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Auditoria

Autores: Profa. Elaine Aparecida de Araújo


Prof. Paulo César Raimundo Peppe
Prof. Alexandre Saramelli
Colaboradoras: Profa. Divane Alves da Silva
Profa. Rachel Niza Brandão
Professores conteudistas: Elaine Aparecida de Araújo /
Paulo César Raimundo Peppe / Alexandre Saramelli

Elaine Aparecida de Araújo

É mestra e graduada em Administração de Empresas e pós‑graduada em Formação para Docência de Ensino


Superior a Distância (EaD). Possui também MBA em Gestão Empresarial. Há mais de 10 anos trabalha como docente,
com auditoria, consultorias e treinamentos in company. Atualmente, é docente da Universidade Paulista − UNIP nos
cursos presenciais e de educação a distância, onde também faz parte do Núcleo Docente Estruturante/NDE.

Professor Paulo César Raimundo Peppe

Graduado em Ciências Contábeis pela faculdade de Ciências Administrativas Econômicas e Contábeis Oswaldo
Cruz (1981). Atualmente é sócio-diretor responsável técnico da empresa Peppe Associados Consultores Auditores
Independentes, palestrante do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, professor titular da
Universidade Paulista e professor titular da faculdade de Ciências Administrativas Econômicas e Contábeis Oswaldo
Cruz. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Consultoria e Auditoria

Professor Mestre Alexandre Saramelli

Nascido na cidade de São Paulo, é Contador formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo e
Mestre Profissional em Controladoria pela mesma Universidade.

Atuou em empresas nacionais e internacionais de médio e grande porte como contador em áreas de custos e
orçamentos. Foi consultor em sistemas de controladoria da desenvolvedora alemã SAP.

Atualmente é professor adjunto na Universidade Paulista e consultor empresarial.

Como entusiasta de tecnologia da informação e ambientes altamente informatizados, é um incentivador da


pesquisa, difusão e uso eficiente e intensivo das modernas ferramentas de gestão, “transferência de conhecimento”,
ensino à distância e audiovisual.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

A663a Araújo, Elaine Aparecida de.

Auditoria. / Elaine Aparecida de Araújo; Paulo César Raimundo Peppe;


Alexandre Saramelli. – São Paulo: Editora Sol, 2015.

68 p., il.

Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e


Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXI, n. 2-009/15, ISSN 1517-9230.

1. Auditoria. 2. Contabilidade. 3. Relatórios de auditoria. I. Título.

CDU 657.63

© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou
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permissão escrita da Universidade Paulista.
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
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Prof. Fábio Romeu de Carvalho


Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças

Profa. Melânia Dalla Torre


Vice-Reitora de Unidades Universitárias

Prof. Dr. Yugo Okida


Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa

Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez


Vice-Reitora de Graduação

Unip Interativa – EaD

Profa. Elisabete Brihy


Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli

Material Didático – EaD

Comissão editorial:
Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)

Apoio:
Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos

Projeto gráfico:
Prof. Alexandre Ponzetto

Revisão:
Carla Moro
Virgínia Bilatto
Sumário
Auditoria

APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................7

Unidade I
1 CONTABILIDADE...................................................................................................................................................9
2 AUDITORIA: CONCEITO E DEFINIÇÃO....................................................................................................... 11
2.1 Objetivo da auditoria........................................................................................................................... 16
2.2 Origem da auditoria............................................................................................................................. 17
2.3 A auditoria no Brasil............................................................................................................................ 17
2.4 O papel da auditoria............................................................................................................................ 18
3 A AUDITORIA NA ÁREA EMPRESARIAL E NO SETOR PÚBLICO....................................................... 18
3.1 Tipos de auditoria.................................................................................................................................. 18
3.1.1 Auditoria interna...................................................................................................................................... 20
3.1.2 Auditoria externa ou independente................................................................................................. 20
3.1.3 Auditoria pública ou governamental.............................................................................................. 22
4 O PERFIL PROFISSIONAL DO AUDITOR..................................................................................................... 23

Unidade II
5 O TRABALHO DE AUDITORIA........................................................................................................................ 29
5.1 Aplicações da auditoria...................................................................................................................... 29
5.2 Planejamento e execução dos trabalhos..................................................................................... 32
5.3 Os papéis de trabalho.......................................................................................................................... 33
5.4 Testes de observância e testes substantivos.............................................................................. 40
5.5 Estudo e avaliação dos sistemas de controles internos........................................................ 43
5.6 Os tipos de auditoria nas empresas públicas e privadas....................................................... 43
5.6.1 Auditoria nas empresas públicas ou governamentais.............................................................. 43
5.6.2 Auditoria nas empresas privadas...................................................................................................... 45
5.7 Os testes de observância e os substantivos................................................................................ 45
5.7.1 Objetivos do teste de observância.................................................................................................... 45
5.7.2 Objetivos do teste substantivo........................................................................................................... 46
5.8 Outras técnicas correntes.................................................................................................................. 46
6 OS RELATÓRIOS NAS ÁREAS PÚBLICA E PRIVADA............................................................................. 46
Unidade III
7 O RELATÓRIO (PARECER) DE AUDITORIA: REDAÇÃO, MODALIDADES E
DESTINATÁRIOS.................................................................................................................................................... 51
7.1 Tipos de relatórios (pareceres).......................................................................................................... 51
8 AS TOMADAS E PRESTAÇÕES DE CONTAS.............................................................................................. 57
8.1 Aspectos conceituais........................................................................................................................... 57
8.2 Ciclos dos processos............................................................................................................................. 57
8.3 Julgamento das contas pelo controle externo.......................................................................... 57
APRESENTAÇÃO

Este livro‑texto apresenta as Normas Profissionais e Normas Técnicas de Auditoria, segundo as


Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade, em conformidade com as Normas Internacionais de
Auditoria.

A disciplina trata de toda a questão pertinente à atual estrutura das Normas Profissionais e Normas
Técnicas de Auditoria Independente no Brasil, em conformidade com a Resoluções do Conselho Federal
de Contabilidade, por meio das NBCs PA (profissionais) e NBCs TAs/TRs e TSC (técnicas), alinhadas e
harmonizadas ao padrão internacional de auditoria em conformidade com as International Standards
on Auditing (ISAs) emitidas pelo International Auditing and Assurance Standards Board (IFAC).

A disciplina objetiva levar aos estudantes os aspectos importantes para a estrutura profissional,
no contexto do controle de qualidade, aspectos pertinentes à independência profissional, e na ênfase
da educação profissional continuada ao profissional de auditoria independente. No contexto das
Normas Técnicas (TAs – TRs e TSC), apresentar aos estudantes o conteúdo sobre o campo operacional da
auditoria e a aplicação dos procedimentos correspondentes aos objetivos da auditoria para a realização
de asseguração razoável (auditoria), asseguração limitada (revisões) e na prática de outros serviços
correlatos à auditoria.

