energia existente no
ambiente para equilibrá-lo de acordo com a necessidade.

Na Umbanda, a defumação é realizada no início dos trabalhos, realizando a limpeza do ambiente, do corpo
de médiuns e dos assistentes. Dependendo dos trabalhos realizados, deve-se limpar o ambiente com a
defumação mais de uma vez ao longo do dia, para atrair e facilitar o trabalho que esteja sendo realizado
pelas entidades.

Certas cargas pesadas se agregam ao nosso corpo astral durante nossa vivência cotidiana, ou seja,
pensamentos e ambientes de vibração pesada, rancores, invejas, preocupações, etc. tudo isso produz (ou
atrai) certas formas-pensamento que se aderem ao nosso aura e nosso corpo astral, bloqueando sutis
comunicações e transmissões energéticas entre os ditos corpos.

Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos elementos ar, fogo e vegetal
que a compõe, pois interpenetra os campos astral e mental e o aura, tornando-os novamente “libertos” de tal
peso para produzirem seu funcionamento normal.

Além de suas propriedades astrais a defumação ajuda a mente do médium e da assistência, ou dos
residentes daquele local, a entrarem em contato com os guias e protetores. Ou seja, o perfume da
defumação estimula nossos centros nervosos (plexos) a captarem com mais qualidade as energias
superiores, mantendo a mente da pessoa mais concentrada e propícia a esta percepção.

PRETO VELHO

Quando se fala em preto-velho, estamos falando de uma grande linha, ou seja, uma grande faixa vibratória
onde espíritos afins se “encaixam” para cumprirem sua missão.

Esses espíritos foram ex-escravos e negros africanos que não chegaram a ser escravos. Constam também
dessa linha espíritos que não foram escravos nem negros, mais que por afinidade e experiência de vidas
escolheram a Umbanda para cumprirem sua missão.

O termo “Velho”, é para sinalizar sua experiência, pois quando pensamos em alguém mais velho,
subentendemos que essa pessoa já tenha vivido muito mais tempo. Adquirindo assim mais coisas para contar
e passar, principalmente essa mesma pessoa já viveu o suficiente para ter aprendido a ter paciência,
compreensão, menos ansiedade para a vida.
Eles pode se apresentar como Vovó, Vovô, Pai, Mãe, Tio, Tia devido a escolha em uma de suas vidas
encarnatórias. Esta linha como outras foram escolhidas por representar a luta de um povo em cima de
preconceitos, exploração etc..., muitos foram escravos mas nem sempre no tempo do Negros Africanos no
Brasil, foram escravos em outras épocas outros lugares etc.

A grande característica dessa linha é o conselho. É devido a esse fator que carinhosamente dissemos que
são os “Psicólogos da Umbanda”.

Suas vestimentas e apetrechos são bem simples, não necessitam de muitos artifícios para trabalhar,
necessitam apenas contar com a atenção e a concentração do seu médium durante a consulta. Usam
cachimbo, lenços, toalhas e as vezes fumo de rolo e cigarro de palha.

Sua forma de incorporação é compacta, sem dançar ou pular muito. A vibração começa com um “peso” nas
costas e uma inclinação de tronco para frente, e os pés fixados no chão. Se locomovem apenas quando
incorporam para as saudações necessárias (atabaque, gongá e Babá) e depois sentam e praticam sua
caridade.

Essa simplicidade se expande, tanto na sua maneira de ser e de falar. Usam vocabulário simples, sem palavras
rebuscadas. Sua maneira carregada de falar é para dar idéia de antiguidade.

Além disso os Preto-Velhos nos ajudam a enxergar que a prática da caridade, é vital para nossa evolução
espiritual.

A linha é um todo, com suas características gerais, ditas acima, mais como cada médium possui uma coroa
diferente, isso determina as diferenças entre os Preto-Velhos.

Essas diferenças ocorrem porque Preto-velhos são trabalhadores de orixás e trazem para sua forma de
trabalho a essência daquela força da natureza para quem eles trabalham.

As Falanges dos Preto-velhos:

1. Falange do Povo da Costa (Rei Cambinda)

Cruzam-se com Iemanjá e ensinam que, através da resignação das provas, haverá o resgate das dívidas do
passado. Consolam e auxiliam os sofredores, com muito amor. Suas oferendas são entregues nas praias.

2. Falange do Povo de Congo (Rei Congo)

Com Yori conseguem a energia pura e infantil dessa falange que, transformada, vence a dor e traz a alegria.
Junto a sua oferenda vai uma vela rosa oferecida às crianças.

3. Falange do Povo de Angola (Pai Joaquim)

Libertam os escravos de hoje, presos aos vícios, maldades e erros, despertando-os para a vida, por meio de
esclarecimentos ou ritos. Vibram nas matas .

4. Falange do Povo da Guiné (Pai Guiné)

Possuem o conhecimento das calungas (grande, o mar; pequena, o cemitério), profundos conhecedores da
magia e da sabedoria para a cura de todos os males. Recebem suas oferendas no cruzeiro do cemitério ou na
beira do mar.
5. Falange do Povo de Moçambique (Pai Jerônimo)

Trabalham na lei do livre-arbítrio (ou da livre escolha), com fins de inspirar a libertação do indivíduo durante
sua vida terrena. Vibram na mata, sobre pedras em especial, ou nos lugares abertos nesse local, próprios ao
repouso e à oração.

6. Falange do Povo de Luanda (Pai José)

Combatem demandas, fazem cumprir rigorosamente os rituais e trabalham muito na caridade, sendo exigentes,
mas muito bondosos. Recebem suas oferendas no cruzeiro de cemitério.

7. Falange de Bengala (Pai Tomé)

Por terem sofrido muito na Terra, compreendem as misérias humanas, trabalham na busca da paz, da
fraternidade e estimulam a caridade. Vibram nas colinas abertas e floridas.

Oferendas:

Cada Preto-Velho tem sua oferenda e gosto, mas citaremos algumas para conhecimentos.

odos recebem cigarros de palha, café, velas brancas e pretas (alguns, roxas), doces tradicionais tipo pés-de-
moleque, rapaduras, sagu, farofa com lingüiça picada e comidas típicas do interior e da época em que viveram.

Bebidas:

Vinho, Café , Caldo de Cana, dentro das bebidas podem existir alguma particularidades como ... Arruda , Cravo,
Canela... etc.

Ervas:

Arruda, Guiné, Benjoim, Cipreste, Folhas de Café, Alfavaca e Vassourinha Branca, etc...

SAUDAÇÕES AOS ORIXÁS

Para cada Orixá e Linha de Umbanda, fazemos uma saudação verbal específica, saudando a entidade,
demonstrando assim nosso respeito.

Entretanto não se preocupe em lembrar de tudo, pois à todos os Orixás ou entidades, que trabalham na
Umbanda, basta dizer Saravá! (salve) .

Saudação :
Oxalá
Saudação:Epa babá

Êpa Babá – siginifica olá, com admiração e espanto, ao ancestral dos ancestrais.

Iemanjá
Saudação:Odô Yá

Odoia ou Odociaba – significam Mãe das águas

Nanã
Saudação:Saluba Nana

Saluba Nana singnifica: “nos refugiamos em Nanã” ou salve, a senhora do posso, da lama”.

Oxum
Saudação:Ora Yeyê-ô

Ora Aie Ie o – Aieieo – Saudação a Orixá Oxum e significa salve a benevolente mãezinha.
Ogum
Saudação:Ogum Yê
Ogum iê! – saudação ao Orixá Ogum, significando salve Ogum senhor dos caminhos.

Xangô
Saudação:Kaô Cabecile

Kaô kabecilê! (ou Kaô kabecilê obá) – Saudação ao Orixá Xangô que significa – venham ver (admirar, saudar)
o Rei (Alteza) da Casa

Iansã
Saudação:Eparrei Oyá

Epa Hei – saudação a Orixá Iansã e significa falar com espanto Olá. Esse espanto de grandeza de admiração
ao ver o Orixá e dizer a ele Olá Iansã, Olá Oiá. Slave a Mãe dos elementos.

Oxóssi
Saudação:Okê Aro

Okê! Okê Arô! – saudação ao Orixá Oxossi significa Autoridade, rei, que fala mais alto, ou seja salve o Rei que
é aquele que fala mais alto.
Obaluaê
Saudação:Atotô
Atotô – saudação para o Orixá Omolu, significando “Silêncio! Ele está aqui!”
O grande Rei da Terra

Oxumaré
Saudação: Arroboboi
Arroboboi - Significado da saudação: Senhor das águas supremas

Banho de Amaci

É o banho mais conhecido pelas pessoas que começam a frequentar os Centros de Umbanda e que somente
deve ser preparado por uma Entidade Espiritual ou pelo Guia Chefe do Terreiro, Pai/Mãe-de-Santo, Zelador(a)
do Terreiro, Babalaô ou Chefe de Culto. É o banho que pode ser preparado da cabeça aos pés, ou
simplesmente da cabeça, porque é preparado de acordo com o Santo, Orixá protetor do filho, iniciante na
Umbanda. O banho de amaci é próprio para a cabeça onde reside o nosso Santo Protetor, nosso Guia
Espiritual. Só podem tomar o banho de amaci aqueles que forem frequentar e desenvolver-se na gira de
Umbanda, no Centro ou Terreiro. O próprio adepto não deve nunca prepará-lo e nem tomá-lo em casa; existe
todo um ritual para que seja feito o amaci da Umbanda, isto é, ervas selecionadas de acordo com o Santo do
Iniciante, bem como dia e hora apropriados, e demais requesitos que o banho exige
Glossario da Umbanda

ABRIR A GIRA = abertura dos trabalhos nos terreiros.


ADEJÁ ou ADJÁ = Sineta ritual, de alumínio ou cobre, constituído de uma, duas, três ou mais campânulas,
usada no Candomblé.
ALDEIA = morada dos Caboclos na Aruanda.
ALGUIDAR = recipiente de barro, espécie de bacia, muito utilizada em entregas e oferendas.
AMACI = Preparado líquido, à base de ervas sagradas maceradas em água.
AMALÁ = comida de santo, oferecida em agradecimento, louvor e também pedido aos Orixás.
APARELHO = médium.
ARIAXÉ = Ponto central do terreiro, de onde emana o axé do terreiro, onde se encontram enterrados os
"fundamentos" (folhas, pedras, objetos e símbolos mágicos).
ARUANDA = céu, paraíso, plano espiritual elevado, morada dos espíritos umbandistas, morada dos Orixás.
ARUÊ = Salve!
ASSENTAMENTO = 1. Representação material do Orixá regente de uma pessoa, composta de otás (pedras
onde é "fixado" o Orixá), os elementos que o representam, suas insígnias principais, moedas, etc.
ATABAQUE = instrumento musical, espécie de tambor, utilizado nos terreiros.
AXÉ = poder que emana dos Orixás, energia vital, força invisível, mágica e sagrada.
BABALORIXÁ ou BABÁ = pai de santo

BAIXAR = diz-se de um espírito quando incorpora no médium.


BANDA = designa a linha espiritual da entidade.
BANHO DE DESCARREGO = preparado líquido de ervas sagradas para limpeza e afastamento de vibrações
negativas que se toma após o banho de asseio, despejando-o sobre o corpo, excetuando a cabeça.
BATER-CABEÇA = Saudar os Orixás, inclinando-se até tocar com a cabeça o solo. Cumprimentar respeitosa
e humildemente determinada Entidade, inclinando-se até tocar com a testa o chão, quando se está diante
dela.
BATER PARA O SANTO = tocar os atabaques no ritmo peculiar a determinado Orixá.
BEJA = cerveja branca.
BOLAR NO SANTO = Transe mediúnico incompleto, comum nos médiuns iniciantes ou despreparados.
Forma preliminar e desordenada de transe que precede a iniciação. Animismo.
BURRO = modo como os Exus denominam seus médiuns na Umbanda.
CABAÇA = vasilha feita do fruto maduro do cabaceiro depois de retirado o miolo.
CABEÇA-FEITA = Médium desenvolvido. Médium já cruzado no terreiro. Médium que já passou pela
Obrigação de Cruzamento. Médium que já tem o Orixá “Dono da cabeça” definido.
CABOCLO = espírito de índio ou mestiço.
CACIQUE = chefe de corrente espiritual composta de índios.
CAIR NO SANTO = transe mediúnico do não iniciado ou daquele que ainda não se encontra preparado para
tal.
CALUNGA GRANDE = oceano, mar.
CALUNGA PEQUENA = cemitério.
CAMBONO ou CAMBONE = Auxiliar das entidades incorporadas e dos leigos quando não entendem suas
orientações. Auxiliar nos cultos.
CAMBURECO = homem, rapaz.
CAMOLETE ou TORÇO= Pano de cabeça.
CAMUCITÊ = Altar. Congá. Peji.
CAMUTUÊ ou CAMUTUÁ = cabeça.
CANELA PRETA = soldado da polícia.
CANJIRA = construção na entrada do Terreiro, à esquerda, onde ficam assentados os Exus.

CANZUÁ ou CAZUÁ = Palavra de origem kimbundo que significa “cabana”, “casa”.


CAPANGUEIRO = o mesmo que “companheiro” na Umbanda.
CAPITÃO = fiscal de trabalhos no terreiro.

CARICÓ = Templo. Terreiro.


CARREGADO = pessoa sob a injunção de fluídos espirituais maléficos.
CARURUTO = charuto.
CATULÁ = anular um trabalho de magia negra.
CAVALO = modo como as entidades denominam os seus médiuns na Umbanda.
CENTRO = Terreiro. Centro de Umbanda.
CHEFE DE CABEÇA = Modo como se designa o guia-chefe do médium. Pai ou Mãe (Orixá) de cabeça.
COISA FEITA = Diz-se do trabalho feito para levar o mal a alguém. Despacho maléfico. Feitiço. Bruxaria.
COITÉ = Cuia feita do fruto do coitezeiro. Cuia feita da casca de coco.

COMPADRE = modo popular de se referir a Exu.


CONGÁ ou GONGÁ = palavra de origem banto que designa "altar sagrado, composto por imagens de
devoção.
CORPO FECHADO = designa a pessoa que se crê a salvo da influência de maus espíritos.
CORREDOR DE GIRAS = frequentador que passa por vários terreiros, sem ter firmado compromisso
espiritual com nenhum deles.
CURANDÔ = curador, curandeiro.
CURIADÔ = bebida que os guias tomam.
CURIAR = Comer. Beber.
CURIMAR = Cantar. Entoar pontos cantados.
CURIMBA = Dança do Orixá ou entidade no terreiro. Orquestra do terreiro, formada por cantores e
instrumentos musicais, tais como, atabaques, tambor, agogô, chocalho, berimbau, violão, entre outros.
CURIMBAR = dançar cantando.
CURUMIM = criança.
DAR FIRMEZA AO TERREIRO = Designa uma série de procedimentos de segurança antes do início de uma
gira, no intuito de afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais no terreiro, tais como: riscar
ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc.
DAR PASSAGEM = diz-se quando o guia do médium o deixa para que outra entidade nele se manifeste.
DAR PASSES = axé da entidade transmitido ao assistido através do médium incorporado.

