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ENGEMAF ENGENHARIA E CONSULTORIA LTDA

Engenharia de Orçamento de Obras Civis

Autor:
Engenheiro Leandro Fonseca, Eng.

2018

 leandrogffs@gmail.com
 (31) 9 9444-3003 / 9 8813-1356
Formação em Orçamento de Obras

Sobre o Autor:

Leandro Fonseca. é Engenheiro Civil, Especialização em Gestão


empresarial. Professor do curso Técnico em Edificações na Escola Meta
de Educação Profissional e Engenharia de Custos e Orçamentos no
IETEC. Especialização em Orçamento de Obras. Possui experiência em
Projetos residenciais e industriais como Gestor de Obras, Fiscalização
de obras de engenharia de grande porte, Consultoria em Orçamento e
Planejamento de Obras e Capacitação técnica em cursos técnicos e de
formação profissional. Atuação profissional: Engenheiro de
Suprimentos, empresa: Direcional Engenharia S.A.; Coordenador de
Orçamento e Planejamento de Obras, empresa: MROSCOE
Engenharia e Construção S.A.; Coordenador de Controle e Custos de
Obras, empresa: Prime Incorporações e Construções, do grupo MRV.

Contato com o autor: leandrogffs@gmail.com

(31) 9 9444-3003

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Formação em Orçamento de Obras

Nota Importante

Valores (custos), índices de produtividade, Legislações, Normas, Padrões e documentos


de referência, quando não apresentada a sua data de referência deve considerar a data
de 01/01/2014. Bases de cálculos e alíquotas, hipósteses em que não há retenção na
fonte, prazos de recolhimento infrações e penalidades, legislação vigente, bem como
demais informações sobre tributos e contribuições citados possuem caráter acadêmico
e devem ser validados previamente com responsáveis contábeis e jurídicos da empresa
que receberá este treinamento. O autor desse material não se responsabiliza por nenhum
dano causado direta ou indiretamente pela não observância desta nota.

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Formação em Orçamento de Obras

Prefácio

A previsão dos custos de uma etapa de obra depende muito do grau de conhecimento da
pessoa que está fazendo o orçamento com base no projeto, ficando o sucesso de um
empreendimento, entre outros fatores, dependente do acerto entre o que foi previsto
(orçado) e o que irá ocorrer na prática (custo real). O orçamento é um dos elementos para
a tomada de decisões, junto com o cronograma físico-financeiro.

Para se ter um controle dos gastos e administrar melhor uma obra é uma ótima idéia ter
uma como base uma tabela com os percentuais dos custos de cada etapa da obra, para se
ter uma visão mais clara de quanto está sendo investido, e em qual etapa da obra.

Como o orçamento é um documento gerado previamente à execução da obra, as variáveis


que o compõem são estimadas e, assim sendo, seu resultado é aproximado em relação
àquele que será o custo real, isto é, o custo apurado após a produção efetiva do bem.
Entretanto, embora não tenha de ser exato, o orçamento deve apresentar um grau de
precisão compatível com a margem de erro esperada pela construtora e pelos contratantes
em função da fase a que se refere.

Caso seja necessário uma análise mais detalhada com valores mais exatos, deve ser feita
por um profissional da área para se ter um custo mais exato de cada etapa da obra, também
este profissional por separar material da mão de obra, sendo que os valores podem variar
dependendo da região.

Objetivos a serem cumpridos com este material:

• Capacitar na análise de orçamentos de obras, visando aumentar a competividade


dos serviços fornecidos.

• Preparar pessoal de orçamento e planejamento para maior efetividade em seu


trabalho.

Bons estudos!

Leandro Fonseca, Eng.

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SUMÁRIO

1. Introdução: O Orçamento na construção civil .................................................................6

2. Orçamento e Objetivos .......................................................................................................6

2.1 – Orçamento Processo: Conceito e Aplicação ......................................................6

2.2 – Orçamento Produto: Conceito e Aplicação .........................................................7

3. Custos e Despesas: Conceitos e definições ...................................................................9

4. Composição de Preços Unitários ................................................................................... 12

5. Encargos Sociais .............................................................................................................. 16

6. Bonificação de Despesas Indiretas................................................................................ 18

7. Planilha Orçamentária...................................................................................................... 32

8. Curva ABC ......................................................................................................................... 34

9. Estratégia de Redução de Custos em Projetos ........................................................... 37

Exercícios Práticos................................................................................................................ 43

Referências Bibliograficas ................................................................................................... 57

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1. Introdução: O Orçamento na Construção Civil

Orçar é quantificar insumos, mão de obra ou equipamentos necessários à realização de uma


obra ou serviços, bem como os respectivos custos e o tempo de duração dos mesmos.

O orçamento, ou a “estimativa de custo” é a soma de diversas parcelas ou etapas de


produção, onde cada etapa possui um custo total ou unitário, as principais parcelas ou etapas
que compõem a estimativa de custo de um empreendimento são:

• Concepção e compatibilização do projeto como um todo;


• Planejamento e gerenciamento dos serviços e da mão-de-obra;
• Levantamento do custo indireto;
• Estudo financeiro.

2. Orçamento e Objetivos

O orçamento pode ser observado sob duas óticas: como processo e como produto.

Fig.1 – Tipos de Orçamento

2.1 – Orçamento Processo – Conceitos e Aplicação

Como processo quando o objetivo é definir metas empresariais em termo de custo,


faturamento e desempenho, onde participam da elaboração e se compromete com sua
realização de todo corpo gerencial da empresa.

Além disso, um processo orçamentário possibilita efetuar as projeções futuras dos balancetes
mensais, permitindo elaborar o balanço projetado do exercício ou de exercícios futuros, o que
contribui para a empresa avaliar ou conhecer os lucros futuros.

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2.2 – Orçamento Produto – Conceitos e Aplicação

Como produto, o orçamento tem por objetivo definir o custo e em decorrência o preço de
algum produto da empresa, seja a construção de um bem ou a realização de qualquer
serviço.

Sem dúvida alguma, o orçamento produto influencia o desempenho da empresa, e vice versa,
pois toda a empresa funciona como um todo orgânico. Nesta concepção, pode-se afirmar
que o orçamento produto tem suas diretrizes definidas no processo orçamentário da
empresa.

Tipos de Orçamento Produto:

O orçamento pode ser elaborado visando definir o custo e, por extensão, o preço de bens e
serviços, tais como:
• Elaboração de Projetos;
• Elaboração de orçamentos, cadernos de encargos, especificações;
• Elaboração de Laudos técnicos;
• Serviços de fiscalização, auditoria, ou assessoria técnica;
• Orçamento de serviços ou de mão de obra;
• Orçamento de construção ou de empreitada;
• Orçamento de canteiro de obras ou obras complementares;
• Etc.