Busca‑se também capacitar os estudantes ao entendimento da atual estrutura geral das Normas
Profissionais e Normas Técnicas de Auditoria e no entendimento sobre os trabalhos de auditoria,
pertinentes à estrutura conceitual de trabalhos de asseguração razoável, asseguração limitada e
nos trabalhos de revisão das demonstrações financeiras e outras informações históricas, além dos
procedimentos previamente acordados. Ainda, pretende‑se desenvolver com os alunos conhecimentos
necessários para as seguintes competências:

• apresentação da atual estrutura das Normas Profissionais e Normas Técnicas de Auditoria em


conformidade com as Resoluções do CFC, harmonizadas e alinhadas às Normas Internacionais de
Auditoria.

• exame das normas e procedimentos profissionais e técnicos relativos às atividades da auditoria


independente.

• uma visão panorâmica das necessidades atuais da auditoria e conhecimentos básicos para
implantação, manutenção e funcionamento do setor de auditoria.

INTRODUÇÃO

A auditoria é um instrumento de amplo controle para os administradores. Por meio de suas


atividades de trabalho, ela serve à administração como meio de identificação de que todos os processos
internos e políticas definidos pela companhia, assim como sistemas contábeis e de controle interno,
estão sendo efetivamente seguidos, e que as transações realizadas estão refletidas contabilmente em
concordância com os critérios previamente definidos. A problemática é que, conforme as organizações
7
estão se expandindo economicamente, seus administradores necessitam do auxílio da auditoria para
captação de informações confiáveis de sua situação patrimonial e financeira. Segundo Attie (1992),
a Contabilidade é a ciência que estuda, informa, retrata e demonstra aos seus usuários (investidores,
clientes, proprietários, financiadoras etc.) a situação patrimonial da empresa. Ciência formadora de
uma especialização denominada auditoria, que tem como base uma ferramenta de controle da própria
contabilidade.

A auditoria surgiu então da necessidade de confirmação, por parte dos investidores e proprietários,
dos valores retratados no patrimônio das empresas que possuíam ou as que pretendiam realizar seus
investimentos, principalmente com o grande crescimento econômico‑financeiro e com o aparecimento
das grandes empresas que são representadas em vários países.

Conforme Almeida (1996), com a expansão dos negócios, houve a necessidade de dar maior atenção
às normas ou aos procedimentos internos. Isso decorreu do fato de que o administrador e, em alguns
casos, o proprietário da empresa, não poderia supervisionar pessoalmente todas as suas atividades. No
entanto, de nada valeria a implantação de quaisquer procedimentos internos sem que houvesse um
acompanhamento para verificar se eles eram seguidos pelos empregados da empresa.

Para atender à administração da empresa, foi necessária uma auditoria mais periódica, com maior
grau de profundidade, e que visasse, também, às outras áreas não relacionadas com a contabilidade,
como sistema de controle interno, administração de pessoal etc.

O controle interno representa o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos


de proteger os ativos, para produzir dados confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada
dos negócios da empresa.

A partir das necessidades mencionadas, surgiu o auditor interno como uma ramificação da profissão
de auditor externo e, consequentemente, do contador. O auditor interno é um empregado da empresa
e, dentro de uma organização, ele não deve estar subordinado àqueles cujos trabalhos examinam. Além
disso, o auditor interno não deve desenvolver atividades que possa um dia examinar, por exemplo,
desenvolver lançamentos contábeis, para que não interfira em sua independência.

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AUDITORIA

Unidade I
1 CONTABILIDADE

De acordo com o primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado no Rio de Janeiro em


agosto de 1924, publicado pelo Conselho Federal de Contabilidade nomeado Histórica dos Congressos
Brasileiros de Contabilidade (Brasília, DF – 2008), Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as
funções de orientação, controle e registro relativas à administração econômica.

Assim, podemos definir que a Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das
entidades, nos seus atos e fatos quantitativos e qualitativos.

A contabilidade passa a exercer, então, um papel amplo, ou seja, deixa de ser apenas um instrumento
de registro das operações ocorridas em determinado período, estendendo‑se para outros campos,
principalmente o de controle, análise e projeção de fatos que diretamente (ou indiretamente) atendem
à alta direção de qualquer organização.

As partidas dobradas, genialmente criadas por Luca Paccioli (1494), já demonstram o papel que o
contador em princípio terá. Ele explicará o motivo da escolha do débito e/ou crédito, o que justificaria
o tipo de registro efetuado e, automaticamente, instituiria controle e análise.

Observação

Luca Pacioli (1445‑1517) foi um monge franciscano e célebre


matemático italiano. É considerado o pai da Contabilidade moderna.

Não podemos mencionar Pacioli e não relatar a importância da Contabilidade moderna. Segundo
Crepaldi (2006, p. 52):

é um ramo do conhecimento humano que trata da identificação, avaliação,


registro, acumulação e apresentação dos eventos econômicos de uma
entidade, seja industrial, financeira, comercial, agrícola, pública etc., com o
objetivo final de permitir a tomada de decisão por seus usuários internos e
externos por meio de seus sistemas de informação. É uma ciência de natureza
econômica e de caráter empírico, cujo objeto é a descrição e medição, tanto
quantitativa como qualitativa, do estado e evolução do patrimônio de uma
entidade específica, de acordo com uma determinada metodologia própria
e com o fim de comunicar a seus destinatários informações objetiva e
relevante para a adoção de decisões.
9
Unidade I

Claramente podemos dizer que a Contabilidade moderna tem como características fundamentais:

• relacionar administração de recursos escassos para a satisfação da necessidade organizacional;

• o caráter empírico, o que supõe que está baseada na experiência e na prática;

• seu objetivo formal é a obtenção de informação objetiva e relevante, já que há de ser utilizada
para tomada de decisões;

• possui uma metodologia própria (regras precisas e concretas);

• elemento teleológico, pois permite a adoção de decisões adequadas e objetivas.

O período moderno é marcado por mudanças profundas nos meios de produção: como a passagem
do feudalismo para o capitalismo, da economia de subsistência à acumulação de capital, do coletivismo
ao individualismo, da técnica à ciência. Como demonstra Malagodi (1998, p. 13): “esse novo modo de
pensar e adquirir conhecimentos produziu o ateísmo e o materialismo metafísico do século XVIII, que
proclamava o princípio da razão e da natureza onde antes prevalecia o princípio divino”.

Tais mudanças exigiram adequação profissional por parte do contabilista. Era necessário pensar a
contabilidade como instrumento de apoio ao crescimento e divulgação do capitalismo. Neste cenário,
a contabilidade passa a ter papel de destaque, pois estava em suas mãos a possibilidade de fornecer
informações úteis à gestão do negócio. Para Arruda (2001, p. 405): “a atividade comercial tornou‑se
cada vez mais complexa. Surgiram os mercados urbanos, as companhias mercantis, a contabilidade”.

