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FLAVIO IVAN RIBEIRO

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E CONCRETO


RECICLADO
FLAVIO IVAN RIBEIRO

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO
Ano CIVIL E CONCRETO
RECICLADO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Anhanguera Educacional, como requisito
parcial para a obtenção do título de graduado
em Engenharia Civil.

Orientador: Adriano Correa Maia

Leme
2017
FLAVIO IVAN RIBEIRO

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E CONCRETO


RECICLADO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Anhanguera Educacional, como requisito
parcial para a obtenção do título de graduado
em Engenharia Civil.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Adriano Correa Maia

Prof. Sergio AntonioTamiazo

Leme, 20 de novembro de 2017


Dedico este trabalho a minha família e a
todos os professores que de alguma
forma contribuíram para minha formação.
Ribeiro, Flavio Ivan. Resíduos da construção civil e Concreto reciclado: 2017.
31. Trabalho de Conclusão de Curso Engenharia Civil– Anhanguera Educacional,
Leme, 2017.

RESUMO
A preocupação crescente e constante com o meio ambiente e a escassez de
recursos naturais tem elevado a busca por alternativas que possibilite um
reaproveitamento, tendo em vista o bem estar ambiental. A reciclagem de resíduos
da construção civil se mostra uma boa solução para minimizar o impacto causado
pelo consumo desordenado de matéria prima e redução das áreas de descarte. O
que era um problema pode se tornar a solução, uma vez que os resíduos da
construção civil podem transforma em fonte alternativa de matéria prima dentro do
próprio setor, um desafio para o meio técnico - cientifico. Há anos que se vem se
estudando como transformar os resíduos de demolição e reformas na produção de
concreto convencional. Esse presente trabalho busca demonstrar a reciclagem dos
resíduos de maneira eficiente e sustentável, as aplicabilidades, normas e técnicas.
Entre as principais dificuldades apontadas são a inexistência de legislação que
incentive o consumo (31%), a elevada carga tributária (26%) e a falta de
conhecimento do mercado (26%).

Palavras-chave: Redução de resíduos; Reciclagem; Sustentabilidade.


Ribeiro, Flavio Ivan. Resíduos da construção civil e concreto reciclado. Leme.
2017.31. Trabalho de Conclusão de Curso Engenharia Civil – Anhanguera
Educacional, Leme, 2017.

ABSTRACT

The growing and constant concern with the environment and the scarcity of natural
resources has raised the search for alternatives that make possible a reuse, in view
of environmental well-being. The recycling of construction waste shows a good
solution to minimize the impact caused by the disorderly consumption of raw material
and reduction of disposal areas. What was a problem can become the solution, since
construction waste can become an alternative source of raw material within the
sector itself, a challenge for the technical - scientific environment. For years it has
been studying how to transform demolition waste and reforms in the production of
conventional concrete. This paper aims to demonstrate the recycling of waste in an
efficient and sustainable way, the applicability, norms and techniques. Among the
main difficulties pointed out are the lack of legislation to encourage consumption
(31%), high tax burden (26%) and lack of market knowledge (26%).

Key-words: Waste reduction; Recycling; Sustainability.


SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13
1 CLASSIFICAÇÃODOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E SUAS
APLICABILIDADES .................................................................................................. 14
1.1 USINAS DE RESICLAGEM ................................................................................ 18
2 GESTÃO DE RESSÍDUOS SOLIDOS EM CANTEIROS DE OBRAS ................... 20
2.1 REDUÇÃO DA GERAÇÃO DOS RSCD - RESIDUOS SOLIDOS DA
CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO .............................................................................. 23
3 COMO A SUSTENTABILIDADE INFLUENCIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL .......... 26
3.1 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO SUSTENTAVEIS ............................................ 27
3.1.1 FUNDAÇÃO DA OBRA ................................................................................... 27
3.2 APOIO DA LEGISLAÇÃO .................................................................................. 28
3.3 DESAFIOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................................................... 29
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 32
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 33
13