DEMANDA = desentendimento, problema, feitiçaria contra alguém.


DANDALUNDA = outro nome dado a Iemanjá, tais como Janaína ou Mãe Dandá.
DAR COMIDA AO SANTO = Oferenda de produtos alimentícios ao santo com o objetivo de receber o seu
axé. Amalá.
DEFUMAR = limpar alguém, local ou alguma coisa de maus fluídos.
DESCARGA = ritual para afastar do corpo de alguém ou de um ambiente fluídos maléficos.
DESCARREGAR = Procedimento que visa livrar alguém de fluídos maléficos. Despachar restos de vela,
pontas de charuto e demais sobras do trabalho da entidade em local adequado.
DESCER = diz-se quando o orixá ou a entidade vai incorporar no médium.
DESMANCHAR TRABALHO = anular os efeitos de trabalho de magia negra sobre uma pessoa.
DESPACHO = trabalho entregue em lugar determinado, conforme orientação de entidade espiritual,
geralmente da esquerda, para desmanche de trabalhos de magia negra, feitiço.
DIA DE OBRIGAÇÃO = dia de sessão em que os médiuns observam certos atos do ritual umbandista e
cumprem tudo quanto lhes é determinado pelos Guias.
EGUN = Espírito desencarnado.
ELEDÁ = conjunto formado pelo Orixá “dono da cabeça” e o Orixá secundário, denominado ajuntó.
ENCOSTO = espírito desencarnado que compartilha dos pensamentos e fluídos dos encarnados,
influenciando-os e prejudicando-os, conscientemente ou não, com suas vibrações.
ENCRUZA = cruzamento de ruas e rodovias no plano material, domínio de Kiumbas. Encruza espiritual é
uma encruzilhada astral para colocar oferendas, sendo o correto.
ENCRUZAR ou CRUZAR = ritual que consiste em fazer uma cruz com a pemba na testa, na nuca, nas
palmas das mãos e no dorso dos pés dos médiuns, no intuito de fortificar a sua mediunidade, estabelecendo
uma ligação mais firme com os seus guias espirituais e protegê-lo contra influências maléficas.

ENDÁ = sineta litúrgica usada na Umbanda.


ENFORCADO = Espírito obsessor. Kiumba.
ENGIRA = Gira. Trabalho. Sessão.
ENGOMA = Conjunto de instrumentos musicais utilizados num terreiro. Atabaques.
ENTIDADES = seres espirituais.
ERÊ = Espírito que adota o psiquismo infantil para se comunicar com os encarnados. Espírito de criança.
ESPÍRITO DE LUZ = espírito sábio, benevolente, de elevada conduta moral.
ESPÍRITO OBSESSOR = espírito atrasado moralmente, algumas vezes, francamente malvado, que convive
com o encarnado em perfeita comunhão de pensamentos.
ESTRELA DE SEIS PONTAS = símbolo que traduz o poder equilibrador do universo.
FALANGE = grupo de seres espirituais que trabalham dentro de uma mesma corrente vibratória (linha).
FALANGEIRO = espírito pertencente a uma determinada falange.
FAZER MESA = abrir a sessão, abrir a gira.

FECHAR A GIRA = encerrar a gira ou qualquer cerimônia no terreiro em que houve formação de corrente
vibratória.

FECHAR A TRONQUEIRA = designa o ato de defumar os quatro cantos do terreiro evitando que espíritos
perturbadores ou zombeteiros atrapalhem o culto.
FILHO (A) DE FÉ = adepto da Umbanda.
FILHO (A) DE SANTO = médium iniciante ou não que trabalha em um terreiro.
FIRMA = peça central da guia (colar) utilizada pelos iniciados. É colocada no ponto em que a guia é
amarrada para fechá-la.
FIRMAR = concentrar-se para incorporar.
FIRMAR PORTEIRA = procedimento de segurança, realizado antes do início do trabalho, que consiste em
defumar ou riscar um ponto especial na entrada do templo, para protegê-lo de más influências.
FIRMAR PONTO = Procedimento que consiste no canto coletivo do ponto da entidade que irá dirigir os
trabalhos, objetivando evocá-la ao mesmo tempo em que se forma a corrente mediúnica. Riscar o ponto de
determinada entidade. Designa o momento em que a entidade risca seu ponto, dando prova de sua
identidade.
FIRMEZA = conjunto de objetos com força mística (axé), que enterrados no chão protegem e dinamizam
forças espirituais no terreiro.
FORÇA ESPIRITUAL = diz-se do médium que ao incorporar revela poderes e conhecimento diferentes ou
além de sua capacidade moral, intelectual e espiritual.
FUNDAMENTOS = leis de Umbanda, suas crenças e procedimentos.
FUNDANGA = queima de pólvora.
GANGA = Um dos tipos de Kiumba, erroneamente chamado de Exu.
GANZÁ = instrumento musical.
GARRAFADA = bebida para fins medicinais, preparada com ervas curtidas ou maceradas, misturadas em
aguardente ou água.
GIRA ou ENGIRA = culto para entidades e Orixás, onde se dança ao som de cânticos. Corrente espiritual.
Caminho.
GUIA = 1. Colar ritualístico representativo de uma entidade espiritual, constituído de miçangas de cristal e/ou
de porcelana, pedras ou metal, nas cores que os identificam. 2. Orixá ou entidade espiritual.
GUIA DE CABEÇA = Orixá principal que é pai ou mãe de cabeça do médium.

GUIA DE FRENTE = a primeira Entidade que se manifesta no médium, não necessariamente sendo o seu
Guia de Cabeça.

HALO = Luminosidade que envolve um espírito de grande elevação. Aura. Auréola circular presente na
cabeça de imagens de santos e anjos.
HOMEM DAS ENCRUZILHADAS ou HOMEM DA RUA = Exu.
HUMAITÁ = palavra do tupi-guarani que significa, literalmente, “a pedra agora é negra”. Diz-se que Humaitá é
a morada, o reino de Ogum.
IABÁ = cozinheira especialista no preparo de comida de santo.
INCORPORAR = Entrar em transe mediúnico. “Receber” a entidade espiritual.
IORUBÁS = negros africanos que falam a língua Nagô.
IR PARA A RODA = desenvolvimento da mediunidade do iniciado na corrente mediúnica.
JACUTÁ = Altar. Terreiro.
JUNTÓ ou AJUNTÓ = Orixá secundário, que forma um par vibracional com o Orixá regente da coroa do
médium.
JUREMA = 1. Uma das caboclas de Oxossi, chefe de falange. 2. Cidade espiritual onde habitam os Caboclos
índios, também conhecida como Juremá.
KIUMBA = Encosto. Espírito obsessor. Espírito zombeteiro. Espírito maléfico.
LAÇAR O COBRERO = oração que se escreve com tinta em volta do "cobrero" para curá-lo.
LÁGRIMAS DE NOSSA SENHORA = semente de um tipo de capim, com o qual se confeccionam terços,
guias (especialmente a de Pretos-Velhos), entre outros objetos de culto.
LAVAGEM DE CABEÇA = a lavagem de cabeça é feita derramando-se o amaci sobre a cabeça do médium,
enquanto se entoa um ponto. A confirmação do guia de cabeça verifica-se após a lavagem da mesma,
quando o guia incorpora e risca seu ponto em frente ao congá.
LEGIÃO = Falange. Grupo de espíritos.
LEI DE UMBANDA = designa a crença na Umbanda e em seus rituais.
LINHA BRANCA = linha de guias espirituais que são falangeiros dos Orixás.
LINHA CRUZADA = diz-se quando duas ou mais linhas se unem com o fim de tornar mais forte um trabalho
no terreiro.

LINHA DE CURA = ritual que se ocupa com a cura física e espiritual do adepto.
LÓ = “Partir”, em Iorubá. “Ir ao Ló” é uma expressão utilizada pelos espíritos umbandistas para comunicar
que vão desincorporar e partir.
MACAIA = 1. Folhas sagradas. 2. Local na mata espiritual onde se reúnem os caboclos. 3. Mata, floresta,
bosque.
MACAIO = coisa ruim, sem valor.
MACUMBA = 1. Antigo instrumento musical usado outrora nos terreiros afro-brasileiros. 2. Termo com que os
antigos denominavam os cultos dos escravos nas senzalas. 3. Nome pejorativo com o qual os leigos
denominam os “despachos” de rua, os rituais e as religiões afro-brasileiras.
MACUMBADO = pessoa enfeitiçada.
MÃE PEQUENA = médium desenvolvida, que auxilia e substitui a mãe de santo em algumas ocasiões.
MALEIME = pedido de perdão, de socorro, de clemência, de auxílio, de ajuda, de misericórdia, que pode ser
feito em forma de cânticos ou preces.
MANIFESTAÇÃO = Diz-se quando um espírito comunica-se através de um médium. Transe mediúnico.
Incorporação.
MARACÁ = chocalho indígena utilizado em solenidades.
MARAFA ou MARAFO = Aguardente. Cachaça. Forma que Exu designa sua bebida.
MATÉRIA = corpo físico.
MIRONGA = Magia. Segredo. Mistério.
MOÇA = forma popular de designar Pombo-gira na Umbanda.
MULECA OU MUREKA = menina, garota.
MUZAMBÊ = Forte. Vigoroso.
NAGÔ = 1. Nome dado aos escravos sudanezes. 2. Religião do antigo reino Iorubá.
NOMINA = Oração guardada num saquinho que deve ser pendurado ao pescoço como amuleto de proteção.
Patuá.
OFERENDA = presente para os Orixás, Guias, Exus.

PADÊ = amalá para Exu.


PÃO BENTO = pão ázimo ou qualquer outro tipo de pão, ao qual se dota de forças mágicas. Nota: pães
bentos são utilizados em inúmeros trabalhos, por exemplo, acendendo uma vela branca na margem de
mares ou rios, jogando em seguida um pão bento nas águas para localizar o corpo de uma pessoa que
morreu afogada.
PATACO = dinheiro, moeda.
PATUÁ = Escapulário que o irmão de fé traz pendurado no pescoço, ou carrega em sua carteira, contendo
orações, rezas e elementos.
PEJI ou PEGI = Altar. Congá.
PEMBA = espécie de giz em forma cônica arredondada, utilizado para traçar desenhos de caráter invocatório
(pontos), entre outras determinações ordenadas pelos guias. Nota: as diversas cores de pembas permitem
identificar a linha a que pertence a entidade trabalhadora.
PERNA DE CALÇA = significa “homem” na linguagem das Entidades.
PITO = Cachimbo ou cigarro de palha usado pelos Pretos-Velhos.
PONTEIRO = pequeno punhal utilizado em rituais e trabalhos de magia.
PONTO CANTADO = Letra e melodia de cântico sagrado para cada entidade. Espécie de prece evocativa
cantada que tem por finalidade atrair a vibração das linhas, falanges de trabalho e entidades espirituais,
assim como homenageá-las quando chegam e despedi-las quando devem partir. Cânticos de louvor,
entoados com finalidades rituais em determinadas cerimônias, para trabalhos de descarrego e
desenvolvimento mediúnico. Nota: pontos cantados não devem ser deturpados ou modificados, para que sua
força não se altere.
PONTO RISCADO = Desenho constituído de sinais cabalísticos, riscados com pemba, que chamam a
entidade para o mundo terreno. Sinal, que riscado pelo médium incorporado, identifica a entidade
manifestada e fecha o seu corpo contra espíritos e forças perturbadoras.

PORTEIRA = entrada do terreiro.


POVO DA ENCRUZA ou POVO DA RUA = falange de Exus.
PRECEITO = prescrição feita para ser cumprida pelos fiéis.
PUXAR O PONTO = iniciar um cântico.
PURUCADÔ = testa.

QUEBRANTO = mau olhado, feitiço, coisa feita. O quebranto é cortado com benzimento de Pretos Velhos.
QUEBRAR DEMANDA ou QUEBRAR A FORÇA = anular, desmanchar o efeito de um trabalho feito para
prejudicar ou perturbar uma pessoa.
QUEBRAR PRECEITO = desrespeitar as regras estabelecidas num ritual ou trabalho.
QUIMBANDA = linha de trabalhos de esquerda que juntamente com as linhas de direita, formam o equilíbrio
na Umbanda. Não é o mesmo que Kimbanda e não é do mal.
QUIZILA, QUEZILA ou QUEZÍLIA = Tabu, aversão, antipatia, repugnância, implicância, interdição,
indisposição em relação a algo ou alguém. Conjunto de proibições.
RABO DE ENCRUZA = kiumba, espírito mau, trevoso, maléfico.
RABO DE SAIA = mulher.
RECEBER O SANTO = Incorporar. Entrar em estado de transe com o Orixá ou guia espiritual.
REDENTOR = Jesus Cristo
REINOS = Divisões do mundo espiritual. Domínios dos Orixás na natureza.
RESPONSO = oração dirigida a determinado guia para se conseguir uma graça.
RISCAR PONTO = desenhar sinal cabalístico que identifica determinada entidade espiritual para evocá-la ou
a sua vibração ao plano físico.
ROÇA = terreiro, centro.
SACUDIMENTO = Sacudimento do Centro: limpeza, lavagem e varredura do terreiro. Sacudimento das
pessoas: descarrego dos filhos de santo.
SAMBORÊ = termo empregado no Omolokô que significa “sambar”, ou seja, “pular com alegria”. Nos
terreiros designa um momento de grande energia. Nota: quando riscam os pontos algumas entidades cantam
"Samborê, pemba de Angola" para maior firmeza dos trabalhos.
SARABUMBA = Salve! O mesmo que Aruê!
SARAVÁ = saudação umbandista que significa “Salve!”, “Viva!”.
SUCÊ OU SUNCÊ = você, tu.
TOCO = vela, charuto, cigarro, banco.
TRONQUEIRA = lugar de grande importância para a segurança do terreiro, localizado de frente para a rua,
do lado esquerdo de quem entra.
TUIA = fundanga, pólvora.
TUMBA = palavra congo-angolesa (Kimbundu) que significa parente ou pessoa íntima, mas que no Brasil
ganhou o significado de sepultura, campa, jazigo, sepulcro.
UMBANDISTA = praticante, crente, seguidor da Umbanda.
UMBRAL = Purgatório. Região entre o plano físico e espiritual destinada ao esgotamento dos resíduos
mentais no processo em que a alma abandona o corpo após sua morte. Estado ou local por onde passam
algumas pessoas após a morte. Nota: no umbral os desencarnados experimentam sofrimentos "físicos" e
morais, tais como, a sensação da necrose do corpo, o constrangimento de se ver incapaz de ocultar suas
mazelas morais e desejos mais íntimos dos olhares de outros espíritos.
YALORIXÁ ou IALORIXÁ (IÁ, IAIÁ) = mãe de santo.
ZAMBI = Deus supremo na Umbanda. O Criador na Angola, equivalente à Olorun no
Unidade V

O Poder das Velas


A vela é, com certeza, um dos símbolos mais representativos da Umbanda. Ela está presente no Congá, nos
Pontos Riscados, nas oferendas e em quase todos os trabalhos.
A vela desperta nas pessoas sua força mágica, uma forte sensação de poder. Ela funciona como uma alavanca
psíquica, despertando os poderes extra-sensoriais em estado latente.
Muitos umbandistas acendem velas para seus Guias de forma automática, num ritual mecânico, sem nenhuma
concentração. É preciso muita concentração e respeito ao acender uma vela, pois a energia emitida pela mente
do médium irá englobar a energia do fogo e, juntas, irão vibrar no espaço cósmico, para atender a razão da
queima dessa vela.
Se uma pessoa evoca suas forças mentais, com a ajuda da magia das velas, no sentido de ajudar alguém, irá
receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo das energias psíquicas, utilizando-as para
prejudicar qualquer pessoa, o retorno será infalível e as energias de retorno serão sempre mais fortes, pois
voltam acrescidas da energia de quem as recebeu.
Ao acender velas para as almas, para o anjo-da-guarda, para os pretos-velhos, caboclos, para a firmeza de
pontos, Congá, para um santo de sua preferência ou como oferenda aos Orixás, é importante que o umbandista
saiba que a vela é muito mais para quem acende do que para quem está sendo acesa.
VELAS QUEBRADAS
Velas Quebradas não devem ser usadas pois um trabalho perfeito precisa de instrumentos perfeitos e se estão
quebradas já não estão perfeitas.