O contabilista torna‑se o profissional responsável por impulsionar o crescimento das novas


organizações empresariais criadas pela própria exigência do mercado: era necessário o aperfeiçoamento
por áreas do conhecimento, com destaque especial à contabilidade gerencial e de custos.

Crepaldi (2006, p. 19) retrata a participação da contabilidade afirmando: “a contabilidade expandiu


sua utilização para instituições como a Igreja e o Estado e foi um importante instrumento de
desenvolvimento do capitalismo”.

O profissional, aos poucos, vai buscando superar a técnica e alcançar o conhecimento científico.
Tal evolução acontece em meio a mudanças de toda ordem. De um lado percebe‑se que o contabilista
torna‑se mais próximo dos ideais propagados pelo lucro, presentes na própria ideia da Reforma
Protestante; de outro, a contabilidade como forma de instrumento na sedimentação dos objetivos do
macrossistema.

A quebra do vínculo entre a política, a economia e a ética, de que foram ideológicos, entre outros,
Maquiavel (1469‑1527) e Calvino (1509‑1564), e o crescimento de negócios econômicos e financeiros
levam às novas formas de vida econômica, com o aumento da circulação monetária dos bancos e
operações financeiras. Apura‑se a contabilidade pelas letras de câmbio e uso de números árabes, que
levara já em 1494 o franciscano Luca Pacioli (1445‑1514) aos seus Tratados, criando a escrituração
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AUDITORIA

mercantil, tão indispensável aos novos tempos, que culminam com a ‘desmaterialização do capital’,
assim chamada por François Perroux, pois à medida que capitalismo se torna mais complexo percebe‑se
menos a moeda que a sua representação contábil (IGLÉSIAS, 1987, p. 36).

Os controles gerados pelos registros contábeis devem atender a planejamentos estipulados, a planos
de contas estabelecidos, enfim, a controles internos que levam à busca da excelência empresarial – o
lucro –, que também buscará, na análise, explicações tanto para o alcance quanto não alcance do valor
previamente estipulado.

De posse do conceito básico da contabilidade na gestão organizacional, podemos, assim, conceituar


a auditoria como sendo a especialização contábil voltada a testar a eficiência e a eficácia do controle
patrimonial implantado, com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado.

Como diferenciar a eficiência e eficácia:

Eficiência = processo Eficácia = resultado

2 AUDITORIA: CONCEITO E DEFINIÇÃO

De acordo com Attie (2011, p. 5), a auditoria é uma especialização contábil voltada para testar a
eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre
determinado dado.

A auditoria das demonstrações contábeis visa às informações contidas nessas afirmações; logo, é
evidente que todos os itens, formas e métodos que as influenciam também sejam examinados. O exame
da auditoria engloba a verificação documental, os livros e registros com características controladoras,
a obtenção de evidências de dados de caráter interno ou externo que se relacionam com o controle do
patrimônio e a exatidão dos registros e as demonstrações deles decorrentes. A ênfase que se dá a cada
situação depende de uma série de decorrências dos diferentes segmentos que compõem a organização.

Os exames de auditoria obedecem às normas de auditoria e incluem procedimentos de comprovações


dos dados em estudo caracterizado por uma reflexão competente e independente.

De acordo com Crepaldi (2007, p. 3), a auditoria consiste em controlar as áreas‑chave nas empresas
a fim de evitar situações que propiciem fraudes, desfalques e subornos, por meio de testes reguladores
nos controles internos específicos de cada organização.

Crepaldi (2007) acrescenta auditoria como sendo o levantamento, estudo e avaliação sistemática
das transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações contábeis ou financeiras de uma
entidade.

Recentemente, o Brasil passou por significativas alterações nas estruturas dos aspectos normativos
pertinentes à auditoria independente: a partir de 1º de janeiro de 2010 passaram a ser adotadas as Normas
Internacionais de Auditoria, em conformidade com as mesmas normas emitidas pelo International
11
Unidade I

Federation of Accoutants − IFAC e International Auditing and Assurance Standards Board − IAASB. Nesse
sentido, durante os anos de 2009, 2010 e 2011, mais de 40 novas resoluções, plenamente alinhadas e
harmonizadas às Normas Internacionais de Auditoria − NIAs, foram emitidas pelo Conselho Federal de
Contabilidade – CFC. Contudo, transitoriamente, apenas em casos específicos, algumas empresas de
auditoria e auditores independentes (pessoa física) ainda puderam, excepcionalmente nos anos de 2010
e 2011, aplicar as antigas normas a estrutura e ramificações da NBC‑T11.

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), por meio da Resolução 953/2003 NBC‑T11, define
auditoria da seguinte maneira:

Auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de


procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre
sua adequação, consoante aos princípios fundamentais de contabilidade e
às Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, à legislação
específica.

Vemos, dessa forma, que as novas normas do Conselho Federal de Contabilidade trazem claras
definições sobre o que são os serviços de auditoria independente e vários outros tipos de trabalhos
correlatos, que, em muitas situações, apesar de denominados pelo contratante e mesmo por alguns
auditores como “auditoria”, não podem ser assim definidos em razão dessa nova normatização.

Pelas atuais Normas Brasileiras de Contabilidade, o campo da auditoria, no padrão internacional,


tem agora nomenclaturas quanto à sua estrutura, como veremos a seguir.

Auditoria e asseguração

NBC‑PA: compreende o conjunto das Normas Profissionais do Auditor Independente.

NBC‑T: compreende o conjunto das Normas Técnicas, sendo em adição a esta estrutura conceitual
e às Normas Técnicas (NBC‑TA, NBC‑TR e NBC‑TO), os auditores independentes que executam trabalhos
de asseguração são disciplinados:

• pelo Código de Ética Profissional do Contabilista do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que
estabelece princípios éticos fundamentais para os contabilistas; e

• pela Norma de Controle de Qualidade (NBC‑PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas – Pessoas
Jurídicas e Físicas – de Auditores Independentes que executam exames de auditoria e revisões de
informação contábil histórica, outros trabalhos de asseguração e serviços correlatos).

NBC‑TA (grupo 200 a 800): compreende o conjunto das normas técnicas definidas para o que é
denominado de “asseguração razoável”. Objetivam o trabalho de auditoria de informações históricas para
a certificação das Demonstrações Contábeis, envolvem o procedimento de auditoria completa visando à
emissão do Relatório do Auditor Independente, antes denominado de Parecer de Auditoria.

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AUDITORIA

NBC‑TR (grupo 2400): compreende o conjunto das normas técnicas, definidas para o que é
denominado como asseguração limitada. Objetivam o trabalho de auditoria de informações históricas
das Demonstrações Contábeis. Nesse caso, no Relatório do Auditor Independente, não há a formalização
de expressão de opinião.

NBC‑TO (grupo 3000 e 3401): compreende o conjunto das normas técnicas definidas por trabalhos
de asseguração não relacionados com a auditoria (TAs ou TRs) ou revisão de informações históricas, mas
correspondentes a outros trabalhos de asseguração.

• pelo Código de Ética Profissional do Contabilista do Conselho.

