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MARANHÃO
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS
São Luís
2013
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
MARANHÃO
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS
São Luís
2013
Ferreira, Leonardo de Sousa.
Potencial técnico do epicarpo do coco babaçu em
compósito resinado de madeiras curado a frio / Leonardo
de Sousa Ferreira. – São Luís, 2013.
66 f.: il.
Dissertação (Mestrado em Engenharia dos
Materiais)- curso de Engenharia dos Materiais, Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Maranhão, 2013.
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________
Prof. Dr. José Manuel Rivas Mercury
___________________________________________
Prof. Dr. Antonio Ernandes Macedo Paiva
___________________________________________
Prof. Dr. Denilson
DEDICATÓRIA
Agradeço a Deus, que conduz meus passos e meu caminho, aos meus pais,
Joaquim Ferreira e Maria Helena de Sousa Ferreira, que me deram a vida e
que também me deram os valores de honestidade e respeito ao próximo, aos
meus amados irmãos, Leandro e Luciano.
A minha esposa, Lígia Patrícia, pela confiança e apoio e às minhas filhas, Laís
Helena, Sabrina e Rafaela, pelo simples fato de existirem em nossas vidas.
A todos os professores do Programa e, especialmente, ao Profº Antonio
Ernandes Macedo Paiva, orientador e mestre, agradeço pelo seu excelente
direcionamento e paciência, principalmente, nos dias mais difíceis, ao meu co-
orientador Flávio Salgado Politi pela força e direcionamento.
Aos meus amigos, Bernardo e Miranda, pela intensa e dedicada colaboração
pelo trabalho na marcenaria.
À Empresa Suzano S/A, pela doação dos cavacos de eucalipto, principalmente
ao Senhor Leandro Siqueira.
À Empresa Florestas Brasileiras S/A, pela doação das fibras de babaçu,
principalmente ao Senhor Alcides.
E a todos os meus amigos, que contribuíram direto ou indiretamente neste
trabalho, muito obrigado.
RESUMO
The goal of this essay is to evaluate the usage of the fiber from the epicarp of
babassu wether combined, or not, with the fibers of eucalyptus for producing
wood panels cold resined. The sheet were pressed at natural temperature by
using a certains amount of resin (23%, dry base of fibers). The evaluated
physical and mechanical proprieties were: humidity amount (HA), thickness
swelling (TS) in 2 and 24 hours, water absorption (WA) in 2 and 24 hours,
density, screw holding capacity (SC) and modulus of rupture (MOR), according
to ABNT NBR 14810-2. All produced panels had a good result for the physical
and mechanical tests. That means the fibers sheets from the epicarp of
babassu (50%), combined with eucalyptus fibers (50%) removed in 0,85mm
had smaller figures for thickness distension and water absorption. With the
babassu sheets (100%) and mixed fibers sheets (50% babassu and 50%
eucalyptus) were observed the highest figures obtained from the density tests. It
was verified through tests that by using the babassu fibers (100%), the
eucalyptus fibers (100%) or the mix from the two fibers (50% eucalyptus / 50%
babassu) for producing wood panels cold resined the resuts obtained had a
good result. In short, all panels here produced are High Density Fiberboard and
according to the physical and mechanical tests made these panels had better
results those expected by the norm NBR 14810-2. Hence, the fiber from the
epicarp of babassu presents a technical potential to appliance in wood sheets
produced in cold process.
ÍNDICE DE ASSUNTOS
Figura 4.3 (a) Cavacos de Eucalipto tratado em água e (c) tratados com
hidróxido de sódio a 10%, (b) fibras do epicarpo do babaçu tratadas em água 27
e (d) tratadas com hidróxido de sódio a 5%........................................................
Figura 4.4 Fibras de eucalipto (a) e fibras de coco babaçu (b) obtidas............... 28
Figura 5.2 Perfil de densidade de massa para as três faces das formulações.... 44
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
Propor possíveis aplicações para o material obtido, com base nos resultados
dos ensaios físicos e mecânicos encontrados.
