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Livro Eletrônico

Aula 12

Português p/ MPU (Todos os Cargos) Com Videoaulas - Pós-Edital

Felipe Luccas, Equipe Felipe Luccas

00864228392 - Marcus Venicius Freitas de Oliveira


Felipe Luccas, Equipe Felipe Luccas
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AULA EXTRA
SIMULADO FINAL CESPE II

346583

Sumário

Sumário ................................................................................................... 1
Lista de questões sem comentários .............................................................. 2
Gabarito................................................................................................... 6
Lista de questões com comentários .............................................................. 7

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O que é uma arma de fogo


1 As pessoas só possuem duas maneiras de lidar umas com as outras: pela
2 razão e pela força. Se você quer que eu faça algo para você, você tem a opção de
3 me convencer via argumentos ou me obrigar a me submeter à sua vontade pela
4 força. Todas as interações humanas recaem em uma dessas duas categorias, sem
5 exceções. Razão ou força, só isso. Em uma sociedade realmente moral e civilizada,
6 as pessoas somente interagem pela persuasão.
7 A força não tem lugar como método válido de interação social e a única coisa
8 que remove a força da equação é uma arma de fogo (de uso pessoal), por mais
9 paradoxal que isso possa parecer.
10 Quando eu porto uma arma, você não pode lidar comigo pela força. Você
11 precisa usar a Razão para tentar me persuadir, porque eu possuo uma maneira de
12 anular suas ameaças ou uso da Força.
13 A arma de fogo é o único instrumento que coloca em pé de igualdade uma
14 mulher de 50 Kg e um assaltante de 105 Kg; um aposentado de 75 anos e um
15 marginal de 19, e um único indivíduo contra um carro cheio de bêbados com
16 bastões de baseball.
17 A arma de fogo remove a disparidade de força física, tamanho ou número
18 entre atacantes em potencial e alguém se defendendo. Há muitas pessoas que
19 consideram a arma de fogo como a causa do desequilíbrio de forças. São essas
20 pessoas que pensam que seríamos mais civilizados se todas as armas de fogo
21 fossem removidas da sociedade, porque uma arma de fogo deixaria o trabalho de
22 um assaltante (armado) mais fácil. Isso, obviamente, somente é verdade se a
23 maioria das vítimas em potencial do assaltante estiver desarmada, seja por opção,
24 seja em virtude de leis – isso não tem validade alguma se a maioria das potenciais
25 vítimas estiver armada.
26 Quem advoga pelo banimento das armas de fogo opta automaticamente pelo
27 governo do Jovem, do Forte e dos em maior número, e isso é o exato oposto de
28 uma sociedade civilizada. Um marginal, mesmo armado, só consegue ser bem
29 sucedido em uma sociedade onde o Estado lhe garantiu o monopólio da força.
30 Há também o argumento de que as armas de fogo transformam em letais
31 confrontos que de outra maneira apenas resultariam em ferimentos. Esse
32 argumento é falacioso sob diversos aspectos. Sem armas envolvidas, os
33 confrontos são sempre vencidos pelos fisicamente superiores, infligindo ferimentos
34 seríssimos sobre os vencidos.
35 Quem pensa que os punhos, bastões, porretes e pedras não constituem força
36 letal, estão assistindo muita TV, onde as pessoas são espancadas e sofrem no
37 máximo um pequeno corte no lábio. O fato de que as armas aumentam a letalidade
38 dos confrontos só funciona em favor do defensor mais fraco, não do atacante mais
39 forte. Se ambos estão armados, o campo está nivelado.
40 A arma de fogo é o único instrumento que é igualmente letal nas mãos de
41 um octogenário quanto de um halterofilista. Elas simplesmente não funcionariam

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42 como equalizador de Forças se não fossem igualmente letais e facilmente


43 empregáveis.
44 Quando eu porto uma arma, eu não o faço porque estou procurando
45 encrenca, mas por que espero ser deixado em paz. A arma na minha cintura
46 significa que eu não posso ser forçado, somente persuadido. Eu não porto porque
47 tenho medo, mas porque ela me permite não ter medo. Ela não limita as ações
48 daqueles que iriam interagir comigo pela razão, somente daqueles que
49 pretenderiam fazê-lo pela força. Ela remove a força da equação. E é por isso que
50 portar uma arma é um ato civilizado.
51 Então, a maior civilização é onde todos os cidadãos estão igualmente
52 armados e só podem ser persuadidos, nunca forçados.
(Major L. Caudill USMC, com adaptações)

Considerando os aspectos linguísticos do texto, julgue os itens a seguir.