NBC‑TSC (grupo 4400): compreende o conjunto das normas técnicas definidas por outros serviços
correlatos, como os denominados por Trabalhos de Procedimentos Previamente Acordados – TPPA.

• trabalhos cobertos pelas Normas Técnicas para Serviços Correlatos (NBC TSC), tais como trabalhos
de procedimentos previamente acordados e compilações de informações financeiras ou de outras
informações;

• a elaboração de declarações de impostos em que não há uma conclusão que expresse qualquer
forma de asseguração;

• trabalhos de consultoria (ou de assessoria), tais como consultoria gerencial e de impostos.

Saiba mais

CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL.


Normas Brasileiras de Contabilidade. Auditoria independente. Auditoria
interna perícia contábil.

Atualizado até outubro de 2014. Disponível em: <http://www.crcrs.org.br/


arquivos/livros/livro_normas_auditorias_pericia.pdf>. Acesso em: 26 jan. 2015.

Assim, dentro desse conceito, se pela cultura brasileira a expressão razoável pressupõe algo que
poderíamos denominá‑lo como “mais ou menos bom”, em auditoria, pelos padrões internacionais, o
direcionamento por asseguração razoável corresponde à possibilidade de o auditor expressar sua
opinião, tendo sido aplicadas todas as normas técnicas que lhe propiciem emitir o Relatório do Auditor
Independente, conforme estas tipificações:

Relatório de opinião não modificada → antigo parecer limpo.

Relatório de opinião modificada → antigo parecer com ressalvas.

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Unidade I

Relatório de opinião adversa → antigo parecer adverso.

Relatório de abstenção de opinião → antigo parecer com abstenção de opinião.

Então, pelas atuais normas, auditoria por → asseguração razoável é assim definida:

“Trabalho de asseguração” significa um trabalho no qual o auditor


independente expressa uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau
de confiança dos outros usuários previstos, que não seja a parte responsável,
acerca do resultado da avaliação ou mensuração de determinado objeto de
acordo com os critérios aplicáveis (CFC, [s.d.]).

Holanda (1995, p. 2128) assim se expressa ao enfocar a auditoria: “exame analítico e pericial que
segue o desenvolvimento das operações contábeis, desde o início até o balanço”.

Tipos de relatórios

• Relatórios finais sintéticos

São os que se resumem em uma simples e rápida forma de transmissão de fatos e


exigem maior capacidade do auditor.

Como o próprio nome já diz, o relatório sintético é aquele que deve ser utilizado para
informar a alta direção da empresa, de forma rápida e sucinta, sobre o que não vai bem ou
necessita de correção.

Os gerentes dos departamentos de empresas são homens habituados às rápidas decisões,


possuindo grande capacidade de resolver problemas em poucas palavras.

Por essa razão, somos da opinião de que os relatórios sintéticos são os de mais difícil
elaboração, pois devem ter a propriedade de informar os fatos com poucas palavras e da
forma mais abrangente possível, sem que a omissão de um pequeno detalhe prejudique o
objetivo principal.

• Relatórios finais analíticos

São os relatórios que devem levar aos setores auditados todas as informações e detalhes
permissíveis à boa solução dos problemas, sem longas e infindáveis relações numéricas e
cifras que não levam a nada.

Os fatos de menor relevância podem ser encontrados nos papéis de trabalhos, os quais
podem ser gentilmente oferecidos pelo auditor, ou relacionados à parte quando houver
necessidade.

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AUDITORIA

O relatório analítico é o meio de comunicação que o auditor possui para se relacionar


com todos os setores envolvidos nos trabalhos realizados. É a forma de se comunicar
com os funcionários em termos de execução. Portanto, devem ser apresentados de
maneira clara e simples.

• Relatórios especiais

O próprio nome diz tudo. Em nosso entender, os relatórios especiais são aqueles que
fogem do cotidiano.

Podem ser também considerados relatórios confidenciais.

Entende‑se por relatório confidencial aquele que é solicitado exclusivamente pelo


diretor da empresa e que tem interesse exclusivo sobre um determinado assunto. Exemplo:
o diretor da empresa chama o gerente de auditoria (no qual deposita toda confiança) e pede
para que seja observado um item ou um assunto que só a ele interessa.

Os relatórios especiais são também aqueles que reportam as indesejáveis fraudes de


maneira reservada.

• Relatórios parciais

Durante as verificações, o auditor muitas vezes se depara com fatos ou ocorrências que
devem ser levadas de imediato ao conhecimento da gerência ou direção da empresa.

É bastante comum que durante os exames surjam problemas que exijam correções
imediatas para que se evite a continuidade de falhas e haja tempo suficiente para elaboração
do relatório final.

O relatório parcial é o recurso disponível para essa finalidade.

Ao efetuar uma auditoria no departamento pessoal, por exemplo, o auditor constata


que uma determinada alíquota da Guia de Recolhimento da Previdência Social − GRPS
vem sendo calculada erroneamente. Ele deve imediatamente elaborar um relatório parcial
comunicando a situação existente e que deve ser corrigida.

É evidente que esse relatório não terá a sobriedade e a mesma apresentação de um


relatório completo sobre a extensão do ocorrido, porém, atende à necessidade de solucionar
o problema.

O relatório parcial pode ser apresentado em uma simples folha de papel de trabalho,
devidamente identificada.

15
Unidade I

O relatório parcial também serve para comunicar alguma dificuldade ou qualquer tipo
de ocorrência que interfira diretamente no trabalho em execução ou que, de uma forma ou
de outra, possa estar relacionado com a atividade do auditor.

• Relatórios verbais

Os mesmos conceitos dos relatórios escritos são aplicáveis aos relatórios verbais,
porém com uma fundamental diferença: não existe rascunho para ser corrigido antes da
redação final.

Em um relatório escrito, o auditor pode reescrever parágrafos, mudar orações e períodos,


enfim, aprimorar o texto antes que esteja nas mãos do destinatário. No relatório verbal,
quando não há uma boa preparação, o auditor torna‑se mais vulnerável e sujeito a expor
condições desfavoráveis a ele.

É muito importante considerar a diferença entre o que se fala e o que se escreve.

O relatório verbal possui uma característica que os distingue dos outros tipos de
relatórios: é muito mais rápido.

O aspecto de maior importância a ser considerado pela apresentação de um relatório


verbal refere‑se à conduta do auditor para executar a tarefa.

O auditor deve ser muito claro e objetivo, fazendo com que sua fala seja facilmente
compreendida e assimilada, pois ao término de um relatório verbal não existem fontes para
serem consultadas sobre o que não ficou claro.

Assim sendo, o relatório verbal também deve ser previamente planejado e estruturado,
pois o auditor tem que estar preparado para “prender” a atenção dos seus ouvintes,
apresentando os fatos, recomendações ou sugestões, devidamente fundamentadas para
que haja o interesse comum em solucionar problemas.

Fonte: Relatórios... (s.d.).