INTRODUÇÃO

A geração de resíduos é um fato inegável na construção civil, pensando em


minimizar e evitar a extração desordenada dos recursos naturais, para garantir a
sustentabilidade, algumas empresas responsáveis buscam diariamente minimizar
esse problema e investem na industrialização, mais somente isso não basta.
Reciclar os resíduos da construção civil acaba com o descarte desordenado e
clandestino dos resíduos sólidos que provoca graves impactos ambientais, sociais e
econômicos. Toneladas de resíduos de construção civil são descartadas diariamente
em áreas impróprias como: córregos, vias públicas, terrenos baldios e áreas de
mananciais, o que acarreta em enormes problemas de degradação sócio ambiental.
Com o constante desenvolvimento e expansão populacional, sempre foi feita
uma pergunta, o que fazer com os resíduos? Algo que parecia até o momento
insignificante, sem sentido, afinal são só blocos quebrados, restos de argamassa, e
assim por diante, nos últimos anos, porém, começou a se pensar mais no assunto,
sustentabilidade, economia na construção civil, e por isso surgiu à busca por aplicar
técnicas para se minimizar o desperdício e reaproveitamento de materiais ou dar um
destino apropriado, tornou-se uma meta para muitas empresas. Sendo assim a
reciclagem do concreto vem como uma solução para essas questões, ele dá um
destino para os resíduos de construção e demolição, serve de iniciativa para outros,
para que assim continuamente, se esteja sempre, buscando por inovações no ramo
da construção civil.
Abordar a destinação e a reciclagem dos resíduos de construção e demolição
de maneira eficiente e sustentável.
 Demonstrar a classificação dos resíduos de construção e demolição e
suas aplicabilidades;
 Gerenciar, e demonstrar alternativas tecnológicas e financeiras, dentre
estes, no que diz respeito às responsabilidades, regulação e de
fiscalização dos resíduos sólidos da construção e demolição (RSCD);
 Promover a sustentabilidade na construção civil.
14

1 CLASSIFICAÇÃODOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E SUAS


APLICABILIDADES

De acordo com a Abrecon, Associação Brasileira para Reciclagem de


Resíduos da Construção Civil e Demolição, o Brasil joga fora 8 bilhões de reais ao
ano por não reciclar os materiais, número expressivo que deixa evidente a
necessidade da gestão eficiente e sustentável, reduzindo seus desperdícios.
Para a classificação e separação do material e fundamental existência das
áreas de manejo adequadas e licenciadas para que o gerenciamento adequado dos
resíduos se estabeleça. Enquete revelou que o Estado de São Paulo possui 51%
dos municípios revelou a existência de ATTs – Área de Transbordo e Triagem, 18%
dos municípios com Aterros de RCC classe A, 18% dos municípios com Áreas de
Reciclagem de RCC classe A e 20% deles com instalações para reciclagem de
madeira. As instalações públicas que recebem resíduos privados para triagem (35%
dos municípios), para aterro (8%), para reciclagem da classe A (5%) e para
reciclagem de madeira (5%).
Toda a demanda dos Resíduos da Construção Civil - RCC, popularmente
conhecido como entulho este chega misturado em caçambas conforme figura 1 nos
CTR - Central de Triagem e Reciclagem (usina fixa) e onde ocorre a separação e
britagem do resíduo.
1 Figura - Caçamba com resíduos de construção civil

Fonte: Maurício Burim - 2003


15

Devido a esta classificação (quadro1) e a baixa agressividade que causam a


maoria dos constituintes dos RCC, que não são putrescíveis , pouca importancia foi
dada para estes, pois a expressão inerte implica na ideia de pequeno impacto
ambiental e que quase não há prejuízo á pública (PINTO, 1999).