1- Quanto à tipologia textual, o texto classifica-se como predominantemente


argumentativo, pois defende um ponto de vista e o sustenta com exemplos e
analogias.

2- Podemos inferir que o autor considera a arma de fogo um instrumento de


equalização de um desnível de poder em uma situação concreta, pois esta garante
que, estando duas pessoas armadas, utilizem igualmente a força como meio de
convencimento.

3- Em “As pessoas só possuem duas maneiras de lidar umas com as outras: pela
razão e pela força.” (L.1-2), o sinal de dois-pontos introduz um aposto.

4- O vocábulo “se” em “Se você quer que eu faça algo para você...” (L.2) poderia
ser substituído por “caso”, sem prejuízo ao sentido original e à correção gramatical.

5- O acento grave em “[...] me submeter à sua vontade pela força” (L.3-4) é


obrigatório e se justifica pela fusão da preposição exigida pela regência do verbo
“submeter-se” com o artigo feminino que modifica o substantivo “vontade”.

6- Seriam mantidos os sentidos originais se o vocábulo “alguma” (L.24) fosse


anteposto ao substantivo “validade”.

7- Seria prejudicada a correção gramatical e o sentido original do texto se as


vírgulas antes e depois da palavra “obviamente” fossem retiradas.

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8- No trecho “[...] isso não tem validade alguma se a maioria das potenciais
vítimas estiver armada [...]” (L. 24-25), seria mantida a correção gramatical caso
se flexionassem os vocábulos “estiver” e “armada” em sua forma plural.

9- O vocábulo “disparidade” (L.17) foi utilizado, de acordo com o contexto, com


sentido de “discrepância, desnível”.

Texto M16S12

PM mata 7 suspeitos de roubo a bancos na região de Campinas (SP)

1 Uma ação do Batalhão de Ações Especiais (Baep) da Polícia Militar de


2 Campinas, cidade do interior de São Paulo, terminou com sete mortos, todos
3 criminosos, segundo as autoridades policiais, na noite desta quarta-feira, 28.
4 A PM informou, em nota enviada pela Secretaria de Segurança Pública de São
5 Paulo, que o Setor de Inteligência do Comando de Policiamento do Interior
6 monitorava uma quadrilha especializada em roubo a bancos. O grupo foi localizado
7 por volta das 21h30 na Estrada Municipal Dona Isabel Fragoso Ferrão, em Valinhos.
8 A polícia montou um cerco e os criminosos, fortemente armados em dois
9 carros, não atenderam a ordem de parada e atiraram contra os agentes, que
10 revidaram. Um veículo conseguiu fugir com uma pessoa.
11 A polícia apreendeu fuzis, metralhadoras, pistolas, coletes à prova de bala e
12 explosivos, exigindo o acionamento do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).
13 O caso começou a ser registrado no 4.º Distrito Policial de Campinas por volta
14 das 6h desta quinta-feira, 1º. Um inquérito deve ser instaurado para investigar a
15 ocorrência.

Considerando os aspectos linguísticos do texto Texto M16S12, julgue os itens a


seguir.

10- A forma verbal “mata”, usada na oração que dá título ao texto, indica uma
ação pontual no presente, como se verifica em “A polícia carioca mata e morre
demais”.

11- O pronome “que” (L.9) se refere a “criminosos” e liga duas orações, sendo a
segunda delas de natureza restritiva.

12- Causaria prejuízo gramatical a inserção de uma vírgula após a palavra “cerco”
(L.8).

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13- Pode-se perceber, na oração “Um veículo conseguiu fugir com uma pessoa”, a
utilização de linguagem figurada.

14- Os termos “a polícia” (L.8) e “que” (L.9) possuem, nas orações em que
ocorrem, a mesma função sintática.