2.1 Objetivo da auditoria

A auditoria tem por objetivo expressar, a respeito das demonstrações financeiras de uma entidade,
opinião que assegure com propriedade se elas representam de forma fiel a posição patrimonial e financeira
da empresa, seus resultados e operações, os recursos correspondentes aos períodos examinados, de
acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade.

De forma geral, podemos descrever o objetivo principal da auditoria como o processo pelo qual o
auditor certifica, por meio da emissão de um relatório de expressão de opinião, tido por asseguração
razoável, a veracidade das demonstrações financeiras elaboradas pela entidade.
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AUDITORIA

Para Attie (2011), as demonstrações contábeis, de modo geral, precisam ser preparadas de forma
que exprimam com clareza a real situação da empresa em termos de seus direitos, obrigações e
resultados das operações realizadas no período em exame, incluindo‑se, nessa preparação, os critérios
e procedimentos contábeis adotados em sua elaboração e segundo os princípios de contabilidade, de
forma que proporcionem interpretação uniforme e facilidade de compreensão.

2.2 Origem da auditoria

Necessária aos investidores e proprietários na atual situação econômico‑financeira, que representa


o patrimônio das entidades, principalmente com o surgimento das transnacionais distribuídas
geograficamente e com o simultâneo desenvolvimento econômico que aflorou a partir da globalização
e foi disseminando o capital estrangeiro, a auditoria é a ferramenta que auxilia a administração na
tomada de decisão em busca de melhores resultados.

De acordo com Sá (1998), auditoria contábil é uma tecnologia que usa a revisão e a pesquisa para
fins de opinião e orientação sobre situações patrimoniais, e sua importância é reconhecida há milênios,
desde a antiga Suméria. Há provas arqueológicas de registros da família real de Urukagina e do templo
sacerdotal sumeriano que datam de mais de 4.500 anos a. C.

Já o termo “auditor”, segundo Sá (1998), é antigo, mas não se conhece ao certo sua origem
nem data; admite‑se que o seu uso tenha sido adotado por volta do século XII, na Inglaterra, no
reinado de Eduardo I. Oriunda do latim, a palavra significa “aquele que ouve” ou, exatamente,
“ouvinte”, e foi adotada para representar aquele que daria opinião sobre algo que comprovou ser
verdade ou não.

Pode‑se afirmar que a Revolução Industrial, em meados do século XVIII, foi responsável por
proporcionar novas técnicas e diretrizes à contabilidade e, consequentemente, à auditoria, como já
explicado, a partir da expansão das transnacionais.

Sá (1998) também menciona que o Railway Companies Consolidation Act, de 1845, logo após a
contabilidade penetrar nos domínios científicos, obrigava a verificação anual dos balanços, a ser feita
por auditores.

2.3 A auditoria no Brasil

Relacionada às instalações de empresas internacionais de auditoria independente, a auditoria no


Brasil tem como ponto de partida as filiais e subsidiárias de empresas estrangeiras, os financiamentos
de empresas brasileiras por meio de entidades internacionais, a evolução do mercado de capitais,
o crescimento das empresas brasileiras e a necessidade de descentralização e diversificação de
suas atividades econômicas, a profissionalização da diretoria, a criação de normas de auditoria
promulgadas pelo Banco Central do Brasil em 1972, a criação da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) e da Lei nº 6.404/76, das Sociedades por Ações. Estes são os marcos que podemos citar sobre
a auditoria no Brasil. Vale ressaltar que a origem da contabilidade deu‑se em 1822, com a chegada
da família real ao Brasil.
17
Unidade I

Observação

No Brasil, o desenvolvimento da auditoria surgiu quando o Bacen (Banco


Central) criou normas oficiais de auditoria em 1972, para o controle do
sistema financeiro. A obrigatoriedade da aplicação da auditoria teve inicio
na Bolsa de Valores por meio da Lei nº 6.385/76, após a regulamentação da
Lei 6.404/76, Lei das SAs (Sociedades Anônimas).

2.4 O papel da auditoria

Com a atual crise econômica e o cenário que vivenciam hoje as empresas e seus investidores, a
auditoria passa a ser útil para ambos, uma vez que, por meio da análise das demonstrações financeiras,
devidamente acompanhadas do relatório do auditor, é possível avistar, com asseguração razoável, as
empresas que poderão aplicar seus recursos em busca de novos investimentos.

Crepaldi (2007) postula que, cercadas pela exigência legal da contratação de auditores (caso das empresas
de capital aberto) e pressionadas pela atual crise econômica, as empresas se veem obrigadas a investir em
uma atividade que seguramente diminui o impacto das perdas. O exame do auditor é um processo que leva o
profissional independente a uma viagem pela empresa, empregando técnicas que o ajudam a formar opinião
sobre a adequação das demonstrações financeiras, incluindo a sua continuidade operacional.

A auditoria permite ao auditor emitir um relatório sobre a posição da empresa quanto às suas
demonstrações financeiras, a fim de que estas sejam dignas de fé pública.

3 A AUDITORIA NA ÁREA EMPRESARIAL E NO SETOR PÚBLICO

3.1 Tipos de auditoria

Saiba mais

Leia reportagem auditoria na Santa Casa de Sorocaba:

RELATÓRIO aponta mau uso do dinheiro público pela Santa


Casa de Sorocaba. G1, 25 nov. 2014. Disponível em: <http://
g 1 . g l o b o . c o m / s a o ‑ p a u l o / s o ro c a b a ‑ j u n d i a i / n o t i c i a / 2 01 4 / 11 /
relatorio‑aponta‑mau‑uso‑do‑dinheiro‑publico‑pela‑santa‑casa‑de‑
sorocaba.html>. Acesso em: 1 fev. 2015.

Segundo Perez (2006, p. 13), a auditoria pode ser classificada em três tipos, conforme o quadro
comparativo a seguir:

18
AUDITORIA

Quadro 1

Auditoria independente Auditoria interna ou Auditoria da Fazenda (Federal,


externa operacional Estadual, Municipal)
Sujeito Profissional independente Funcionário da empresa Funcionário público
Vínculo com a empresa Contrato de prestação de Contrato de trabalho Força da Lei
auditada serviço
Exame das demonstrações Exame dos controles Verificação da observância e
contábeis ou de alguma área internos e avaliação da cumprimento dos preceitos
Ação e objetivo específica, ou procedimento eficiência e eficácia da legais vigentes para apuração e
predefinido de trabalho gestão recolhimento dos diversos tributos
especial
Principalmente emitir Promover melhoria nos
parecer sobre a adequação
Finalidade controles operacionais e na Evitar a sonegação de tributos
das demonstrações gestão de recursos
contábeis
Recomendações para
Parecer do auditor melhoria dos controles Relatório de fiscalização ou auto
Relatório principal independente internos e eficiência de infração
administrativa
A empresa e o público em
Usuário do trabalho A empresa Poder Público
geral
Responsabilidade Profissional, civil e criminal Trabalhista Poder Público