APAGAR UMA VELA


Se precisar apagar a vela que esteja sendo usada ritualisticamente, JAMAIS o faça soprando a vela. Velas de
ritual só podem ser apagadas com abafador ou com os dedos, jamais sopre essas velas.
As cores das velas na umbanda
Oxalá: Branca
Oxóssi: Verde
Xangô: Marrom
Ogum: Vermelha
Iemanjá: Azul claro
Oxum: Azul Anil, Amarelo
Iansã: Amarela
Omulú: Branca
Nanã: Roxa -Lilas
Ibeji: Rosa
Ossain: Amarela

Outras cores utilizadas para Entidades e Orixás na Umbanda

Anjo da Guarda : Branca


Caboclo de Ogum: Branca e Vermelha ou Vermelha
Caboclo de Oxóssi: Verde
Caboclo de Xangô: Marrom
Caboclas: Branca e Verde
Boiadeiro: Branca
Marinheiro: Branca e Azul
Baiano: Branca
Criança: Rosa
Pretos Velhos: Branca e preta
Pretas Velhas: Branca e preta
Exú: Preta ou Vermelha e preta
Pomba Gira: Vermelha
Linha do Oriente: Amarela

Lembramos que as entidades podem especificar a suas velas com outras cores dependendo da linha que eles
trabalham mudando assim estas especificações.

EX:Um preto velho que trabalha na energia da linha de Yemanjá pode querer vela Azul e outras e outras
entidades também e etc.

Mais estranho que seja devemos deixar as entidades escolherem suas radiações e não escolher por elas.

A LINHA DOS CABOCLOS


Todos os Caboclos são regidos por um Mistério Maior que pertence ao Trono do Conhecimento
(Regência do Orixá Oxóssi).
Mas cada Caboclo (ou Cabocla) vem na Irradiação de um ou mais Orixás, pois eles próprios são
“filhos”de determinado Orixá e perante outros Orixás foram iniciados para trabalharem em Seus
Mistérios
Os Caboclos são espíritos muito esclarecidos e caridosos, tiveram encarnações como cientistas,
sábios, magos, professores etc. Alguns, em determinada encarnação, foram mesmo nativos
(chamados de indígenas, aqui no Brasil). Enfim, no decorrer de encarnações, elevaram-se e vêm na
Umbanda para auxiliar aos irmãos enfermos da alma e do corpo. Muitos são escolhidos pela
Espiritualidade para serem os Guias-Chefes dos Terreiros ou então de seus médiuns.
Nem todo Caboclo foi, necessariamente, um indígena.
Os espíritos que atuam na Umbanda como Caboclos têm origens culturais e religiosas diversas, e
nem todos foram indígenas (assim como nem todo Preto-Velho foi um Negro escravizado). O que
lhes dá “ a patente” de Caboclo é o seu grau de elevação perante as Leis do Criador. São espíritos
que habitam da 4ª Faixa Vibratória Positiva para cima e que trazem no íntimo um profundo senso de
Fraternidade e Irmandade para com toda a Criação Divina.
Caboclos e Pretos-Velhos manipulam ervas de todos os Orixás porque têm essa autorização e
conhecimento, conforme o grau elevado que os distingue.
Existem Falanges de doutrinadores, de guerreiros, de “feiticeiros” (isto é, que atuam mais fortemente
na quebra de magias negativas), de curadores, de justiceiros etc.
Os Caboclos são profundos conhecedores das ervas e dos seus princípios ativos. Suas “receitas”
(banhos, defumações, oferendas etc.) costumam produzir curas inesperadas. Conhecem como
ninguém o Reino Vegetal e podem nos ensinar o valor e a melhor utilização das ervas e dos alimentos
vindos da terra.
Também grandes conhecedores da Magia, nos seus trabalhos costumam utilizar pembas, velas,
essências, flores, ervas, pedras, frutas, vinho, sumo de ervas, raízes, cipós e sementes, entre outros
elementos. Usam charutos e fumos à base de ervas para defumar o ambiente e as pessoas
presentes, recolhendo e neutralizando as cargas densas que os envolvam.
Grandes doutrinadores e disciplinadores, são muito atuantes na orientação de sessões de
desenvolvimento mediúnico, uma vez que os Guias Espirituais agem principalmente sobre o mental
do médium, que está relacionado ao Chakra Frontal, regido por Pai Oxóssi, justamente o Regente
do Mistério Caboclo.
Também atuam nas desobsessões, na solução de problemas psíquicos e materiais, na quebra de
demandas, entre outros trabalhos espirituais de Umbanda, utilizando vários

recursos magísticos nos quais são iniciados. Não ostentam conhecimentos, colocam-nos em prática!
Seus assobios e brados assemelham-se a mantras. Cada Caboclo emite um som, de acordo
Os Caboclos incorporados também costumam estalar os dedos, bater no peito e estender o braço
na direção do Altar. Tudo isto tem um significado magístico-religioso:
Alguns Caboclos, quando se despedem do Terreiro, dizem que vão “para Aruanda”, ou “para a cidade
da Jurema”. Outros falam que vão “subir para o Humaitá”, e assim por diante. São referências às
colônias astrais que existem ligadas ao planeta Terra, onde eles habitam, conforme o respectivo grau
de evolução. E muitas vezes os Caboclos responsáveis por Terreiros levam para essas colônias os
dirigentes e demais integrantes da corrente mediúnica (durante o desdobramento normal dos seus
espíritos que acontece durante o sono físico), a fim de participarem de trabalhos de auxílio a
encarnados e desencarnados, para estudarem e ou receberem.
Caboclo “Pena”: Todo Caboclo Pena traz uma qualidade voltada para ensinar, doutrinar. A pena é de
Oxóssi, Orixá do Conhecimento.
Caboclo “Flecha”: Todo Caboclo Flecha traz duas qualidades fundamentais: uma voltada para o
Conhecimento (pois a flecha é de Oxóssi) e a outra voltada para o Sentido da Direção (porque a
flecha também aponta numa direção, ela dá direção- Qualidade de Yansã). São Caboclos que atuam
para dar um direcionamento na busca do Conhecimento, na expansão do nosso aprendizado. E a
cor que aparecer no nome do Caboclo dará o campo específico da sua atuação.
Caboclo “Folha”: Todo Caboclo Folha traz qualidades de Oxóssi, pois a folha é de Oxóssi, o Senhor
do Reino Vegetal. E a cor da folha indicará qual outro Orixá os rege e o campo específico de suas
atuações.
Caboclo “Pemba”: Todo Caboclo Pemba traz qualidades de Oxum (Trono Mineral), pois a pemba é um
mineral. São Caboclos de Oxóssi e Oxum. Oxóssi traz o Conhecimento e a expansão; Oxum é
agregadora, atrai e reúne com
LINHAS DE TRABALHOS
CABOCLO(A)S DA MATA – que tiveram contatos com a civilização
CABOCLO(A)S DA MATA VIRGEM - Que não tiverma contato com a Civilização
CARACTERISTICAS DOS CABOCLOS COM OS ORIXAS
CABOCLOS DE OMULÚ
São espíritos dos antigos “pajés” das tribos indígenas. Raramente trabalham incorporados, e quando o fazem,
escolhem médiuns que tenham Obaluaiê como primeiro Orixá. Sua incorporação parece um Preto-velho,em
algumas casas locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-sepouco. Fazem trabalhos de magia, para
vários fins.
CABOCLAS DE IANSÃ
São rápidos e deslocam muito o médium. São diretos para falar e rápidos também, muitas das vezes pegam a
pessoa de surpresa. Geralmente trabalham para empregos e assuntos de prosperidade, pois Iansã tem grande
ligação com Xangô. No entanto sua maior função é o passe de dispersão

(descarrego). Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da necessidade.


CABOCLAS DE IEMANJÁ
Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de Oxum, rodam muito, chegando a deixar o
médium tonto. Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza espiritual, conduzindo
essa energia para o mar.
CABOCLOS DE OGUM
Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam. Consultas diretas, geralmente gostam
de trabalhos de ajuda profissional. Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar
ânimo.
CABOCLOS DE XANGÔ
São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão. Trabalham para:
emprego; causas na justiça; imóvel e realização profissional. Dão também muito passe de dispersão. São
diretos para falar.
CABOCLOS DE OXOSSI
São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito. Trabalham com banhos e defumadores, não
possuem trabalhos definidos, podem trabalhar para diversas finalidades. Esses caboclos geralmente são
chefes de linha.
CABOCLAS DE NANÃ
Assim como os Pretos-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham aconselhando, mostrando o karma e
como ter resignação. Dão passes onde levam eguns que estão próximos. Sua incorporação igualmente é
contida, pouco dançam.
CABOCLAS DE OXUM
Incorporam de forma suave, são calmas e gostam de tratar da saúde.
ELEMENTOS DA LINHA
Habitat: matas e ambientes da vibração originária
Libação: água de côco, mate, mel com água, caldo de cana, vinho tipo moscatel
Ervas: cipó cabeludo, cipó caboclo, eucalipto, guiné caboclo, guiné pipi, samambaia
Flores: girassol, flor de ipê, palmas de diversas cores, conforme a vibração originária
Saudação: Okê, Caboclo!

TIPOS DE MEDIUNIDADE

MÉDIUM DE INCORPORAÇÃO

É aquele em que o espírito, o Guia, O Protetor, ou qualquer outra Entidade se manifesta através da
incorporação.
A incorporação (Entidade incorporante) dá lugar ao espírito comunicante. É a forma mais útil, permitindo-nos
o entendimento direto e pessoal com as Entidades, possibilitando-nos o esclarecimento espiritual.

MÉDIUM VIDENTE
É um médium muito útil e raro nos trabalhos, pois serve para ver os espíritos que vibram nos mesmos.
Os médiuns videntes descobrem a verdadeira identidade dos espíritos manifestados e verificam se está
havendo mistificação. Pode haver a vidência no ambiente, no espaço ou à distância, no tempo, ou seja, fatos
a ocorrer ou já ocorridos em outros tempos.
A vidência normalmente se manifesta na infância, estendendo-se até a maturidade, quando a mesma, na
maioria dos casos desaparece, somente voltando quando o médium inicia seu desenvolvimento.

MÉDIUM OLFATIVO
É o médium que tem a faculdade de sentir a aproximação das Entidades, através do olfato.

MÉDIUM AUDITIVO
A forma mais comum desta faculdade é a Telepatia. ou transmissão direta de pensamentos, emoções ou
impressões. É uma forma não sensorial relativa ao cérebro ou a parte dele chamado sensório, sensações,
próprio para transmitir sensações, comunicação entre duas ou mais pessoas. O médium ouve sons, ruídos e
etc...

MÉDIUM DE DESDOBRAMENTO
É aquele que possui a faculdade de aparecer ao mesmo tempo em dois lugares diferentes, quer durante o
sono quer em atividade normal, podendo ocorrer por ocasião de emoções violentas, agonia de morte, doenças
graves ou espontaneamente através de materialização da alma.
MÉDIUM DE TRANSPORTE
É aquele que possui a faculdade de, através da concentração, transportar-se a outro lugar, isto é, em transe,
sua alma se afasta do corpo e vai a lugares distantes, mas não se materializam como os médiuns de
desdobramento, permanecendo invisível para os demais.

MEDIUM INTUITIVO Uma modalidade de


telepatia, quando a transmissão do pensamento se dá por meio do Espírito do médium, ou melhor de sua alma.
Ela recebe o pensamento do Espírito que se manifesta e o transmite. Nessa situação o médium tem
consciência do que fala ou escreve, embora não exprima o seu próprio pensamento.
MEDIUM DESCARREGO acontece quando um médium
desenvolvido, capacitado e firmado dentro de uma corrente mediúnica, por determinação do astral, incorpora
um espírito de baixa vibração energética, mental e emocional com intuito de “limpeza”.
MÉDIUNS DE EFEITO FÍSICOS São os mais aptos,
especialmente, à produção de fenômenos materiais, como movimentos de corpos inertes, os ruídos, a
deslocação, o levantamento e a translação de objetos, etc. Sempre neste fenômenos há o concurso voluntário
ou involuntário de médiuns dotados de faculdades especiais
MÉDIUNS SENSITIVOS OU IMPRESSIVOS São pessoas suscetíveis de
pressentir a presença dos Espíritos, por impressão vaga, como ligeiro atrito em todos os membros, fato que
não logram explicar. Tal sutileza pode essa faculdade adquirir; que aquele que a possui reconhece, pela
impressão que experimenta, não só a natureza, boa ou má, do Espírito que lhe está ao lado, mas também a
sua individualidade
MÉDIUNS PSICOFÔNICOS OU FALANTES É a faculdade que permite
aos Espíritos, utilizando os órgãos vocais do encarnado, transmitirem a palavra audível a todos que presentes
se encontrem . Os médiuns falantes, de maneira geral são intuitivos ou conscientes, sendo o intérprete ou
mensageiro. O estilo, o vocabulário, a construção das frases são suas, mas a idéia é do Espirito.
MÉDIUNS SEMIMECÂNICOS Também denominados
Semi-intuitivos. Eles sentem que, à sua mão uma impulsão é dada, mau grado seu, mas, ao mesmo tempo,
têm consciência do que escrevem, à medida que as palavras se formam. Neste casos, o pensamento
acompanha as palavras.
MÉDIUNS POLÍGRAFOS São aqueles cuja escrita se
modifica em decorrência do Espírito que se comunica, ou que são aptos a reproduzir a escrita que o Espírito
tinha em vida.

MÉDIUNS ILETRADOS Os que escrevem como


médiuns, sem saber ler, nem escrever, no estado ordinário. Muito raros; mais que os anteriores.