15- No trecho “O grupo foi localizado por volta das 21h30 [...]” (L. 6-7), o referente
da palavra “grupo” é o mesmo do da palavra “quadrilha”.

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Gabarito

1. CORRETA
2. INCORRETA
3. CORRETA
4. INCORRETA
5. INCORRETA
6. INCORRETA
7. INCORRETA
8. CORRETA
9. CORRETA
10. INCORRETA
11. INCORRETA
==549d7==

12. INCORRETA
13. CORRETA
14. CORRETA
15. CORRETA

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O que é uma arma de fogo


1 As pessoas só possuem duas maneiras de lidar umas com as outras: pela
2 razão e pela força. Se você quer que eu faça algo para você, você tem a opção de
3 me convencer via argumentos ou me obrigar a me submeter à sua vontade pela
4 força. Todas as interações humanas recaem em uma dessas duas categorias, sem
5 exceções. Razão ou força, só isso. Em uma sociedade realmente moral e civilizada,
6 as pessoas somente interagem pela persuasão.
7 A força não tem lugar como método válido de interação social e a única coisa
8 que remove a força da equação é uma arma de fogo (de uso pessoal), por mais
9 paradoxal que isso possa parecer.
10 Quando eu porto uma arma, você não pode lidar comigo pela força. Você
11 precisa usar a Razão para tentar me persuadir, porque eu possuo uma maneira de
12 anular suas ameaças ou uso da Força.
13 A arma de fogo é o único instrumento que coloca em pé de igualdade uma
14 mulher de 50 Kg e um assaltante de 105 Kg; um aposentado de 75 anos e um
15 marginal de 19, e um único indivíduo contra um carro cheio de bêbados com
16 bastões de baseball.
17 A arma de fogo remove a disparidade de força física, tamanho ou número
18 entre atacantes em potencial e alguém se defendendo. Há muitas pessoas que
19 consideram a arma de fogo como a causa do desequilíbrio de forças. São essas
20 pessoas que pensam que seríamos mais civilizados se todas as armas de fogo
21 fossem removidas da sociedade, porque uma arma de fogo deixaria o trabalho de
22 um assaltante (armado) mais fácil. Isso, obviamente, somente é verdade se a
23 maioria das vítimas em potencial do assaltante estiver desarmada, seja por opção,
24 seja em virtude de leis – isso não tem validade alguma se a maioria das potenciais
25 vítimas estiver armada.
26 Quem advoga pelo banimento das armas de fogo opta automaticamente pelo
27 governo do Jovem, do Forte e dos em maior número, e isso é o exato oposto de
28 uma sociedade civilizada. Um marginal, mesmo armado, só consegue ser bem
29 sucedido em uma sociedade onde o Estado lhe garantiu o monopólio da força.
30 Há também o argumento de que as armas de fogo transformam em letais
31 confrontos que de outra maneira apenas resultariam em ferimentos. Esse
32 argumento é falacioso sob diversos aspectos. Sem armas envolvidas, os
33 confrontos são sempre vencidos pelos fisicamente superiores, infligindo ferimentos
34 seríssimos sobre os vencidos.
35 Quem pensa que os punhos, bastões, porretes e pedras não constituem força
36 letal, estão assistindo muita TV, onde as pessoas são espancadas e sofrem no
37 máximo um pequeno corte no lábio. O fato de que as armas aumentam a letalidade
38 dos confrontos só funciona em favor do defensor mais fraco, não do atacante mais
39 forte. Se ambos estão armados, o campo está nivelado.
40 A arma de fogo é o único instrumento que é igualmente letal nas mãos de
41 um octogenário quanto de um halterofilista. Elas simplesmente não funcionariam

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42 como equalizador de Forças se não fossem igualmente letais e facilmente


43 empregáveis.
44 Quando eu porto uma arma, eu não o faço porque estou procurando
45 encrenca, mas por que espero ser deixado em paz. A arma na minha cintura
46 significa que eu não posso ser forçado, somente persuadido. Eu não porto porque
47 tenho medo, mas porque ela me permite não ter medo. Ela não limita as ações
48 daqueles que iriam interagir comigo pela razão, somente daqueles que
49 pretenderiam fazê-lo pela força. Ela remove a força da equação. E é por isso que
50 portar uma arma é um ato civilizado.
51 Então, a maior civilização é onde todos os cidadãos estão igualmente
52 armados e só podem ser persuadidos, nunca forçados.
(Major L. Caudill USMC, com adaptações)

Considerando os aspectos linguísticos do texto Texto A9MM38, julgue os itens a


seguir.