Além disso, alguns princípios deverão ser seguidos para que os objetivos e as metas dos sistemas
de controles internos sejam cumpridos de forma eficaz e eficiente. São eles: responsabilidade, rotinas
internas, acesso aos ativos, segregação de funções, confronto dos ativos com os registros, amarrações
do sistema e auditoria interna, conforme discriminados, a seguir:

Quadro 2

Princípios de auditoria Descrição


Corresponde a atribuições constantes em manuais internos de organização, de modo a
Responsabilidade assegurar que todos os procedimentos de controle sejam realizados pelos funcionários e
facilitar a apuração de eventuais omissões na realização de rotinas internas.
São regras que devem estar estabelecidas nos manuais de organização, de forma clara e objetiva.
Compreendem formulários internos e externos, evidências das execuções dos procedimentos
Rotinas internas internos de controle (assinaturas, carimbos etc.), procedimentos internos dos diversos setores
da empresa.
Refere‑se aos limites no acesso a ativos da organização pelos funcionários e terceiros, como
medida para protegê‑la tanto de forma física quanto escritural (documental). As empresas
Acesso aos ativos poderão implementar vários tipos de controles físicos sobre os ativos (caixa, cheques, estoques
etc.), por exemplo, controlando o acesso de pessoas, utilizando cofres, criando fronteiras físicas e
monitorando eletronicamente suas instalações.
Consiste no impedimento da concentração de operações incompatíveis, sob a
Segregação de funções responsabilidade de um mesmo indivíduo, de modo que haja separação das etapas de
cada transação, para que nenhum indivíduo a controle integralmente.
Refere‑se à comparação dos ativos com os respectivos registros contábeis, que deve ocorrer
Confronto dos ativos periodicamente. Tem por objetivo detectar registro contábil inadequado ou desfalques de bens,
com os registros confirmando à administração da empresa a integridade dos ativos existentes, conforme os
registros contábeis.

19
Unidade I

Diz respeito às medidas para se garantir que apenas as operações devidamente autorizadas
Amarrações do sistema sejam registradas com exatidão de valores, data e demais informações relacionadas.
São os mecanismos para verificar se as normas internas estão sendo cumpridas e avaliar as
Auditorias internas possíveis modificações no sistema de controle interno para se obter um melhor resultado.

3.1.1 Auditoria interna

O Instituto de Auditores Internos aborda como característica fundamental da auditoria interna a


responsabilidade compartilhada da organização, sendo elas dividas com a gerência e a diretoria da
corporação.

Exercida por funcionários da empresa, mediante contrato de trabalho regido pela Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), sua principal função é o exame dos controles internos e a avaliação da eficiência
e eficácia da gestão, com a finalidade de promover melhoria dos controles operacionais e da gestão de
recursos. Em seu relatório, constam recomendações para melhoria dos controles internos e para maior
eficiência administrativa. Sua responsabilidade é meramente trabalhista e seu principal usuário é a
própria empresa.

Ademais, de acordo com o Instituto de Auditores de Nova York, auditoria interna tem como objetivo
principal um controle administrativo que mede e avalia a eficiência de todos os controles.

As funções da auditoria interna são bastante amplas, não existindo limites para sua atuação. Ela
surgiu com o início do comércio, durante a formação da sociedade econômica. Segundo Perez Júnior
(2004), alguns pesquisadores mencionam que, no ano 4.000 a.C., já havia auditores de impostos na
Babilônia, mas foi no final do século XIX que ocorreram as contratações de auditores internos por
empresas privadas, principalmente nas estradas de ferro.

Atualmente, a auditoria atua como órgão orientador para os gestores de alto nível e para os
proprietários de capital.

Observação

A auditoria constitui o conjunto de procedimentos que tem por objetivo


examinar a integridade, adequação e eficiência dos controles internos e das
informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da entidade.

3.1.2 Auditoria externa ou independente

Conforme já mencionado, no Brasil, a partir de 1º de janeiro de 2010, houve significativas


mudanças nos conceitos gerais de auditoria independente. Passa‑se a adotar o padrão internacional
de auditoria, destacando‑se a Resolução 1202/09 alterada pela Resolução 1329/11 do Conselho Federal
de Contabilidade – CFC, pela NBC‑TA Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para Trabalhos de
Asseguração, que torna importante entender o termo auditoria como ligado à asseguração.

20
AUDITORIA

A NBC‑TA Estrutura Conceitual tem formulado assim alguns conceitos:

• trabalho de asseguração significa um trabalho no qual o auditor independente expressa uma


conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança dos outros usuários previstos, que
não seja a parte responsável, acerca do resultado da avaliação ou mensuração de determinado
objeto, de acordo com os critérios aplicáveis;

• o resultado da avaliação ou mensuração de um objeto é a informação resultante da aplicação de


critérios ao objeto, por exemplo, as demonstrações contábeis de uma entidade ou uma afirmação
acerca da eficácia do seu controle interno, ou seja:

— o reconhecimento, a mensuração, a apresentação e a divulgação nas demonstrações contábeis


(resultado da avaliação ou mensuração de determinado objeto) da entidade resultam da
aplicação da estrutura de relatórios financeiros, como as práticas contábeis adotadas no Brasil
(critérios), quanto à sua posição patrimonial e financeira, ao seu desempenho operacional e
aos seus fluxos de caixa (objetos);

— uma afirmação acerca da eficácia do controle interno (resultado) resulta da aplicação da


estrutura conceitual para a avaliação da eficácia do controle interno, tais como os critérios
(COSO ou CoCo) em relação ao controle interno (objeto).

Observação

COSO vem da sigla em inglês aplicável ao Comittee of Sponsoring


Organization of the Tradeway Comission, enquanto CoCo refere‑se aos
princípios do Instituto Canadense de Contadores.

Auditoria externa versus auditoria interna

A auditoria externa é o exame de todos os lançamentos contábeis em que o auditor se certifica se


esses dados refletem adequadamente a real situação financeira e patrimonial da empresa e se estão de
acordo com as normas contábeis, dando o seu parecer em relação a eles.

A auditoria externa é realizada por profissional sem vínculo com o quadro da empresa, a realização
do trabalho ocorre de forma independente e o auditor se preocupa com a confiabilidade dos registros.
Embora a auditoria externa tenha interesses comuns com a auditoria interna, elas operam em diferentes
graus e profundidade.

A auditoria interna, apesar de ser uma atividade nova, vem conquistando espaço cada vez maior
devido ao grau de crescimento dos negócios e a necessidade do seu acompanhamento.

A auditoria interna surge então como uma ramificação da auditoria externa, já que as empresas
sentiram a necessidade de ter no seu quadro de funcionários um profissional permanente que pudesse
acompanhar diariamente todos os processos da organização.