A realização do orçamento produto, basicamente, pode seguir dois procedimentos


básicos:
• Por avaliação e estimativa;
• Por composição de custos unitários

Esses orçamentos diferenciam-se pelo grau de precisão, quando se compara o custo


inicialmente proposto com aquele realmente incorrido.

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Fig.2 – Procedimentos de Orçamento

a) O orçamento é a expressão quantitativa expressa em unidades físicas e valores


monetários, referidos a uma unidade de tempo, dos planos elaborados para o
período(s) subsequente(s).
b) As estimativas de custo determinam o valor da obra a partir de projetos incompletos,
cujas deficiências são supridas com a adoção de parâmetros particulares.
c) As avaliações constituem-se na valoração de empreendimentos através de
parâmetros genéricos.

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3. Custos e Despesas – Conceitos e Definições

Você sabe qual a diferença entre custos e despesas e qual a importância disto para a
empresa?
É considerado custo, todo e qualquer gasto relativo a aquisição ou produção de
mercadorias, como por exemplo, matéria-prima, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação
(GGF), como depreciação de máquinas e equipamentos, energia elétrica, manutenção,
materiais de conservação e limpeza para fábrica, viagens de pessoas ligadas a fábrica, etc.

O Custos dividem-se ainda em Diretos e Indiretos:

• Custos Diretos = são todos os custos diretamente ligados aos produtos e


geralmente são mais fáceis de identificar, como matéria-prima, insumos e mão-de-
obra de funcionários dos centros de custos produtivos;
• Custos Indiretos = já estes, ainda que ligados aos produtos, são um pouco mais
difíceis de serem identificados, como mão-de-obra de funcionários dos centros de
outros centros de custos, mas que prestam serviço referente a fábrica como
manutenção, almoxarifado, ferramentaria, gerência e planejamento, etc. e os demais
gastos de fabricação (GGF), que englobam todas as despesas relacionadas a fábrica
(exceto as diretas).

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Já as despesas são todos gastos relativos a administração da empresa, como a


área comercial, marketing, desenvolvimento de produtos e o financeiro.

Ou seja, são os gastos que a empresa precisa ter para manter a estrutura
funcionando, porém não contribuem diretamente para geração de novos itens que
serão comercializados.

Em resumo, os custos são os desembolso que podem ser atribuídos ao produto final, já
as despesas são de caráter geral, de difícil vinculação aos produtos obtidos.

Entre os principais benefícios de uma apuração correta de custos e despesas, podemos


destacar a análise de Margem de Contribuição por produto, que é o valor que sobra da
venda de um produto ao retirarmos de seu faturamento bruto os gastos com deduções de
vendas e com o custo de sua produção ou compra.

De maneira resumida, a margem de contribuição nos diz se um produto vale a pena ou não
ser produzido, e não temos como realizar esta análise se não tivermos identificado as
despesas administrativas separadas do custo de produção.

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Fig. 3 - Alguns exemplos de custos e despesas

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4. Composição de Custos Unitários

Os preços e os custos na construção civil são orçados por serviço e determinados


segundo a produção de acordo com as composições unitárias. E estas composições,
conforme o serviço, tem por unidade: o metro, m², m³, homens-hora, dispendidos na
execução do serviço, hora de máquina, etc.
O preço na construção civil, geralmente é definido pelo seguinte modelo em que: CD
corresponde aos custos diretos incorridos, diretamente na execução dos serviços e IBDI,
denominado Índice dos benefícios e despesas indiretas, engloba os custos indiretos a
serem suportados por cada serviço.

Preço = CD x IBDI

A maioria dos orçamentos apresenta como parâmetro de orçamento o serviço. Assim,


o custo de cada serviço em que foi subdividido um projeto é composto segundo a
quantificação e os custos da mão de obra, dos insumos, dos equipamentos e dos encargos
sociais necessários a sua consecução.
Sendo, MO o valor da mão de obra, MT representando os insumos, EQ os
equipamentos e ES os encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. O custo de cada
serviço é composto conforme se apresenta abaixo:

CD = Σ ( MO + MT + EQ + ES)

Esse quantitativos são multiplicados por composições unitárias de insumos para a


execução desses serviços. A soma dos produtos dos quantitativos por suas composições
unitárias resulta no custo total de um projeto.

Portanto, para a realização de um orçamento atuam três variáveis: o quantitativo dos


serviços, a composição unitária e o preço dos insumos. E uma variável fiscal, os encargos
sociais.

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A composição de custos unitários tem os seguintes componentes:

• Índice de materiais
• Índice de mão de obra
• Índice de equipamentos
• Preços unitários de materiais
• Preços unitários de mão de obra
• Preços unitários de equipamentos
• Taxa de encargos sociais
• Benefícios e despesas indiretas

A realização de um orçamento segue a seguinte metodologia:

• Projeto e suas especificações


• Quantificar os trabalhos por serviços, etapas ou elementos construtivos
• Relacionar as atividades a realização de cada serviço ou etapa construtiva, com base
na tecnologia a ser adotada
• Definir e quantificar o custo dos insumos, equipamentos e mão de obra, a
produtividade e os índices de produção
• Calcular o custo de mão de obra aplicada a cada serviço, dos insumos que dele
participam e dos equipamentos necessários a sua execução
• Calcular o índice de encargos sociais
• Definir o BDI – Bonificação de despesas indiretas
• Elaborar as planilhas de composição de custos
• Calcular os preços unitários e o preço global de cada serviço

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Analisando uma Composição de Preço:

Serviço de armação de aço CA-50, incluindo corte, dobra e instalação.

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5. Encargos Sociais

Encargos sociais são valores de impostos e taxas a serem recolhidos aos cofres
públicos e calculados sobre a mão de obra contratada, bem como a direitos e obrigações
pagos diretamente ao trabalhador.
Alguns índices são fundamentados em diversos dados estatísticos ou criterios que
podem sofrer variação no tempo, de região para região, de pluviosidade, propiciando
diferença no percentual total dos encargos.
A metodologia comumente empregada para o cálculo dos encargos sociais,
classifica essa taxa em cinco grupos:

Os encargos do Grupo-A são aplicáveis a todas as empresas do grupo III da


CLT – art. 577.

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Os encargos do grupo B são devidos a horas não trabalhadas, pagos


diretamente ao empregado, relativo aos dias de repouso semanal, feriado, férias, 13º
salário, além de auxílio enfermidade e da licença paternidade.

Os encargos do grupo C dizem respeito a demissão sem justa causa.

Os encargos relativos ao Grupo D correspondem as reincidências dos encargos do


grupo A sobre o grupo B.