3. REVISÃO DE LITERATURA
Não Prensados
1. Painéis Isolantes (semirrígido) 0,02 a 0,15
2. Painéis Isolantes (rígido) 0,15 a 0,40
Prensados
1. Painéis de Média Densidade (MDF) 0,5 a 0,8
2. Painéis de fibras Duras 0,8 a 1,20
3. Painéis de Alta Densificação 1,20 a 1,45
Fonte: WAKIRI et al (2005).
3.1.2. Matérias-primas
A madeira, por ser um recurso natural, com boa versatilidade para ser
utilizada, além do mais renovável e com baixo consumo energético em sua
linha de produção, está tornando-se um material cada vez mais procurado em
uma época em que a preocupação com o meio ambiente é cada vez maior
(LILGE, 2009).
Fagundes (2003) comenta que a possibilidade da utilização de sobras e
resíduos de madeira na produção de painéis e chapas de madeira reconstituída
serve para aumentar a sustentabilidade na utilização das florestas,
especialmente, das plantadas para o insumo da produção madeirável.
Segundo Torquato (2008), a madeira é a principal matéria-prima
utilizada para a fabricação de painéis de madeira, principalmente, na produção
de MDF. Neste caso, ela pode ser tanto de coníferas como de folhosas. Com
preferência para aquelas que possuem paredes celulares finas, por facilitarem
o desfibramento, apresentando maior área de contato e contribuindo para o
desenvolvimento de um número maior de ligações do tipo pontes de
hidrogênio, ainda mais fortes. Ainda segundo Torquato (2008), a escolha de
uma espécie vai depender principalmente do tipo do painel e da aplicação. No
Brasil, os painéis de fibras são 100% produzidos a partir de madeira de
florestas plantadas, sendo que as empresas estão utilizando dois tipos de
espécies de madeira para a confecção de painéis, o pinus e o eucalipto.
As espécies do gêneros Pinus e Eucalyptus revelam-se como matéria-
prima de importância estratégica para o desenvolvimento da indústria de
9
A Figura 3.2 mostra o babaçu em corte, onde pode ser visto a parte
externa, a semi-interna e a interna.
AMÊNDOA
EPICARPO
MESOCARPO
ENDOCARPO
3.1.2.3. Resinas
3.1.2.4 Extensores
com uma resina sintética ou outro agente ligante, compactados por prensagem
a quente (densidade de 496 a 801 Kg/m 3) em um processo em que a totalidade
da adesão entre as fibras depende do adesivo adicionado.
Já a Norma ABNT NBR 15316-1 (2006) define o Painel de Média
Densidade (MDF) como “Chapa de fibras de madeira com umidade menor que
20% na linha de formação e densidade > 450 kg/m 3. Essa chapa é produzida
basicamente sob ação de calor e pressão com a adição de adesivo sintético”.
De uma forma geral, as chapas de MDF podem ser classificadas para fins
mercadológicos em:
a) HDF: chapa com densidade > 800 kg/m3;
b) Standard: chapa com densidade > 650 kg/m3 e < 800 kg/m3;
c) Light: chapa com densidade < 650 kg/m3;
d) Ultra light: chapa com densidade < 550 kg/m3.
Tabela 3.2 Principais requisitos de acordo com a norma ABNT NBR 15316-2.
Inchamento 24 h EN 317 % 12
(máximo)
Resistência à EN 319 N/mm2 0,55
Tração Perp. (min.)
Resistência à EN 310 N/mm2 20
Flexão (Max.)