1- Quanto à tipologia textual, o texto classifica-se como predominantemente


argumentativo, pois defende um ponto de vista e o sustenta com exemplos e
analogias.

Comentários:
Sim. A tese do autor é bem clara: as pessoas só podem lidar umas com as outras
por meio da força ou por meio da persuasão. Se uma pessoa estiver armada, ela
não pode ser convencida pela força, pois pode anular a ameaça, de modo que a
situação entre as pessoas fica nivelada e a única forma restante de convencimento
restante vai ser a argumentação, a persuasão sem uso da força. A própria arma
como equalização argumentativa é em si uma analogia, onde a arma representa a
força.
Para sustentar essa tese, ele faz analogia com situações concretas de desigualdade
de força e meios de repelir ameaça física, como quando há vítimas idosas, mais
fracas ou em desvantagem numérica. Veja:
A arma de fogo é o único instrumento que coloca em pé de igualdade uma mulher
de 50 Kg e um assaltante de 105 Kg; um aposentado de 75 anos e um marginal de
19, e um único indivíduo contra um carro cheio de bêbados com bastões de
baseball.
Outra analogia evidente utilizada no texto é a comparação entre um idoso (ausência
da força) e um halterofilista (presença da força):
A arma de fogo é o único instrumento que é igualmente letal nas mãos de um
octogenário quanto de um halterofilista. Questão correta.
A arma de fogo remove a disparidade de força física, tamanho ou número entre
atacantes em potencial e alguém se defendendo. Há muitas pessoas que
consideram a arma de fogo como a causa do desequilíbrio de forças.

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2- Podemos inferir que o autor considera a arma de fogo um instrumento de


equalização de um desnível de poder em uma situação concreta, pois esta garante
que, estando duas pessoas armadas, utilizem igualmente a força como meio de
convencimento.

Comentários:
A primeira parte da afirmativa é correta. De fato, o autor defende que a arma de
fogo um instrumento de equalização de um desnível de poder em uma situação
concreta, em que alguém está suscetível a ser manipulado unicamente pela força.
Contudo, o fato de duas pessoas estarem armadas não serve para que ambas
possam usar a força, mas para que, por não poderem usar a força, sejam obrigadas
a usar a persuasão. Então, em outras palavras, a arma é uma forma de garantir o
não uso da força. Questão incorreta.

3- Em “As pessoas só possuem duas maneiras de lidar umas com as outras: pela
razão e pela força.” (L.1-2), o sinal de dois-pontos introduz um aposto.

Comentários:
O sinal de dois-pontos basicamente serve para introduzir o discurso direto (citação
literal da fala de terceiros, que vem normalmente entre aspas) ou para introduzir
termos de valor explicativo, como o aposto explicativo.
Razão e força é justamente o esclarecimento de “duas maneiras”, então temos um
aposto explicativo sim. Questão correta.

4- O vocábulo “se” em “Se você quer que eu faça algo para você...” (L.2) poderia
ser substituído por “caso”, sem prejuízo ao sentido original e à correção gramatical.

Comentários:
Cuidado. Embora “SE” e “CASO” sejam conjunções de valor condicional, a troca
não é livre, pois a conjunção “CASO” vai exigir uma adaptação do verbo, conjugado
no presente do subjuntivo:
Se você quer >>> Caso você queira.
Portanto, a troca não é possível sem que sejam feitas adaptações, que não foram
mencionadas na assertiva. A troca direta causaria prejuízo gramatical sim.
Questão incorreta.

5- O acento grave em “[...] me submeter à sua vontade pela força” (L.3-4) é


obrigatório e se justifica pela fusão da preposição exigida pela regência do verbo
“submeter-se” com o artigo feminino que modifica o substantivo “vontade”.