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6. Bonificação de Despesas Indiretas


BDI, Bonificação ou Benefícios e Despesas Indiretas, é a parte do preço de cada
serviço, expresso em percentual, que não se designa ao custo direto ou que não está
efetivamente identifi cado como a produção direta do serviço ou produto.
O BDI é a parte do preço do serviço formado pela recompensa do empreendimento,
chamado lucro estimado, despesas financeiras, rateio do custo da administração central
e por todos os impostos sobre o faturamento, exceto leis sociais sobre a mão-de-obra
utilizada no custo direto. Podemos ainda definir o BDI como sendo um percentual
relativo às despesas indiretas, que incide sobre os custos diretos de maneira geral, a
fim de compor com precisão o preço de venda ou produção de um serviço ou produto.
Todo empreendimento de engenharia apresenta custo direto de produção e custo
indireto.
Acrescendo ao custo direto o percentual relativo ao custo indireto que incide sobre o
projeto, somado ao lucro, impostos e despesas indiretas, extrai-se o preço de venda do
serviço. Esse preço de venda nunca se repete, variando em função do planejamento do
empreendimento, da sua localização, das características administrativas diferenciadas
das empresas ou órgãos contratantes e contratadas, do edital, do tamanho do serviço,
da época de execução do projeto, enfim, de inúmeras variáveis que nunca se repetem
identicamente.

6.1– Como calcular o BDI


O cálculo do BDI depende, dentre as variáveis, do agente que elabora o orçamento.
Legalmente, o contratante de serviços tem a prerrogativa da estimativa inicial de custos,
portanto, quem contrata não é obrigado a apresentar o orçamento detalhado do projeto
nem tampouco propor um planejamento para sua execução. A este cabe, a seu único
critério, a estimativa de custos.

Sendo assim, o BDI será calculado também de maneira estimada e, para garantia
orçamentária e fi nanceira do empreendimento, deverá obrigatoriamente conter
margens de segurança de cálculo que neste trabalho chamaremos de Margem de
Incerteza.

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Ao contratado, pelo contrário, não há a possibilidade da estimativa de custos em sua


proposta comercial, seja pelas imposições legais, quanto pela garantia técnica da
execução do empreendimento.
Neste sentido, está garantido o orçamento detalhado do projeto, advindo de um
planejamento proposto. O BDI neste caso é preciso, não aceitando nenhuma margem
adicional ou cálculo de quaisquer riscos, visto que o orçamento detalhado de um
planejamento de execução de projetos elimina, pela previsibilidade, esta possibilidade.
As premissas iniciais do CONCEITO DO BDI estabelecem que alguns itens devem ser
transferidos para a planilha de quantidades da obra, visto que são perfeitamente identifi
cáveis e quantifi cáveis e, assim, são considerados como CUSTO DIRETO. São estes:
• Mobilização e Desmobilização da Obra-serviço;
• Administração Local;
• Instalação do Canteiro de Obras;
• Manutenção do Canteiro de Obras;
• Despesas relativas à legislação ambiental;
• Segurança do trabalho;
• Controles tecnológicos;
• Transportes diversos;
• Cauções e seguros não resgatáveis;
• Outros.

Mobilização corresponde à parcela de custos para transportar desde sua origem até
o Canteiro de Obras ou Serviços, recursos materiais, equipamentos e instalações, além
de pessoal e utensílios necessários para a realização do empreendimento.

Alertamos que a Mobilização e a Desmobilização são efetivamente custos diretos,


uma vez que a Lei 8.666/93, das Licitações, em seu artigo 40 indicará em seu inciso
XIII, os “limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou
serviços que serão obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas,
etapas ou tarefas”.

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ADMINISTRAÇÃO LOCAL

Define-se Administração Local como custos relativos à administração direta do


projeto ou empreendimento, inerentes ao Canteiro de Obras ou Serviços. É o custo
administrativo direto, conseqüentemente integrado na planilha de quantidades da obra,
onde constarão todos os itens de custos que lhe são pertinentes. Esta planilha deverá
ser apresentada anexada à proposta de preços e seu preço global deverá constar na
planilha de custos diretos de serviços do projeto.

INSTALAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS OU SERVIÇOS

A Instalação do Canteiro de Obras ou Serviços tem como função adaptar os custos


de construção das edificações provisórias para o suporte administrativo do
empreendimento, como instalações hidráulicas, elétricas e sanitárias; alojamentos e
refeitórios; depósitos de materiais e ferramentas; escritórios e outros.

Dessa forma, pode-se incorporar ao CONCEITO DO BDI, no caso dos


CONTRATANTES, os seguintes itens, considerados unicamente em percentuais:

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• Lucro Previsto;
• Tributos sobre a nota fiscal;
• Administração Central;
• Custos Financeiros;
• Margem de Incerteza (para estimativas de contratantes).

A inclusão da MARGEM DE INCERTEZA é indispensável às ESTIMATIVAS DE


CUSTOS dos órgãos públicos para melhorar eventuais distorções no valor aproximado
pelo cálculo estimado, devido ao seu caráter genérico adotado pelos contratantes. Isto
é, Preço de Referência representa custo inexato, ou seja, composições de custos
unitários diretos dos serviços genéricos e BDI fixado.

A MARGEM DE INCERTEZA é então um percentual de erro aceitável para as


estimativas de preços dos contratantes.

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TRIBUTOS SOBRE A NOTA FISCAL

Nos tributos sobre a nota fiscal devem ser consideradas as variáveis do regime
tributário escolhido pela empresa contratada e sua localização, no tocante a:

Tributo Municipal – TM
• ISS – Imposto sobre Serviço:
Variável de 0% a 5%. Em alguns casos pode-se deduzir os materiais. É pago no
município de realização do serviço. Deve-se considerar a legislação municipal
pertinente.

Tributo Estadual – TE
Geralmente não compete às empresas prestadoras de serviços o pagamento sobre
faturamento de tributos estaduais.

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Tributos Federais - TF
• COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social: Aplicável em
todo o território nacional. A alíquota depende do enquadramento fi scal e tributário da
empresa.
• PIS - Programa de Integração Social: Aplicável em todo o território nacional. A
alíquota depende do enquadramento fiscal e tributário da empresa.
• CPMF - Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira: Corresponde à
retenção de 0,38% sobre a movimentação fi nanceira em conta corrente bancária de
pessoas físicas e jurídicas (até a data desta publicação).

TRIBUTOS SOBRE O LUCRO

Os tributos existentes sobre o lucro são: o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica)
e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). O Imposto de Renda Pessoa
Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido podem ser aplicados sobre a nota
fi scal de serviços (Lucro Presumido ou Arbitrado) ou sobre o balanço mensal da
empresa (Lucro Real) de acordo com o regime tributário por ela escolhido.