1 Quadro - Caracterização dos Resíduos Construção Civil

Fonte: PINTO, 1999


A ausência de informações acerca de RCC acaba gerando uma montanha de
entulhos nas cidades. Dados apontam que na década de 90, que o desperdiço na
construção civil eram de quase 1/3, ou seja, a cada três edificações construídas uma
era perdida. No entanto, esse problema pode ser amenizado se, já nas obras, os
RCC forem separados conforme a composição facilitando assim a reciclagem
conforme figura 2.
2 Figuras - Reciclagem de Resíduos Classe A para a produção de Agregados

Fonte: Progua - 2002


16

De acordo com o Conama - Conselho Nacional do Meio Ambiente, resolução


307 que estabelece as diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos
resíduos da construção civil, desta forma eles devem ser classificados e dispostos
do seguinte quadro 2:
2 Quadros – Classificação de resíduos da construção civil

Fonte: Ariovaldo Paes Junior - Maio 2011.

Quanto à classificação, a Lei defina no art. 5, os critérios de classificação dos


resíduos, que separa os resíduos em quatro classes de acordo com o destino que
lhes deve ser concedido. Da mesma forma definidos que a classificação dos
agregados de acordo com sua composição e granulométrica, definidas pela
ABNT/NBR 9935 /2011 conforme tabela 1.
17

1 Tabela - Composição e granulométrica.

Fonte: site- proguaru

Após essa triagem, pode-se iniciar o processo de reciclagem, seguindo pelo


peneiramento e estocagem dos agregados reciclados. Em suma, a reciclagem dos
RCC é semelhante com a produção de agregados convencionais, provenientes das
pedreiras.
18

1.1 USINAS DE RESICLAGEM

As usinas de reciclagem estão entre os destinos ambientalmente adequados


para receber os resíduos da construção civil. Segundo os dados da Abrecon,
existem usinas de reciclagem no Brasil desde 1986, mas esse número só avançou
após a publicação da resolução Conama 307.
Em 2009, havia por volta de 48 usinas instaladas no País (metade delas era
pública) e a reciclagem de RCD era estimada em apenas 4,8%. No ano 2016 passou
a 310, sendo 74% fixas, 21% móveis e 5% fixas e móveis. O São Paulo concentra
mais da metade (54%) do total.
Uma das empresas paulistas que opera nesse modelo é a Proguaru
aumentou em três vezes a produção, e em abril de 2012 a Usina de Reciclagem
localizada no município de Guarulhos, esse crescimento e produção está
demonstrada nos gráficos 1 e gráfico 2.
1 Gráfico - Produção Agregado Reciclados

Fonte: site - proguaru


19

2 Gráfico - Produção da usina de Reciclagem- 2017

Fonte: site - proguaru

O valor do material reciclado para construir, chega a ser de 20% a 30% menor
comparado com o material virgem da pedreira, isso mostra que “jogar fora” os
resíduos custava o dobro de britá-los e reutilizá-los na própria obra.
Devido a fatores técnicos que limitam a utilização dessas matérias, há certo
receio na implantação das usinas e beneficiamento como também a sua reutilização
na construção civil por ser uma “reciclagem de baixo valor”, ou seja, esse produto só
poderia ser usado para uso secundário, como, por exemplo, material de aterro.
Por outro lado, relatam que, se 100% dos RCC fossem reciclados, área de
pavimentação poderia absorver até 50% desses agregados.
Para que o processo de reciclagem seja autossustentável, o produto deve
proporcional interesse financeiro ao consumidor.
20