21
Unidade I

A auditoria externa é exercida por empresas de auditoria independentes, mediante contrato de


prestação de serviço. Tem por objetivo examinar as demonstrações contábeis de alguma área específica
ou de procedimento predefinido de trabalho especial. Sua principal finalidade é emitir relatório sobre
a adequação das demonstrações contábeis por meio de relatório independente. Sua responsabilidade é
civil e criminal, tendo como usuários a própria empresa e o público em geral.

Vale ressaltar que o papel do auditor não é de polícia, e sim de mero examinador das demonstrações
contábeis, competindo‑lhe, assim, emitir um relatório. O auditor atesta ou certifica, apenas apresentando
sua opinião. Seu parecer pode ser inadequado, ainda que traduza a visão de um profissional perito em
matéria de contabilidade.

3.1.3 Auditoria pública ou governamental

Segundo Sá (1998), a auditoria governamental é uma especialização dentro do campo da auditoria


que segue todos os princípios básicos e técnicos, bem como as normas aplicadas e específicas da
auditoria.

Exercida por funcionário público e por força da lei, tem por objetivo verificar a observância e o
cumprimento dos preceitos legais vigentes para apuração e recolhimento dos diversos tributos nos
âmbitos federal, estadual e municipal, com a finalidade de evitar a sonegação fiscal.

Seu relatório principal contém fiscalização ou auto de infração, sendo de responsabilidade do Poder
Público, que também é seu principal usuário. São objetivos da auditoria pública:

• a lei orçamentária anual;

• os orçamentos plurianuais de investimentos;

• as aberturas de créditos adicionais;

• os atos complementares de abertura de créditos;

• os atos relativos à programação financeira de desembolso;

• os balancetes de receitas e despesas;

• os relatórios dos órgãos administrativos encarregados do controle financeiro e orçamentário


interno;

• o rol dos responsáveis;

• as informações sobre a administração de créditos;

• os balancetes e balanços;
22
AUDITORIA

• os livros, documentos, demonstrações, comprovantes e todos os papéis que, direta ou indiretamente,


sirvam de elemento de aferição sobre a sanidade das contas apresentadas, inclusive pareceres;

• os assuntos de interesse público.

4 O PERFIL PROFISSIONAL DO AUDITOR

Observação

Código de Ética e de Valores Institucionais: o auditor sempre deve


comunicar à administração da entidade auditada descobertas factuais
envolvendo fraude e, dependendo das circunstâncias, de forma verbal ou
escrita e, tão cedo quanto possível, mesmo que o efeito potencial sobre as
demonstrações contábeis seja irrelevante.

Todas as profissões têm a ética como princípio, e a auditoria, notoriamente, não foge disso. O auditor
tem em suas mãos grande responsabilidade, por exemplo, conhecer todas as irregularidades, falhas,
erros, dentro do conjunto. Um bom auditor tem no seu perfil profissional conhecimento do responsável
hierárquico, de seus deveres, direitos e obrigações, de acordo com o código de ética.

Segundo Attie (2011), como acontece em todas as profissões, na auditoria também foram estabelecidos
padrões técnicos que objetivam qualificar a condução dos trabalhos de auditoria e garantir atuação
tecnicamente consistente do auditor e de seu parecer, assegurando, a todos aqueles que dependem de
sua opinião, a observação de uma série de requisitos considerados indispensáveis para que o trabalho
seja concretizado.

O artigo a seguir demonstra de uma forma clara e objetiva a importância da profissão de auditor no
contexto empresarial.

A força que vem dos bastidores

Em artigo, especialista aborda o desenvolvimento do papel do auditor nas empresas, que


se torna um estrategista fundamental para os negócios.

A profissão de auditor delineou‑se a partir do começo do século passado, quando as


grandes organizações mundiais começaram a recorrer a auditorias independentes para
assegurar aos acionistas e investidores que seus balanços eram, de fato, a reprodução fiel
da escrituração contábil.

Com o passar do tempo, as organizações e o próprio sistema econômico mundial


tornaram‑se mais complexos, o que reforçou a importância da auditoria externa para
assegurar a confiabilidade dos dados divulgados pelas empresas.

23
Unidade I

Hoje, a auditoria desempenha papel relevante como apoiadora da alta administração.


O auditor é uma espécie de analista/estrategista que revisa e avalia uma ampla gama de
itens fundamentais: demonstrações contábeis, políticas, planos, procedimentos, normas,
operações, registros... Ele também identifica gargalos e oportunidades e sugere soluções para
tornar os processos mais ágeis, melhorar a qualidade dos serviços prestados e aumentar as
margens de lucro. É nos bastidores das empresas que ele atua, e é dali que indica o “caminho
das pedras”, pelo qual se atravessa a parte mais difícil do rio e se chega mais facilmente ao
destino almejado.

As qualidades indispensáveis ao auditor são, portanto, a imparcialidade, a atenção aos


detalhes (tanto na realização dos trabalhos quanto na apresentação das conclusões), a
capacidade dedutiva e a criatividade. Sua autoconfiança deve ser plena, mas não pode
haver espaço para egocentrismo e vaidade. Ele também deve ter postura e ética impecáveis:
afinal, se o auditor não transmitir ao mercado uma imagem confiável, de isenção e
credibilidade, suas conclusões não serão efetivamente aceitas e levadas a sério. É essencial
que sua independência e lisura sejam inquestionáveis.

Obviamente, são enormes as responsabilidades que pesam sobre os ombros dos


auditores. A eles, cabem os desafios de orientar as empresas para que se protejam
de perdas, de determinar o grau de confiabilidade dos dados contábeis e de outras
informações elaboradas e fornecidas pelas organizações, de avaliar riscos e de mensurar
a qualidade alcançada na execução de tarefas determinadas. Por isso, devem dispor de
total liberdade e isenção.

A crescente especialização do mercado vem ocasionando uma espécie de


segmentação entre os auditores, com profissionais que optam por focalizar mais a área
de tributos, ou a tecnologia de informação, ou, ainda, as tiragens de publicações, a
governança corporativa etc.

Mais do que nunca, empresas de todos os portes e segmentos devem dar especial atenção
a esse tema. Não haverá espaço para amadorismo no Brasil, que, se as coisas continuarem a
fluir no ritmo atual, deverá se tornar a quinta economia do mundo em menos de uma década.
Nesse cenário, a auditoria e seu realizador – ou seja, o auditor –, desempenharão papel de
fundamental importância, sobretudo como pontos de apoio daqueles que empreendem e se
empenham em transformar este país em uma grande potência.

Fonte: Gonçalves (2009).

O texto a seguir aborda uma questão extremamente importante: ética na auditoria. Durante todo o
trabalho de auditoria, o não cumprimento de exigências éticas relevantes pelos membros da equipe de
trabalho compromete o controle de qualidade e os resultados dos trabalhos.

