APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO ART 538 AO PROCEDIMENTO EXECUTIVO
DOS ARTIGOS 806 DO CPC.
O Código tem feito distinções entre os procedimentos executivos fundados em
títulos judiciais e extrajudiciais tem suas razões ligadas à economia processual. A ampla liberdade do magistrado em definir o melhor meio para satisfação da obrigação não pode levar, contudo, à ideia de que um titulo executivo judicial é “mais forte” de que um titulo executivo extrajudicial. Ambos dispõem de uma mesma eficácia abstrata. Aplica-se sempre que possível e necessário as regras executivas do Artigo 538 do CPC, sob pena de o titular de um titulo extrajudicial se ver encorajado, mesmo sendo detentor de um “titulo executivo”, a promover uma demanda condenatória, que seria totalmente absurdo.
PROVIDENCIAS PARA REFORÇAR A OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR COISA
A execução de sentença para entrega de coisa se cumprirão por meio de mandado
expedido por força imediata da própria sentença condenatórias como previsto no artigo (497 NCPC) pode-se aplicar as mesmas medidas coercitivas prevista para execução de fazer e não fazer. Dentre essas medidas existe a multa periódica por retardamento no cumprimento no cumprimento das decisões judiciais (Astreintes).
EMBARGOS DE RETENÇÃO POR BENFEITORIA
Se o devedor, na execução para entrega de coisa certa, tenha feito
benfeitorias e possua sobre elas o direito de retenção, pode faze-lo até que seja indenizado por elas. O exercício desse direito deve ser alegado na contestação, pois é o momento mais vantajoso e oportuno para tal. Caso não tenha feito na contestação, poderá ser feita por ação ordinária e exigir o ressarcimento da coisa, que já terá sido entregue ao exequente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após o termino do trabalho pode-se concluir que a execução de sentença de
obrigação de fazer se da tanto por título executivo judicial ou extrajudicial. Conforme o estudo acerca deste tema um tanto quanto complexo, é fácil notar, num comparativo com o CPC de 1973 e o de 2015, as mudanças realizadas nos artigos visando facilitar e agilizar os procedimentos acerca das execuções de obrigações. Foi criada também a possibilidade de coagir o devedor das obrigações de fazer a cumprir as prestações a seu cargo mediante a imposição de multas, devendo-se respeitar a intangibilidade corporal do devedor, criam-se, dessa forma, forças morais e econômicas de coação pra convencer o inadimplente a realizar pessoalmente a prestação pactuada.