MOBILIDADE URBANA EM MONTES CLAROS

ESQUEMA TEXTUAL
 Apresentação da cidade de Montes Claros;
 A formação radiocêntrica de Montes Claros e sua influência na Mobilidade
de Montes Claros;
 Estado de vias;
 Problemas de trânsito;
 Índices

Considerada uma cidade média (FRANÇA, 2017) Montes Claros está

situada na mesorregião do Norte de Minas Gerais, entre as coordenadas
geográficas 16º 04’ 57’’ e 17º 08’ 41’’ de latitude sul e entre as longitudes 43º 41’
56’’ e 44º 13’ 1” oeste de Greenwich (LEITE, 2011) e possui uma população
estimada em 404.804 habitantes (IBGE, 2018). Sua base econômica está fincada
no setor terciário (serviços) acompanhado pelo setor secundário (indústrias)
(SARDINHA; FRANÇA, 2010).
Dada sua constituição histórica, Montes Claros possui formação urbana
radiocêntrica, isto é, originou, constituiu e desenvolveu-se a partir de um núcleo
central. Devido a isso, sua estrutura viária decorre do prolongamento da malha
colonial, que apresenta perfis irregulares, vias estreitas, interruptas e com
quadras de áreas reduzidas (OLIVEIRA, 2013). Outrossim, essa característica
radiocêntrica, fez com que a área central concentrasse as principais atividades
comerciais e de serviço da cidade, ocasionando um maior impacto na mobilidade
urbana da cidade, dado a afluência de pessoas para essa localidade que, por sua
vez, desencadeia graves problemas de trânsitos, como congestionamentos e
acidentes, por exemplo. (SARDINHA; FRANÇA, 2010).

A estrutura viária de Montes Claros originou-se do prolongamento da malha colonial;

A extensão dessa malha se deu através de perfis irregulares, ruas estreitas,interrupção

de algumas vias e quadras de áreas reduzidas, guardando suas características originais. A partir da
área central, as expansões urbanas possibilitaram a estruturação de um sistema viário sem
nenhuma orientação, decorrente da falta de critérios de empreendimentos imobiliários e de
planos ou normas ordenadoras do crescimento da cidade. Frutos da iniciativa privada, os
loteamentos aprovados até 1982 não possuíam vinculação entre si, e nem utilizavam todo o
potencial do sítio urbano, determinando a desarticulação da malha viáriaentre os loteamentos.

Os vários setores da cidade apresentam-se desarticulados entre si e com a área central,

em decorrência de obstáculos físicos e do descuido local em integrar os aspectos naturais aos
projetos de loteamento. Essa situação é agravada pela existência de áreas não construídas. A
inexistência de um anel de contorno à área central determina o seu estrangulamento, por ser a
principal articulação de todos os fluxos viários urbanos, em conseqüência da superposição de usos
que comporta e pelo acanhamento de sua malha viária. O centro de Montes Claros, mesmo
possuindo uma malha com características coloniais, ruas estreitas de perfis irregulares, apresenta
uma estrutura viária relativamente hierarquizada. As Ruas Dr. Santos e Camilo Prates propiciam
ligação norte-sul e as Ruas Padre Augusto e Dom João Pimenta apresentam possibilidades de
articulação na direção leste-oeste. Entretanto, a área central não comporta a demanda excessiva
de tráfego de pessoas e veículos que circulam em seus limites e de passagem a outros setores.

OLIVEIRA, Guilherme Augusto Guimarães. Planejamento Urbano e Mobilidade

Urbana. 2103. Disponível em: <
https://www.almg.gov.br/export/sites/default/acompanhe/eventos/hotsites/2013/mo
bilidade_urbana/agenda_com_municipios/docs/montes_claros_guilherme_august
o.pdf > . Acesso em 03 de Abril 2019.
SARDINHA, Danielle Flamengo Rodrigues; FRANÇA, Iara Soares de. Diagnóstico
Do Trânsito Na Área Central De Montes Claros/Mg. OBSERVATORIUM: Revista
Eletrônica de Geografia, v.2, n.5, p.39-63, nov. 2010.
FRANÇA, Iara Soares. A cidade média e suas centralidades: O exemplo de
Montes Claros no Norte de Minas Gerais. 2007. 208f. Dissertação (Mestrado em
Geografia) – Instituto de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia,
Uberlândia, 2007.
IBGE. Montes Claros. Disponível em: <
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/montes-claros/panorama >
LEITE. M. E. Geotecnologias aplicadas ao mapeamento do uso do solo urbano e
da dinâmica de favela em cidade média: o caso de Montes Claros/MG. 2011.
287p. Tese (Doutorado). Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, 2011.