MÉDIUNS POLIGLOTAS OU XENOGLOTAS São aqueles que


escreve ou falam, sob a influência dos Espíritos, em idiomas que lhe são desconhecidos.
MÉDIUNS CURADORES Este gênero de
mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo
olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. Geralmente a faculdade é espontânea
e, embora haja a utilização do fluido magnético, alguns médiuns curadores jamais ouviram falar do
magnetismo. Ex: - benzedeiras.

CARACTERISTICAS MEDIUNICAS

CONSCIENTE
O médium consciente que não foi instruído e preparado passa por dilemas e por vezes dúvida se é ou não um
manifesto da Entidade. Essa dúvida ocorre porque mesmo o médium "tomado" pela Entidade, sente, ouve e
vê e domina quase todas ou quase todas as reações físicas. Não sabe, no entanto, que a mediunidade de
incorporação consciente nada tem a ver com a parte sensorial ou motora e sim com a parte mental intuitiva.
Uma vez que desconhece a interferência direta exterior de uma força inteligente, que age sobre a sua aura,
transferindo vitalidade para a aura da pessoa "carregada", acredita, que é a sua própria vontade.

SEMI-CONSCIENTE
É o médium cuja inconsciência não é total, porém é dominado em suas partes sensoriais e motoras, ou seja,
a entidade incorporante consegue dominar seu corpo físico assim como envolver ou frenar todo o seu sistema
nervoso ou neuro-sensorial e faz uma espécie de ligação com o psiquismo. Assim como que em passividade,
deixando que a comunicação da Entidade incorporante se processe firmemente (na maioria das vezes, não
consegue interferir), sente que seus órgãos, naquela ocasião ou transe, não são mais seus.
Dá-se com o médium semi-inconsciente uma espécie de afastamento forçado de sua vontade, de uma ação
ou força de interferir na atuação ou na comunicação da Entidade incorporante.
Quando o médium é bem equilibrado acontece quase sempre um fenômeno curioso com ele. Durante a ocasião
em que se processou a incorporação, sabe de tudo o que se passou (ou passa com ele ou em torno dele), ou
guarda ligeiras recordações, ou acontece mesmo de esquecer ou ainda lhe é difícil reter corretamente na
memória as comunicações faladas ou cantadas (na Umbanda). Guarda apenas na memória, por vezes, o
sentido ou impressões boas ou más causadas por ela (a comunicação) ou pelo espírito incorporante sobre as
outras pessoas. Mas isso acontece quando o médium tem de facto e de direito o dom da mecânica de
incorporação.

INCOSCIENTE
Sem consciência ou com desconhecimento do alcance moral do que praticou. Parte de nossa vida psíquica da
qual não temos consciência.
É muito comum o médium reclamar deste tipo. Após a incorporação o médium "dorme", acordando após a
desincorporação sem noção de tempo e do que se passou com ele.

CLASSIFICAÇÃO MEDIUNICA

MÉDIUNS FACULTATIVOS OU VOLUNTÁRIOS: Só se encontram entre

pessoas que tem conhecimento mais ou menos completo dos meios de comunicação com os Espíritos, o que

lhes possibilita servir-se, por vontade própria, de suas faculdades. Não que realizem quando queiram os

fenômenos, pois sem a vontade do Espírito que se irá comunicar nada conseguirão, porém, são senhores da

faculdade que possuem, não permitindo que se dêem comunicações extemporâneas e em momentos

impróprios. Sabem que possuem a faculdade e se predispõem ao intercâmbio com o mundo dos Espíritos.

MÉDIUNS NATURAIS OU INVOLUNTÁRIOS: Também denominados

"Inconscientes", pelo Codificador, por não terem consciência da faculdade que possuem. São aqueles cuja

influência se exerce a seu mau grado. Existem entre as pessoas que nenhuma idéia fazem do Espiritismo, e

nem dos Espíritos, até mesmo entre as mais incrédulas e que servem de instrumento, sem o saberem e sem

o quererem.

Os fenômenos espíritas de todos os gêneros podem operar-se por influência destes últimos, que sempre

existiram, em todas as épocas e no seio de todos os povos. A ignorância e a credulidade lhe atribuíram um

poder sobrenatural e, conforme os tempos e os lugares, fizeram deles santos, feiticeiros, loucos ou visionários.

O Espiritismo mostra que com eles, apenas se dá a manifestação espontânea de uma faculdade natural.

DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO

A força mediúnica aumenta quanto mais ela for empregada no campo da CARIDADE.
Para isso deve haver desenvolvimento metódico, regrado e bem conduzido. É
necessário um período preliminar de adaptação do Médium com o ambiente e
sobretudo, com o conjunto de forças magnéticas que se forma em dado local, quando
pessoas de objetivos idênticos se reúnem e se afinizam.
O desenvolvimento mediúnico se apresenta de duas formas:

NATURAL: à medida em que evolui e se moraliza, a pessoa adquire facilidades psíquicas e desenvolve suas
qualidades mediúnicas.

PROVA: a muitos, entretanto, a mediunidade surge como prova de fogo, recebem-na com poderoso auxílio
para sua evolução.
Unidade VI
QUE É ECTOPLASMA

Ectoplasma, para a ciência acadêmica, é a parte da célula que fica entre a membrana e o núcleo, ou a porção
periférica do citoplasma.
Ectoplasma: Termo criado por Charles Richet. É uma substância que se acredita seja a força nervosa e tem
propriedades químicas semelhantes as do corpo físico, donde provém. Apresenta-se viscoso, esbranquiçado
(quase transparente, com reflexos leitosos) e é evanescente sob a luz. É considerado a base dos efeitos
mediúnicos chamados "físicos", pois através dele os espíritos podem atuar sobre a matéria.
Entretanto, para os espíritos o ectoplasma é geralmente conhecido como um plasma de origem psíquica, que
se exsuda principalmente do médium de efeitos físicos, e algo dos outros médiuns. Trata-se de substância
delicadíssima que, situa-se entre o perispírito e o corpo físico. Embora seja algo disforme, é dotada de forte
vitalidade, por cujo motivo serve de alavanca para interligar os planos físico e espiritual.
Historicamente o ectoplasma tem sido identificado como algo que é produzido pelo ser humano que, em
determinadas condições, pode liberá-lo, produzindo fenômenos diversos.
Dizem que são encontrados em maior quantidade na altura dos centros de força (chakras) Umbilical e básico.

CARACTERÍSTICAS DO ECTOPLASMA

O ectoplasma é de difícil manipulação, é pegajoso, não se molda facilmente, por isso exige treinamento e
técnicas para que os espíritos se utilizem deste fluido.
Não é o espírito que se materializa e sim o ectoplasma que se adere a forma do perispírito do espírito.
O ectoplasma sofre muito a influência da luz do dia e da luz branca, ocorrendo interferências no fenômeno, o
ideal é utilizar uma luz de tom avermelhado.
Pode ocorrer materialização sob o efeito da luz branca mas é necessário ter muito ectoplasma (em
abundância), também é difícil tirar-se foto com flash de materialização, porque no momento do flash há
interferência.
Não é o ectoplasma puro que exala do médium que é usado diretamente nas materializações, é necessário
combiná-lo com outros fluidos (espirituais, físicos (kundalini-material , líquido nervoso + líquidos do corpo do
médium e da natureza) ou seja na materialização é utilizado ectoplasma elaborado.

OS ESPÍRITOS NÃO PRODUZEM ECTOPLASMA

Todos os estudos feitos, sobre as materializações de espíritos e os chamados “efeitos físicos”, demonstram
que esses fenômenos ocorrem somente na presença de pessoas que podem fornecer ectoplasma.
Isto leva à óbvia conclusão de que os espíritos não “produzem” ectoplasma. Eles apenas podem manipulá-lo.
Uma observação mais cuidadosa leva, inclusive, à conclusão de que esta “manipulação” somente pode ocorrer
com a conivência, consciente ou “inconsciente” dos encarnados que fornecem o ectoplasma.
Se assim, não fosse, esses fenômenos ocorreriam com tal frequência e intensidade, no cotidiano da
humanidade, que os desencarnados passariam a participar diretamente do mundo dos encarnados.
Deste modo, pode-se deduzir que o ectoplasma é um atributo do corpo físico, portanto da matéria, uma vez
que o corpo humano é material, embora seja controlado pelo espírito nele encarnado. O que se pode admitir
que aconteça é que, os espíritos encarnados, em contato com a matéria (corpo), durante a encarnação,
manipulam-na (a matéria) de tal modo a produzirem o que chamamos de ectoplasma.
Essa produção se daria, de modo automático e inconsciente, desde a concepção até o desencarne.

OS TIPOS DE ECTOPLASMA

Se o ectoplasma está relacionado com a matéria que constitui o corpo humano, ele deve existir, também, nos
minerais, nas plantas e nos animais em geral.
Esse ectoplasma dos animais, dos vegetais e dos minerais não deve ser igual, em termos de “complexidade”,
ao ectoplasma existente nos seres humanos.
O ectoplasma mineral é, em princípio, o mais simples. Nos vegetais, que se alimentam principalmente de
materiais inorgânicos, ele se apresenta de modo relativamente mais complexo, isso pode ser admitido uma
vez que ele foi “trabalhado” por elas a partir do material inicial.
Nos animais, que se alimentam de produtos minerais, vegetais e mesmo outros animais, o ectoplasma deve
adquirir uma maior complexidade.
Certamente em função da espécie de vegetal ou animal, haverá qualidades diferentes de ectoplasma.
Esta dedução é fácil de ser feita, uma vez que, ao que se sabe, o ectoplasma não humano não é suficiente,
ou adequado, para a realização de fenômenos físicos e de materialização.
Se fosse, esses fenômenos ocorreriam livremente pela manifestação de espíritos desencarnados.
Haveria interferência direta dos desencarnados no mundo dos encarnados, criando uma grande confusão.

Tipos de ectoplasma:
1. ectomineroplasma, originário dos materiais minerais;
2. ectofitoplasma, quando extraído dos vegetais;
3. ectozooplasma, quando produzido pelos animais;
4. ectohumanoplasma, quando produzido pelos humanos.
É uma substância material, visível ou não, consoante sua quantidade e densidade, absorvida/produzida pelo
corpo humano a partir da fusão e posterior metabolismo de quatro fluidos, quais sejam:
· fluidos astrais (química astral);
· fluidos da natureza (raios solares, raios lunares, gases etc.);
· fluidos orgânicos e inorgânicos de nosso planeta (minerais, vegetais e animais)..

ONDE SITUA-SE O ECTOPLASMA

Segundo André Luiz, o ectoplasma está situado entre a matéria densa e a matéria perispirítica, assim como
um produto de emanações da alma pelo filtro do corpo (duplo etérico), e é recurso peculiar não somente ao
homem, mas a todas as formas da Natureza.
Este tipo de raciocínio indica, novamente, a existência de outra matéria, “paralela” à que conhecemos e o
ectoplasma seria constituído por esta matéria.
Esta matéria seria coexistente com a matéria conhecida, porém, de uma densidade muito menor.

DOAR ECTOPLASMA

O médium e os assistentes, “doam” algo de si: fornecem os fluidos para que as providências empreendidas no
mundo espiritual se concretizem.
Em conseqüência, tanto o médium quanto os assistentes, enquanto fornecem o ectoplasma de fenomenologia
física, perdem peso corporal porque parte de sua matéria sólida se transforma em fluidos.
Assim que se encerram os trabalhos, o ectoplasma e demais fluidos dispersos retornam para sua fonte
de origem e se transformam, novamente, nos elementos orgânicos corporais, e recuperam seu peso.
Antes do ectoplasma retornar do médium é feito pela equipe espiritual uma filtragem e todo o fluído
ectoplasmático que oferecer o mínimo de risco ao médium é eliminado. Alguns médiuns de efeitos
físicosingerem muita água depois dos trabalhos, pois desidratam-se mais do que os outros durante o tempo
em que fornecem o ectoplasma para os espíritos operarem na matéria.

Quando da produção de ectoplasma, também se processa nos médiuns acentuada volatização dos fluidos
orgânicos que, em seguida, constituem-se nos fluidos de auxilio à fenomenologia mediúnica.
Às vezes, alguma porção do ectoplasma se perde no próprio ambiente; certa percentagem é deliberadamente
recusada pelo organismo no seu retorno, caso lhe tenham aderido os gérmens psíquicos ou bacilos astrais
indesejáveis, o que pode acontecer devido à insuficiência

CUIDADOS PARA NÃO CONTAMINAR O ECTOPLASMA

Os trabalhos de efeitos físicos exigem um cuidadoso tratamento por parte dos espíritos operadores, pois o
ectoplasma do médium é elemento fácil de ser contaminado pelos miasmas e certas tóxicos que invadem
o ambiente devido à imprudência ou descaso de alguns freqüentadores dos trabalhos mediúnicos. Essa
matéria viva do próprio médium pode ser empregada para fins proveitosos quando, pela sua vontade, este
admite a intromissão dos espíritos amigos e benfeitores;
no entanto, caso se trate de criatura desregrada, os espíritos inferiores e malévolos podem assenhorar-se
dessa energia acionável pela vontade desencarnada, causando perturbações nos trabalhos de efeitos físicos,
ou mesmo fora do ambiente mediúnico.
A presença de apenas uma pessoa incrédula no ambiente dificulta ou até impede a aderência do ectoplasma
no perispírito do espírito.
CARACTERISTICAS DA ULTILIZAÇÃO DO ECTOPLASMA
Apresenta-se como uma geléia viscosa, de cor branca, semi-líquida e que sai através dos principais orifícios
do corpo humano (boca, narinas, ouvidos etc.), é um dos elementos integrantes de nosso corpo vital (duplo
etérico), sendo o envoltório intermediário entre o perispírito (corpo astral) e o corpo físico. É o dinamizador da
parte bio-fisiológica do ser humano encarnado.
. Não vamos nos ater a discorrer sobre o emprego de ectoplasma na materialização de espíritos e objetos,
situações em que deve haver um grande acúmulo de ectoplasma nos doadores desta substância, mas sim na
sua utilização por parte dos espíritos trabalhadores de nossa elevada Umbanda. Os Caboclos, Crianças, Exus
e Pretos-Velhos (as quatro formas fluídico-perispirituais de manifestação de espíritos na Umbanda) costumam
utilizar o ectoplasma de seus médiuns para os mais variados fins (lembre-se: espíritos não têm corpo vital, logo
não têm ectoplasma. Nos trabalhos de cura, costumam aplicá-lo nos centros de força dos assistentes, a fim de
reequilibrar o fluxo energético (absorção e emanação de energias).
Nos trabalhos direcionados ao desmanche de baixa magia, as entidades potencializam a substância
ectoplasmática, deslocando-se a lugares onde está a origem material da feitiçaria (objetos vibratóriamente
magnetizados), passando a manipular tais materiais, desmagnetizando-os e neutralizando as demandas.
Devido aos espíritos utilizarem o ectoplasma humano em algumas tarefas onde há a necessidade deste fluido
vital, muitos médiuns, ao término de uma sessão ou gira, sentem-se fatigados, cansados, exauridos de energia,
e com apetite aguçado. Esta situação ocorre em grande parte, e em vários graus, conforme a quantidade
sorvida, em razão da retirada de parte do ectoplasma do médium por parte dos espíritos trabalhadores. É um
acontecimento natural, facilmente dirimido pela ingestão de líquidos como água pura, sucos, refrigerantes,
comestíveis, e, se possível, um ligeiro repouso. Após um curto espaço de tempo o ectoplasma volta a seu nível
normal.
O que se deve ter em mente, principalmente por parte dos médiuns sérios, é que a maior qualidade do fluido
vital ectoplasmático está diretamente ligada aos hábitos do indivíduo, enquanto membro de uma sociedade
heterogênea. Portanto, é de suma importância que não se abuse de bebidas alcoólicas, fumo e sexo, que, se
ingeridos ou praticados em demasia, poderão influenciar na maior ou menor eficácia de determinados trabalhos
espirituais.
Ela pode canalizar essa energia para trabalhos de cura, como também pode ser assediada por obsessores,
onde utilizando-se de seu ectoplasma, pode perturbá-la, através de vozes no ouvido direito, ruídos , sons ,
músicas , etc.
ACÚMULO DE ECTOPLASMA
Os sintomas causados pelo acúmulo de ectoplasma são mais variados do que se poderia imaginar a princípio.
Alguns são mais gerais, por aparecerem em muitas pessoas, outros são características de indivíduos em
particular.
Podemos considerar que os sintomas ocasionados pelo ectoplasma são resultados de reações idiossincráticas
de cada pessoa, em função do temperamento, do equilíbrio emocional, da educação social, da constituição
física, da alimentação, etc.
De uma maneira simples o ectoplasma pode influenciar o nosso corpo, vamos lembrar que toda a matéria
excedente no nosso organismo é eliminada de alguma forma, seja de modo mais suave, pela expiração, pelas
fezes, pela urina, pelo suor, ou com incômodo, pela tosse, pelo vômito, etc.