As pessoas jurídicas com fins lucrativos estão sujeitas ao pagamento do Imposto de


Renda pelos seguintes regimes tributários:

• Lucro Real
• Lucro Presumido
• Lucro Arbitrado
• Lucro Presumido ou Arbitrado

Os percentuais de presunção de lucro fixados no artigo 15 da Lei 9249/95, para quem


optar pelo Lucro Presumido ou Arbitrado, são os seguintes:

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A - 8%, Venda de mercadorias e produtos;


B - 1,6%, Revenda para consumo de combustíveis derivados de petróleo, álcool
etílico carburante e gás natural;
C - 16%, Prestação de serviços de transporte, exceto o de carga que é igual a 8%;
D -32%, Prestação de demais serviços;
E - 8%, Atividades imobiliárias;
F - 8%, Empreitada global;
G - 32%, Administração de obras.

Sobre esses percentuais são aplicadas as alíquotas especifícas de IRPJ fixadas em


lei.

Por exemplo, empresas de engenharia de construção que optem por esta


modalidade de tributação pagarão 1,2% de IRPJ sobre o valor da nota fi scal, da
seguinte maneira: Considerando-se a presunção de Lucro igual a 8% (letra F, acima) e
sendo a alíquota do IR de 15%, temos:

Para empresas de engenharia consultiva o IRPJ é igual a 4,8%, quando tributado


sobre o Lucro Presumido (letra D = 32%).

LUCRO REAL

Como o próprio título define, a tributação incidirá sobre o Lucro efetivo da empresa
(ajustado pelas adições e exclusões permitidas e leis). As alíquotas dos tributos
dependem do plano tributário adotado pela empesa prestadora de serviços, em função
da sua atividade.

A Lei define apenas o Lucro anual. A conversão para mensal é trabalho do


orçamentista ou contador, uma vez que o cálculo do Imposto de Renda deve ser por
mês, nos cálculos orçamentários.

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CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

A base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro das pessoas jurídicas com
fins lucrativos é:

• Tributado pelo Lucro Presumido ou Arbitrado é de 12% sobre a Receita Bruta e de


100% sobre as demais Receitas Operacionais (Financeiras etc);
• Tributado pelo Lucro Real é de 9% sobre o Lucro; de acordo com a MP 1858-10 de
26/10/99, a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido não pode mais ser deduzida da
COFINS.

O pagamento da Contribuição Social é trimestral, seguindo os trimestres civis, da


mesma forma que o Imposto de Renda. Assim, os percentuais admitidos para a
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido dos serviços de engenharia são os seguintes:

• serviços que contemplem mão-de-obra e materiais a alíquota da CSLL é de 1,08%;


• serviços que contemplem apenas mão-de-obra a alíquota da CSLL é de 2,88%.

EXCEÇÕES

Não devem ser aplicados impostos sobre a Nota Fiscal, impostos incidentes sobre
materiais, do tipo ICMS e IPI, uma vez que estes deverão estar inclusos no preço dos
materiais, como também, os encargos sociais que são aplicados sobre a folha de
pagamento, que deverão estar incorporados aos salários.

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ADMINISTRAÇÃO CENTRAL – AC

A ADMINISTRAÇÃO CENTRAL reúne todos os custos da sede da empresa,


inclusive o custo de comercialização, gestão de pessoal, contabilidade, pró-labore de
sócios, departamento de compras e equipe de elaboração de propostas de preços,
facilmente conhecidos através da contabilidade gerencial das empresas.

Na prática, a ADMINISTRAÇÃO CENTRAL deve ser um percentual que expresse


um rateio desse custo gerencial da empresa em relação ao custo total desta, previsto
para o período seguinte ou mesmo realizado no período passado, a critério do
orçamentista.

Constitui-se, a ADMINISTRAÇÃO CENTRAL, dos custos referentes à diretoria,


departamentos (pessoal, contábil, licitações, orçamento, compras, jurídico, fi nanceiro
etc), aluguel de imóveis, veículos, água, esgoto e telefone, entre muitos outros.

A ADMINISTRAÇÃO CENTRAL será adotada sobre o custo total da empresa, da


seguinte forma:

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CUSTOS FINANCEIROS

Os CUSTOS FINANCEIROS visam corrigir monetariamente os déficits de caixa que


os contratos apresentam, principalmente em função da forma de medição e pagamento
dos mesmos. A fórmula pode ser utilizada da seguinte maneira:

LUCRO PREVISTO

O LUCRO PREVISTO da proposta é definido exclusivamente pelo prestador de


serviço ou empresa contratada. É considerado um percentual e essencial para a
sobrevivência e modernização das empresas.

O percentual do lucro de cada empresa é definido em função do interesse da


empresa no contrato, da análise de risco da proposta, do comportamento conhecido do
cliente, da regularidade e exatidão do pagamento, da concorrência, da complexidade do
projeto e, principalmente, das condições de mercado.

O LUCRO também é um percentual calculado tecnicamente, baseado em custo de


oportunidade do capital. No Brasil, o IPEA, órgão do ministério do planejamento, defi niu
com base em pesquisa específi ca, em 15% (quinze por cento). A receita federal também
presume a lucratividade de empresas prestadoras de serviços variando entre 8,0% e
32%.

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Formação em Orçamento de Obras

MARGEM DE INCERTEZA – MI

A MARGEM DE INCERTEZA visa situar a Estimativa de Custos elaborada pelo


órgão contratante em função da inexatidão ao calculá-la, em um intervalo elástico de
aceitabilidade, permitindo que o proponente corrija o Preço de Referência da Licitação
ao orçar detalhadamente o projeto.

Pode ser adotada, em termos percentuais, de acordo com o montante fi nal do


orçamento e deve estar em torno de 5% a 10% do CUSTO TOTAL do empreendimento,
para mais ou para menos, na Estimativa de Custo que vai defi nir o valor de referência
da licitação.

Os proponentes não aplicarão em seu BDI a variável Margem de Incerteza, porém,


podem utilizar o valor gerado por ela na Estimativa do Custo do contratante. Assim, o
valor estimado do BDI deve ser fixado em função do prazo do serviço e aspectos
diversos inerentes ao serviço, como IMPOSTOS, CUSTOS FINANCEIROS E
ADMINISTRATIVOS, LUCRO ESTIMADO DE MERCADO e MARGEM DE
INCERTEZA.

O BDI do órgão contratante é variável de acordo com estes fatores e deve ser
avaliado contrato a contrato, como também o proponente, estabelecendo os valores que
o compõem.

É importante lembrar que qualquer um destes itens constituintes do BDI pode ser
considerado sobre o CUSTO ou sobre o PREÇO DE VENDA do serviço, em função de
cada órgão ou empresa proponente, mas fica claro que o emprego sobre o CUSTO gera
um percentual superior ao adotado sobre o PREÇO DE VENDA.

Mas, para os TRIBUTOS SOBRE A NOTA FISCAL, por exigência da legislação


brasileira, só podem ser admitidos sobre o PREÇO DE VENDA DOS SERVIÇOS.

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Formação em Orçamento de Obras

AINDA SOBRE O LUCRO

A previsão do Lucro em uma proposta de preços é um percentual estabelecido pela


empresa em razão, principalmente, do mercado, do conhecimento do cliente,
pontualidade de pagamento e eficiência na fiscalização dos serviços e do interesse da
empresa pela obra ou serviço.