Modulo de EN 310 N/mm2 2200
Elasticidade
Fonte: Adaptado da Tabela 3 da EN 622 – 5 (2006).
obtido foi de 81,1% e para a resina (FF) o valor obtido foi de 28,6%, em
seguida, utilizando 10% de resina (UF) o valor obtido foi de 61,0% e para
resina (FF) o valor obtido foi de 22,3%, depois utilizando 12% de resina (UF) o
valor obtido foi de 52,1% e para a resina (FF) o valor obtido de 19,6%. Para a
absorção de água em 24 h (AA – 24 h) os valores obtidos foram: 8% (UF) =
83,0% e 8% (FF) = 56,4%, para 10% (UF) = 82,2% e 10% (FF) = 55,5%, para
12% (UF) = 55,6% e para 12% (FF) = 46,0% e para o módulo de ruptura os
valore obtidos foram: 8% de (UF) = 9,8 MPa e 8% de (FF) = 12,8 MPa, para
10% de (UF) = 10,7 MPa e para 10% de (FF) = 13,5 MPa, para 12% de (UF) =
11,4 MPa e para 12% de (FF) = 14,0 MPa. Com o aumento do teor de resina,
haverá uma melhor adesão entre as fibras, e assim haverá melhores resultados
em suas propriedades.
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 MATERIAIS
4.1.1 Eucalipto
Como matéria prima de adição, foi utilizado o epicarpo do coco babaçu, oriundo
da Empresa Florestas Brasileiras S.A, situada no município de Itapecuru Mirim,
estado do Maranhão. As fibras da casca do coco babaçu (epicarpo) foram
obtidas por trituração inicial das cascas na máquina de trituração rotativa da
Empresa fornecedora desta matéria-prima. Em seguida, estes foram secos em
estufa a 60oC, por 24 horas, ventilação forçada e com um teor de umidade de
60%. A Figura 4.2 mostra o aspecto físico das cascas do coco babaçu.
4.1.3 Resinas
26
4.2 MÉTODOS
𝐌
𝐃𝐛 = (4.1)
𝐕
Onde: 𝑽 = 𝑽𝟐 − 𝑽𝟏
Onde:
Db = densidade básica.
M = massa seca em estufa a (105 ± 3)0C, em gramas.
V2 = volume do conjunto imerso (cesto e cavacos).
V1 = volume do cesto imerso.
V2 – V1 = é o volume em cm3.
Figura 4.3 (a) Cavacos de Eucalipto tratado em água e (c) tratados com
hidróxido de sódio a 10%, (b) fibras do epicarpo do babaçu tratadas em água e
(d) tratadas com hidróxido de sódio a 5%.
28
Figura 4.4 Fibras de eucalipto (a) e fibras de coco babaçu (b) obtidas.
4.2.3. Resina
MR
TR = . TSR (4.2)
MF.(1−TU)
29
Onde:
TR = teor de resina;
MR = massa da resina;
MF = massa da fibra;
TU = teor de umidade;
TSR = teor de sólidos da resina.
4.2.3.1 Catalisador
4.2.3.2 Aditivos
Como aditivo para melhorar o poder aglomerante da resina foi utilizado trigo na
proporção de 20% em relação ao total de resina utilizada. Para a diluição dos
constituintes da resina foram adicionados 20% de água em relação à
quantidade de resina. Vale lembrar que todos esses percentuais aqui utilizados
foram os recomendados pelo fabricante da resina.
M
D= 1000 (4.3)
V
V = C .L .E (4.4)
Onde:
D: densidade de massa (g/cm3);
M: massa (g);
V: volume (cm3).
Colocar o siginificado C L E
4.2.10.2 Ensaio para Determinação do Teor de Umidade
MU − MS
Tu = . 100 (4.5)
MS
Onde:
Tu = teor de umidade (%).
Mu = massa úmida (g).
Ms = massa seca (g).
35
EF − EI
IE = . 100 (4.6)
EI
Onde:
IE: inchamento em espessura (%)
Ef: espessura final (mm)
Ei: espessura inicial (mm).
Mf− Mi
AA = . 100 (4.3)
Mi
Onde:
AA: absorção de água (%)
36
3.F.L
R= (4.8)
2.b.t2
Onde:
MOR - Módulo de resistência em flexão (MPa)
L: distância entre suportes (mm).
b: largura do corpo de prova (mm).
t: espessura do corpo de prova (mm).