Uma vez que consideramos que o ectoplasma é formado no nosso metabolismo, podemos admitir que ele
deva ser absorvido, em parte, pelo nosso corpo, por ser necessário para a sua sobrevivência. O restante deve
ser eliminado pelos mesmos
caminhos de saída que as excreções comuns. Conseqüentemente, o seu eventual acúmulo deve ocasionar
sintomas nestas vias de eliminação. De fato, é o que mais se observa, além de outros sintomas não diretamente
relacionados com estas vias. a retenção de ectoplasma pode ocasionar sintomas diretamente ligados ao local
em que ele está acumulado como, também, em outros pontos do organismo.

Os sintomas relacionados, a seguir, são provocados por ectoplasma acumulado no organismo humano. Deve-
se ressaltar, porém, que outras causas levam aos mesmos sintomas. Podem ser dados exemplos simples: se
uma pessoa ingerir algum alimento deteriorado poderá ter cólicas e diarréia; alguém que nade no mar poderá
ter um pouco de coriza e ardência nos olhos; se alguém por motivos quaisquer, contrair uma gripe, terá uma
série de sintomas que podem, pelo menos alguns deles, ser iguais aos que provoca o ectoplasma acumulado.
É fácil entender, de modo genérico, esta situação. O organismo humano, no sentido de manter o seu equilíbrio,
tem mecanismos de ‘alarme’, como a dor, e de ‘proteção’, como é o caso de eliminações por diarréia, vômito,
suor, espirro, etc.
Assim, também, no caso de haver ectoplasma acumulado, o corpo humano acaba usando os mesmos recursos
de alarme e de defesa, ocasionando diversos sintomas.

KIMBANDA E QUIMBANDA
Kimbanda - significa algo como "curandeiro" em kimbundu, um idioma bantu falado em Angola.O kimbanda é
uma espécie de xamã africano.
Quimbanda - é um culto afro-brasileiro com forte influência bantu e muito influenciado pela magia negra
européia.
Kimbanda e Quimbanda - se confundem, mas são cultos distintos e com objetivos diferentes.
O kimbandeiro é um membro ativo de sua comunidade, um doutor dos pobres e intérprete dos espíritos da
Natureza. Ético, ele sempre trabalha para o bem, a paz e a harmonia.
Eles invocam as almas dos antigos Tatas (pais espirituais ou sacerdotes curandeiros) e Yayas(mães espirituais
ou sacerdotisas curandeiras).
Estas almas transcenderam o limite da materialidade e da ignorância.
Elas possuem bondade, conhecimento e luminosidade. Algumas não precisam mais encarnar, pois, já
evoluíram o suficiente neste mundo

O quimbandeiro é um feiticeiro. Normalmente vive afastado, não se envolve socialmente, invoca almas de
entidades que em vida foram feiticeiros, mercadores, homens ou mulheres comuns, energia baixa
Na África, o kimbandeiro faz a ponte entre os Makungu (ancestrais divinizados), os Minkizes (espíritos
sagrados da Natureza) e os seres humanos.
Ele entra em transe profundo, incorpora os seres invisíveis que consultam os necessitados e os aconselham
na resolução dos problemas.

Como autêntico xamã, ele sabe que a mata é um ser vivo que respira, come e sente.
Ela é densamente habitada por diversos tipos de entidades, que transmitem seu conhecimento aos sacerdotes
eleitos.

Um dos nomes pelo qual o kimbanda é conhecidoé Ganga vem de Nganga

O quimbandeiro centra seu trabalho na figura de Exu, que é um Orixá yoruba e não um Nkizi bantu. A entidade
que se assemelha a Exu entre os bantu é chamada de Aluvaiá, Nkuvu-Unana, Jini, Chiruwi, Mangabagabana
e Kitunusi dependendo do dialeto e da região.
Aluvaiá pode ser "homem" ou "mulher" e sua energia permeia tudo e todas as coisas.

O quimbandeiro também invoca e incorpora as entidades associadas ao culto do magnífico Orixá Exu, os
exus e pombas giras.

Pode haver sincretismo com nomes como Lúcifer, Asmodeus, Behemoth, Belzebu e Astaroth da Cultura
Européia.

Na África o sangue é um elemento sacrificial.

O kimbandeiro oferece um animal a uma entidade, prepara a carne e entrega a primeira porção ao espirito
O resto do animal, que se tornou agora alimento, é compartilhado com a comunidade se isto acontece em data
festiva.
O quimbandeiro, não está interessado em "sacrificar" (tornar sagrado), ele está preocupado com os poderes
mágicos do sangue, vísceras e couro do animal. Portanto, teologicamente falando, ele não sacrifica.
O kimbandeiro é um agente social.Ele depende da comunidade e a comunidade depende dele.
Quando aceita um pagamento para seu trabalho, ele retira do mesmo a sua sustentabilidade. Todo mundo
sabe e pactua com isso.

Trocas de mercadorias e favores podem substituir o dinheiro como pagamento.

As pessoas empobrecidas são atendidas sem nada precisar dar em troca.


Três são os pilares do kimbandeiro: amor, honra e caridade.

O universo da Kimbanda é composto por tês mundos que se interpenetram:


o mundo celeste onde moram os espíritos celestiais e originais (alguns Minkizis e ancestrais divinizados), o
mundo natural habitado pelos homens e pelos espíritos da natureza (elementais) e o mundo subterrâneo da
morte e dos ancestrais.

O médium na Kimbanda é um canal entre os espíritos e os que precisam dos espíritos.


Ele é um instrumento mágico, um servidor da humanidade que pratica um transe profundo, pois, somente
adormecendo o ego o divino pode fluir.

A Quimbanda, também conhecida pelos leigos como macumba, é uma ramificação que pratica a magia negra.
Embora cultuem os mesmos Orixás que a nossa umbanda e as mesmas entidades, se sirvam das mesmas
indumentárias, e tenham em seus terreiros semelhanças muito marcantes tais como a presença de gongá
repleto de imagens dos santos católicos simbolizando os orixás, caboclos e pretos velhos, existem entre as
duas religiões diferenças fundamentais e decisivas.

Uma delas é que na Quimbanda são realizados despachos com animais como galos e galinhas pretas por
exemplo, pólvora, objetos da pessoa a quem se quer prejudicar, dentes, unhas ou cabelo de pessoas ou
animais. Estes despachos costumam-se realizar à meia-noite em locais como encruzilhadas e cemitérios.

Outra prática bastante freqüente que também se encontra presente no vodu haitiano sob o nome de paket é o
envultamento.

Os quimbandeiros têm como ponto principal de seu culto a invocação de Exus que na Quimbanda são
considerados espíritos das trevas, uns já em estado de evolução, e outros, denominados quiumbas, espíritos
atrasadíssimos e que por isso também são chamados obsessores.

LINHA DO POVO CIGANO

Os primeiros ciganos acolhidos no Brasil no século XVI, enviados de Portugal como degredados, em 1574,
para aqui trabalharem como ferreiros e ferramenteiros. Só vieram como autônomos a partir do século XIX,
acompanhando o séqüito de D. João VI.

Na Umbanda, a presença de ciganos tem sido cada vez mais constante e, em muitos terreiros, eles próprios
já pedem para que seus médiuns trabalhem com a roupa branca e tenham apenas os seus elementos
magísticos, como lenços, baralhos, espelhos, adagas, anéis e outros. A saudação a eles é: Salve os Ciganos!

Na Linha dos Ciganos encontramos espíritos que tiveram encarnações como ciganos e também espíritos que
foram atraídos para essa linha por afinidade com a magia cigana. Por isso, os ciganos na Umbanda não têm
obrigatoriamente que falar espanhol ou romanês, ler cartas ou fazer advinhações. Há os espíritos ciganos que
fazem isso porque já o faziam quando encarnados e outros não.

São entidades que há muito tempo trabalham na Umbanda, mas normalmente se manifestam sob domínio de
outras linhas como a linha da esquerda, a linha do oriente, entre outras. Isso é possível pelo fato da energia
de trabalho ser a mesma, o que muda é a forma de manipular os fluídos, uma vez que os ciganos usam uma
relação material, energética, elementar e natural, assim como o povo da esquerda, enquanto que o povo do
Oriente manipula essas elementos através de seu magnetismo espiritual. É uma linha espiritual em franca
expansão e temos até linhas de esquerda

Sempre se faz necessário deixar claro que uma coisa é ‘Magia do Povo Cigano’, ou ‘Magia Cigana’, e outra
coisa bem diferente são as Entidades de Umbanda que se manifestam nesta linha de trabalho. Existe uma
pequena semelhança somente no poder da Magia, mas suas atuações são bem diferentes pois as Entidades
de Umbanda trabalham sob domínio da Lei e dos Orixás, conhecem Magia como ninguém e, principalmente,
não vendem soluções ou adivinhações.

É uma linha espiritual especial, cujas entidades trabalham na irradiação dos diversos orixás, mas louvam sua
padroeira, Santa Sara Kali-yê. Seus trabalhos também podem ser sustentados por Pai Ogum.

Os espíritos que se manifestam como Ciganos na Umbanda não trabalham a serviço do mal ou para resolver
nossos problemas a qualquer custo, mas é importante saber que eles dominam a MAGIA e preservam a
LIBERDADE e ,tanto quanto em qualquer outra linha de trabalho da Umbanda, teremos aqueles espíritos que
não agem dentro do contexto da Lei, os chamados ‘quiumbas’, que se encontram espalhados pela escuridão
e a serviço das Trevas. Portanto, é imprescindível o bom nível espiritual do médium para trabalhar com essa
linha para que não atraia esses tipos de espíritos pela Lei da Afinidade.
Os Ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada Cigano tem sua cor de vibração no plano
espiritual e uma outra cor de identificação. Uma das cores, a de vinculação vibracional, raramente se torna
conhecida mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc.
É muito comum os Ciganos usarem em seus trabalhos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de
sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas
de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes, baralho, espelho, dados, moedas, medalhas e até as
próprias saias das ciganas, que são sempre muito coloridas, como grandes instrumentos magísticos de
trabalho.
Os Ciganos são dotados de uma sabedoria esplendorosa, trabalham com lindos encantamentos e magias e
os fazem por força de seus próprios mistérios, escolhendo datas certas em dias especiais sob a regência das
diversas fases da Lua.
Dia comemorativo da Santa Sara Kali-yê é 24 de maio.
Salve o Povo Cigano!
Símbolos Ciganos
TAÇA – simboliza união e receptividade. Qualquer líquido cabe nela e adquire sua forma. Tanto que, no
casamento cigano, os noivos tomam vinho em uma única taça, que representa valor e comunhão eterna.
CHAVE – simboliza as soluções. É usada para atrair boas soluções de problemas. O símbolo da chave, quando
em trabalho, costuma atrair sucesso e riquezas.
ÂNCORA – simboliza segurança. É usado para trazer segurança e equilíbrio no plano físico, financeiro e para
se livrar de perdas materiais.
FERRADURA – simboliza energia e sorte. É usado para atrair energia positiva e boa sorte. A ferradura
representa o esforço e o trabalho. Os ciganos têm a ferradura como poderoso talismã, que atrai a boa sorte, a
fortuna e afasta a má sorte.
LUA – simboliza a magia e os mistérios. A lua é usada geralmente pelas ciganas para atrair percepção, o poder
feminino, a cura e o exorcismo, atentando-se sempre para as fases: nova, crescente, cheia e minguante. A lua
cheia é o maior elo de ligação com o sagrado, sendo chamada de madrinha. As grandes festas sempre
acontecem nas noites de lua cheia.
MOEDA – simboliza proteção e prosperidade. É usada contra energias negativas e para atrair dinheiro. A
moeda é associada ao equilíbrio e à justiça e relacionada às riquezas materiais e espirituais, que são
representadas pela cara e coroa. Para os ciganos, cara é o ouro físico, e coroa, o espiritual.
PUNHAL – simboliza a força, o poder, vitória e superação. É muito usado nos rituais de magia, tem o poder de
transmutar energias. Os ciganos também usavam o punhal para abrir matas, sendo então, um dos grandes
símbolos de superação e pioneirismo, além da roda. O punhal também é usado nas cerimônias ciganas de
noivado e casamento, onde é feito um corte nos pulsos dos noivos e em seguida os pulsos são amarrados em
um lenço vermelho, representando a união de duas vidas em uma só.
TREVO – simboliza a boa sorte. É o símbolo mais tradicional de boa sorte, traz felicidade e fortuna. É raro
encontrar um trevo de quatro folhas na natureza, mas quando se encontra pode-se esperar sempre
prosperidade.
RODA – simboliza o ciclo da vida. A Samsara representa o ir e vir, o circular, o passar por diversos estados, o
ciclo da vida, morte e renascimento. É usada para atrair a grande consciência, a evolução, o equilíbrio, é o
grande símbolo cigano e é representado pela roda dos vurdón que gira. Samsara (sânscrito) – Literalmente
significa “viajando”, o ciclo de existências, uma sucessão de renascimentos que um ser segue através de vários
modos de existências até que alcance a liberação. Vurdón (romanês ou romani – dialeto cigano) significa
“carroção”.
CORUJA – simboliza “o ver totalmente”. É usado para ampliar a percepção com a sabedoria possibilitando ver
a totalidade: o consciente e o inconsciente
Unidade VII
Sonhos na mediunidade

Os sonhos são produções espontâneas do inconsciente, sem a participação direta do ego.