2 GESTÃO DE RESSÍDUOS SOLIDOS EM CANTEIROS DE OBRAS

Para um Sistema Integrado de Gerenciamento, é natural que ocorram


grandes desafios, sobre tudo, na parte que abrange o processo construtivo,
começando por se ser necessário assegurar, sobre tudo o cumprimento de
legislações específicas, que iram definir e organizar as responsabilidades com
relação à geração, coleta, transporte, acondicionamento e disposição final.
Lembrando-se ainda da Resolução 307 do Conama que, define como
responsabilidade única e intransferível, do Município a elaboração detalhada do
Plano Municipal de Gestão de Resíduos da Construção, sendo assim também a
responsabilidade dos geradores o Projeto de Gestão de Resíduos.
Dando continuidade, existem dificuldades também no processo construtivo,
que como é de se esperar, envolve e depende de inúmeras formas de, um grande
número de colaboradores, podemos ainda citar algumas características, físicas e
organizacionais, que consequentemente aumentam a geração de resíduos
mostrando o nível de perdas e desperdícios, como também a cultura do local onde
acontece a obra, sendo que por muitas vezes, não demonstram preocupação com a
gestão de resíduos sólidos.
A ideia de se implantar um Sistema Integrado de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos necessita da integração de inúmeros fatores, sendo eles: descrição de
geração e como são dispostos, os envolvidos para auxiliar (colaboradores),
ferramentas e instrumentos, ações tomadas e todos os recursos disponíveis. Sendo
assim a ausência de dados como: tipos e quantidades dos resíduos que estão sendo
gerados, características dos resíduos divididos por regiões urbanas, identificar os
agentes recicladores, e outros, é mais do que um desafio para ser de várias
maneiras superado pelos, assim chamados, responsáveis pela gestão de RSCD
O quadro 3 resume as principais responsabilidades e agentes relevantes à
gestão dos resíduos oriundos de processos construtivos.
21

3 Quadro - Principais responsabilidades na gestão dos RSCD

Fonte: Adaptado de Blumenschein, R., 2004

Não deixando de lado, é necessário atenção na fase construtiva, com relação


ao que engloba o recebimento, armazenagem e ainda a aplicação especifica de
todos os materiais, para que assim seja possível manter o planejamento,
respeitando os procedimentos técnicos, dificuldades que aparecem com frequência
em processo de construção de porte pequeno, levando como exemplo a construção
de casas populares, reformas residenciais, são obras realizadas por órgãos e
empresas que diretamente não possuem certificação do PBQP-H ou a aplicação de
um sistema de qualidade, como pede um dos requisitos da ISO-9001.
22

Ficando claro assim, que a ausência de qualidade nessas obras só tende a


aumentar a geração de resíduos, certos estudos relacionados e desenvolvidos sobre
o tema, por diversos Sindicatos da Indústria da Construção civil, classificam as
perdas em geral, em seis grupos distintos, seguindo a figura abaixo:
3 Figura: Perdas na construção civil

Fonte: Guia Construção Civil - 2007

Após se analisar a situação, chegou a um plano para solucionar-se esses


problemas, seria então uma junção especifica das maneiras de dispor, inicialmente
não se gerando resíduos, ou seja, não produzindo resíduos nas obras, e ainda a
seguinte situação, assim que o resíduo foi gerado, sua reutilização precisa ser
levada em consideração, também existe uma que engloba mais a situação, nos
permitindo aplicar em todas, ou na maioria, das obras, que seria a clássica
reciclagem, mais ainda é possível a incineração e finalmente, a última forma de
disposição que é o aterro sanitário.
23

Considerando que a legislação, que proíbe desde julho de 2004, a destinação


dos resíduos sólidos da construção a deposição em aterros sanitários e domiciliares,
sem deixar de lado, a tendência mais lógica, que vem a ser a reciclagem dos
resíduos da construção, outra opção que também seria mais viável, seria focar na
redução, na reutilização e na reciclagem desses resíduos produzidos nas obras.
Pensando dessa forma, todos os responsáveis por construções têm a
responsabilidade, de desenvolver seus projetos de gestão de resíduos, de não
deixar de considerar um Plano de Redução de Resíduos, um Plano de Reutilização
de Resíduos e por fim um Plano de Gestão de Resíduos nas Obras, lembrando que
este último, está ligado e influência de forma direta, a qualidade do procedimento de
reciclagem dos resíduos da construção.

