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1. Exame da Cabeça
O exame da cabeça compreende a observação de: tamanho e forma do crânio, posição e movimentos,
superfície e couro cabeludo, exame geral da face, exame dos olhos e supercílios, exame do nariz, exame dos
lábios e cavidade bucal e exame otorrinolaringológico.
Acrocefalia (crânio em torre ou turricefalia): cabeça alongada para cima. Pode estar isolada ou
associada a outras alterações esqueléticas.
Escafocefalia (crânio em casco de navio): levantamento da parte mediana.
Dolicocefalia: diâmetro AP muito maior que o diâmetro transverso.
Braquicefalia: diâmetro transverso aumentado.
Plagiocefalia: crânio de forma assimétrica.
1.2.Posição e movimentos
A posição normal é a mediana. O torcicolo (implantação lateral da cabeça) é a alteração mais frequente.
Os movimentos importantes são os involuntários (tiques, mioclonias, tremores, movimentos coreicos).
Obs: SINAL DE MUSSET – movimentos involuntários da cabeça, provocados pelos batimentos cardíacos;
ocorre na insuficiência aórtica grave.
1.6.Exame do Nariz
Compreende inspeção e palpação.
Deve-se pesquisar a presença de lesões traumáticas, nariz em sela (sífilis congênita), nariz em focinho de
anta (leishmaniose e paracoccidioidomicose), aspecto leonino (hanseníase), batimento de asa de nariz
(dificuldade respiratória), nariz aberto (hipertrofia das adenoides), rinofima (hipertrofia das glândulas
sebáceas nasais) e rubicundez (vermelhidão – alcoolismo, acne, lúpus).
Na palpação, buscam-se crepitações e desnivelamentos. Além disso, deve-se pesquisar a permeabilidade
das narinas, obstruindo uma abertura por vez e pedindo ao paciente que inspire.
Por último, faz-se uma palpação sobre os seios paranasais frontais e maxilares; a presença de dor é
sugestiva de sinusite.
1.7.Exame da Boca
a) Lábios: deve-se analisar a coloração, forma, textura, flexibilidade e presença de lesões. Rachaduras
labiais são comuns em pacientes que respiram pela boca (p.ex. na hipertrofia das adenoides) e idosos.
b) Mucosa oral: nesta parte do exame, emprega-se luz artificial e abaixador de língua. Caso o paciente
esteja usando prótese dentária, ela deve ser retirada antes do exame.
Manchas de Koplik: minúsculas manchas esbranquiçadas circundadas por uma aréola vermelha e
situadas quase sempre na bochecha, em frente aos molares; são patognomônicas do sarampo.
c) Língua: deve ser examinada em três posições – repouso, fora da boca e tocando o céu da boca. Deve-se
analisar a posição, tamanho, cor, umidade, superfície, textura, movimentos e presença de lesões.
Normalmente, está situada na posição mediana, com coloração rosa-avermelhada. As principais
alterações encontradas são:
Língua saburrosa: higiene precária, estados febris, tabagistas, pacientes desidratados.
Língua seca: desidratação, respiração pela boca, ingestão de certos medicamentos (atropina,
antidepressivos).
Língua lisa (atrofia das papilas): estado carencial.
Língua pilosa: antibioticoterapia, infecções e tabaco.
Língua de framboesa: escarlatina e outras doenças exantemáticas.
Língua geográfica: com áreas irregulares, delimitadas por bordas esbranquiçadas e circinadas; tem
pouco interesse clínico.
Língua escrotal: contém sulcos irregulares; ocorre na deficiência de vitaminas do complexo B.
Macroglossia: hipotireoidismo, acromegalia e amiloidose são as causas mais frequentes.
Desvio da linha mediana: hemiplegia e lesões do nervo hipoglosso.
Língua trêmula: hipertireoidismo, alcoolismo, parkinsonismo.
d) Orofaringoscopia: a língua deve ser rebaixada nos seus dois terços anteriores. Visualizam-se, então, os
pilares amigdalianos, o palato mole, a loja amigdaliana e as amígdalas (tonsilas palatinas). Deve-se
analisar o tamanho das tonsilas palatinas; um aumento exacerbado ocorre na hipertrofia adenotonsilar.
Coloração avermelhada da orofaringe e das amígdalas ocorre nas amigdalites; pode-se observar, ainda,
formações purulentas, indicativas de amigdalites bacterianas.
e) Gengivas: devem ser examinadas pela inspeção e palpação, quanto à cor, consistência, forma,
desenvolvimento e presença de lesões localizadas. Hipertrofia gengival é observada nas leucemias e
após o uso prolongado de hidantoína (um anticonvulsivante)
f) Palatos duro e mole: devem ser inspecionados em busca de ulcerações, massas e outras lesões.
g) Dentes: observar a presença de cáries, alterações do esmalte, desalinhamento da arcada, período de
erupção etc.
1.8.Exame do Ouvido
Deve-se pesquisar ulcerações, abaulamentos, nódulos, coloração etc. Tofos (nódulos na cartilagem)
podem estar presentes, indicando hiperuricemia (e, portanto, gota). Caso haja secreções, é conveniente
atentar às suas características. Otorragia (perda de líquido pelo ouvido) é sugestiva de fratura de base de
crânio.
O exame dos ouvidos pode ser realizado de modo mais minucioso com o uso do otoscópio.
2. Exame do Pescoço
O exame físico do pescoço é realizado através da inspeção, palpação e ausculta. Deve-se analisar a pele,
forma e volume, posição, mobilidade, tireoide, turgência jugular, batimentos arteriais e venosos, linfonodos.
Na pele, deve-se pesquisar a presença de sinais flogísticos, presença de cicatrizes etc. Para testar a
mobilidade, deve-se pedir ao paciente que faça flexão, extensão, rotação e lateralidade, anotando a
existência de contratura, resistência e dor.
2.2.Exame da Tireoide
A tireoide pode ser examinada pela abordagem anterior ou posterior. Na abordagem posterior, os
polegares do examinador
se ficam na nuca, enquanto as pontas dos dedos indicadores e médios palpamos lobos tireoidianos. Na
abordagem anterior, a tireoide é palpada pelos dedos indicadores e médios, enquanto os polegares se apoiam
sobre o tórax.
Algumas manobras que podem facilitar a palpação da tireoide são: solicitar ao paciente que faça
algumas deglutições enquanto se palpa a glândula firmemente ou solicitar que ele flexione o pescoço ou
rode-o discretamente ara um lado ou outro.
As características semiológicas a serem pesquisadas são:
Volume: normal ou aumentado, difuso ou segmentar.
Consistência: normal, firme, endurecida ou pétrea.
Mobilidade: normal ou imóvel.
Superfície: lisa, nodular ou irregular.
Temperatura da pele: normal ou quente.
Presença de frêmito e sopro
Sensibilidade: dolorosa ou indolor.
Nem sempre a tireoide é palpável; quando palpável, normalmente é lisa, elástica, móvel, indolor, com a
pele de temperatura normal e ausência de frêmito. Se a tireoide estiver aumentada, deve ser auscultada.
Realizar- movimentos rotatórios suaves (NÃO DEDILHAR), inicia na região occiptal retro-auricular
pré-auricular submandibular submentoniana amigdalas cervical anterior e posterior
supraclavicular