F: carga na ruptura (N).
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Teor de Umidade
Formulações Valor Médio (%) Desvio Padrão
P1 10,10 0,24
P2 10,38 0,22
P3 10,48 0,18
P4 10,26 0,34
P5 10,17 0,44
P6 9,96 0,37
42
P2 0,85 0,16
P3 0,86 0,15
P4 0,99 0,08
P5 0,94 0,10
P6 0,90 0,09
Figura 5.2 Perfil de densidade de massa para as três faces das formulações.
A.A 2h 24h
P3 7,93±2,58 16,84±2,15
P4 10,22±3,04 22,53±3,58
P5 5,71±3,05 10,60±3,35
P6 15,16±2,79 33,48±3,49
I.E 2h 24h
P1 5,74±0,92 10,62±0,63
P2 4,63±2,07 8,76±2,08
P3 4,10±1,28 7,18±2,25
P4 3,05±1,32 8,85±0,54
P5 2,47±1,42 4,06±2,60
P6 4,39±0,68 10,66±0,51
P2 31,16 3,6
P3 29,83 3,2
P4 29,45 1,4
P5 29,08 2,7
P6 28,60 3,5
P1 = eucalipto retido em 1,18 mm; P2 = eucalipto retido em 0,85 mm; P3 = eucalipto
retido em 0,6 mm; P4 = babaçu retido em 0,6 mm; P5 = mistura de babaçu com
eucalipto retido em 0,85 mm; P6 = mistura de babaçu com eucalipto retido em 0,6 mm.
40 2,0
MOR
Densidade 1,8
1,6
Densida de Massa (g/cm )
3
30
1,4
1,2
MOR (MPa)
20 1,0
0,8
0,6
10
0,4
0,2
0 0,0
P1 2 P2 P3 P44 P5 P6 6
Formulações
50
54,12
P2 3296,99
38,64
P3 1965,71
40,34
P4 2100,92
52,9
P5 2860,16
39,25
P6 1622,49
4000 3,0
Arrancamento de parafuso
3500 Densidade de massa
2,5
Arrancamento de parafuso (N)
2000 1,5
1500
1,0
1000
0,5
500
0 0,0
P1 P2 P3 P4 P5 P6
Formulações dos painéis
Figura 5.4: Influência da densidade na resistência ao arrancamento de
parafuso das formulações.
Em trabalho publicado por Melo & Del Menezzi (2010), para painéis de
Eucalyptus grandis, produzidos com densidade de 0,6, 0,7 e 0,8 g/cm 3 e 8% de
resina ureia-formaldeído, os valores de arrancamento de parafuso variaram de
710 a 966 N.
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AYRILMIS, Nadir; KWON, Jin Heon; HAN, Tae Hyung. Utilization of pine (Pinus
pinea L.) cone in manufacture of wood based composite. Forest Ecology and
Management, v. 259, p. 65-70, 2009.
AYRILMIS, Nadir et al. Utilization of pine (Pinus pinea L.) cone in manufacture
of wood based composite. Forest Ecology and Management. v. 259, p. 65-70,
2009.
COSTA, Nuno et al. Alternative to latent catalysts for curing UF resins used in
the production of low formaldehyde emission wood-based panels. International
Journal of Adhesion & Adhesives, v. 33. 2012, p. 56-60.
ANEXOS
RESUMO ESTATÍSTICO E ANOVA
Tabela A1 Resumo estatístico para os dados de inchamento após 2 horas de
imersão
Painéis N de média Desvio Padrão Erro da
amostras média
P1 3 7,00667 1,1297 0,65224
P2 3 7,16 2,53501 1,46359
P3 3 5,88 1,56675 0,90456
P4 3 4,19333 1,62223 0,9366
P5 3 3,87333 1,73984 1,0045
P6 3 5,34667 0,83512 0,48216