Eles brotam das conexões psíquicas que formam os nós das redes dos complexos. São expressões do Espírito que aliviam
as tensões geradas pelo conjunto das emoções das experiências reencarnatórias. Não são quimeras nem fantasias, mas
legítimas imagens carregadas de significado aparentemente incompreensível.

São resultantes simbólicos das intensas emanações das experiências vividas pelo espírito, que ficam gravadas no perispírito.
Essas experiências podem ser ocorrências no momento do sono, da vida atual, de vidas passadas, assim como prognósticos
quanto ao futuro.
Os sonhos que retratam vivências do espírito durante o sono do corpo físico, contêm menos símbolos e são mais nítidos e
lógicos do que aqueles que trazem informações sobre vidas passadas.
Porém, qualquer que seja o conteúdo dos sonhos, ele sempre terá símbolos a serem decodificados.
A existência da faculdade mediúnica desenvolvida favorece a produção de sonhos com fraco conteúdo simbólico, pois o
inconsciente dos médiuns ostensivos é mais aberto à consciência.
Tal abertura favorece o alívio natural das tensões inconscientes, conforme o médium for lidando harmonicamente com os
fenômenos resultantes de sua relação com o espiritual.
Embora os sonhos retratem aspectos da vida do sonhador, contendo realidades que lhe pertencem, alguns médiuns têm a
facilidade de sonhar com informações sobre a vida de outras pessoas.

Isso é raro e denota a existência de uma faculdade psíquica especial.

Há pessoas que sonham com eventos que freqüentemente terminam por acontecer. São os chamados sonhos premonitórios.

Esse tipo de mediunidade não só decorre do contato do médium com espíritos que lhe proporcionaram conhecimentos além
do senso comum, como também por conta da flexibilidade maior do médium em vasculhar seu inconsciente, obtendo mais
amplas informações para antever o futuro. Não são previsões absolutas, mas possibilidades de ocorrência, com altos níveis
de probabilidade. A premonição é sempre uma possibilidade e não uma ocorrência futura absoluta.

Os sonhos dos médiuns podem estar misturados com idéias, emoções e informações de espíritos desencarnados que com
eles mantêm contato próximo. Espíritos que porventura se encontrem no campo psíquico do médium, poderão, por
pregnância, alterar o conteúdo de seus sonhos. Os símbolos neles presentes podem estar misturados aos próprios do
inconsciente do médium. Os tipos de símbolos servem como elementos de identificação de sonhos que são vivências
espirituais, dos sonhos comuns e oriundos da psiquê do próprio indivíduo. É sempre oportuno que os médiuns ostensivos
levem seus sonhos para interpretação a pessoas que tenham conhecimento psicológico e espírita, e que poderão melhor
auxiliá-los na compreensão dos símbolos neles presentes.

As pessoas que sonham freqüentemente com outras que já faleceram, parentes ou não, possuem um tipo de mediunidade a
que chamo mediunidade onírica, pois ocorre durante o sono e só é percebida após o acordar. Seu desenvolvimento está
associado à identificação dos personagens desencarnados presentes nos sonhos, bem como à interpretação adequada das
mensagens neles existentes..

Descarrego

Descarrego, o “des” significa tirar o “carrego” Carrego seria um “peso” algo que carregamos, aquilo que não faz
parte da nossa essência e que de alguma forma nos foi colocado, por outros, e até por nós mesmos consciente ou
inconscientemente, ou ainda por fatores karmicos!
Obs. Fatores Karmicos= Lei do retorno, que trás consigo os resultado de ações pretéritas, boas ou ruins. Tudo
funciona dentro das Leis do Ser Supremo, dificuldades ou facilidades aparentemente sem uma causa real ou lógica.
Na Umbanda, O DESCARREGO, é um termo comum, assim como seu uso dentro das cerimônias, a pessoa atendida,
médium da casa(integrante do grupo) ou consulente(frequentador ou visitante) que esteja “carregado” será
purificado, liberto destas energias negativas, ou entidades negativas e perturbadoras, os chamados dentro da
linguagem umbandista de kiumbas(no kardecismo são chamados obsessores).
Fatores que são eliminados pelo desgarrego:
1) Energias Negativas(vibrações criadas pela própria pessoa, através dos seus pensamentos, ou através de
pensamentos ou ações mágicas de outros, sejam encarnados ou desencarnados)
2) Larvas Astrais(formas pensamentos, seres elementares criados através de pensamentos pertinentes e repetitivos,
esses pensamentos adquirem “vida própria” no mundo astral, e passam a se alimentar da energia da ou das pessoas,
que os criaram)
3) Kiumbas ou os chamados Espíritos Obsessores, são entidades, que por motivos diversos perseguem ou se ligam
as pessoas(suas vítimas) de forma a lhe sugarem energias vitais e/ou influenciarem negativamente.
4) Espíritos da categoria de sofredores, entidades que se afeiçoam a pessoa, podem ser até mesmo parentes e amigos
desencarnados, esses espíritos algumas vezes não sabem que não pertencem mais a este mundo físico, algumas vezes
até o sabem, mas por gostarem do encarnado ficam a lhe acompanhar, procurando “ajuda-lo”, o que não é possivel
pelo fato de não terem a devida “força ou luz” para este fim”
Forma como são feitos os descarregos:
O médium irá captar essas energias negativas e transmuta-las através de sua sensibilidade, tirando literalmente as
energias negativas do corpo perispiritual do atendido e passando ao seu, como essas energias não lhe são próprias,
elas serão captadas e facilmente eliminadas por esse captador. Esse tipo de DESCARREGO elimina as energias da
categoria 1 acima mencionada (energias negativas)
Outras vezes o médium devidamente “incorporado” irá buscar a ou as entidades obsessoras, para que sejam
doutrinadas e afastadas dentro da cerimônia. Categoria 3 Kiumbas ou Obsessores.
Da mesma forma os chamados Eguns Sofredores, irão ser doutrinados, auxiliados e encaminhados, muitas vezes
eles tem que se manifestar em um médium do grupo, para receber parte da energia vital do mesmo e sofrer o
chamado “choque da carne” que vem a ser a sua própria comunicação através de um médium para assim tomarem
a “consciência” que não mais pertencem a este mundo físico, posteriormente são levados aos hospitais da
espiritualidade ou a escolas de doutrinação.
No caso da categoria 2, larvas astrais ou seja formas pensamentos que criaram seres elementares, eles terão que
usar outras formas de DESCARREGO, o que chamamos de SACUDIMENTO, porque larvas e seres astrais desta
categoria não são humanos e portanto não se comunicam através de médiuns(ainda bem) e não possuem um
entendimento para doutrinação, sendo apenas digamos assim, para exemplificar, um “programa de computador”
que saiu do controle, assumindo atitudes próprias. Neste caso eles são eliminados pelos elementos da natureza,
agua(agua e líquidos de axé), terra(farinhas) , ar(fumaça da queima de ervas e polvora), e principalmente pelo
fogo(polvora, velas), dai a necessidade dos rituais com estes elementos. A larva astral é literalmente destruida, por
este ritual(procedimento) assim como se destroi um parasita do corpo, se destroi estes parasitas da alma, eles são
vivos e vivem no astral se unindo a sua vítima através dos chakras e perispírito da mesma, assim como um carrapato
ou sanguessuga, e sua forma assemelha-se inclusive a essas criaturas.
Adaptacao do texto: http://www.paicarlosdeoxossy.com/news/o-que-e-descarrego-na-umbanda.

Kiumbas

Kiumbas, ou Quiumbas, são espíritos trevosos ou obsessores, que se encontram desajustados perante à Lei, provocando
os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões.
São espíritos que se comprazem na prática do mal, apenas por sentirem prazer ou por vinganças, calcadas no ódio doentio.
Aguardando, enfim, que a Lei os "recupere" da melhor maneira possível (voluntária ou involuntariamente). Vivem no
baixo astral, onde as vibrações energéticas são densas. Este baixo astral é uma enorme egrégora formada pelos maus
pensamentos e atitudes dos espíritos encarnados ou desencarnados. Sentimentos baixos, vãs paixões, ódios, rancores,
raivas, vinganças, sensualidade desenfreada, vícios de toda estirpe, alimentam esta faixa vibracional e os Kiumbas se
comprazem nisso, já que sentem-se mais fortalecidos.
Os Kiumbas, por não terem leis nem regras, podem se manifestar dentro de uma corrente de Kimbanda, Batuque e demais,
quando a conduta for deturpada pelo médium, podendo inclusive tomar o lugar do Exu Guardião de um médium de má
conduta mediúnica.

É comum médiuns que trabalham com magia negra, feitiçarias e afins terem afastadas as suas próprias entidades, que atuam
somente nas leis de Deus, e serem substituídas por pseudo-entidades que se apresentam como se fossem as suas entidades,
mas são Kiumbas.

Mediunicamente, quando um Kiumba assume a frente da mediunidade de uma pessoa, devido a sua má postura e opção
pelo mal propriamente dito, a vida desta pessoa tende a envolver-se de doenças, rebeldias, vícios, deturpação sexual,
aversão social e intolerância ao meio, afundando-se em trevas de seus próprios desejos e vaidades.

Existem vários casos de médiuns desavisados, não doutrinados, ignorantes e não evangelizados, vaidosos, que abrem as
portas da sua mediunidade para a atuação de Kiumbas. Estas entidades, verdadeiros marginais do baixo astral, tudo farão
para ridicularizar não só o médium, como o terreiro, bem como a Umbanda.

Em muitas incorporações, ou "supostas incorporações", estas entidades espirituais ora se apresentam como um Guia
Espiritual, ora como um Guardião. Vamos entender o trabalho dos Kiumbas, para uma fácil identificação:

O Kiumba é aquele que caminha nas periferias do baixo astral, e também é considerado um tipo de obsessor. Espíritos
empedernidos e malfajejos, que fazem o mal pelo simples prazer de fazê-lo. Tudo o que pertence luz e o que é do bem,
eles desejam a todo custo aniquilar. Esses espíritos atuam onde conhecemos como“Umbral”, uma região das dimensões
densas que não existe ordem de espécie alguma. Muitos são recrutados através de emolumentos, pelos líderes do
baixo astral para que atuem em contra algum desafeto.

As infiltrações destes marginais das sombras são organizadas. Na Umbanda existe uma corrente de luz, denominada
Boiadeiros. Esta linha poderosa de trabalho é especializada em desobsessão, e na captura desses marginais. Os
Boiadeiros conduzem até nós médiuns estes espíritos, principalmente nos trabalhos de transporte, para que através da
mediunidade seja possível tratá-los, ou seja os corpos negativos são paralisados através da incorporação. Desta forma, eles
são acorrentados e conduzidos para as celas prisionais das Confrarias de Umbanda. Nestes pontos do astral são esgotados
em suas tormentas, em seus mentais desajustados, para que consequentemente possam adquirir sinais de consciência. Após
este dolorido processo de reformulação, transformar-se-ão em um sofredores, donde numa etapa posterior são
encaminhados aos Postos de Socorros Espirituais mais apropriados para estes fins, pois através do sofrimento, toda a
maldade adquirida será neutralizada, partindo para uma libertação do atraso espiritual, finalmente para as reencarnações.
Muitas vezes este processo leva muitos anos, até séculos, senão milênios.

O processo que devemos realizar para evitar os nossos irmãos “Kiumbas” nos importunem, é o mesmo da desobsessão, no
entanto, o decurso para “tratá-los” é predicado da Umbanda, sendo cada situação analisada de forma particular pelos Guias
Espirituais.

Fonte: http://penadourada.com.br/kiumbas_13.html
Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

Os pontos podem ser riscados fechados ou abertos. Se fechado a ação é concentrada, delimitada e limitada, cria-se um
verdadeiro campo de força. Usado em solicitações específicas e nos pontos identificatórios. Quando riscado aberto a
ação é ampla, vasta, envolve a todos e a todo o Terreiro. Dentro de um Terreiro esse tipo de ponto só é riscado pelo Pai
ou Mãe Espiritual.

O Ponto Riscado pode ser Identificatório, que é uma das grandes provas para confirmar que o médium está capacitado
para conquistar um novo grau, uma vez que se a Entidade não estiver realmente bem incorporada, e isso se deve somente
à capacidade mediúnica do médium, ele não saberá e não conseguirá riscar com firmeza e clareza o ponto que identificará
o Guia Espiritual entre os demais, é uma espécie de assinatura pessoal; pode ser Magístico ou Simbólico, que tem várias
funções pois pode ser energizador, protetor, irradiador, desagregador, transmutador, entre muitas.

O estudo formalizado desse tipo de ponto riscado não existe, pois esse conhecimento é de ‘poder do Astral Superior’, no
entanto, é importante seguir algumas bases e livros Sagrados milenares, assim como algumas bases cabalísticas para
tentarmos compreender esse grandioso Mistério; ou o ponto riscado pode ser ainda Simbólico, que tem um grande valor e
poder mágico pois são sinais expressos em formas que dão a entender uma intenção, uma ação ou uma direção.
Quando ela é usada como pó
junto com a energia do sopro,
envolve todo o ambiente e
todos os espíritos encarnados
e desencarnados de forma
poderosíssima, iniciando um
trabalho de limpeza,
harmonização ou até de
descarga; claro que isso
depende da composição dos
elementos adicionados à
Pemba que está sendo utilizada e da forma que é soprada essa Pemba.

Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

Quando usada nos PONTOS RISCADOS, o símbolo riscado transforma-se em um Símbolo Sagrado com grande Poder
de Ação, traz toda a força misteriosa da “Grafia dos Orixás” que são signos e símbolos magísticos que abrem ou fecham
portais, que trazem ou repelem energias, ativam ou desativam forças astrais e da natureza, portanto têm o poder de fechar,
trancar, abrir, quebrar, direcionar, harmonizar, transformar, equilibrar os Terreiros, assim como os médiuns pois atuam em
seus campos mediúnicos.

Importante comentar que a escrita mágica simbólica com seus infinitos signos e símbolos é tão antiga quanto a humanidade
e são encontrados pelos arqueólogos em construções antiquíssimas, em túmulos, dentro de templos religiosos, lugares de
cultos, seitas. Mesmo porque a comunicação escrita surge através de símbolos, traços, pontos e não através de letras como
estudamos hoje. Portanto, essa escrita mágica simbólica, usada pelos guias espirituais, não é propriedade da Umbanda e
sim, é um bem colocado à disposição da humanidade pelos povos antigos e pelos seres espirituais superiores que dela muito
tem se servido no decorrer dos séculos.

A Pemba também é usada no médium como forma de Cruzamento, esse ato melhora a mediunidade, protege, potencializa
o dom mediúnico etc. O Cruzamento com Pemba é um ritual utilizado na Umbanda importantíssimo. Sabemos que um
médium de incorporação antes de iniciar seus trabalhos espirituais tem que ser cruzado abrindo e fechando canais
energéticos, magnéticos e divinos.