24
AUDITORIA

Bote os colegas na linha

Como confrontar a conduta antiética no trabalho − e prevalecer

Jonathan está de emprego novo. Recém‑transferido do departamento de


contabilidade da matriz, agora é controller de uma unidade regional de vendas da
fabricante de eletroeletrônicos. Animado com a promoção, quer forjar uma boa relação
com a nova equipe. Na hora de fechar o balanço trimestral, no entanto, o rapaz percebe
que o faturamento do trimestre seguinte está sendo registrado antes para reforçar a
bonificação da turma. O silêncio do gerente da equipe sugere que aquele tipo de coisa
provavelmente já ocorreu antes. Tendo lidado com a distorção quando trabalhava na
matriz, Jonathan tem plena consciência de seu potencial de causar grande estrago. É
a primeira vez, no entanto, que trabalha com aqueles que estão criando o problema, e
não com quem tenta corrigi‑lo.

Pode parecer uma questão contábil banal. Mas as consequências − em termos de custos
de carregamento, projeções distorcidas, cultura ética comprometida e até ramificações
legais − são muito sérias. E, salvo em empresas extraordinariamente bem‑administradas,
esse tipo de situação pode surgir facilmente. Todo gerente deve saber como reagir de
forma construtiva (aliás, aprender a fazê‑lo é parte fundamental de seu desenvolvimento
profissional) e todo alto executivo deve ser capaz de mudar as normas culturais que deram
origem à decisão equivocada em primeiro lugar.

Nos últimos quatro anos, estudei momentos nos quais o indivíduo decide se confronta
ou não uma questão ética, e o que diz quando decide confrontá‑la. Reuni histórias de
gestores em todos os níveis, com especial destaque para os primeiros anos na carreira e
para indivíduos com casos positivos a relatar. Essas histórias − juntamente com estudos
de psicologia social sobre a tomada de decisões − lançam luz sobre aquilo que permite à
pessoa ser sincera ao deparar com conflitos éticos no trabalho. Os insights que aqui descrevo
podem ajudar jovens administradores a levantar a voz quando a ocasião pede e ajudar altos
executivos a erguer uma cultura organizacional forte e honesta.

Fonte: Gentile (1969).

Resumo

De forma bastante simples, pode‑se definir auditoria como o


levantamento e avaliação sistemática das transações, procedimentos,
operações, rotinas/demonstrações financeiras de uma organização.

A auditoria consiste em controlar as áreas‑chave nas empresas a fim de


evitar situações que propiciem fraudes, desfalques e subornos, por meio de
testes regulares nos controles internos de cada organização.

25
Unidade I

As normas de auditoria são entendidas como regras estabelecidas pelos


órgãos regulares da profissão contábil, em todos os países, com o objetivo
de regulamentar exercício da função do auditor, estabelecendo orientação e
diretrizes a serem seguidas por esses profissionais no exercício de suas funções.
Elas estabelecem conceitos básicos sobre exigências em relação à pessoa do
auditor, à execução de seu trabalho e ao parecer que deverá por ele ser emitido.

Acerca da proteção que a auditoria oferece à riqueza patrimonial, dando


maior segurança e garantia aos administradores:

• sob o aspecto administrativo: contribuição para redução de


ineficiência, negligência, incapacidade e improbidade de empregados
e administradores;

• sob o aspecto patrimonial: possibilita melhor controle dos bens,


direitos e obrigações que constituem o patrimônio;

• sob o aspecto fiscal: é fator de maior rigor cumprimento das


obrigações fiscais, resguardando o patrimônio contra multas, o
proprietário contra penalidades decorrentes da lei de sonegação
fiscal e o fisco contra sonegação de impostos;

• sob o aspecto financeiro: resguarda créditos de terceiros −


fornecedores e financiadores − contra possíveis fraudes e dilapidações
do patrimônio, permitindo maior controle dos recursos para fazer
face a esses compromissos;

• sob o aspecto econômico: assegura maior exatidão dos custos e


veraci­dade dos resultados, na defesa do interesse dos investidores e
titulares do patrimônio;

• sob o aspecto técnico: contribui para mais adequada utilização das


contas, maior eficiência dos serviços contábeis, maior precisão das
informações e a garantia de que a escrituração e as demonstrações
contábeis foram elaboradas de acordo com os princípios de
Contabilidade.

Exercícios

Questão 1. (Enade, 2009) Em função da crise econômica internacional, a empresa Patativa


passou por dificuldades econômico‑financeiras, o que provocou um processo de descontinuidade
e, consequentemente, está sendo obrigada a vender ativos para pagar dívidas com empregados,
fornecedores e credores.
26
AUDITORIA

Sendo assim, os ativos devem ser avaliados pelo:

A) Custo corrente.

B) Custo histórico.

C) Fluxo de caixa descontado.

D) Preço corrente de venda.

E) Valor de liquidação.

Resposta correta: alternativa E.

Análise das alternativas

A) Alternativa incorreta.

Justificativa: o custo corrente refere‑se ao estado atual de manutenção e conservação, mas


normalmente não é assim validado no mercado. Segundo a alínea “A” do inciso II do § 1° do art. 7° da
Resolução CFC n° 750/93, “os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa,
os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no
período das demonstrações contábeis”.

B) Alternativa incorreta.

Justificativa: o custo histórico é o praticado no momento da incorporação do bem ao patrimônio da


empresa, o que normalmente difere daquele praticado no mercado. Segundo o inciso I do § 1° do art. 7°
da Resolução CFC n° 750/93, “os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou
equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri‑los na data da aquisição”.

C) Alternativa incorreta.

Justificativa: esse método visa a trazer, a valor presente, os fluxos de caixa dos benefícios futuros
possíveis de serem obtidos com esses bens, de maneira a determinar o seu montante atual. A quantificação
desse valor depende do estabelecimento de uma taxa de desconto que seja compatível com a realidade
do mercado. Segundo a alínea “C” do inciso II do § 1° do art. 7° da Resolução CFC n° 750/93, “os ativos
são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera
seja gerado pelo item no curso normal das operações da entidade” (grifo nosso).

D) Alternativa incorreta.

Justificativa: o preço corrente de venda, também conhecido como valor realizável líquido, é utilizado
quando o produto da empresa for vendido em mercado organizado ou em situação de inventário de
27
Unidade I

produtos para venda ou, ainda, para produtos próximos do estágio final de acabamento. Segundo a
alínea “B” do inciso II do § 1° do art. 7° da Resolução CFC n° 750/93, “os ativos são mantidos pelos
valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma
ordenada [...] no curso normal das operações da entidade”.

E) Alternativa correta.

Justificativa: essa é a hipótese extrema para valores de saída por presumir venda forçada. O valor
de liquidação é utilizado quando mercadorias ou outros ativos tornam‑se obsoletos ou quando a
empresa não espera continuar o empreendimento em futuro próximo. É, portanto, uma hipótese de
descontinuidade.

Questão 2. (Enade, 2009) A constituição das provisões para férias, décimo terceiro salário e
dividendos propostos é uma conduta profissional que atende a qual princípio contábil?

A) Competência.

B) Consistência.

C) Continuidade.

D) Entidade.

E) Prudência.

Resolução desta questão na plataforma.

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