O LUCRO pode ser admitido de várias formas:

1º) O LUCRO será considerado, exclusive Imposto de Renda e Contribuição Social,


gerando a Margem de Contribuição real prevista;
2º) O LUCRO será considerado, inclusive Imposto de Renda e Contribuição Social,
gerando o LUCRO BRUTO; portanto, depois haverá subtração dos TRIBUTOS
anteriormente citados;
3º) O LUCRO será calculado sobre o custo, portanto, deverá estar no numerador da
fração da fórmula de cálculo do BDI;
4º) O LUCRO será calculado sobre o preço de venda, portanto, deverá estar no
denominador da fração da fórmula de cálculo do BDI.

Em qualquer dos casos apresentados nos itens acima certamente o LUCRO deverá
ser sempre preservado nos empreendimentos, conforme sua previsão inicial.

PREÇO DE VENDA

O preço de venda dos serviços ou valor global do orçamento é dado pelo produto do
custo direto total dos serviços pelo BDI:

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Formação em Orçamento de Obras

O CONCEITO DE BDI

PARA CONTRATANTES

Para os órgãos contratantes, o BDI deve ser calculado pela seguinte expressão
matemática:

PARA CONTRATADOS

O BDI para órgãos ou empresas contratados deve ser calculado pela seguinte
expressão matemática:

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Formação em Orçamento de Obras

EXEMPLO:

Calcular o BDI do contratante para ser aplicado sobre o custo direto estimado de um
empreendimento onde:
1- A ADMINISTRAÇÃO CENTRAL calculada da empresa proponente está em torno
de 7%;
2- Os CUSTOS FINANCEIROS calculados são de 2%;
3- Os TRIBUTOS apurados e somados que incidirão sobre o faturamento da
proponente são de 11,30%;
4- O LUCRO médio estimado, obtido pelas empresas atuantes neste mercado é de
10% sobre o faturamento do serviço;
5- A MARGEM DE INCERTEZA média da estimativa adotada é de 10%.

OBS: O fator multiplicador do custo direto para obtenção do preço de venda, neste
caso é 1,5121.

Os valores da ADMINISTRAÇÃO CENTRAL e dos CUSTOS FINANCEIROS são


extraídos a partir dos custos diretos do projeto, enquanto os valores do LUCRO e os
IMPOSTOS são obtidos a partir do preço de venda.

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Formação em Orçamento de Obras

CONCLUSÃO

Conforme procuro mostrar nas páginas precedentes, o BDI não é lucro, mas este
está incluso no BDI. Daí a importância da correta compreensão e utilização desse
instrumento, que é uma condição indispensável para a exiqüibilidade de um
empreendimento.
Embora ressalto a contribuição deste trabalho para a consolidação do entendimento
sobre o BDI, de maneira alguma pretendo encerrar a discussão sobre o tema. Ao
contrário. Os conceitos e cálculos do BDI são dinâmicos, pois assentam-se sobre a
legislação vigente, tributos e condições de mercado.

7. Planilha Orçamentária

Orçamento detalhado ou analítico demonstra o preço unitário de cada serviço, bem


como o preço total da obra a ser cobrado do cliente.

O Orçamento Analítico deve ser apresentado em planilhas, como o modelo abaixo:

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Esta planiha pode ser composta dos seguintes elementos:

• Discriminação de todos os itens e subitens desse serviço;


• As unidades dos serviços;
• As quantidades;
• Os preços unitários dos serviços;
• O preço parcial ou subtotal para cada subitem;
• O preço do item ou subtotal de cada item;
• O preço total da obra sem o BDI;
• O preço total da obra com o BDI.

O subtotal representa a multiplicação das quantidades pelos preços unitários


respectivos, de cada subitem, ou, quando se trata de serviço expresso por verba, o valor
da verba correspondente.

O preço total ou o custo total é a soma de todas as parcelas correspondentes aos


valores dos subtotais ou subitens de cada serviço.

Recomenda-se evidenciar o valor do BDI nos orçamentos. Isto porque, havendo


quebra de contrato por parte do cliente, o BDI bem como o preço dos serviços já
prestados deve ser cobrado, segundo especificação do Código Civil.

Não deve-se esquecer que, no valor do BDI, estão inclusos custos de administração
da obra e da empresa, despesas financeiras e de risco, impostos e taxas a serem
recolhidos pela empresa, bem como o lucro estimado.

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8. Curva ABC

A curva de experiência ABC, também chamada de ANÁLISE DE PARETO ou regra


80/20, é um método de categorização de estoques, cujo objetivo é determinar quais são
os produtos mais importantes de uma empresa. Foi desenvolvido pelo consultor de
qualidade romeno-americano Joseph Moses Juran, que verificou que 80% dos
problemas são geralmente causados por 20% dos fatores. O nome "Pareto" é uma
homenagem ao economista italiano Vilfredo Pareto, que em um estudo observou que
80% das riquezas são concentradas nas mãos de 20% da população, sendo que boa
parte do entendimento da curva ABC se deve a esse estudo de Pareto.

Numa organização, a curva ABC é muito utilizada para a administração de estoques,


mas também é usada para a definição de políticas de vendas, para o estabelecimento
de prioridades, para a programação de produção, etc. Para a administração de estoques,
por exemplo, o administrador a usa como um parâmetro que informa sobre a
necessidade de aquisição de itens - mercadorias ou matérias-primas - essenciais para o
controle do estoque, que variam de acordo com a demanda do consumidor.

Na avaliação dos resultados da curva ABC, percebe-se o giro dos itens no estoque,
o nível da lucratividade e o grau de representação no faturamento da organização. Os
recursos financeiros investidos na aquisição do estoque poderão ser definidos pela
análise e aplicação correta dos dados fornecidos com a curva ABC

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PARÂMETROS DE OBSERVAÇÃO DA CURVA ABC

A curva ABC, no caso de administração de estoques, apresenta resultados da


demanda de cada item nas seguintes áreas:

• giro no estoque;
• proporção sobre o faturamento no período;
• margem de lucro obtida.

Os itens são classificados como:

• de Classe A: de maior importância, valor ou quantidade, correspondendo a 20% do


total (podem ser itens do estoque com uma demanda de 65% num dado período);
• de Classe B: com importância, quantidade ou valor intermediário, correspondendo
a 30% do total (podem ser itens do estoque com uma demanda de 25% num dado
período);
• de Classe C: de menor importância, valor ou quantidade, correspondendo a 50% do
total (podem ser itens do estoque com uma demanda de 10% num dado período).

Os parâmetros acima não são uma regra matematicamente fixa, pois podem variar
de organização para organização nos percentuais descritos.A definição das classes A,
B e C obedece apenas a critérios de bom senso e conveniência dos controles a serem
estabelecidos e é definida pelo gestor.