Problemas, condições de vias, trânsito, etc

(Planejamento urbano e participação social em cidade média: a

revisão do plano diretor de Montes Claros-MG)

Montes Claros/MG é classificada como cidade média com grande importância

regional conforme demonstraram os estudos de Amorim Filho; Bueno; Abreu
(1982), Andrade; Lodder (1979), França (2012, 2007), Pereira; Lemos (2004) e
Pereira (2007). Montes Claros está localizada no Norte de Minas Gerais (Mapa
1), possui cerca de 3.568, 941 km² e 394.350 habitantes, conforme Estimativa
Populacional do IBGE em 2015, e ocupa a posição de quinta maior cidade em
população do interior do Estado. O PIB total de Montes Claros, conforme o IBGE
(2013), é de R$ 7,05 bilhões, sendo 69% composto pelo setor de Serviços, 28%
Indústria e 3% Agropecuária (IBGE, 2013).
No contexto de cidade média, Montes Claros/MG vem experimentando um
crescimento vertiginoso e transformações em seu tecido espacial, social e
econômico. A partir da década de 1970, o processo urbano-industrial
influenciou de forma decisiva na consolidação desta cidade como centro
regional no norte mineiro.

A MOBILIDADE URBANA E A SEGREGAÇÃO DE ACORDO COM AS ÁREAS

DE PONDERAÇÃO DO IBGE EM MONTES CLAROS/MG

Com o crescimento urbano, a área central de Montes Claros transformou-se, a

ponto de deixar de ser
o lócus de consumo exclusivo da população e de reprodução da atividade
econômica, como discorre
França (2001, p.8). Tal fator vem provocando a descentralização da área
central de Montes Claros,
espaço esse que abrigou tradicionalmente maior contingente demográfico,
além de parte expressiva e importante do comércio e prestação de serviços
que atendem à população
Os sistemas de transportes constituem, indubitavelmente, um dos elementos
mais importantes para o desenvolvimento de uma cidade. Uma rede de
transportes eficiente é fator precípuo para a circulação da economia, quanto
ao deslocamento populacional. No que concerne ao último, o transporte
coletivo urbano reveste-se de grande relevância e, muito mais do que
simplesmente transportar pessoas, organiza o espaço urbano, viabiliza
empreendimentos imobiliários, tais como residenciais, comerciais e de lazer,
melhora a situação ambiental, reduz acidentes, torna o trânsito mais fluido,
reduz atrasos e o absenteísmo da mão-de-obra e engendram riquezas,
apropriadas, pelos mais diversos setores econômicos, inclusive o privado.

Gráfico 2 – Tempo de Deslocamento em Montes Claros – Áreas de Ponderação

Fonte: IBGE (2010) Org.: SOUZA JUNIOR, B.Z, 2015.

Figura 3 - Mapa do padrão de deslocamento em Montes Claro

Org: BATISTA, R, P; SOUZA JUNIOR, B,Z, 2016
FRANÇA, Iara S. A cidade média e suas centralidades: O exemplo de Montes
Claros no Norte de
Minas Gerais. Instituto de Geografia. Dissertação (mestrado em Geografia)
Uberlândia; UFU, 2007.

AS CONDIÇÕES DE CIRCULAÇÃO E VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO NA CIDADE

DE MONTES CLAROS, MG

Nos últimos anos, as motocicletas e os automóveis particulares tem se

destacado, com uma
participação crescente, no trânsito diário da cidade, considerando que os
índices de motorização
– densidade de veículos por habitante da cidade – têm aumentado,
contribuindo enormemente
para a intensificação dos congestionamentos, principalmente nos horários de
“pico”, ou seja, nos
horários de ida ou saída para o trabalho e para as escolas, para a poluição
ambiental e para a
violência no trânsito.
DIAGNÓSTICO DO TRÂNSITO NA ÁREA CENTRAL DE MONTES
CLAROS/MG

O município de Montes Claros está inserido na mesorregião do Norte de Minas

Gerais,
conforme mapa 1, entre as coordenadas geográficas 16º 04’ 57’’ e 17º 08’ 41’’
de latitude sul
e entre as longitudes 43º 41’ 56’’ e 44º 13’ 1” oeste de Greenwich. (LEITE e
PEREIRA,
2008).
Mapa 1: Localização do Município de Montes Claros na mesorregião do Norte
de Minas.
Fonte: Mapas geopolíticos de Minas Gerais-IGA, 1994.Org. SARDINHA, D, F,
R.2008.