2.1 REDUÇÃO DA GERAÇÃO DOS RSCD - RESIDUOS SOLIDOS DA


CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO

Para se compreender como acontece a geração de resíduos, é necessário


que se analise o processo construtivo, que pode ser descriminado por cinco fases
básicas conforme figura abaixo:

4 Figura: Fases básicas

Fonte: Guia Construção Civil - 2002


24

5 Figura - Interdependência de decisões no processo construtivo

Fonte: Blumenschein R., 2004

A figura acima ilustra a interdependência das decisões tomadas em cada uma


das fases do processo de projeto, produção, utilização e demolição de um edifício ou
obra de infraestrutura, fica evidente que a redução da geração do resíduo está
diretamente ligada ao processo construtivo como um todo, em todas as fases, as
quais, devidamente integradas, reduzem o nível de perdas, diminuindo a geração de
resíduos.
Ainda pode-se ressaltar alguns fatores que influenciam a geração de perdas,
ressaltam-se, entre outros conforme figura abaixo:
25

6 Figura: Fatores influentes das perdas nas construções

Fonte: Manual de perdas - 2003


26

3 COMO A SUSTENTABILIDADE INFLUENCIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

A ideia de se pensar em sustentabilidade, desenvolvimento sustentável, tem


influenciado o crescimento das cidades atuais. A primeira definição de
desenvolvimento sustentável foi inserida pelo Brundtland Report, em 1987,
afirmando que sustentabilidade pode ser definida como, o atender às necessidades
das gerações atuais, sem prejudicar as gerações futuras, com o uso consciente dos
recursos naturais.
Tendo em vista isso a sustentabilidade, é utilizada como propaganda, desde
os anos 70, nas décadas seguintes, várias conferências mundiais ocorreram como a
Rio’92, no Rio de Janeiro, em 1992, e a Rio+10, em Johannesburgo, em 2002, foram
firmados nessas reuniões, protocolos internacionais, a fim de rever as metas e
elaborar formas para uma forma de desenvolvimento sustentável. O conceito tem
sido difundido e estimulado amplamente. Tendo-se em vista isso, diversas empresas
adequaram seus processos e novas empresas surgiram, desde então diversos
processos e produtos, estão tendo que se adequar, pelo bem de todos e a fim de
manter a concorrência.
A sustentabilidade na construção civil também enfrenta diversas dificuldades
para se adequar a esse novo cenário, procurando então inovar nas técnicas de
execução de suas atividades e materiais empregados na construção, sempre
pensando no equilíbrio, no respeito às pessoas e no meio ambiente.
Entretanto, é notável a dificuldade ao se aplicar no cotidiano, ele se mostra
extremamente complexo e controvertido. Para se atingir o desenvolvimento
sustentável, é preciso mudanças fundamentais, na maneira de pensar e na maneira
de como viver, produzir e consumir, o desenvolvimento sustentável, portanto – além
da dimensão ambiental, tecnológica e econômica – tem uma dimensão cultural e
política.
Tendo-se em mente que a maioria dos recursos naturais, se não todos, que
são utilizados na construção civil, são finitos, e que no decorrer da história quantas
construções, desde casas, prédios, pontes, estradas, entre outras já foram feitas, se
fez necessário uma conscientização sobre a importância do equilíbrio do
27

ecossistema para se garantir um futuro, desta forma foram desenvolvidas


alternativas para a sustentabilidade na construção civil.

3.1 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEIS

Com a existência e lançamentos de novos materiais de construção


sustentável, todos os envolvidos em construção civil, estão de certa forma, juntando
esforços para adotar e aplicar materiais sustentáveis e executar uma gestão
completa, levando em conta a sustentabilidade, do começo ao fim da obra.
Podem-se citar alguns materiais da construção sustentável, que proporcionam
tornar possível a execução de empreendimentos focados em sustentabilidade.