O que importa é que a análise destes parâmetros propicia o trabalho de controle de


estoque do analista cuja decisão de compra pode se basear nos resultados obtidos pela
curva ABC. Os itens considerados de Classe A merecerão um tratamento preferencial.
Assim, a conseqüência da utilidade desta técnica é a otimização da aplicação dos
recursos financeiros ou materiais, evitando desperdícios ou aquisições indevidas e
favorecendo o aumento da lucratividade.

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Macete 01: Sempre consulte a Curva ABC de sua obra e procure adquirir os insumos
dentro do orçamento planejado. Atente-se com bastante atenção para os primeiros 20%
dos itens que, com certeza, vão representar, aproximadamente, 80% do custo de sua
obra.

Macete 02: A curva ABC pode ser gerada separadamente para Materiais, Mão-de-
obra e Serviços, de acordo com a necessidade para facilitar a gestão da obra.

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9. Estratégias de Redução de Custos em Projetos

CUSTOS: São essencialmente medidas monetárias dos sacrifícios com os quais


uma organização tem que arcar a fim de atingir seus objetivos.

PORQUE DEVEMOS ESTUDAR OS CUSTOS?


Atender necessidades gerenciais de três tipos :
• Informações sobre a RENTABILIDADE e DESEMPENHO de diversas atividades da
entidade.
• Auxílio no planejamento, controle e desenvolvimento das operações.
• Informações para a tomada de decisões.

a) GESTÃO DE OBRAS
Quando se veem em um momento de apuro, muitas empresas começam a reduzir
custos sem avaliação prévia e acabam limando recursos importantes para os resultados
da companhia.
Por isso, a regra é:
- Elencar todos os custos da empresa.
- Manter um histórico dos custos, realizando cortes naqueles que têm menos
participação no lucro.

PASSOS:
• Definir metas de redução
• Envolvimento da equipe
• Atendimento ao cliente

METAS DE REDUÇÃO
O planejamento estratégico da empresa deve incluir não só as metas de AUMENTO
de vendas como também as de DIMINUIÇÃO de gastos, obtidas com o estudo dos
custos. Assim é possível definir os caminhos para alcançar os índices determinados.

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ENVOLVIMENTO DA EQUIPE
Os funcionários são protagonistas da redução de custos e a comunicação interna
deve ser reforçada para que TODOS façam parte dessa causa. Uma maneira de otimizar
os cortes é envolver a equipe na definição de metas e usar parte da economia para
premiar o time quando elas forem atingidas.
Essa estratégia pode ser aplicada na redução de itens como material de escritóri o,
energia e manutenção de equipamentos.

ATENDIMENTO AO CLIENTE
Ao planejar quais custos devem ser diminuídos, é preciso manter a atenção na
QUALIDADE e na EFICIÊNCIA do atendimento, para que o corte não cause uma
percepção negativa nos clientes.

b) RECURSOS HUMANOS

JORNADA DE TRABALHO
Quando o horário de trabalho é bem aproveitado, o funcionário passa menos tempo
na empresa. Ganham a companhia, que economiza com hora extra e energia elétrica, e
o trabalhador, que tem mais qualidade de vida.
EXEMPLOS:
-Não acessar REDES SOCIAIS durante o horário de trabalho
-Moderar nas pausas para almoço. Período mais compacto e eficiente.

ROTATIVIDADE DE PESSOAL
Antes de demitir funcionários, coloque no papel os custos da rescisão de contrato.
Devem-se somar a isso os gastos com CONTRATAÇÃO e TREINAMENTO de novo
pessoal no futuro, quando as condições permitirem.
Se o plano for trocar empregados antigos por mais jovens, também se deve
considerar o tempo que estes levarão para chegar ao nível de expertise daqueles
demitidos.

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BANCO DE HORAS
Uma alternativa para reduzir os gastos com horas extras é registrar o tempo
excedente de trabalho em um banco de horas.
O empregado pode recuperar as horas trabalhadas a mais em folgas, emendas de
feriados ou férias mais longas. Entretanto, a empresa deve fazer essa compensação no
ano corrente. Caso contrário, é preciso remunerar o funcionário pelas horas extras.

TERCEIRIZAÇÃO DE PESSOAL
A TERCEIRIZAÇÃO pode ser uma maneira de economizar com pessoal, desde que
as funções não incluam a atividade-fim da empresa.
Profissionais requeridos esporadicamente, como especialistas em seleção e
recrutamento, podem ser retirados do quadro fixo e contratados somente quando
necessários.
Se alguns serviços terceirizados forem muito procurados, poderá ser mais barato
manter um profissional para a função.

CESTA DE BENEFÍCIOS
Diversas empresas gastam mais do que o necessário com benefícios pouco
utilizados pelos colaboradores.
A solução é reavaliar o que é oferecido, calibrando os itens de acordo com o perfil
do quadro de funcionários. Se são jovens, dão mais importância a subsídio para
CURSOS, por exemplo. Já os mais velhos querem PLANO DE SAÚDE completo e
PREVIDÊNCIA PRIVADA. Antes de fazer essa mudança, verifique quais benefícios
fazem parte de acordo sindical.

FÉRIAS COLETIVAS
Se houver necessidade de uma redução acentuada na produção, considere dar
FÉRIAS COLETIVAS aos funcionários. Isso pode ser feito no final do ano ou quando há
sazonalidade na demanda pelos produtos ou serviços. Assim, a empresa economiza
com as despesas de manutenção da infraestrutura, como luz e água. O período pode ou
não ser descontado das férias normais dos empregados.

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OTIMIZAÇÃO DOS PROCESSOS


Ao fazer um diagnóstico, podemos encontrar situações em que faltam visão dos
funcionários nos processos amplos do negócio.
Cada funcionário tende a se concentrar mais no seu departamento, e o fluxo de
trabalho muitas vezes trava na dependência de uma pessoa.
Com a troca de parte dos colaboradores e a reciclagem de outros, é possível otimizar
processos, ganhar qualidade e reduzir o tempo — e, portanto, o custo — da operação.

c) INFRA-ESTRUTURA

PERDAS NA PRODUÇÃO
Para economizar no processo produtivo, minimize as perdas. Além de investir em
máquinas mais modernas, é preciso conscientizar e qualificar os profissionais da linha
de produção. A alta rotatividade dos funcionários colabora para a perda de qualidade de
produtos de maior valor agregado.

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Quando as máquinas da empresa estão defasadas ou lentas demais, geram gastos
com manutenção e com horas extras dos funcionários. “Muitas vezes, vale a pena
considerar um financiamento para adquirir equipamentos novos”.

