Gestão da Qualidade como sendo “mecanismos simples para selecionar, implantar ou avaliar alterações no processo produtivo por meio de análises objetivas de partes bem definidas deste processo”. O principal objetivo da aplicação destes mecanismos é promover melhorias, assegurando a plena viabilização da estrutura conceitual e das diretrizes básicas da Gestão da Qualidade. A gama de ferramentas da Gestão da Qualidade é bastante diversificada. Apesar de cada uma possuir métodos diferentes de implantação, existem algumas características que são, em maior ou menor grau, comuns a todas elas, como, por exemplo, a facilidade de uso, a lógica de operação, as implicações no atendimento ao cliente final e o foco na solução. A fim de explicar a lógica de operação das ferramentas da Gestão da Qualidade, o autor cita o ciclo PDCA, pelo fato de este possuir grande abrangência e alcance. O ciclo PDCA é uma ferramenta de gestão que visa à melhoria contínua, e é constituído pelas etapas de planejamento (P – plan), execução (D – do), controle (C – check) e ação (A – act). Nas organizações, o uso do ciclo PDCA em cada atividade tem sido defendido por diversos autores. Quanto à classificação das ferramentas básicas da Gestão da Qualidade, esta pode ser feita por meio de duas dimensões. A primeira engloba ferramentas que investem em ações para facilitar o entendimento de como o processo opera, enquanto a segunda envolve as ferramentas que atuam sobre o processo produtivo, gerando ações específicas. Na primeira dimensão, existem quatro grupos de ferramentas: análise das relações entre causas e efeitos (ex.: diagrama de Ishikawa), expressões simplificadas do processo (ex.: histogramas), análise do desenvolvimento de ações do processo (ex.: folhas de checagem) e representações da operação do processo (ex.: diagrama-matriz). Já na segunda dimensão é possível identificar três categorias: organização do processo produtivo (ex.: células de produção), otimização do processo produtivo (ex.: perda zero) e envolvimento dos recursos humanos no processo produtivo (ex.: Manutenção Produtiva Total – TPM). Ao longo do capítulo 12, Paladini descreve detalhadamente as ferramentas da Gestão da Qualidade, além de mostrar suas aplicações mais comuns. Com isso, o que se percebe é que tais ferramentas se referem sobretudo ao processo de Gestão Operacional, buscando agregar valor à produção e, consequentemente, promovendo melhorias nas operações do processo produtivo. Outrossim, vale ressaltar, dentre os inúmeros benefícios da utilização dessas ferramentas, o desenvolvimento de hábitos e posturas positivos e conscientes nos recursos humanos envolvidos.