Claro que não para por aqui, mas acredito que com essas informações dá para se ter uma idéia de como é necessário o
conhecimento e o bom senso, afinal é necessário saber confeccionar e consagrar uma pemba, saber preparar as misturas e
saber assoprá-las, saber o que representa, pelo menos alguns Símbolos Sagrados e suas funções, direções, energias, pontos
de entrada e saída.

Saiba que, infelizmente, têm muitas pessoas riscando pontos aleatoriamente sem um pingo de cuidado e conhecimento e,
com isso, estão abrindo portais negativos, ativando baixo astral e, pior, invertendo pontos Sagrados sem ao menos se darem
conta do reflexo de suas ações. Saiba, o mau uso da Pemba ou do Ponto riscado pode levar a consequências imprevisíveis,
comparáveis as de um leigo em assuntos de eletricidade, entrando numa casa de força e pondo-se a manejar as chaves ou
embaralhando os fios, o que acabará provocando curtos-circuitos, incêndios e eletrocussões em si e nos outros.

Não podemos esquecer que simbolicamente a PEMBA é a caneta da Umbanda, é com ela que registramos todas nossas
ações no Livro Sagrado da Lei.

Espero que com isso esclarecido acenda-se a Luz do Conhecimento, da Responsabilidade e do Bom Senso sobre todos e
que, acima de tudo, nos tornemos capacitados para lidar com tantas coisas Sagradas e com tantas pessoas necessitadas.

Pontos Riscados Umbandistas

01 – Os pontos riscados pelos guias espirituais são espaços mágicos cujas funções lhes são dadas por eles.

02 – Os pontos riscados se servem da escrita mágica sagrada simbólica.

03 – Dentro desta escrita mágica sagrada, os guias servem-se de signos, símbolos e ondas vibratórias que são realizadoras
e, assim que são riscados, são ativados e começam a trabalhar.

04 – Existem milhares de ondas vibratórias que formam telas infinitas e das quais são retirados modelos de símbolos e
signos mágicos, os quais assim que são riscados e ativados aqui no plano material, religam-se a elas que lhes darão
sustentação nos trabalhos que serão realizados.

05 – Destas telas vibratórias são retirados símbolos e signos, sendo alguns bastante conhecidos e de fácil identificação e
interpretação, enquanto a maioria nos são desconhecidos e praticamente impossível de serem identificados e classificados.

Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

Pontos Riscados Umbandistas

06 – Os guias espirituais preferem trabalhar com espaços mágicos fechados ou circulares porque assim, suas irradiações
ficam contidas dentro do círculo e não interferem com outros espaços mágicos riscados por outros guias dentro do mesmo
espaço físico coletivo.

07 – A escrita mágica simbólica é tão antiga quanto a humanidade e, tem sido encontrados signos e símbolos em
construções antiqüíssimas dentro de túmulos e urnas funerárias com milhares de anos de idade, portanto, esta escrita mágica
simbólica, usada pelos guias espirituais, não é propriedade da Umbanda e sim, é um bem colocado a disposição da
humanidade pelos seres espirituais superiores e que dela, muitos tem se servido no decorrer dos séculos.

08 – Algumas ordens antiqüíssimas criaram, a partir de signos e símbolos, suas escritas mágicas sagradas e cada uma delas
serviu-se ou ainda se serve da sua simbologia, que se não é exclusiva, no entanto, tem significado especial e interpretação
própria para cada grupo de usuários deste bem coletivo, colocado a nossa disposição por Deus.
09 – Os guias espirituais de Umbanda servem-se de uma certa quantidade de símbolos e signos mágicos que aparentemente
é limitada a algumas centenas apenas, pois pode-se encontrar pontos riscados de diferentes entidades, a reprodução de
símbolos e signos idênticos.

10 – Na Umbanda, manifestam-se através de nomes simbólicos muitos poderes divinos que são em si, mistérios cujas
atuações estão voltadas para o crescimento religioso dos seres e dos símbolos riscados pelos guias, nos seus pontos, estão
indicando mistérios firmados e ativados por eles.

Simbologia nos pontos riscados


As estrelas são o símbolo da verdade, do espírito e da esperança.

A ESTRELA DE QUATRO PONTAS se assemelha a uma cruz e nos remete ao nascimento de Jesus e principalmente à
finalidade da sua vinda: o amor incondicional. A ESTRELA DE CINCO PONTAS ou Pentagrama é um símbolo
poderoso de proteção e equilíbrio. Cada uma de suas pontas representa um dos quatro elementos manifestados – Fogo, Ar,
Água e Terra – mais o elemento unificador: o Espírito.

Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia


Simbologia nos pontos riscados

O Hexagrama ou ESTRELA DE SEIS PONTAS é formada por dois triângulos e representa todas as Forças do Espaço
em equilíbrio. É um símbolo potente que retrata o macrocosmo – Deus, o Universo ou Energias mais altas – em equilíbrio
com o microcosmo – a raça humana, a Terra ou Energias Evidentes.

A ESTRELA DE SETE PONTAS ou Septagrama é um símbolo de integração e tão mística quanto o número de suas
pontas. Representa a inteligência oculta, é associado aos sete planetas da astrologia clássica e a outros sistemas do Sete, tal
como os chacras do Hinduísmo.

A ESTRELA BRANCA representa a luz dos espíritos e a ESTRELA GUIA (com cauda) é o símbolo da capacidade de
acompanhamento.

Cada ponto tem suas particularidades, seus elementos e seu modo de riscar onde absolutamente tudo tem um significado
diferente. Compreender e saber “ler” os pontos riscados é um dever de todo médium e uma técnica que só se aprende com
muito estudo, observação e trabalho.

Um pouco mais sobre o Ponto Riscado

Li esse texto e achei conveniente e pertinente dividi-lo com todos.

O ponto riscado é um fundamento que nasceu juntamente com a religião de Umbanda. Mais do que simples desenhos, os
pontos riscados são símbolos sagrados, além de ser um dos elementos que demonstram a autenticidade da incorporação.

A entidade que realmente está incorporada em seu médium deve passar seu ponto riscado e/ou ponto cantado os quais serão
confirmados pela entidade chefe da casa.

Não existe entidade na Umbanda que não risque ponto. De Exu à Ibeijada todas as entidades, se entidades de verdade,
devem riscar e firmar seu ponto.

É através dele que a entidade indica sua origem e linha de trabalho e busca as energias para o cumprimento de sua missão.

Obviamente que um médium em desenvolvimento não terá suas entidades riscando ponto da noite para o dia. Assim como
o desenvolvimento mediúnico, é algo a ser trabalhado a longo prazo, pois, só se risca o ponto completo a entidade que está
“firme”, ou seja, que já tem um domínio maior sobre a matéria do médium.

O médium em desenvolvimento, muitas vezes sem notar, passa por inúmeras experiências. Às vezes aparecem símbolos
em sua mente, sonham com pontos riscados e cantados, etc. Essas experiências nada mais são do que a espiritualidade
preparando o médium para o desenvolvimento. Como já foi tratado em inúmeros textos, o desenvolvimento mediúnico não
ocorre apenas dentro do terreiro, mas ele é constante em nossas vidas. Por tal razão o médium deve estar sempre em sintonia
com a espiritualidade, a fim de contribuir para o próprio progresso.

Quando se vê “médiuns” em que suas “entidades” tremem ao riscar o ponto, ou “rabiscam” a tábua com símbolos
indefinidos ou até mesmo se negam a riscar o ponto, é um evidente sinal que seu desenvolvimento ainda não está completo.
Que ainda possuem uma consciência que interfere na vontade entidade.

A entidade quando de fato incorporada, risca sem medo e sem dúvida, pois ela conhece o ponto a ser riscado. Falta nas
situações apontadas acima, sintonia entre o médium e sua entidade e até mesmo o próprio desenvolvimento do médium.

O médium jamais deve forçar sua entidade a nada. Muitas vezes o médium na pressa de “se desenvolver” realiza atos que
apenas o irão expor. Quando chegado o momento de riscar seu ponto a entidade irá fazer sem qualquer hesitação. Qualquer
interferência do médium na incorporação é prejudicial, mesmo nos casos da mediunidade tida por consciente.
Muitas vezes, a entidade, quando entende que já chegou momento, começa seu ponto, com, por exemplo, uma flecha, uma
folha, um raio, etc., e o deixa aberto. Não se trata do seu ponto riscado, mas sim de seu começo. Com o passar do tempo
ela irá completando até dizer que está

pronto. O circulo ao redor da tábua se dá apenas após a confirmação do ponto, sendo, geralmente, feito pela primeira vez
pela própria entidade chefe.

Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

Um pouco mais sobre o Ponto Riscado

Já os médiuns graduados, estes já passaram pelo desenvolvimento inicial, por isso suas entidades riscam por completo sem
qualquer hesitação. Se a hesitação houver, é sinal que seu desenvolvimento também não foi completo ou está inadequado
para a formação que possui.

Dessa forma, verifica-se que apenas após a entidade riscar seu ponto e ele for confirmado pelo guia chefe da casa, é que a
entidade estará de fato incorporada. Por essa razão é totalmente equivocado a utilização de materiais pela entidade antes
de sua confirmação.

Por exemplo, utilização de capa e chapéu para exu, bengala para preto velho, bicos e enfeite para as crianças, ciganos, etc.,
por “entidades” que não riscaram o ponto. Ora, se ela não riscou ponto, não se sabe quem é, não se sabe se de fato é a
entidade ou se a própria cabeça de médium. Nem todo Exu usa capa! Nem todo preto velho usa bengala! Nem toda criança
usa enfeites e bico! Por essa razão esses elementos só poderão ser utilizados pelo médium em que a entidade riscou e teve
seu ponto confirmado, pois somente aí ELA poderá escolher de fato os elementos que deseja utilizar em seu trabalho e não
o médium.

Também é desaconselhado o médium em desenvolvimento procurar na internet pontos riscados ou comprar os famigerados
livros de pontos riscados. O ponto riscado é algo individual de cada entidade. Mesmo que duas entidades pertençam a
mesma falange, como por exemplo, do Caboclo Sete Flechas, raramente o ponto dessas entidades serão idênticos. Haverá
sim semelhanças, mas cada espírito terá suas peculiaridades.

O ponto riscado, como dito acima, virá com naturalidade, com o tempo e não da noite para o dia como pensam alguns. A
pressa só atrapalhará o sadio desenvolvimento do médium.

O médium não deve se sentir menosprezado por que sua entidade não riscou ponto. O desenvolvimento mediúnico não é
igual para todos, pois cada pessoa possui a mediunidade em um determinado nível sendo alguns mais aguçados que outros.
Como dito acima, deve ter paciência e buscar o correto desenvolvimento passo a passo.

Os pontos riscados além de identificar a entidade, poderão ser utilizados para descarregos, firmezas, amacis, cura,
segurança, etc. São pontos que a entidade, após sua confirmação, utilizará em seus trabalhos. Cada símbolo, cada risco tem
um significado o qual deve ser explicado pela entidade que o risca.

Esse é um fundamento que não deve se perder! Nasceu com a Umbanda e nela deve permanecer. Têm-se relatos de terreiros
que se dizem de Umbanda, em que não se é riscado ponto. Trata-se de completo absurdo! O fato de não se riscar ponto está
abrindo campo para mistificações, além de comprometer a própria segurança da casa.

Para encerrar, como sempre é dito em nossa casa, para exemplificar a importância do ponto riscado: “sentar no chão, comer
doce e pedir benção é fácil, qualquer um faz sem precisar estar incorporado! Mas riscar seu ponto, confirmá-lo e dar seu
ponto cantado, apenas as verdadeiras entidades irão fazer!”

“Umbanda tem fundamento e é preciso preparar!”

A Pemba na Umbanda
Um dos elementos indispensáveis à Liturgia Umbandista, porém pouco comentado e estudado, é a
PEMBA.

Mas, de onde veio esse elemento? Qual sua função? Qual sua história? Para que é utilizado? O que
representa cada cor?

Buscar-se-á neste humilde texto responder essas indagações, a fim de oportunizar aos nossos filhos de fé, e irmãos em
geral, o esclarecimento sobre esse instrumento sagrado tão utilizado por todos os nossos guias espirituais.

Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

A Pemba na Umbanda

Ao comprar uma Pemba nova, em qualquer loja de Umbanda deste país, certamente você irá encontrar um folheto dentro
da embalagem, com as seguintes informações:

"Pemba Legítima Africana" - Recuse imitações!

"A PEMBA é objeto permanente aos ritos Africanos, mais antigos que se conhecem, fabricada com o pó extraído dos
MONTES BRANCOS KABANDA, é empregada em todos os RITOS E CERIMÔNIAS, festas, reuniões ou solenidades
africanas e umbandistas.

Nas tribos de UMBANDA, BACONGO E CONGOS, é usada a PEMBA sob todos os pretextos. Quando é declarada a
guerra, os chefes esfregam o corpo todo com a PEMBA para vencer os inimigos; por ocasião dos casamentos, os noivos
são pelos padrinhos esfregados com a PEMBA para que sejam felizes; o negociante que quer conseguir um bom negócio
esfrega um pouco de PEMBA nas mãos; em questões de amor então, bem grande é a influencia da PEMBA, usando-a as
jovens como se fosse o pó de arroz porque dizem, traz felicidade no amor e atrai aquele a quem deseja. "

Como era fabricada a PEMBA na antiguidade?

Era privilegio do SACERDOTE MAIS VELHO DA TRIBO a direção dos trabalhos da fabricação da PEMBA. Esta era
feita por moças virgens em completo jejum presididas pelo SACERDOTE, que durante a fabricação não podia tomar
alimento de espécie alguma nem beber água, apenas fumando o seu cachimbo, que era considerado sagrado.

Durante três dias e três noites e às vezes mais, a PEMBA era trabalhada, acompanhada por música de CONGO, as virgens
cantavam sem cessar preces à VIRGEM PEMBA para que esta transmita todas as suas virtudes a que estão fabricando.

A PEMBA É OBJETO DE GRANDE COMERCIO ENTRE OS AFRICANOS

LENDA DA PEMBA
Contam as lendas das tribos Africanas o seguinte sobre a PEMBA:

M. PEMBA era o nome de uma gentil filha do SOBA LI-U-THAB, SOBA poderoso dono de grande região e exercendo a
sua autoridade sobre um grande numero de TRIBOS.

M. PEMBA estava destinada a ser conservada para ser virgem para ser ofertada as divindades da TRIBO, acontece porem
que um jovem estrangeiro audaz, conseguiu penetrar nos sertões da ÁFRICA, e se enamorou perdidamente por M.
PEMBA.

M. PEMBA por sua vez correspondeu fervorosamente a este amor e durante algum tempo gozaram as delicias que estão
reservadas aos que se amam.

Porem não há bem que sempre dure, o SOBA poderoso foi sabedor destes amores e uma noite de luar mandou degolar o
jovem estrangeiro e jogar o seu corpo no RIO SAGRADO U-SIL para que os crocodilos o devorassem.