CONSUMOS
O gasto com CONSUMOS (energia elétrica, água, telefone, etc.) pode ser reduzido
a partir de mudanças na estrutura da empresa, nos equipamentos e nos hábitos.
EX:
-Troca de luminárias;
-Orientação aos funcionários quanto ao consumo excessivo;

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GASTOS ADMINISTRATIVOS
-Reavaliação da logística (transporte de funcionários, frete de materiais);
-Gestão de pagamentos (combustível – controle de frota, Ticket car);
-Digitalização de documentos (gastos excessivos com papel).

d) FINANÇAS

REGIME TRIBUTÁRIO
É possível diminuir a quantia gasta com impostos verificando se a empresa está no
enquadramento tributário adequado.
Os regimes de Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional têm alíquotas
diferentes, além de créditos e deduções próprios, e vale simular, com um contador, em
quais enquadramentos a empresa poderia entrar e quanto pagaria neles.

FLUXO DE CAIXA
Para não ter de recorrer ao endividamento, faça uma análise do FLUXO DE CAIXA
dos últimos 12 meses e verifique em quais períodos há baixa de vendas e necessidade
de capital.
Com isso, negocie com os fornecedores um remanejamento dos prazos de
pagamento.
O segredo é fazer isso com antecedência – se o remanejamento é pedido em cima
da hora, quando o fornecedor já aguarda o pagamento, as chances de conseguir uma
prorrogação são menores.

PLANEJANDO O ENDIVIDAMENTO
O ENDIVIDAMENTO pode ser um trampolim para o crescimento da empresa, mas
deve ser planejado. Organize-se para pagar juros menores, evitando as opções de
acesso mais fácil, porém com taxas mais altas, como o cheque especial. Compare as
condições de financiamento em diversos bancos.

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e) FORNECEDORES

PROPOSTAS DE REDUÇÃO
• Compras em grandes volumes;
• Diversifique fornecedores;
• Negociação de preços (materiais e serviços);
• Redução de estoque (a quantidade no estoque deve ser calculada de acordo com
a demanda de cada ponto de venda, para reduzir as perdas).

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EXERCÍCIOS PRÁTICOS

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1 - Sua equipe foi convocada para realizar uma obra de um edifício residencial multifamiliar
de 5 pavimentos, 2 apartamentos por pavimento, com área construída a ser calculada
conforme projeto abaixo. Considerando que o pé direito da estrutura por pavimento é de 3
metros, apresentem em sala as seguintes informações:

a) Quantitativo de alvenaria a ser utilizada para essa obra. Considerar uma perda de
13%.
b) Quantitativo de piso cerâmico, em metros quadrados. Perda de 10%.
c) Quantitativo, em metros quadrados, de esquadrias.
d) Quantitativo de pintura interna (2 demãos) e externa (3 demãos).

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PLANILHA DE QUANTIDADES:
ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE QUANTIDADE
01 Alvenaria M2
02 Piso Cerâmico M2
03 Esquadrias M2
04 Pintura Interna M2
05 Pintura Externa M2

ESPAÇO RESERVADO PARA LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES

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2 - Separar os custos e despesas da Empresa X, apropriando os custos diretos e indiretos por


produto. Calcular o custo unitário de cada produto (utilizar para os custos indiretos o critério de
rateio da matéria-prima utilizada), supondo-se 1.000 unidades de cada um.

GASTOS DA EMPRESA X
1. ALIMENTAÇÃO EM CANTEIRO DE OBRAS – R$ 20.000,00

2. MATÉRIA-PRIMA

Produto A (R$ 30.000,00)


Produto B (R$ 180.000,00)
Produto C (R$ 120.000,00)

3. MÃO-DE-OBRA NA FÁBRICA:

Produto A (2000 horas x R$ 10,00/hora)


Produto B (3500 horas x R$ 15,00/hora)
Produto C (5000 horas x R$ 12,00 hora)

4. SALÁRIOS DA SEDE – R$ 80.000,00

5. ENERGIA ELÉTRICA (SEDE) – R$ 30.000,00

6. MATERIAL DE ESCRITÓRIO – R$ 10.000,00

7. DESPESAS COM ALMOXARIFADO– R$ 10.000,00

8. MARKETING – R$ 50.000,00

9. MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS DA FÁBRICA – R$ 20.000,00

10. ENERGIA ELÉTRICA (FÁBRICA) – R$ 30.000,00

..................................................................................................................................................

PASSOS:

1 – SEPARAR CUSTOS E DESPESAS


2 – SEPARAR CUSTO DIRETO E INDIRETO
3 – APROPRIAR OS CUSTOS DIRETOS
4 – APROPRIAR OS CUSTOS INDIRETOS
5 – DEFINIR OS CUSTOS UNITÁRIOS DE CADA PRODUTO E O CUSTO TOTAL

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RESOLUÇÃO:

CUSTOS DESPESAS

CUSTOS
DIRETO INDIRETO

MÃO DE CUSTO CUSTO CUSTO CUSTO


DESCRIÇÃO MATERIAL %
OBRA DIRETO INDIRETO TOTAL UNITÁRIO

PRODUTO A

PRODUTO B

PRODUTO C

TOTAL 100,00

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3 – Calcular o ENCARGO SOCIAL da tabela abaixo:

TABELA DE ENCARGOS SOCIAIS

GRUPO DISCRIMINAÇÃO PERCENTUAL

A.1. Previdência Social 20,00%


A.2. F.G.T.S. 8,50%
A.3. Salário Educação 2,50%
A.4. SESI 1,50%
A.5. SENAI 1,00%
A
A.6. SEBRAE 0,60%
A.7.INCRA 0,20%
A.8. Seguro de acidentes 3,00%
A.9. SECONCI 1,00%

TOTAL DO GRUPO "A"

B.1. Repouso Semanal/Feriados 22,99%


B.2. Férias 10,35%
B.3. Auxílio Enfermidade 0,94%
B
B.4. Licença Paternidade 0,85%
B.5.13o Salário 11,22%

TOTAL DO GRUPO "B"

C.1. Depósito por despedida injusta 50% (A2 + A2 x B) 4,85%


C C.2. Aviso Prévio Indenizado 19,25%

TOTAL DO GRUPO "C"

D.1. Reincidência de A x B
D

TOTAL DO GRUPO "D"

TAXA TOTAL FINAL

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4 – Calcular o BDI do CONTRATANTE e do CONTRATADO:

a) AC = 6%
CF = 2%
MI = 10%
ΣT = 20%
L = 10 %

b) AC = 6%
CF = 2,5%
MI = 11,35%
ΣT = 18%
L = 12 %

c) AC = 6%
CF = 1,5%
MI = 10,86%
ΣT = 15%
L = 13 %

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5 – Com base nos preços adotados, determinar os preços de venda para as composições
abaixo:

PREÇOS ADOTADOS:

EQUIPAMENTOS LOCADOS

• Banca de serra circular 5 CV = R$ 400,00 / mês

• Caminhão carroceria com Madal 8504 = R$ 23.126,00 / mês

• Compressor portátil diesel 160 PCM = R$ 7.366,00 / mês

• Furadeira manual até 1/2" = R$ 50,00 / mês

• Máquina Policorte = R$ 200,00 / mês

• Caminhão Betoneira 7 m3 = R$ 24.000,00 / mês

• Motor para vibrador diesel tipo am-15h dynapac = R$ 584,00 / mês

MATERIAIS
• Arame 10 bwg = R$ 3,60 / kg

• Pontalete 3" x 3" = R$ 2,86 / m

• Prego = R$ 3,72 / kg

• Tabua de lei 1" = R$ 24,26 / m²

• Desmoldante de fôrmas para concreto = R$ 1.048,00 / galão de 200 litros

• Chapa compensada resinada espessura 17,00 mm = R$ 14,46 / m²

• Aço CA-50 Cortado/Dobrado = R$ 2.960,00 / tonelada

• Arame 18 bwg = R$ 4,10 / kg

• Concreto - taxa de bombeamento = R$ 35,00 / m³

• Concreto usinado Fck 25 MPA = R$ 230,56 / m³

MÃO DE OBRA DIRETA

• Encarregado = R$ 2.500,00 / mês

• Pedreiro / carpinteiro / armador = R$ 2.000,00 / mês

• Servente = R$ 950,00 / mês

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ENCARGOS SOCIAIS = Aplicar o Encargo do último exercício.

BDI = calcular, conforme exercício já aplicado. Letra A – Do contratante

DADOS PARA COMPOSIÇÃO UNITÁRIA DE MÃO DE OBRA E EQUIPAMENTOS

EQUIPAMENTOS
200 horas / mês

MÃO DE OBRA DIRETA


176 horas / mês
COMPOSIÇÕES UNITÁRIAS

Serviço: FORMA EM COMPENSADO RESINADO E=17MM PARA FUNDACAO


Unid: m2
Equipamentos Unid Qtde Custo Unitário Custo Total
IE0001 - Banca de Serra Circular 5 CV h 0,05
IE0018 - Caminhão Carroceria com Madal 8504 h 0,0012
IE0028 - Compressor Portátil Diesel 160 PCM h 0,05
IE0043 - Furadeira Manual até 1/2" h 0,2
Mão de Obra Unid Qtde Custo Unitário Custo Total
IH0001 - Encarregado h 0,333
IH0003 - Servente h 2
IH0006 - Carpinteiro h 3
Materiais Unid Qtde Custo Unitário Custo Total
IM0089 - Arame 10 bwg kg 0,3
IM1777 - Pontalete 3" x 3" m 1,5
IM1797 - Prego kg 0,2
IM1980 - Tabua de lei 1" m² 0,2
IM2543 - Desmoldante de fôrmas para concreto l 0,02
IM5911 - Chapa compensada resinada espessura 17,00 mm m2 0,37
Encargos Sociais
Preço de Custo
BDI
Preço de Venda

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Serviço: CORTE, DOBRA E ARMACAO DE ACO CA50/60


Unid: kg
Equipamentos Unid Qtde Custo Unitário Custo Total
IE0018 - Caminhão Carroceria com Madal 8504 h 0,0002
IE0057 - Máquina Policorte h 0,0002
Mão de Obra Unid Qtde Custo Unitário Custo Total
IH0001 - Encarregado h 0,00533
IH0003 - Servente h 0,03
IH0010 - Armador h 0,05
Materiais Unid Qtde Custo Unitário Custo Total
IM0006 - Aço CA-50 Cortado/Dobrado kg 1,01
IM0090 - Arame 18 bwg kg 0,02
Encargos Sociais
Preço de Custo
BDI
Preço de Venda

Serviço: CONCRETO FCK 25,0 MPA, INCLUSIVE LANCAMENTO EM FUNDACAO


Unid: m3
Equipamentos Unid Qtde Custo Unitário Custo Total
IE0014 - Caminhão Betoneira 7 m3 h 0,25216
IE0062 - Motor para vibrador diesel tipo am-15h dynapac h 0,2000
Mão de Obra Unid Qtde Custo Unitário Custo Total
IH0001 - Encarregado h 0,2333
IH0002 - Pedreiro h 1,5000
IH0003 - Servente h 2,0000
Materiais Unid Qtde Custo Unitário Custo Total
IM0495 - Concreto usinado fck 25 Mpa m³ 1,0300
IM0508 - Concreto - taxa de bombeamento m³ 1,0000
Encargos Sociais
Preço de Custo
BDI
Preço de Venda

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6 – Cálculo do custo de mão de obra de uma empresa. Suponha uma empresa com as
seguintes características de contrato de trabalho.

Se essa empresa contratar uma pessoa por um salário de R$ 2.000,00 mensais, qual o
custo mensal, custo anual e custo por hora desse novo funcionário para a empresa?
(Utilize as tabelas de apoio acima para ajudar na resolução)

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7 – Preencher a planilha abaixo para previsão de recebimentos. Considerar os dados


abaixo:
• Mês 1 e 2 = R$60.000,00/mês;

• Mês 3 = R$75.000,00

• Mês 4 = R$69.000,00.

Condições de recebimentos das vendas:


• 10% à vista;

• 40% com 30 dias;

• 40% com 60 dias;

• 10% com 90 dias.

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Supondo que o custo das matérias - primas representam 35% do valor das vendas.
Os prazos para pagamentos aos fornecedores serão:

•30% à vista
•20% com 30 dias;
•40% com 60 dias;
•10% com 90 dias.

Com base nos dados anteriores, calcular a previsão ou metas de compras mensais:

Estabelecida a meta de compras, e conhecendo os prazos para pagamento aos


fornecedores, calcular o pagamento das compras.

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Referências Bibliográficas

1 – Orçamento de Obras – Curso de Arquitetura e Urbanismo: Universidade de Santa


Catarina – UNISUL. Florianópolis – SC, 2003. Versão 1.0 – Julho,2003.

2 – BDI - Bonificação ou Benefício e Despesas Indiretas / Conselho Regional de


Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais. - Belo Horizonte : Crea-MG, 2007.

3 – XAVIER, IVAN. Apostila do curso – orçamento, planejamento e custos de obra:


visa oferecer aos profissionais iniciantes na área de construção civil, experiências para
execução de orçamento de materias de construção e mão de obra, planejamento de obra
e levantamento de custos. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – FAU – USP
Universidade de São Paulo – USP FUPAM – Fundação para a Pesquisa Ambiental.

4 - TISAKA, MAÇAHIKO. Orçamento na construção civil : consultoria, projeto e


execução / Maçahiko Tisaka. — São Paulo : Editora Pini, 2006.

5 – GONZÁLEZ, MARCO AURÉLIO STUMPF. Noções de Orçamento e


Planejamento de Obras. UNISINOS Universidade do Vale do Rio dos Sinos Ciências Exatas
e Tecnológicas São Leopoldo – 2008.

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