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• Estado: “instituição organizada de forma política, social e jurídica, que ocupa território
definido e tem sua lei predominante”, dizendo-se que, geralmente, essa lei está posta numa
Constituição – cf. Pedro Sabino Farias Neto. Ciência Política: enfoque integral avançado. São
Paulo: Atlas, 2011, p. 49
• Onde existentes os indivíduos há de existir, ainda que insipiente, regras de vivencia e alguma
forma organizacional desta, ainda que não regulada pelo direito como o conhecemos
atualmente.
• Assim, todo e qualquer Estado, seja qual for o seu momento histórico, “requer ou envolve
institucionalização jurídica do poder”, encontrando-se nele “normas fundamentais em que
assenta todo o seu ordenamento” – cf. Jorge Miranda, trata-se da Constituição Institucional,
com normas difusas, vagas e que não traçavam as regras da relação entre governantes e
governados.
• Apenas a partir do Século XVIII é que a Constituição surge como um conjunto de regras
reguladora da organização do Estado e das relações entre governantes e governados. A
partir daí trata-se a distinção entre direito e política.
Acrescenta Canotilho que o constitucionalismo é a teoria ou ideologia que remete a uma técnica
específica de limitação do poder com a finalidade de garantir direitos, transportando um juízo de
valor e tratando-se, na realidade, de uma teoria normativa da política.
1. Idade antiga: tomada do Império Romano do Ocidente pelos povos bárbaros (476 d. C)
Contratos de Colonização
Constituição Francesa, 1791 (preâmbulo: Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão,
1789)
Constitucionalismo globalizado
Revisitação dos conceitos de legitimidade e participação social, com inclusão das parcelas
populacionais historicamente excluídas dos processos de formação da vontade política do Estado.
NEOCONSTITUCIONALISMO (MARCOS)
- Marco filosófico: pós-positivismo – ir além da legalidade, sem desprezar o direito posto; leitura
moral sem ser metafísica; inspiração nas teorias da Justiça para interpretação e aplicação, mas sem
voluntarismos e sem personalismos (principalmente judiciais).
- Judicialização das relações políticas e sociais, decorrentes de: aumento da demanda por justiça na
sociedade brasileira; Ascenção institucional do Poder Judiciário; constitucionalização.
1 http://jus.com.br/revista/edicoes/2005
2 http://jus.com.br/revista/edicoes/2005/11/1
3 http://jus.com.br/revista/edicoes/2005/11/1
4 http://jus.com.br/revista/edicoes/2005/11
5 http://jus.com.br/revista/edicoes/2005
6 http://jus.com.br/artigos/7547/neoconstitucionalismo-e-constitucionalizacao-do-direito
O CONSTITUCIONALISMO MODERNO E LIBERAL DO POSITIVISMO
JURÍDICO
• Na época, vigia o positivismo: neutral, asséptico, tendo como seu maior expoente jurídico
Hans Kelsen, que, no entanto, não ignorava os aspectos valorativos do direito.
O CONSTITUCIONALISMO DE TRANSIÇÃO DO ESTADO SOCIAL
• Foi a busca por salvar o modelo liberal (de feição capitalista) de Estado Constitucional que
fez surgir o constitucionalismo do Estado Social, com: Constituições sociais, programáticas,
fixadoras dos direitos sociais e econômicos. Ex. Constituições de Weimar - 1919 Belga - 1938.
• J. J. Canotilho: a Constituição perde sua feição liberal, cabendo nela qualquer conteúdo.
• Mas o Estado Social está em crise por força de sua não realização, deixando para alguns a
ideia de incapacidade do Estado para efetivar as promessas das Constituições dirigentes ou
programáticas, como a Constituição Brasileira, por exemplo.
O CONSTITUCIONALISMO CONTEMPORÂNEO e o
NEOCONSTITUCIONALISMO
• A crise estatal, para alguns, tem como saída única a revitalização neoliberal, a desconstrução
do Estado Social, a redução do Estado.
• Mas como desconstruir um Estado Social ainda não consolidado? Eis uma das perguntas
mais pulsantes do constitucionalismo da atualidade.
• Momento histórico: últimos 50 anos, especialmente após o fim da 2ª Guerra Mundial, com
inúmeras alterações e variantes. No Brasil, por exemplo, esse modelo só veio com a
Constituição de 1988.
• Constitucionalismo pós-guerra.
d) Constitucionalização do Direito
e) Nova Hermenêutica.
CONSTITUCIONALISMO GLOBAL?
• Para resolver a questão afeta às dificuldades que vão para além das fronteiras nacionais,
surgem várias propostas de criação de um constitucionalismo global ou de estruturas supra
ou pós-nacionais.
• Abertura das constituições nacionais ao diálogo com o direito internacional dos direitos
humanos, para realização, por instrumentos nacionais e internacionais, de fins comuns
voltados à garantia de direitos humanos e também fundamentais: realidade patente.
CONSTITUCIONALISMO GLOBAL
• No entanto, é certo que o direito e o Direito Constitucional em particular, não podem ignorar
essa realidade.
O CASO DO BRASIL E DA AMÉRICA LATINA EM FACE DO ESTADO
SOCIAL
• No caso do Brasil e da América Latina, entretanto, a questão é bem mais séria, pois fomos
lançados aos riscos dos globalismos de domínio econômico sem sedimentação prévia do
Estado Social.