3.1.1 Fundação da obra

Pode-se citar como exemplo o concreto reciclável, que em suma, é um


material composto por cimento, areia, água, compostos britados (brita, cascalho ou
pedregulho) que naturalmente contem certos materiais ligantes como colas, fibras e
outros aditivos, o concreto reciclável pode ser preparado se fazendo várias junções,
com diversas formulas: alguns podem ser fabricados se utilizando escoria de alto
forno, certos materiais refugados, enquanto outros apenas são feitos com sobras de
minérios de asfaltos, que são recolhidos de demolições e entulhos.
Pensando dessa forma, podemos dizer que a sustentabilidade está de certa
forma, diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material, de forma
a não agredir o meio ambiente, para isso se utilizando dos recursos naturais de
forma inteligente, para que assim, eles se mantenham no futuro.
Mantendo-se essa visão, a humanidade pode garantir o desenvolvimento
sustentável, pois ao se adotar ações sustentáveis, garantimos a médio e longo
prazo, um mundo com capacidade para o desenvolvimento das diversas formas de
vida inclusive a humana, e isso só é possível, garantindo os recursos naturais
necessários para as próximas gerações, isso possibilita a manutenção dos recursos
naturais (matas, cursos de rios, grandes e pequenas florestas, lagos, oceanos).
28

3.2 APOIO DA LEGISLAÇÃO

O Conselho Internacional da Construção (CIB) realizou estudos que apontam


que, o ramo da construção é o setor que mais utiliza recursos naturais e consome
energia de forma intensiva, e estima-se que mais de 50% dos resíduos sólidos
produzidos pelo conjunto das atividades humanas venham da construção civil.
A Agenda 21 para a Construção Sustentável em Países em Desenvolvimento
define sustentabilidade na construção civil como:
Um processo holístico que aspira a restauração e manutenção da harmonia
entre os ambientes natural e construído, e a criação de assentamentos que
afirmem a dignidade humana e encorajem a equidade econômica”,
enfatizando “a adição de valor à qualidade de vida dos indivíduos e das
comunidades. (ABC da sustentabilidade)

Também o Ministério do Meio Ambiente (MMA), deixa a disposição uma


cartilha que traz orientações a respeito de como fazer moradias sustentáveis, que
dessa forma gerem economia e durabilidade, essa iniciativa tem o objetivo de
difundir as práticas de obras sustentáveis, permitindo assim a otimização dos
recursos financeiros e naturais que são investidos.
Mais um exemplo é a publicação Construções e Reformas Particulares
Sustentáveis, que faz parte da série Cadernos de Consumo Sustentável, do MMA,
essa cartilha traz um mapa que demonstra, em cada cômodo da casa, quais as
alternativas para se executar uma obra conforme os princípios de sustentabilidade,
indicando quais são as melhores disposições dos ambientes na residência,
garantindo o grau adequado de insolação e ventilação natural de cada lugar, esses
aspectos ambientais, somando-se à qualidade de vida que o ambiente construído
oferece, sintetizam as relações entre construção e meio ambiente.
29

3.3 DESAFIOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Pode-se citar vários desafios no setor da construção, porém, resumindo-se,


consiste na redução e otimização do consumo de materiais e energia, na
minimização dos resíduos gerados, na preservação do ambiente natural e na
melhoria da qualidade do ambiente construído. Sendo assim, pose-se recomendar
segundo a figura a seguir:

7 Figura: 10 dicas de como tornar um empreendimento sustentavel


30

Fonte: Blog sustentabilidade, 30 de julho de 2015.


31

Ainda deve-se considerar a construção e o gerenciamento do ambiente


construído, que devem ser encarados dentro da perspectiva de ciclo de vida, pode-
se destacar que as tendências sustentáveis se caminham em duas direções:
- Tem-se assim de um lado, centros de pesquisa em tecnologias alternativas
que vem pregando o resgate de materiais e tecnologias vernáculas, com o uso de
certos matérias naturais como a terra crua, da palha, da pedra, do bambu, entre
outros e pouquíssimos processados a serem organizados em, como são chamadas,
eco vilas e também comunidades alternativas.
- E de outro lado, alguns empresários que apostam em empreendimentos
verdes, assim com as certificações, tanto pelo âmbito da edificação, quanto no
âmbito do urbano, mais, no entanto, muitos edifícios rotulados como verdes, só
refletem apenas esforços com a função de reduzir a energia incorporada, entre
vários outros aspectos, convencionais, tanto no quesito visual, quanto no que diz
respeito ao construtivo.
Ainda, deve-se questionar os benefícios que um possível selo desenvolvido
para outra realidade pode trazer, em especial para países como o Brasil, entre
outros, que de algum modo, ainda não resolveram seus problemas mais básicos,
podendo – se citar como um a pobreza e desigualdade social.
32