Comentários:

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A teoria mencionada na assertiva está correta e de fato justifica o uso do acento


grave. Contudo, temos caso de crase facultativa, pois estamos diante de um
pronome possessivo adjetivo. Esse “obrigatório” macula a questão.
A propósito, também temos crase facultativa diante de nomes próprios femininos
(Refiro-me a/à Maria) e após a preposição até (Fui até a/à sala). Questão incorreta.

6- Seriam mantidos os sentidos originais se o vocábulo “alguma” (L.24) fosse


anteposto ao substantivo “validade”.

Comentários:
Quando deslocamos “alguma” para depois do substantivo, o sentido passa a ser de
negação, como “validade nenhuma”. Veja:
Alguma validade (algum nível de validade, pouca validade)
Validade alguma (nenhuma validade, sem validade)
Logo, os sentidos originais seriam alterados. Questão incorreta.

7- Seria prejudicada a correção gramatical e o sentido original do texto se as


vírgulas antes e depois da palavra “obviamente” fossem retiradas.

Comentários:
Como regra, devemos isolar entre vírgulas o adjunto adverbial deslocado, seja
intercalado ou antecipado. Contudo, se o adjunto adverbial for de curta extensão,
formado, por exemplo, de um único advérbio, as vírgulas se tornam facultativas.
Então, não há prejuízo algum ao texto com a retirada das vírgulas.
Questão incorreta.

8- No trecho “[...] isso não tem validade alguma se a maioria das potenciais vítimas
estiver armada [...]” (L. 24-25), seria mantida a correção gramatical caso se
flexionassem os vocábulos “estiver” e “armada” em sua forma plural.

Comentários:
“A maioria das potenciais vítimas” é um sujeito partitivo com determinante, então
o verbo poderia concordar com o núcleo do sujeito (maioria) ou com o núcleo do
determinante (vítimas). O autor usou a primeira opção, mas a segunda também é
correta e levaria a concordância para plural:
...vítimas estiverem armadas...
Questão correta.

9- O vocábulo “disparidade” (L.17) foi utilizado, de acordo com o contexto, com


sentido de “discrepância, desnível”.

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Comentários:
Isso mesmo, a “disparidade” do texto se refere ao desnível, ao desequilíbrio, à
discrepância entre a “força” de alguém grande, forte ou em maioria numérica e de
uma pessoa em desvantagem nesses aspectos. Veja:
A arma de fogo remove a disparidade de força física, tamanho ou número entre
atacantes em potencial e alguém se defendendo.
Questão correta.

Texto M16S12

PM mata 7 suspeitos de roubo a bancos na região de Campinas (SP)

1 Uma ação do Batalhão de Ações Especiais (Baep) da Polícia Militar de


2 Campinas, cidade do interior de São Paulo, terminou com sete mortos, todos
3 criminosos, segundo as autoridades policiais, na noite desta quarta-feira, 28.
4 A PM informou, em nota enviada pela Secretaria de Segurança Pública de São
5 Paulo, que o Setor de Inteligência do Comando de Policiamento do Interior
6 monitorava uma quadrilha especializada em roubo a bancos. O grupo foi localizado
7 por volta das 21h30 na Estrada Municipal Dona Isabel Fragoso Ferrão, em Valinhos.
8 A polícia montou um cerco e os criminosos, fortemente armados em dois
9 carros, não atenderam a ordem de parada e atiraram contra os agentes, que
10 revidaram. Um veículo conseguiu fugir com uma pessoa.
11 A polícia apreendeu fuzis, metralhadoras, pistolas, coletes à prova de bala e
12 explosivos, exigindo o acionamento do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).
13 O caso começou a ser registrado no 4.º Distrito Policial de Campinas por volta
14 das 6h desta quinta-feira, 1º. Um inquérito deve ser instaurado para investigar a
15 ocorrência.

Considerando os aspectos linguísticos do texto Texto M16S12, julgue os itens a


seguir.

10- A forma verbal “mata”, usada na oração que dá título ao texto, indica uma
ação pontual no presente, como se verifica em “A polícia carioca mata e morre
demais”.