Não se pode descrever o desespero de M. PEMBA e para prova de sua dor esfregava todas as manhas o seu lindo corpo e
rosto com o pó extraído nos MONTES BRANCOS KABANDA e a noite para que seu pai não soubesse dessa sua
demonstração de prazer pela morte e seu amante, lavava-se nas margens do RIO DIVINO U-SUL.

Assim fez durante algum tempo, porem, um dia pessoas de sua tribo que sabiam dessa paixão de M. PEMBA, e que
assistiam a seu banho viram com assombro que M. PEMBA elevava-se no espaço ficando em seu lugar uma grande
quantidade de massa branca lembrando um tubo.

Apavoradas correram contar ao SOBA o que viram este desesperado quis mandar degolar a todos, porem como eles haviam
passado nas mãos e corpos o pó deixado por M. PEMBA notaram que a cólera do SOBA se esvaia, e que ele tinha se
tornando bom não castigando os seus servos.

Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

A Pemba na Umbanda

“Começou a correr a fama das qualidades milagrosas da massa deixada por M. PEMBA e atravessou esta e muitas gerações
chegando até nossos dias prestando benefícios àqueles que dela se tem utilizado.”

Pois bem, essas informações interessantes, porém não seguras, são encontradas dentro de qualquer caixa de Pemba. Não
são informações seguras porque não citam a fonte, ou, ao menos, o autor do texto. Por isso, toda história lá contada deve
ser vista com reservas.

Há também indicações de como e quando usar. Todavia, optei por não transcrevê-las aqui, por entender se tratar de
informações superficiais que não iriam acrescentar em nada nosso estudo, pelo contrário, poderiam confundir o leitor.
Entretanto, havemos de concordar que a origem da Pemba é, sem sombras de dúvidas, Africana.
Ela é confeccionada com uma substância chamada “caulim” (argila pura de cor branca), Importado da África. Em razão da
dificuldade de importação, o “caulim” foi substituído pelo “calcário” e a ”tabatinga”.

Sua confecção é bem simples: Basta misturar uma pequena quantidade do material citado acima triturado com um pouco
de goma arábica diluída em um pouco de água, Deixá-la secar um pouco, e antes que a massa endureça dar a ela o formato
desejado.

Trata-se de um dos elementos indispensáveis dentro da liturgia Umbandista. É um


elemento sagrado que, quando imantado, cruzado, pela entidade, torna-se uma
ferramenta poderosa. É por meio dela que o guia espiritual irá fazer seu ponto riscado.

O Ponto riscado é a identidade do guia. É através do ponto que ele será identificado e
confirmado. Cada risco feito na tábua de ponto tem o seu por quê. Tais símbolos
informam qual é a entidade, de onde ela vem, atua na força de quem, entre outras coisas. Também, os símbolos riscados
podem invocar a defesa contra os ataques inferiores, ou também o ataque contra os mesmos.

Esses símbolos são trazidos pela própria entidade. Não é o médium que cria tais pontos. Muito menos copia de alguns dos
livros infelizes que existem por aí. Se o médium está realmente incorporado, a entidade irá riscar seu ponto com muita
segurança e irá explicar exatamente o que ele representa.

"O ponto quando riscado cria um elo com o plano espiritual que emana energias, fluídos e vibrações diretamente no ponto.
Na maioria dos casos quando é riscado um ponto a entidade põe alguém necessitado dentro dele, é quando a pessoa, às
vezes, sente as vibrações, dependendo de sua sensibilidade. É possível também um médium vidente ver os pontos riscados
brilharem e emanarem luzes diversas."

Também, é bom esclarecer que, mesmo sendo duas entidades de mesmo nome, dificilmente o ponto riscado será idêntico,
vez que, por mais que sejam espíritos ligados à mesma falange, possuem ainda certa individualidade. Todavia, alguma
semelhança sempre haverá.

A Penba também pode ser usada para riscar objetos, portas, janelas, no objetivo de cruzar o ambiente, evitando a entrada
de maus espíritos e de energias negativas. Além disso, a Pemba auxilia na entrada das boas energias e na abertura de
caminhos.

Também, utiliza-se a Pemba para riscar as mãos, os pés e a cabeça dos médiuns e das pessoas da Assistência. E assim é
feito, geralmente, para dar a eles proteção. Também é utilizada antes da realização do amaci. A Pemba, juntamente com as
águas puras e ervas sagradas fortalecem a coroa do médium, trazendo maior sintonia entre ele (o médium) e suas entidades
espirituais.

Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

A Pemba na Umbanda
Em alguns casos específicos a Pemba pode ser raspada, obtendo-se um pó, que é utilizado para determinados trabalhos e
até mesmo, colocado dentro do próprio amaci. Todavia, não existe na Umbanda qualquer ritual de "sopro de pó de pemba",
como existe no Candomblé.

As cores das Pembas representam à linha de qual entidade


está utilizando ou a linha que se está invocando. Assim, por
exemplo, um Caboclo de Ogum certamente irá riscar seu
ponto de vermelho, o de Oxossi de verde, o de Xangô de
marrom e assim por diante.

É bom lembrar que a Pemba não é sagrada por si mesma.


Uma Pemba comprada em uma loja qualquer, se não for
cruzada pelo guia da casa, não terá serventia nenhuma. Será
apenas um giz como outro qualquer, sem nenhuma utilidade
espiritual.

Todavia, a Pemba que é cruzada e abençoada pelo guia, torna-se uma verdadeira arma para aqueles que sabem manipulá-
la. É um instrumento de luz usado pelo guia, essencial em qualquer trabalho de Umbanda.

Também é comum se falar em "Lei da Pemba" para referir-se à Umbanda. A expressão "Filhos de Pemba" é utilizada para
identificar os filhos de Umbanda, aqueles que estão cumprindo as diretrizes de Aruanda.

Por fim, para homenagear esse instrumento sagrado, segue o ponto cantado na abertura de todos os trabalhos de Umbanda:

“Ô salve a Pemba!
Também salve a toalha!

Ô salve a Pemba!

Também salve a toalha!

Salve a coroa,

É de nosso Zambi é o maior!

Salve a coroa!

É de nosso Zambi é o maior!”

Fica aqui meu apelo: ESTUDEM…

Chega de boas intenções.

Precisamos SABER, ENTENDER e AGIR COM RESPONSABILIDADE E SABEDORIA.

Mesmo porque, de boas intenções o inferno está cheio…


Unidade VIII
Origem de Cosme e Damião

Cosme e Damião eram irmãos gêmeos e cristãos. Nasceram na Arábia e viveram na Ásia Menor, Oriente.
Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme talento para a medicina. Estudaram e diplomaram-se na
Síria, exercendo a profissão de médico com muita competência e dignidade. Não aceitavam receber um
centavo pelo serviço prestado. Os irmãos aproveitavam também para divulgar a fé cristã entre aqueles que se
recuperavam das doenças. Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos.
Com isso, seus tratamentos e curas a doentes, muitas vezes à beira da morte, eram vistos como verdadeiros
milagres. A riqueza que mais os atraía era fazer de sua arte médica também o seu apostolado para a conversão
dos pagãos, o que, a cada dia, conseguiam mais e mais.
Isso despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. As perseguições do
Imperador Diocleciano, porém, não demoraram a frear a ação benéfica destes “médicos do amor”. Na Ásia
Menor, o governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de
feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas. Foram forçados a negar sua fé.
Mandou que fossem barbaramente torturados por negarem-se a aceitar os deuses pagãos. Condenados à
morte, resistiram milagrosamente a pedradas e flechadas. Em seguida, foram decapitados. O ano não pode
ser confirmado, mas com certeza foi no século IV. Os fatos ocorreram em Ciro, cidade vizinha a Antioquia,
Síria, onde foram sepultados. Mais tarde, seus corpos foram trasladados para uma igreja dedicada a eles.
Quando o imperador Justiniano, por volta do ano 530, ficou gravemente enfermo, deu ordens para que se
construísse, em Constantinopla, uma grandiosa igreja em honra dos seus protetores. Mas a fama dos dois
correu rápida no Ocidente também, a partir de Roma, com a basílica dedicada a eles, construída, a pedido do
papa Félix IV, entre 526 e 530. Tal solenidade ocorreu num dia 27 de setembro; assim, passaram a ser
festejados nesta data. Inúmeros milagres se deram na sepultura deles.

Os nomes de são Cosme e são Damião, entretanto, são pronunciados infinitas vezes, todos os dias, no mundo
inteiro, porque, a partir do século VI, eles foram incluídos no cânone da missa, fechando o elenco dos mártires
citados. Os santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e das
faculdades de medicina. Na festa, é costume distribuir balas e doces para as crianças.

Quem é Doum?

Criança - Origem de Doum

Este personagem material e espiritual surgiu nos cultos Afros quando uma macamba (denominação de mulher,
na seita Cabula) dava a luz a dois gêmeos e, caso houvesse no segundo parto o nascimento de um outro
menino, era este considerado "Doum", que veio ao mundo para fazer companhia a seus irmãos gêmeos.

Foram sincretizados com os santos que foram gêmeos e médicos, tem sua razão na semelhança das imagens
e missões idênticas com os "erês" da África, mas como faltava "doum", colocaram-no junto a seus irmãos, com
seus pequenos bastões de pau, obedecendo à semelhança dos santos católicos, formando assim a trindade
da irmanação.

Dizem também, que na imagem original de S. Cosme e S. Damião, entre eles (adultos) havia a imagem de
uma criança a qual eles estavam tratando, daí para sincretizarem Doum com essa criança, foi um pulo.

Cosme e Damião na Umbanda

Ibeji
Ibejí ou Ibejís são os Orixás que protegem as crianças. Foram sincretizados a São Cosme e São Damião, são
conhecidos na Umbanda como os Orixás de amor e alegria.
Os espíritos trabalhadores sobre a influência de Ibejí, apresentam-se normalmente sob a forma de crianças ou
espíritos de crianças, porém espíritos não têm idade, apresentam-se dessa forma de modo a facilitar a
comunicação com as nossas crianças. Esses espíritos puros trazem a cura para as doenças e amparam todas
as crianças enquanto elas manterem a inocência.
Seus domínios são os parques, jardins e grandes gramados. Sua cor é o rosa, os espíritos que trabalham sob
a irradiação de Ibejí são espíritos de grande força espiritual.
Não devemos julgá-los fracos devido à forma como se apresentam, ou seja, como crianças, depois de Oxalá
são os únicos que dominam totalmente a magia.
Nas obrigações a Ibejí, são utilizadas velas cor de rosa, flores com tonalidade rosa e sem os espinhos ou ainda
brancas. Também são usados doces como as cocadas, balas, pirulitos, fatias de bolo, etc. A bebida é a água
pura ou então misturada com mel e mais recentemente são utilizados refrigerantes como o guaraná.
Ibejí, São Cosme e São Damião são trabalhadores da linha de Oxalá e pertencem a uma de suas falanges. A
eles podemos pedir proteção contra demandas e malefícios; pedir principalmente proteção para nossas
crianças e principalmente as enfermas.

OBALUAÊ / OMULU

Obaluaê é uma flexão dos termos: Oba (rei) – Oluwô (senhor) – Ayiê (terra), ou seja, "Rei, senhor da Terra".
Omulu também é uma flexão dos termos: Omo (filho) – Oluwô (senhor), que quer dizer " Filho e Senhor".
Obaluaê, o mais moço, é o guerreiro, caçador, lutador. Omulu o mais velho, é o sábio, o feiticeiro, guardião.
Porém, ambos têm a mesma regência e influência. No cotidiano significam a mesma coisa, têm a mesma
ligação e são considerados a mesa força da natureza.
Obaluaê (ou Omulu) é o Sol, a quentura e o calor do astro rei. É o Senhor das pestes, das moléstias
contagiosas, ou não. É o rei da Terra, do interior da Terra, e é o Orixá que cobre o rosto com o Filá (de palha
– da - Costa), porque para os humanos é proibido ver seu rosto, pela deformação feita pela doença, e pelo
respeito que devemos a este poderosíssimo Orixá.
Obaluaê está no organismo, no funcionamento do organismo. Na dor que sentimos pelo mal funcionamento
dos órgãos, ou por uma queda, corte ou queimadura.
Obaluaê rege a saúde, os órgãos e o funcionamento destes. A ele devemos nossa saúde e é comum, nas
Casas de Santos, se realizar os Eboris de Saúde, que fazem pra trazer saúde para o corpo doente.
O órgão central da regência de Obaluaê é a bexiga, mas está ligado a todos os outros. Ele trata do interior,
fundamentalmente, mas cuida também da pele e de suas moléstias.
Divide com Iansã a regência dos cemitérios, pois ele é o Orixá que vem como emissário de Oxalá (princípio
ativo da morte), para buscar o espírito desencarnado. É Obaluaê (ou Omulu) que vai mostrar o caminho, servir
de guia para aquela alma.
Obaluaê também é o Senhor da Terra e das camadas de seu interior, para onde vamos todos nós. Daí a ligação
que tem com os mortos, pois ele é quem vai cuidar do corpo sem vida, e guiar o espírito que deixou aquele
corpo. É por isso que Obaluaê e Omulu gostam de coisas passadas, apodrecidas.
O sol também tem a sua regência.
Obaluaê está presente em nosso dia-a-dia, quando sentimos dores, agonia, aflição, ansiedade. Está presente
quando sentimos coceira e comichões na pele.Rege também o suor, a transpiração e seus efeitos. Rege
aqueles que tem problemas mentais, perturbações nervosas e todos os doentes.
Está presente nos hospitais, casa de saúde, ambulatórios, postos de saúde, clínicas, sempre próximo aos
leitos. Rege os mutilados, aleijados, enfermos. Ele proporciona a doença mas, principalmente, a cura, a saúde.
É o Orixá da misericórdia.
Obaluaê é à força da Natureza que rege o incômodo de um modo geral. Rege o mal estar, o enjôo, o mal
humor, a intranqüilidade. É o Orixá do abafamento e está presente nele, bem como na má digestão e na
congestão estomacal. Gera o ácido úrico e seus efeitos.
Obaluaê está presente em todas as enfermidades e sua invocação, nessas horas, pode significar a cura, a
recuperação da saúde.

No sincretismo Obaluaê é São Lazaro, que também sofreu com feridas espalhadas no corpo e teve estas
tratadas por cachorros. Motivo também pelo qual Obaluaê não é só comemorado no dia 16 de Agosto, mas
também no dia 17 de Dezembro.

 As Velas de Obaluaê são Preto e Branco (cruzada)


 A saudação para Obaluaê tanto na Umbanda quanto no Candomblé é "Atotô"
 Seu dia da semana é a Segunda Feira
 Seu Elemento é a Terra
 Seu metal é o chumbo
 Sua Flor é o Monsenhor Branco
 Suas ervas são: Agoniada; Alamanda; Alfazema; Babosa; Cipó Chumbo; Cebola do mato; Hortelã
brava
 Seu símbolo é a Cruz
 Seu adorno é o Xarará

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