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A classificação dos resíduos da construção civil vem para auxiliar na


separação dos resíduos, que é realizada por indústrias especializadas na área e
licenciadas, para o gerenciamento adequado destes resíduos, essa medida que é
defendida já, por leis e normas, possibilita a existência e melhoria das chamadas
usinas de reciclagem que estão entre os destinos ambientalmente adequados para
receber os resíduos da construção civil.
Uma técnica que pode ser utilizada, para que se possa empregar os resíduos
de construção é uma gestão de resíduos em canteiros de obras, que é conseguido
através do controle efetivo de tudo que engloba o processo de construção, desde o
recebimento dos matérias, sua disposição na obra, layout, cronograma da
construção, enfim, passo a passo a construção em sua integra.
Por essa razão, e mais importante, para que se possa ter um
desenvolvimento sustentável na área da construção civil, que além do concreto
reciclável, estão surgindo dia a dia novos matérias e técnicas, ajudando e
incentivando esse novo e promissor caminho para a construção civil, que apesar de
ter sido uma das principais consumidoras dos recursos naturais esgotáveis por
décadas, agora pouco a pouco se torna a percussora de iniciativa sustentável para
todas as outras áreas.
Sendo assim, o que fica como objetivo deste TCC foi identificar e caracterizar
no setor da construção civil, os métodos de controle e formas de gestão, para se
minimizar os impactos produtivos, auxiliando assim na sustentabilidade corporativa e
no ambiente externo, isso a partir de uma matriz produtiva mais limpa, uma proposta
para trabalhos futuros seria, outros matérias sustentáveis, como os telhados verdes,
madeiras alternativas, telhas ecológicas, ainda pode-se citar coletores de água da
chuva, aquecimento geotérmico, vidro inteligente, pisos intertravados, enfim uma
infinidade de matérias e a cada dia esse número só aumenta.
33

REFERÊNCIAS

CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) - Resolução nº 307, de 5 de julho


de 2002 - Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos
resíduos da construção civil. CONAMA n.275/01 - Simbologia dos Resíduos.

PINTO, T. de P. /Metodologia para a gestão diferencia de resíduos da


construção urbana. 1999. 218 f. /T/esse (Doutorado em Engenharia) - Escola
Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999.

NBR 10.004 - definem resíduos sólidos e semissólidos como aqueles


remanescentes que resultam de atividades de origem industrial, doméstica,
hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição.

NBR 10004. Resíduos Sólidos - Classificação.

NBR 15113/2004 - Resíduos Sólidos da Construção Civil e Resíduos Inertes -


Aterros - Diretrizes para Projeto, Implantação e Operação.

NBR 15115/2004 - Agregados Reciclados de Resíduos Sólidos da Construção Civil -


Execução de Camadas de Pavimentação – Procedimentos.

Usina de reciclagem de resíduos da construção civil, Prefeitura de Guarulhos –


Disponível em:<http://www.proguaru.com.br/site/recicladora>. Acesso em 18 de
setembro de 2017.

BLUMENSCHEIN, RAQUEL NAVES/Manual Técnico Gestão de Resíduos


Sólidos em Canteiros de Obras. Brasília: SEBRAE/DF. 2007. 48 p..

BLUMENSCHEIN, R. N. A Sustentabilidade da Cadeia Produtiva da Indústria da


Construção, 2004, 248 p. (Tese de Doutorado). Centro de Desenvolvimento
Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília.

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