Comentários:
Questão sutil. No título do texto, o “mata” se refere a um evento passado pontual,
trata-se do “presente histórico”. Além disso, em “a polícia mata e morre demais”,
esse “mata” não indica um fato pontual, instantâneo e episódico no presente, mas

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sim de um fato que se repete habitualmente no presente, com aspecto reiterativo,


continuado, constante. É o mesmo caso de “eu estudo para concurso”.
Questão incorreta.

11- O pronome “que” (L.9) se refere a “criminosos” e liga duas orações, sendo a
segunda delas de natureza restritiva.

Comentários:
Primeiramente, o pronome “que” se refere “agentes” e liga a oração antes da
vírgula à oração subordinada adjetiva após a vírgula. Contudo, se há vírgula, a
oração não é restritiva, mas sim explicativa. A oração adjetiva restritiva não é
marcada por pontuação. Questão incorreta.

12- Causaria prejuízo gramatical a inserção de uma vírgula após a palavra “cerco”
(L.8).

Comentários:
Em tese, não devemos usar vírgula para unir orações já coordenadas pela
conjunção E. Contudo, há casos em que a vírgula é recomendada pela gramática:
1) Quando o E tem sentido adversativo (E=MAS).
Ex: João faz muita dieta, e não emagrece.
Aqui, João faz dieta, mas não perde peso. O “E” tem sentido de oposição, então
cabe a vírgula separando essas orações.
2) Quando o E separa orações com sujeitos diferentes:
Ex: João trabalha, e sua esposa gasta todo o dinheiro.
O sujeito da primeira oração é João, o da segunda oração é “sua esposa”. Então,
nesse caso, a vírgula é perfeitamente aceitável e recomendável.
Esse é exatamente o caso da questão:
[A polícia montou um cerco], e [os criminosos, fortemente armados em dois carros,
não atenderam a ordem de parada e atiraram contra os agentes]
O sujeito da oração 1 é “a polícia”; o da oração 2 é “os criminosos”. Logo, cabe a
vírgula.
Então, não há problema algum na inserção da vírgula, inclusive esse é o uso
indicado pela gramática. Questão incorreta.

13- Pode-se perceber, na oração “Um veículo conseguiu fugir com uma pessoa”, a
utilização de linguagem figurada.

Comentários:

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A linguagem figurada é basicamente aquela que não deve ser lida ao pé da letra,
pois o sentido é figurativo, indireto, além do literal.
Se analisarmos literalmente, um “carro” não pode fugir, pois é um ser inanimado,
incapaz de tal ação deliberada. Então, temos uma “personificação” do carro, pois
na verdade é uma pessoa quem foge usando o carro. O carro não é literalmente
um agente, apenas um objeto usado como instrumento. Logo, temos caso de
sentido conotativo. Questão correta.

14- Os termos “a polícia” (L.8) e “que” (L.9) possuem, nas orações em que
ocorrem, a mesma função sintática.

Comentários:
Na oração “A polícia montou um cerco”, o termo “A polícia” é “sujeito” de “montar”.
Para verificar a função sintática do “que”, devemos, na oração adjetiva iniciada por
ele, substituí-lo por seu antecedente e então fazer a análise. Veja os passos:
A polícia montou um cerco e os criminosos, fortemente armados em dois carros,
não atenderam a ordem de parada e atiraram contra os agentes, [que
revidaram].
1) Isolamos a oração adjetiva:
[que revidaram].
2) Trocamos o “que” pelo termo que ele substitui, seu referente, o termo “agentes”
[que revidaram].
[agentes revidaram].
3) Agora analisemos qual função o referente assume na oração, que é justamente
a função que o “que” desempenha. Quem revidou?
[agentes revidaram].
Agentes assume papel de sujeito. Logo, o pronome relativo “que” é sujeito.
Então, “a polícia” e “que” são ambos sujeitos das orações em que ocorrem.
Questão correta.
Obs: É complexo, não? Porém, o cespe usa esse tipo de questão para dar aquela
“filtrada” nos candidatos. Fique alerta!

15- No trecho “O grupo foi localizado por volta das 21h30 [...]” (L. 6-7), o referente
da palavra “grupo” é o mesmo do da palavra “quadrilha”.

Comentários:
O “grupo” e a “quadrilha” são termos que se referem aos criminosos que roubavam
bancos e que foram mortos na ação da polícia. Questão correta.

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